13 agosto 2011

Museu da Marinha - Sala das Camarinhas Reais

Nesta sala podemos apreciar as camarinhas utilizadas pelo rei D. Carlos e pela rainha D. Amélia, preservadas após o desmantelamento do iate «Amélia» em 1938, assim como porcelanas, cristais e faqueiros que fizeram parte da palamenta daquele iate real.


Camarinha do Rei D. Carlos
 

Camarinha da Rainha D.Amélia
 
No mais genuíno estilo inglês, as camarinhas proporcionavam um ambiente acolhedor e privado, mesmo num navio que não ultrapassava os 70 metros de comprimento. Os objectos pessoais, os quadros e a escrivaninha permitem um olhar quase intrusivo sobre a vida íntima da família real portuguesa.
 
O "Amélia" tornou-se, por circunstâncias históricas, um dos navios portugueses mais emblemáticos. Adquirido por D. Carlos para responder às necessidades das campanhas científicas, também foi protagonista de viagens de Estado da família real.

2 comentários:

Carlos Gomes disse...

O Iate "Amélia" são na realidade quatro navios baptizados com o mesmo nome, o último dos quais transportou a família real para Gibraltar e foi posteriormente rebaptizado como "5 de Outubro". A este propósito, para além do artigo no boletim "Hidromar" já aqui reproduzido, também a revista da Armada publicou nos seus últimos quatro números, na sua contra-capa, os artigos referentes a esses quatro navios - Iate "Amélia" -, os quais fazem parte de uma série agora iniciada dedicada aos navios hidrográficos da Marinha Portuguesa. Podem ser lidos em http://www.marinha.pt/PT/noticiaseagenda/revistadaarmada/Pages/RevistadaArmada.aspx
A atribuição do nome da Rainha D. Amélia em honra da sua madrinha constitui uma tradição que era também usual noutros países, como sucedeu com o navio Princesa Alice, do Príncipe Albert, do Mónaco, que partilhou com o Rei D. Carlos o interesse pela Oceanografia e realizou inclusive estudos nos Açores.

Carlos Gomes disse...

Esta camarinha foi retirada do Iate "Amélia", o quