31 agosto 2011

SS. AA. RR. Os Duques de Bragança no casamento do Príncipe da Prússia





POTSDAM, GERMANY - AUGUST 27: Dom Duarte Pio, Duke of Braganza and wife Duchess Isabel of Braganza attend the religious wedding ceremony of Georg Friedrich Ferdinand Prince of Prussia to Princess Sophie of Prussia in the Friedenskirche Potsdam on August 27, 2011 in Potsdam, Germany.

Fontes: Noblesse & Royautés, Paris Match e Gotha d'hier et d'aujourd'hui

30 agosto 2011

ENTREVISTA AO MONÁRQUICO JOSÉ CID: "ORGULHOSO POR SER PORTUGUÊS"

(...) Critica a falta de apoio à Cultura e sobretudo aos novos projectos de qualidade, que considera estarem a ser abafados por “mediocridades instituídas”. Acusa J.S. de quase ter levado o País a uma terceira ditadura, mas mostra-se confiante nas novas gerações. A “mãe do rock português” saiu da prateleira com vontade de cantar até que a voz lhe doa, mas o rock progressivo de outros tempos já não tem lugar no seu reportório.

Por esta altura actua em festas onde muitos emigrantes portugueses marcam presença. São um lugar privilegiado para essas pessoas que procuram reunir--se com os seus, sentirem o seu país e que, de certa forma, sentem a música portuguesa como um elo de ligação. Como se sente nesse papel? Não faço discriminação étnica. Estamos numa Europa comum. Acabou-se o problema da emigração, nesse aspecto. Tenho o maior respeito pelas pessoas que trabalham fora de Portugal, mas não vou modificar um centímetro o meu reportório para agradar à emigração. A emigração são portugueses e para mim essa palavra já nem existe.
E o José Cid ainda mantém o orgulho em ser português?
Tenho imenso orgulho. Sou extremamente português e tenho ideias muito concretas sobre o meu País, mas que infelizmente não têm sido cumpridas, desde o Marquês de Pombal.
Sempre criticou o facto de se valorizar mais o que vem de fora. E foi precisamente como forma de protesto contra as rádios que não divulgavam a música portuguesa que fez aquela polémica capa em que aparece nu, tapado apenas pelo disco de ouro. Portugal já mudou de atitude face aos seus artistas?
Só piorou. Hoje há projectos jovens que têm imensa dificuldade de divulgação, porque não encontram rádios nem imprensas, nem nada que os apoie. Em contrapartida, há mediocridades instituídas. Cantores que não cantam nada, letras medonhas, músicas que são plágios mundiais, que conseguem açambarcar o mercado de uma maneira que é castradora para o resto da criatividade. Parece que são eucaliptos. Há também música popularucha, ´populareira´, que não é música popular, que silenciou grandes projectos de música popular que se fizeram nos anos 80 em Portugal. Muitos deles fantásticos.
No início da sua carreira, com a banda Os Babies mostrava em Portugal música internacional, nomeadamente o rock que se fazia nos Estados Unidos da América. Teve influências dessas bandas no entanto, manteve-se sempre fiel ao português. Eu gravei muitos temas em inglês mas não faço a minha carreira por cantar em inglês. Sou provavelmente o único cantor português que teve a oportunidade de ficar a gravar, em inglês, nos Estados Unidos, na Austrália e na África do Sul, mas não o quis fazer porque não queria emigrar, sempre preferi estar aqui. Não preciso de viver num túnel de ouro. Preciso de ser feliz e ter as minhas raízes.
E sobre os políticos portugueses o que pensa? Estou sempre à espera do milagre de Fátima na política portuguesa. Mas não se tem verificado.
O que é que quer dizer o milagre de Fátima na política portuguesa? Para ter-se uma visão estratosférica deste País. Uma visão do céu para este País e não de cá da terra a olhar uns para os outros. Era, por exemplo, perceber-se que o que nós temos de mais valioso para dar e vender é a cultura e o turismo, que são precisamente ministérios que não existem neste País. Se este País fosse bem pensado se calhar percebia-se que a música portuguesa vendia mais que talvez o fabrico de armas.
Assume-se monárquico e anarquista. Isso é possível? Anarquismo é o que nós temos. Esta república é um anarquismo. Uma república que matou um Rei há 100 anos que era altamente culto, criativo e que tinha prestígio mundial. Instaurada sem sufrágio nacional. Teve duas ditaduras, a salazarista e a marcelista, e quase uma terceira. Esta última que pouco faltou para o ser. Se ele pudesse tinha transformado isto numa ditadura. Há falta de cultura, falta de consideração pelos idosos, falta de respeito para com aqueles que lutaram e morreram no Ultramar, para nada. A tal descolonização exemplar que muitos políticos falam, onde morreram um milhão e duzentas mil pessoas e que, na verdade, foi um dos maiores genocídios do último século. Há pessoas que estão forradas de dinheiro à custa de Angola e da tal descolonização exemplar. Portugal não é um País de justiça. Teve uma fase desaparecido, em que pouco ou nada se falava de si. Foi uma retirada estratégica ou alguém o meteu na prateleira?
Nos anos 90 foi estratégica. Passar a ideia de que eu tinha acabado a carreira foi uma ratoeira que passei a algumas pessoas. Na verdade, gravei na década de 90 álbuns fantásticos como Camões, as descobertas e nós, com o Pedro Caldeira Cabral, Carlos do Carmo e Jorge Palma e que, desculpem-me lá, é bem melhor que o álbum das descobertas do Rui Veloso. Gravei ainda Ode a Garcia Lorca, com poemas do próprio e guitarras de Coimbra, Cais de Sodré e ainda um álbum pelos direitos humanos, a favor da causa de Timor Leste.
Mas alguém o tentou meter na prateleira?
 Sim, tentaram. Há aí uma marca discográfica que me considerava perigoso e que gostaria que eu não me chamasse “a mãe do rock português”, mas eu sou efectivamente a mãe do rock português”. Tenho nomeadamente um álbum de 78 [10 000 anos depois entre Vénus e Marte] que foi considerado pela crítica americana e inglesa dos melhores do mundo. Portanto, não me venham com ideias.
Fala duma fase em que se dedicou ao rock progressivo. Esse tipo de registo ficou no passado ou será possível ressurgir na sua carreira?
Não há rock progressivo neste momento no mundo. Eu enveredei a minha voz para outras áreas, mas a minha obra está por revelar. E ainda bem. Já o meu concerto não, está feito. É um dado adquirido. Passa por dezenas de milhares de pessoas e é quase arrasador. As pessoas ficam presas.
Curiosamente foi o público mais jovem que veio a mostrar de novo interesse pelo seu trabalho. E que, de certa forma, o foi buscar à tal prateleira. Esperava por isso?
As novas gerações procuram as coisas verdadeiras. Gostam do meu lado rebelde que me faz lutar por causas que vêm a favor do futuro delas. Percebem que sou um cantor ao vivo. Comparam a minha voz com a de alguns monstros sagrados da música portuguesa e sentem-se mais enriquecidos comigo do que com essas vozes dadas como fantásticas. Os jovens não se deixam enganar. Têm um conceito muito claro daquilo que é bom e do que é assim-assim.
Auto-intitular-se mãe do rock português, foi uma forma de protesto pelo título de pai ter sido atribuído ao Rui Veloso?
Sim, é verdade. A rapariguinha do shopping [tema de Rui Veloso] é prima do mestre de obras. 10 000 anos depois entre Vénus e Marte é a obra-prima do mestre. E não digo mais nada!

Um barão no rock
José Albano Salter Cid de Ferreira Tavares seria barão se vivêssemos numa monarquia. Mais precisamente Barão do Cruzeiro, título herdado do bisavô a quem foi concedido pelo rei D. Luís I. Nobrezas à parte, o músico, nascido em 1942, assume-se como um homem do rock e é dos mais populares e carismáticos artistas portugueses. Dispensa mesmo apresentações. Iniciou a sua carreira em 1956 com o grupo Os Babies, que mostrava ao País o rock que se produzia nos EUA. Popularizou-se como teclista e vocalista do Quarteto 1111, banda que revolucionou o panorama musical na década de 60 e em 1970 arrancou com uma carreira a solo que dura até hoje. O Festival da Canção foi durante vários anos uma montra do seu trabalho, evento que ficou marcado com canções como Balada para Dona Inês, Uma rosa que te dei, O meu piano, Porquê, meu amor porquê?, O largo do coreto, Aqui fica uma canção ou Um grande, grande amor. Quem não conhece?

(...) É verdade que gravou a música Amar como Jesus amou porque queria comprar um carro novo?
Não. Jesus amou tanto que não era de forma nenhuma materialista e portanto não tem nada a ver. Mas houve outras que sim. Não para comprar um carro novo mas para comprar outro carro, porque o meu tinha morrido. Eu não sou um Ronaldo. O meu estatuto cultural e moral não se resume a um carro novo. Mas assumo que fiz músicas comerciais porque precisava de pagar a renda, impostos e o colégio da minha filha. Foram elas canções como: 20 anos, Cabana junto à praia, A Anita não é bonita e outras.
(...) Esteve muito perto de ser uma das vítimas do caso Camarate. Fintou a morte em 1980 quando desistiu de acompanhar Sá Carneiro naquela aeronave que acabaria por se despenhar e causar-lhe a morte. O que é lhe passou pela cabeça?
Era uma viagem que me estava a ser imposta e, por uma questão de coerência, recusei-me a entrar naquele avião. Não queria fazer a campanha do general Soares Carneiro, já que tinha sido proibido de entrar em Angola durante seis anos, pela censura do antigo regime, precisamente por São José Lopes e por outras pessoas ligadas ao regime militarista angolano. Eu simplesmente não quis comprometer os meus ideais. Foi uma grande sorte.
Acredita em Deus?
Acredito, mas também já não há milagres. Aqui em Portugal não têm acontecido e até o de Fátima está por revelar. Eu tenho uma forma de acreditar em Deus que não passa por andar de joelhos em frente à capelinha das aparições.
O que espera do futuro?
Continuar a trabalhar enquanto tiver voz. Não me vou arrastar com uma pálida imagem, como alguns cantores e cantoras portugueses fizeram durante anos. Não se pode andar a correr em fórmula 1 e depois fazer rally paper no fim da vida. Ou ter 70 anos e uma namoradinha de 20.

Texto: Paula Lagoa
Fotos: Ricargo Graça
Jornal de Leiria, 25-08-2011

Fonte: Família Real Portuguesa

Sai uma tónica para esta República

Os jornais andam pródigos em comentar as medidas e mais "medidas" que o FMI e este governo andam a fazer. A mais notória é a tónica do "fechar". Fechar "organismos", fechar escolas, fechar hospitais, fechar empresas municipais, fechar "um ciclo"... Se fecham é porque não devem estar abertas, em uso, não deviam ter aberto; são, porventura, dispensáveis. Esta é a tónica da República: abrir e fechar, à custa da despesa, porque pela despesa se "fecha e se abre"... a seguir. Tenho pena é que, estes "eleitos", não cheguem à conclusão que também devem fechar as Procuradorias, os Supremos disto e daquilo, os Governos Civis (estes já foram), as Chupadorias e toda a artilharia de presidências que se implantou nos últimos cem anos ao som dos tambores "é tudo nosso". No fundo estão a reconhecer a tónica da República e do que esta é e se tornou, uma imensa avença de interesses que borbulham nos brindes sigilosos, uma extensa promiscuidade entre Pátria, Estado e propriedade privada, entre serviço e carreirismo.

 

29 agosto 2011

Fotografias de Arquivo

Rei D. Carlos remando na Baía de Cascais.

Fonte: Corta-fitas

Pedro Mota Soares – um monárquico assumido

Aos 37 anos, Pedro Mota Soares, titular da pasta da Solidariedade e Segurança Social, é, juntamente com a também centrista Assunção Cristas, o primeiro governante nascido após o 25 de Abril de 1974 a assumir uma pasta ministerial. Em entrevista à revista “Visão”, Pedro Mota Soares assume-se, mais uma vez, como monárquico.

“ Visão: É um destacado monárquico. Tem tido tempo para as reuniões da Causa Real?
PMS: Não e já não tenho funções na direcção.
Não tenho tempo para muitas coisas que gosto de fazer. No outro dia, vocês enviaram-me um inquérito em que, num dos pontos, me perguntavam se eu costumo sair à noite. Sim, agora já costumo sair à noite... mas é daqui, do Ministério! ”

Fonte: PPM Braga

28 agosto 2011

ESCLARECIMENTO DE S.A.R., DOM DUARTE SOBRE A VISITA À SÍRIA

Fonte: Jornal "SOL", pág. 17 de 26 de Agosto de 2011
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Em carta ao director do SOL, O Senhor Duque de Bragança diz que não recusa falar sobre o regime de Assad. ACABO de ler a notícia «Dom Duarte recusa falar sobre o apoio que deu a Assad», do SOL de 19 de Agosto de 2011. Agradeço o favor de esclarecer os vossos leitores, pois a chamada de primeira página não corresponde à realidade.
O meu assessor de imprensa disse ao vosso jornalista que eu «não dispunha de novos dados sobre a Síria». Obviamente que eu não recusaria dar as minhas opiniões pessoais sobre o drama desse país ao vosso jornal, pois tenho a maior consideração pelo excelente trabalho que o SOL realiza e acompanho de perto a situação! O texto nas páginas interiores está correcto, mas a ideia que fica é a frase da capa…
Gostaria de relembrar que também fui muito criticado quando visitei os governantes da ditadura Indonésia em 1997… Mas foi a minha proposta de acordo que levou o regime a mudar a sua posição, permitindo a solução do drama de Timor.
Num generoso gesto de reconhecimento que muito me sensibilizou, o Parlamento concedeu-me recentemente a nacionalidade timorense. Também intervim como mediador em outros conflitos, mais recentemente em Cabinda. A minha intervenção levou à assinatura do Tratado do Namibe, em que o Governo de Luanda concedeu o Estatuto de Região Autónoma a esse território, onde a FLEC lutava pela independência. Faço votos de que esse acordo seja realmente respeitado por todos e traga a justiça e a paz para esse povo que tanto sofreu após o seu abandono por parte da República Portuguesa. Negar a História e os Direitos e Identidades dos povos nunca deu bons resultados…
Participei, também, em outras discretas negociações, em S. Tomé, Guiné-Bissau,etc. Ainda durante a guerra civil angolana, reuni-me com o Secretário-Geral da ONU, Perez de Cuellar, e outros responsáveis, num esforço de mediação do conflito. Compreendo que quem ignore estes factos possa ficar chocado, mas muitos deles estão descritos no livro Dom Duarte e a Democracia, cuja leitura recomendo.
Despeço-me com os meus sinceros agradecimentos.
Dom Duarte de Bragança

Fonte: Família Real Portuguesa

Pegado leva "Real" para Vila Franca


Exclusivo "Farpas" - O empresário Carlos Pegado ("Terra Brava") organizará em parceria com Ricardo Levesinho ("Tauroleve") a primeira corrida da Feira de Outubro (sábado) na praça de Vila Franca - uma Tourada Real (que este ano não se realizou em Évora, como vinha sendo hábito).
Lida-se, como Levesinho já anunciara ao "Farpas", um curro de toiros de Coimbra e o cartel deverá ser de seis cavaleiros.

Fonte: Farpas Blogue

27 agosto 2011

Vamos lá ver! (II)

Mas mesmo a questão simbólica (ou do ‘mero simbolismo’ como alguns dizem), tantas vezes usada com sentido depreciativo, é de elevada importância.

As Famílias Reais (encabeçadas pelos Monarcas) representam a própria história das Nações e, em última instância, a história europeia. Nos momentos altos e baixos dos diversos países, as Famílias Reais estiveram presentes e compartilharam alegrias e tristezas com os seus povos. Temos o exemplo da nossa Rainha D.Maria Pia que, quando soube da tragédia que foi o incêndio no teatro Baquet no Porto (em 1888), partiu imediatamente de comboio (numa noite de temporal) para aquela cidade com vista a prestar solidariedade para com as vítimas de tal tragédia. Não se contentando só com as palavras de apoio (que, naquelas circunstâncias, já muito era) percorreu, assumindo na sua plenitude o papel de Rainha, as ruas mais lúgubres distribuindo esmolas e apoiando os necessitados. Este é apenas um exemplo, dos muito que existem na história (da Família Real) Nacional. Vendo bem nenhum exemplo similar consta a respeito das congéneres (se é que assim se podem chamar) republicanas.

Durante a 2ª Grande Guerra recomendaram à Rainha Isabel do Reino Unido (mais tarde Rainha-Mãe) que, por questões de segurança, partisse com as Princesas para fora do país. A Rainha terá respondido que as Princesas não partiriam sem ela, ela não partiria sem o Rei e o Rei nunca deixaria o seu País. Esta presença da Família Real foi fundamental para manter acesa, nos britânicos, a chama da esperança. Também durante a 2ª Grande Guerra o Luxemburgo foi ocupado e a Grã-Duquesa (que até era neta do nosso Rei D.Miguel) foi forçada ao exílio em Londres. Mas mesmo no exílio nunca abandonou o seu país, tornando-se num importante símbolo de unidade nacional e de resistência. Mas estes são apenas alguns exemplos. Existem muito mais (bastantes recentes) vindos das Família Real Britânica, da Portuguesa, da Norueguesa, da Espanhola, da Belga, etc. Na verdade, entre recentes e antigos, são tantos os exemplos que seria impossível referir todos aqui.

As Famílias Reais mantêm viva a história das suas pátrias mostrando que é possível vencer as adversidades, como se fez no passado. São (e continuam a ser), portanto, de extrema importância para a auto-estima e unidade dos seus países. Por tudo isto as Famílias Reais não são simplesmente toleradas: são amadas e respeitadas.

Claro que num país como Portugal, que ao longo de 100 anos foi perdendo o seu orgulho, a sua auto-estima, a sua identidade e que foi esquecendo a sua própria história, estes argumento são difíceis de compreender. É esse o preço (demasiado elevado) que se paga pelo desconhecimento da história nacional que a República promoveu ao longo de 100 anos. Ainda assim isso não significa que estes argumentos pró-monarquia estejam errados, muito pelo contrário.

(continua …)

26 agosto 2011

Simplesmente lamentável!!!


Foto 1 - O que ainda resta da sapata primitiva, do século XII
Foto 2 - Aspecto da parte nascente do talude ainda por escavar
Foto 3 - A parte já escavada. À direita, em cima, o detalhe da foto 1
Foto 4 - Sapata do Paços do Infante, semelhante à que foi irremediavelmente destruida
Foto 5 - Quantidade de pedra já retirada da sapata agora destruída
No post "Poupar no farelo para estragar na farinha" focou-se aquilo que bem se pode chamar o desastre arqueológico do Convento de Cristo, mais precisamente do complexo monumental Castelo dos Templários/Convento de Cristo. Pessoal de uma empresa ao serviço da autarquia tomarense destruiu já parte substancial de uma sapata ou alambor do castelo, do século XII, enterrada aquando das obras da enfermaria conventual, no século XVII. Tal foi possível porque, segundo tudo indica, o projecto foi elaborado sem que previamente tenham sido feitas observações cuidadas ou sondagens no local, o que teria permitido projectar a bifurcação um pouco mais para norte, uma vez que o terreno está livre, preservando assim o que restava do velho castelo templário, que entretanto poderia ser escavado, valorizado e mostrado aos visitantes. Assim, perdeu-se uma rara oportunidade de poder verificar in loco a implantação casteleja naquele local, fortemente danificada por ocasião das obras supra referidas.
Agora que o mal está feito, conquanto ainda se possa salvaguardar uma parte, têm-se sucedido no local as algaradas entre responsáveis da obra e responsáveis do Convento. Os da obra garantem que lhe foi dada autorização para escavar o talude. Os do Convento negam que tal autorização tenha sido dada e perguntam onde está o documento comprovativo. Tudo isto na presença dos turistas que vão passando... Very typical indeed!!!
Em qualquer cidade a sério de um país a sério, ou o empreiteiro teria imediatamente interrompido os trabalhos logo que apareceu a sapata não assinalada, ficando a aguardar instruções; ou a câmara teria ordenado a suspensão dos trabalhos, logo que informada do desastre; ou o IGESPAR já teria embargado a obra, mediante uma providência cautelar, invocando prejuízos patrimoniais irreparáveis. Dado que estamos numa cidade de faz de conta de um país como se sabe, faz de conta que não aconteceu nada. Siga a música, siga a dança. E o governo que não se esqueça de continuar a guarnecer as gamelas municipais, porque afinal isso é que é fundamental. Simplesmente lamentável!!! Mas que havemos de fazer?!? -É a vida! dizia o outro.
Há, porém, duas perguntas incómodas mas inevitáveis: Depois disto, que autoridade moral terá a autarquia para exigir aos particulares respeito pelo património, quando os próprios empreiteiros de obras municipais o não respeitam? Além de se considerarem acima de qualquer suspeita, estarão os eleitos da relativa maioria igualmente convencidos de que a Lei se lhes não aplica? Só nos faltava mais essa...
 
 


25 agosto 2011

S.A.R., DOM DUARTE EM CASCAIS COM O JOÃOZINHO

O que É ou o que representa o "Joãozinho": o Hospital São João (Porto) celebrou a comemoração dos seus 50 Anos, em Junho de 2009.

Sustentado na confiança que representa como Hospital e Hospital Universitário, lançou um desafio à sociedade civil: Construir uma Ala Pediátrica completamente financiada pelo dinheiro das pessoas quer a nível individual ou empresarial.
Cada vez mais a sociedade civil tem de ser chamada a assumir responsabilidades públicas para defesa dos interesses de Todos,...nada melhor que um Projecto que quer dar Saúde aos intervenientes do Futuro,...estar doente, a limitação física em nada pode limitar o desenvolvimento intelectual dos Nossos Meninos,...pode até ser uma janela de oportunidade, para as Crianças e as suas famílias.
A idade pediátrica, hoje vai até aos 18 anos. Além da parte clínica e da parte hoteleira que permitirá às famílias permanecer com o conforto necessário, aponta ainda para a formação de quem está a crescer,...hoje e cada vez mais há meninos que fazem internamentos de longa duração e recorrentes. A Nova Ala Pediátrica, terá escola integrada e creche, um espaço de Ciência Viva (que fará parte do roteiro dos museus da cidade do Porto) onde crianças saudáveis podem ter aulas com Meninos internados,...um jardim para ser "cultivado",pelos meninos e toda uma parte lúdica tão necessária ao crescimento saudável!

A Base do edifício já está construída, (urgência e cuidados intensivos da pediatria).
Este ano foi dedicado à divulgação do Projecto e à formação da Comissão de Honra da qual é presidente a (...) fazendo parte da comissão de honra, SAR Dona Isabel de Bragança e Margarida Uva. Fazem parte ainda 3 crianças, o Jaime, a Maria Álvaro e Maria João.

O "Joãozinho" já está a cumprir o seu pequeno papel de uma nova esperança, para muitas das crianças que são tratadas em S Tomé ou Guiné, e na impossibilidade disso, serem transportadas para o Hospital São João (a expensas do Hospital).
Ainda recentemente, a Fundação Nelson Mandela, escolheu o Projecto Português “Um Lugar pró Joãozinho” como projecto inspirador, tendo nos seus ideais, ideais comuns.
O Senhor José Figueiredo, paciente do Hospital São João, resolveu agradecer ao Hospital a forma como tem sido tratado e resolveu ajudar a promover o projecto “Um Lugar pró Joãozinho”, fazendo de bicicleta a Costa Portuguesa de Caminha a Vila Real de Santo António,(1700km).

À sua passagem por Cascais, foi com enorme gosto que me associei a esta iniciativa, recebendo o "Joãozinho", S.A.R., O Duque de Bragança, a Dra Ana Principe do HSJ e, naturalmente, o José Figueiredo, cujo altruísmo dispensa mais comentários e nos faz continuar a acreditar na solidariedade humana como valor fundamental da nossa sociedade.
Texto de Carlos Carreira (Facebook)

Fonte: Família Real Portuguesa

23 agosto 2011

O Governo dos 5 minutos

O meteórico executivo chefiado por Fernandes Costa demitiu-se no mesmo dia em que foi nomeado, sem chegar a tomar posse: foi o «Governo dos cinco minutos», um recorde mesmo para a I República.
A I República ficou na História de Portugal como o regime em que a instabilidade política foi levada ao extremo. Em menos de 16 anos, entre 05 de Outubro de 1910 e 28 de Maio de 1926, sucederam-se oito chefes… de Estado e quarenta e oito governos. Só de Janeiro de 1920 a Janeiro de 1922 houve quinze executivos, duas vezes mais do que os governos provisórios que vigoraram entre Abril de 1974 e Abril de 1976 – o que faria o PREC parecer um oásis de estabilidade…
Mas de todos os governos da época nenhum conseguiu bater o recorde de brevidade do efémero Ministério presidido por Fernandes Costa: nomeado a 15 de Agosto de 1920, demitiu-se nesse mesmo dia, depois de ter sido ameaçado e enxovalhado, juntamente com os seus ministros, por uma multidão atiçada por dois conhecidos agitadores ligados à «Formiga Branca», o braço armado do Partido Democrático (vejam como era democrático): o «Ó Ai Ó Linda» e o «Pintor».
Chamada a intervir, a GNR – recentemente reforçada em homens e equipamento e entregue à chefia de militares radicais para compensar a influência conservadora no exército – não mexeu uma “palha” para proteger os ministros. Perante a passividade daquela força militarizada, Fernandes Costa, que se encontrava com os outros membros do governo na Junta do Crédito Público, no Terreiro do Paço, à espera de seguirem para a tomada de posse, em Belém, quando o edifício foi invadido pelos manifestantes, esperou que os ânimos acalmassem. E, tal como estava combinado, foi ter com o presidente António José de Almeida ao palácio de Belém – já não para tomar posse mas para lhe apresentar a demissão.
O Ministério presidido por Fernandes Costa, que tal como o seu antecessor Sá Cardoso pertencia ao recentemente formado Partido Liberal, que foi mais uma tentativa – mal sucedida – de governar a República à direita.
Depois do assassínio de Sidónio Pais e do fim da sua «República Nova» (1918) e na ressaca da Monarquia do Norte, apoiada pelos monárquicos de Monsanto, em Lisboa (1919), os herdeiros de Afonso Costa – que não regressou do exílio para onde o enviara Sidónio – lançaram-se à reconquista do poder. Mas tanto o almirante Canto e Castro (o presidente da República que era monárquico) como o seu sucessor António José de Almeida procuraram quebrar a hegemonia radical do Partido Democrático chamando para o governo sectores republicanos mais moderados. A experiência falhou e voltaram os golpes, revoltas e revoluções que reconduziram os radicais ao poder até ao golpe de 28 de Maio de 1926.
Francisco José Fernandes Costa (1857 – 1923) era um veterano da direita republicana: amigo pessoal do presidente da República, fora membro do Partido Evolucionista e pertencia ao Partido Liberal. Tinha experiência governamental como antigo ministro da Marinha e do Fomento (este último cargo desempenhado no governo da União Sagrada chefiado por António José de Almeida, em 1916 – 1917). Era ainda presidente da Junta de Crédito Público. Depois da sua experiência como presidente do Ministério onde seria ministro das Finanças, no ano seguinte.
O seu meteórico executivo ficou conhecido como «o Governo dos cinco minutos».

José Martin

A bandeira nacional: já só nos Açores


Enche-me o coração a bandeira açoreana. Estão lá as cores nacionais. O nosso escudo também, sem a esfera armilar a embrulhá-lo. E o milhafre (o açor...) que, ainda por cima, dá um toque imperial ao conjunto. As nove estrelas simbolizam as nove ilhas do Arquipélago.
O fanatismo republicano não atravessou o Atlântico. Ainda bem. E apercebemo-nos do orgulho dos de lá, ao hastear o seu pendão em suas casas, muito à vista de quem navega.
Ali mandam eles, conclui-se. Pelo menos no Agrião, do concelho de Povoação, a primeira urbe a ser construída em S. Miguel.

João Afonso Machado

Fonte: Corta-fitas

22 agosto 2011

S.A.R., DOM DUARTE PARTICIPA NO JANTAR DA AMERICA'S CUP DE CASCAIS NO HOTEL PALÁCIO DO ESTORIL

Taça América: o Hotel Palácio, no Estoril, foi palco de um jantar de gala da America's Cup, que pretendeu assinalar o final da primeira regata da World Series. Entre os vários ilustres, o evento reuniu figuras de topo como S.A.R., Dom Duarte de Bragança.

Com António Ricciardi


S.A.R., Dom Duarte de Bragança com Christine Lucas


Depois de um cocktail de boas-vindas nos jardins do hotel, os convidados deslocaram-se para o salão de banquetes, onde decorreu o jantar e a antrega de prémios da primeira fase da America's Cup World Series composta por uma série de oito provas que decorreram em Cascais entre os dias 6 e 14 de Agosto.
«Ter aqui esta prova é uma grande vitória para Portugal. Por sua vez, recordou a ligação histórica de Portugal ao mar e confidenciou que "apesar de não praticar vela, foi com muito orgulho que vi os meus filhos aprenderem a velejar"» - Dom Duarte de Bragança.
Revista Caras de 20 de Agosto de 2011

Fonte: Família Real Portuguesa

21 agosto 2011

Angra do Heroísmo


Cabeça da Diocese do Arquipélago, Angra gosta da sua História, do seu Heroismo. Grande parte do seu centro, sempre invocativo desse Passado militar, está classificada de Interesse Público e integra-se na lista do Património Mundial da UNESCO.

Na parte mais baixa da cidade, muito perto do enseada, chamou-me a atenção este invulgar azul da Igreja da Misericórdia. E, estimadíssimas, as armas de Portugal no centro da sua fachada.
 João Afonso Machado

Fonte: Corta-Fitas

Vamos lá ver! (I)

A temática de hoje pode soar a repetição para alguns mas atendendo às confusões que ainda parecem subsistir em algumas pessoas, julga-se proveitoso voltar ao mesmo assunto.

Não é possível pensar-se em Monarquia Ocidental sem se pensar imediatamente em democracia. Este dois são conceitos indissociáveis. Já se sabe que há quem não goste dos exemplos normalmente referidos para ilustrar essa relação entre Monarquia e democracia mas a verdade é que países como Espanha, Países Baixos, Luxemburgo, Bélgica, etc são Monarquias e todos vêem esses países como democráticos. Neles existem eleições livres para órgãos nacionais (Governo e Parlamento) e órgãos locais (o que em Portugal corresponde a Juntas e Câmaras Municipais). Nas Monarquias existem eleições (e referendos) livres que, pela independência do Chefe de Estado relativamente às forças politicas, vêem o seu poder reforçado. Se as Monarquias Ocidentais não fossem democráticas por certo não seriam aceites nem pelas populações nem pela comunidade internacional e há muito teriam deixado de existir.

Desta forma a questão do regime prende-se no debate Monarquia versus Republica. A questão da democracia não se coloca (pelo menos do dado da Monarquia já que nenhum monárquico aceitaria dela abdicar).

Dirão alguns que nas Monarquias o Monarca é apenas uma figura decorativa e simbólica, só tolerada por questões históricas. Pura ilusão! É verdade que os Monarcas não participam na governação dos seus países (a sua função é reinar e não governar) mas a sua acção, embora normalmente seja discreta, vai muito além da simples decoração: contribui activamente para a estabilidade nacional (entre outros pontos, devido à sua já referida independência perante os poderes políticos).

(continua …)

Fonte: Portugal Futuro

20 agosto 2011

Galeotas Reais











Majestosamente decoradas, as galeotas reais são embarcações de uma beleza rara e única em toda a história da Marinha Portuguesa. Construídas com linhas elegantes e de enormes dimensões, estas embarcações, movidas a remos, destinaram-se, ao longo dos tempos, a transportar os membros da família real e as mais altas individualidades da diplomacia internacional.

Suscitando um verdadeiro espectáculo de excelência e sumptuosidade, as galeotas reais adornavam as águas do estuário do Tejo, desempenhando, na perfeição, o papel de anfitrião dos monarcas e dilpomatas que nos visitavam.

Embora a história nos relate a existência, desde sempre, de embarcações engalanadas para a condução dos nossos soberanos, é difícil identificar a sua primeira utilização. Sabe-se, porém, que antes da construção da primeira galeota, nos primórdios da monarquia, o transporte da realeza era feito a bordo de embarcações, aparentemente vulgares, que depois de ricamente decoradas, cumpriam esta nobre função.

Marcando presença em cerimónias de gala e festejos reais, estas embarcações testemunharam diversos momentos históricos, nomeadamente a celebração de casamentos reais, a comemoração de vitórias e o enaltecimento de figuras públicas.

Vários são os episódios passados a bordo destas embarcações, como o encontro ocorrido em pleno rio Tejo, em 1383, entre o rei D. Fernando e D. Henrique de Castela, que celebrou a paz entre os dois reinos ibéricos. Conta-se, igualmente, que D. Manuel utilizava as galeotas para dar despacho aos assuntos públicos, enquanto se passeava pelo rio. Terá sido a bordo de uma galeota real que D. Beatriz seguiu, em 1521, para a nau «Santa Catarina do Monte Sinai», na qual se transportava semelhante embarcação, destinada a fazer o desembarque da princesa. Na viagem que fez para Lisboa, por ocasião do seu casamento com D. João, vinda de Espanha, D. Joana de Áustria é recebida pela Corte portuguesa numa esplenderosa e rica galeota. Posteriormente, D.Sebastião, seu filho, terá utilizado estas embarcações para se deslocar até às naus que o transportaram às praças do Norte de África, nomeadamente a Alcácer Quibir.

O período de governação filipina marcou a ausência das galeotas na paisagem fluvial, agora repleta de galés espanholas. Só em 1662 voltaram a descer às águas do Tejo, preparadas para embelezar mais uma cerimónia de casamento. Uma deslumbrante e colorida falua real, protagonizou o transporte de D. Catarina de Bragança até à nau-almirante da esquadra inglesa, que a conduziu a Londres, onde contraiu matrimónio com D. Carlos II de Inglaterra. Contudo, a presença de Filipe III, reforçou a imponência na construção das embarcações reais. Assim, foi em 1666 que se construiu o primeiro bergantim português.

Apesar da extraordinária e atribulada história vivida por estas embarcações, a documentação a ela referente é bastante escassa. Considerado como o mais precioso e completo documento alguma vez escrito sobre o assunto, o livro «Noções da Legislação Naval Portuguesa», elaborado pelo cabo das galeotas reais Manuel Pinto da Fonseca, constitui o verdadeiro repositório das memórias destas peças náuticas.
Resta acrescentar que para além da função de recreio, lazer e condução de cerimónias de Estado, as embarcações régias, de um modo geral, serviram, ainda, as componentes militar e científica, lideradas por alguns monarcas portugueses. Falamos dos reis D. Luís – o primeiro rei Oficial de Marinha – e D. Carlos – pioneiro e mentor dos trabalhos de Oceanografia e Ictiologia em Portugal. Destaca-se, ainda, a presença de embarcações reais em eventos náuticos de carácter desportivo.
Fotos: Mónica Franco

19 agosto 2011

Portugal na Balança da Europa e do Mundo

Em 1830, Almeida Garrett publicava em Londres uma das suas emblemáticas obras de teor político, intitulada “Portugal na Balança da Europa – Do que tem sido e do que ora lhe convém ser na nova ordem de coisas do mundo civilizado”. Dedicando-a à Nação Portuguesa, Almeida Garrett principiou a sua obra afirmando que “É sem duvida a servidão o mais insuportável dos males e o mais abominável dos flagícios: como nascidos que somos para a liberdade, nossa própria natureza a ela repugna; a existência se nos torna indiferente, e a morte que a termina lhe deve ser preferível”.

Chegamos ao actual estado de coisas com a nossa liberdade cada vez mais reduzida, obrigados à submissão para que nos seja possível sobreviver, sem alternativa a uma das mais permanentes características da nossa política externa que é a gestão de dependências, e regressados ao centro de um complexo tabuleiro geopolítico como há décadas não acontecia. Inevitavelmente, surge no horizonte a interrogação sobre a nossa viabilidade financeira enquanto estado soberano, agora que voltamos a ser bons alunos e até vamos merecendo nota positiva da troika FMI/BCE/CE, enquanto a União Europeia vai navegando à vista nesta crise das dívidas soberanas, que arrisca fragmentar ou aprofundar o processo de integração europeia, em relação à qual também as palavras de Garrett continuam actuais: “Somos chegados a uma crise da Europa, de todo o mundo civilizado; uma crise que há tantos anos se prepara, que tantos sintomas anunciavam próxima; cujos resultados desfarão todos os falsos e forçados antigos equilíbrios políticos, e os estabelecerão novos e regulares”.

Mas, apesar dos contornos indefinidos quanto ao desfecho desta crise, ainda para mais agora que também Itália e França parecem estar à beira de sofrer cortes no rating das respectivas dívidas públicas e, consequentemente, ver aumentar os juros cobrados para que se possam financiar nos mercados, o que realmente nos deve preocupar é que a viabilidade futura de Portugal depende, em primeiro lugar, da nossa esfera política interna. O estado português carece de uma verdadeira reforma estrutural que diminua abruptamente o peso deste na economia, o que passa por extinguir milhares de organismos, institutos, fundações e privatizar ou também fechar muitas das empresas do sector empresarial estatal. O Orçamento Geral do Estado para 2012 será a prova de fogo do actual governo PSD-CDS, nesta matéria. Só isto permitirá libertar recursos e diminuir impostos, assim criando um ambiente de maior competitividade e de incentivo à iniciativa privada, o qual estamos condenados a gerar se queremos que Portugal se mantenha enquanto estado soberano durante as próximas décadas. Se não conseguirmos gerar este ambiente, as empresas não produzirão, não gerarão riqueza, poupança e investimento suficiente para nos permitir liquidar sustentadamente as dívidas que temos.

Contudo, na balança europeia e mundial, também a nossa política externa tem um papel essencial a desempenhar no processo de recuperação da nossa liberdade. Tendo sido completamente reorientada com o advento da III República, poderá ter chegado a hora de a reorientarmos novamente. O vector europeísta da nossa política externa está cada vez mais esgotado, e esta, que sempre serviu para que procurássemos no exterior recursos para nos desenvolvermos internamente, precisa de se virar para onde estes existem e onde, ainda por cima, os seus detentores nos são histórica e culturalmente próximos. Sinais neste sentido têm aparecido nos últimos anos, com a valorização da cooperação com o Brasil e países da CPLP. Mas estas relações têm que ser reforçadas e têm que se concretizar e reflectir materialmente, indo muito para além da retórica, por mais difícil que seja a reafectação de recursos internos no prosseguimento da nossa política externa. O Atlântico sempre foi o principal vector desta, até 1974. Talvez esteja na altura de recuperar esta orientação, para que, como escreveu Fernando Pessoa, possamos cumprir Portugal.

Não será fácil, mas se há algo verdadeiramente constante na nossa História são as permanentes crises económicas, sociais e políticas em frente das quais nos soubemos reinventar. Cabe-nos, reportando-me novamente às palavras de Garrett, “não nos iludir com aparências, não nos cegar com facilidades. Temos estorvos grandes que remover, obstáculos imensos que superar, grandes e perplexas e quase inextricáveis dificuldades que deslindar e desembaraçar. (…) Venceremos, mas não sem trabalho. Havemos de triunfar, mas não sem sacrifício”.


Samuel de Paiva Pires

Fonte: Real Associação de Lisboa

A injustiça da não-discriminação

É injusto discriminar o que é igual, mas não o que é diferente


É como a gripe, esta recorrente mania: todos os anos, mais dia menos dia, lá aparece o vírus da não-discriminação, a propagar a epidemia do igualitarismo e a exigir, em consequência, a reestruturação de algum órgão ostensivamente discriminatório, ou a aprovação de leis que combatam a exclusão dos grupos sociais mais desfavorecidos.
Exagero? De modo algum! Em plena silly season, dois artigos do PÚBLICO, de 10 de Agosto passado, pugnam pela não-discriminação.
No primeiro, o autor insurge-se contra a composição alfacinha do Conselho de Estado. Segundo o dito ensaísta, este órgão só tem duas mulheres; não tem ninguém mais à esquerda do que os conselheiros de esquerda que já lá estão; não tem membros que não sejam de Lisboa, excepto os que o não são, como o autarca de Gaia e os líderes insulares; não tem nenhum representante da Igreja Católica, nem das artes, nem das letras, nem da sociologia (?!), nem da história, etc. Tudo, claro, por culpa do Presidente da República que, apesar de algarvio confesso, "lisboetizou", segundo a escrita do mesmo autor, o supostamente nacional Conselho de Estado.
Não me compete, como é óbvio, comentar a sua opinião política que, ao exigir a representatividade institucional dos vários grémios profissionais e sociais, parece eivada de um certo saudosismo corporativista. Não posso, contudo, deixar de registar a sua curiosa tese de que a justiça decorre da igual, ou proporcional, representação, nesse órgão consultivo do chefe de Estado, das mais expressivas condições ideológicas, regionais, religiosas, etc.
A bem dizer, com a mesma razão, ou falta dela, também se deveria exigir que o sexo feminino, o norte transmontano, o barlavento algarvio, os evangélicos, os fadistas e os mais exímios pensadores pátrios estivessem representados na nossa selecção de futebol, cuja composição também parece muito politicamente incorrecta, sobretudo se se pensar que essa equipa deveria ser, de algum modo, representativa da nação.
O outro texto versa sobre a Moldávia que, não obstante o assédio da libertina Comunidade Europeia, ainda resiste à política da total permissividade em relação à orientação sexual. Segundo "um estudo de percepções da população" - vá-se lá saber o que isto seja! - "os moldavos, afinal, discriminam. Discriminam, sobretudo, deficientes físicos ou mentais, pobres, portadores de HIV, homossexuais, ciganos, mulheres". Pelos vistos, segundo a abalizada opinião da autora do artigo, em que não falta o coitadinho do costume, este é o principal crime dos moldavos: "discriminam"! E, claro, uma nação que discrimina não pode fazer parte da nossa moderna e decadente Europa.
Mas, afinal, discriminar é mau? Por exemplo, quando se impede uma senhora corcunda de ser top model, está-se a cometer uma injustiça? E quando se proíbe que um invisual seja árbitro de futebol, pode-se afirmar que se está a ser iníquo? A não-aceitação de um paralítico, como membro da equipa nacional de atletismo, é um acto punível, por arbitrário e contrário às convenções internacionais dos direitos humanos e de defesa dos deficientes? A norma que impede os cidadãos originariamente estrangeiros, mas naturalizados portugueses, de concorrerem à Presidência da República, é ilegal por ser xenófoba? Uma escola que não aceita, para seu professor, um analfabeto, está a cometer um crime contra a igualdade de direitos que a Constituição consagra? A atribuição do Prémio Nobel da Química, a um determinado cidadão, tipifica um delito de injúrias aos restantes químicos? E se um encenador recusar a uma qualquer Julieta o papel de Romeu, ou a um qualquer Romeu o papel de Julieta, está também a incorrer num comportamento ilícito, neste caso por razão do respectivo sexo?
Discriminar é, apenas, distinguir. Será injusto quando distingue o que é igual, mas não quando diferencia o que é diverso. Os corcundas, os cegos, os paralíticos, os cidadãos nacionais de origem estrangeira, os analfabetos, os cientistas, os homens todos e todas as mulheres são iguais quanto à sua comum e inviolável dignidade humana. Mas não quanto às suas capacidades físicas e intelectuais, nem às correspondentes aptidões sociais, políticas e profissionais.
Aliás, a justiça não é, por definição, igualitária, mas discriminatória. Não trata a todos por igual, mas procura atribuir a cada qual o que lhe compete, não apenas em função da sua dignidade humana, mas também das suas características pessoais objectivas que, obviamente, não podem ser ignoradas, sobretudo quando se trata de lhes reconhecer uma específica função social. Não deixa de ser curioso que os grupos que antes mais apelavam à igualdade na diferença sejam também agora os que mais reivindicam a indiferença na desigualdade, na medida em que não toleram a discriminação do que é, logicamente, diferente.
Todos iguais? Com certeza, no que respeita à comum natureza e dignidade do ser humano, bem como a todos os direitos e liberdades fundamentais. Mas todos diferentes também. A ditadura do igualitarismo, ou da não-discriminação, não serve a causa da justiça: só seremos efectivamente todos iguais quando se reconhecer, também a nível social e jurídico, que somos todos diferentes.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: Povo

18 agosto 2011

«De Trindade Coelho, a propósito da morte da Rainha D. Amélia de Orleães (1951).

"Não dependo da realeza, como não dependo de qualquer facção partidária. A minha alma juvenil tem vibrações de entusiasmo sincero, desde entusiasmo franco e lhano, despreocupado e são, que não tem a pautá-lo a norma servil da conveniência.
 
Eu não sei genuflectir ante eminências sociais de qualquer categoria que sejam, não sei calar a voz da consciência para vir a público desempenhar o papel de turibulário oficial.
 
O preito que ora venho render à Majestade que passa é, por conseguinte, o preito de alguém que não tem nos lábios o sorriso que cativa para que ele lhe disfarce o veneno do coração.
 
Este preito antes de ser dirigido à Rainha é dirigido à Mulher; antes de ser a manifestação balofa da minha admiração pela púrpura e pelo arminho do manto - é o tributo do meu respeito à Virtude que enobrece e que tem a consagrá-lo as bênçãos dos infelizes.
 
A realeza do trono fez da princesa uma Rainha, a realeza da Virtude fez da Mulher um Anjo.
Por issu eu a saúdo na sua passagem, por isso eu curvo a minha fronte como a curvaria diante da minha mãe, e só diante dela.
 
E é sincera a saudação, e é bem justo o preito, porque tem a justificá-lo a realidade positiva dos factos.
 
Salve, pois, Rainha dos Portugueses! Caiam sobre ti as bênçãos do Céu como caem sobre os desgraçados as bênçãos da tua Caridade.
 
E é em nome dos desgraçados, em nome dos desprotegidos da sorte, que eu te venho saudar, a ti que se não tivesses um trono que te dá a tua posição e o teu sangue, havias de ter aquele que a virtude te levantou e ante o qual eu ajoelho com aquele respeito com que só o faço no túmulo de minha mãe.
 
Mais que os brilhantes da tua coroa, brilham as lágrimas de gratidão daqueles que a tua caridade protege. por isso te abençoamos, por isso nos orgulhamos de te respeitar como Rainha porque te adoramos como Mãe."

Nunca palavras destas foram ditas a respeito de alguém da República e muito menos ainda, da própria "criatura" que já há 101 anos nos sufoca e parasita.»
 

CRISE DE IDENTIDADE EM PORTUGAL

Andando pelas ruas dum tradicional lugar de veraneio, vejo jovens portugueses envergando t-shirts com figuras de indivíduos que nada têm a ver com a cultura portuguesa, europeia, ou, sequer, ocidental. Daria vontade de rir, pelo paradoxo e ridículo, caso não fosse um triste sinal da ignorância e da falta de referências de toda uma juventude. Dupla ignorância, pois nem lhes passa pela cabeça quem são os vultos que transportam ao peito, e porque, também por desconhecimento, não conseguem encontrar, na nossa riquíssima e apaixonante História, personagens para ostentar orgulhosamente junto ao coração. Sendo certo e sabido que um Povo que não tem memória não tem futuro, esta falta de referências — iconográficas e conceptuais —, por parte dos nossos mais novos, conduzirá, a curto prazo, à total e completa falta de identidade de Portugal. Resta-me pensar que esta situação se deve a uma nova forma de crise de crescimento; dos jovens, que não do País, porquanto os 900 anos de Portugal lhe conferem antes a elevação da sabedoria e não a insegurança da adolescência. Assim, quero crer que, se alguém tiver a iniciativa de produzir t-shirts com as imagens de D. Afonso Henriques, Nun'Álvares, Camões, Pessoa — e tantos outros santos, sábios e heróis —, haverá ainda portugueses prontos a vestir a camisola. Façam-se.
 
João Marchante

Fonte: Eternas Saudades do Futuro

17 agosto 2011

IV FEIRA HISTÓRICA E TRADICIONAL DE SERPA: 1640 - Restauração da Independência

De 19 a 21 de Agosto, o Centro Histórico de Serpa, decorado ao estilo da época, irá reviver a Restauração da Independência, com as personagens, actividades e histórias que marcaram localmente este tempo.

A Câmara Municipal de Serpa convida-o a participar na recriação do quotidiano seiscentista por ocasião da revolta contra a monarquia dos Filipes de Espanha e da aclamação de D. João IV, mergulhando no espírito e na mentalidade desse período.

Programa
Sexta-feira, dia 19
18h00 – Arruada de tamborileiros pelo burgo; anúncio da leitura de aclamação do Duque de Bragança por um mensageiro que chega a cavalo; salvas de canhão; concentração dos populares na praça do Paço.
19h00 – Cortejo Histórico para a recepção a D. João IV e D. Luísa de Gusmão
“1640 - A aclamação pública de D. João IV de Portugal é feita nas ruas de Serpa”
:: Leitura da Oração de aclamação d’ El-Rei (pronunciada por Francisco de Andrade Leitão em 15 de Dezembro de 1640);
:: Pronunciamento do Juramento por El-Rei;
:: Entoação do cântico Te Deum;
:: Arcabuzeiros e espingardeiros prestam homenagem com uma salva de tiros;
20h00 – Arregimentação de voluntários para incorporarem o Terço de defesa das Linhas da Raia; Treino de Piqueiros; Experimentação de armas de fogo;
22h00 – Danças indianas da corte do Rei de Cochim, vassalo da Coroa portuguesa; Treinos de Artilharia e continuação da recruta dos Piqueiros; Anúncio do concurso popular de trova;
24h00 – Espectáculo de malabares de fogo no palco da praça do Paço: A cobiça de Filipe IV de Espanha pelo naco lusitano;
01h00 – Passagem dos beleguins, de lampião, pelas ruas e praças mandando encerrar os festejos no burgo;
Sábado, dia 20
18h00 – Arruada de bombos pelas praças do Burgo; leitura do edital anunciando a criação da Guarnição de Serpa leal à Casa de Bragança; Convocatória de Homens, chamamento e comprovação das listas pelo tabelião; Notícias das colónias e das perdas de alguns territórios à mão de franceses e ingleses;
19h00 – Desfilada a Cavalo pelas ruas de Serpa, desembocando na praça do Paço; Escolha dos representantes da vila de Serpa às novas Cortes portuguesas (1641); aclamação dos procuradores e sua partida para a capital do Reino acompanhados pela comitiva a cavalo;
20h00 – Torneio de armas a cavalo para apuramento de cavaleiros no socorro às praças da fronteira, sob o comando do Capitão Matias de Albuquerque; partida das tropas comandadas pelo Capitão-mor D. Manuel de Melo para irem acudir a Santo Aleixo;
21h00 – Apresentação da embaixada de Macau que vem declarar o seu apoio à Casa de Bragança, com danças e exibições coreográficas de um dragão chinês;
22h00 – Espectáculo equestre na liça; Histórias de bandeirantes nas tabernas; Danças barrocas no Paço; Treinos de artilharia;
23h00 - Dramatização: “As Sanzalas do Brasil”;
24h00 - Leilão de um lote de escravos da Guiné;
01h00 – Passagem dos beleguins pelas praças com a missão de encerrarem os festejos por via do descanso da noite;
Domingo, dia 21
18h00 - Arruada de bombos pelas praças do Burgo; a chegada de presos de delito comum, trazidos à praça de armas, para serem benzidos e receberem o indulto régio sob condição de defenderem a coroa e a vila de Serpa;
19h00 - Julgamento de dois malfeitores capturados
20h00 - Torneio de armas a cavalo em justa singular pelo desagravo da honra de um dos fidalgos; Cavalhada pelas ruas com o fidalgo vencedor à cabeça;
21h00 - Espectáculo equestre na liça; Treinos de artilharia, explosão de um paiol e socorro dos feridos; sermão do pregador da capital sobre os malefícios das heresias; notícias da guerra na Catalunha;
22h00 - Teatralização do pedido dos procuradores às Cortes de 1641, com as respostas D’el Rey e explicação da atribuição do estatuto de “notável” na praça do Paço; Treinos de artilharia; sátira sobre a defenestração de Miguel de Vasconcelos;
23h00 – Ataque de um terço espanhol e seu rechaçamento pela Guarnição de Serpa (Disparo de canhões e de bombardas);
24h00 – Procissão e Auto de Fé de heréticos e de cristãos novos judaizantes;
01h00 – Encerramento da Feira da Histórica e Tradicional com fogo de artifício;
“A Ralé nas Guerras da Restauração” (animação ambulante durante os 3 dias da Feira): do pregador João à Taberneira Maria, passando pelos loucos, proxenetas e outras ralés da época, vários personagens animam a Feira Histórica e Tradicional de Serpa, interagindo com o público, recreando costumes e comportamentos do dia-a-dia do Povo na época da Restauração da independência Portuguesa .

16 agosto 2011

SAR D. Duarte: «Instituição de nível internacional»

SAR D. Duarte Pio, Duque de Bragança enalteceu o papel do Benfica no plano nacional e internacional, no programa da Benfica TV, "Zona de Decisões", que vai ser transmitido esta segunda-feira, pelas 21 horas.

"O futebol, e nomeadamente o Benfica, têm contribuído muito para a manutenção da língua portuguesa e para a ligação dos países lusófonos com Portugal", sublinhou o D. Duarte.

O Duque de Bragança ainda comparou o Benfica ao fenómeno religioso: "É uma das grandes instituições portuguesas, conhecida em todo o Mundo. O papel do clube tem sido muito o de representar Portugal pelo Mundo. Benfica e Fátima são as duas instituições portuguesas a nível internacional. Mesmo quando têm insucessos desportivos, no que respeita a ética, a bom comportamento dos jogadores, são embaixadores de Portugal".

Fonte: Record

Um pacote de açúcar de valor Real

13 agosto 2011

Gente republicana carreirista … empregados a “dias” do regime

Esta gente republicana carreirista tem sempre o sonho subliminar de um dia ser presidente, aliás alguns dizem que são republicanos porque podem ser “presidentes” … como se o mundo fosse honesto e inocente e todos tivessem a mesma igualdade nos países republicanos, mas adiante … a Geração do 12 de Março que o diga.

As pessoas felizmente já começam a ver com os próprios olhos, mesmo os republicanos mais “ferranhos” quando são confrontados com o paradoxo republicano e quando já não têm meios de argumentação dizem que “são porque são” … mesmo que não tenham defesa possível. As pessoas já viram que a Monarquia é tão superfula que é mais barata, e quando apontam que Isabel II é das mais caras da Europa esquecem-se que ela também é Chefe de Estado da : Austrália, Nova Zelândia, Canadá,etc … e da CommonWealth. Mesmo assim o custo percápita fica mais barato do que o Cavaco em Portugal.

Mas agora vamos directamente a casos práticos deixando o glamour, vamos o nosso bolso ! :

- Um Rei ou Rainha numa Monarquia Constitucional pode ser destituído pelo Parlamento se este achar que não tem condições para reinar, no caso da Constituição Republicana Portuguesa o Presidente só pode ser destituido se for provado que cometeu Crime … se for maluco ou doente fica lá na mesma.

- Não há limite de idade para um Rei assim como não há limite de idade para um Presidente da República.

- Um Presidente pode demitir um Primeiro Ministro (Bomba Atómica) o mesmo não acontece com qualquer Rei na Europa.

- Excepto Eanes mais nenhum Presidente foi independente, todos vieram de passados políticos, logo alguém vai acreditar no Árbitro do Jogo FCP-SLB se ele for de uma das equipas desde “pequenino” ?

Um Governo de Iniciativa Real dá a garantia ao governo e à oposição de defesa dos direitos e garantias de cada uns, Um Governo de Iniciativa Presidêncial só dá garantia aos que são da sua “cor”.

Fonte: Causa Monárquica

Museu da Marinha - Sala das Camarinhas Reais

Nesta sala podemos apreciar as camarinhas utilizadas pelo rei D. Carlos e pela rainha D. Amélia, preservadas após o desmantelamento do iate «Amélia» em 1938, assim como porcelanas, cristais e faqueiros que fizeram parte da palamenta daquele iate real.


Camarinha do Rei D. Carlos
 

Camarinha da Rainha D.Amélia
 
No mais genuíno estilo inglês, as camarinhas proporcionavam um ambiente acolhedor e privado, mesmo num navio que não ultrapassava os 70 metros de comprimento. Os objectos pessoais, os quadros e a escrivaninha permitem um olhar quase intrusivo sobre a vida íntima da família real portuguesa.
 
O "Amélia" tornou-se, por circunstâncias históricas, um dos navios portugueses mais emblemáticos. Adquirido por D. Carlos para responder às necessidades das campanhas científicas, também foi protagonista de viagens de Estado da família real.

11 agosto 2011

Em Londres, a Família Real portuguesa


Por sugestão do Combustões, aqui está um interessante video da British Pathé, onde surge a Família Real portuguesa presidindo a uma cerimónia de entrega de prémios. D. Manuel II, a Rainha D. Augusta Vitória e como sempre, uma sorridente, bem disposta e faladora Rainha D. Amélia.

Para melhor visualizarem o filme, não deixem de ampliar o ecrã.

 Nuno Castelo-Branco

Fonte: Estado Sentido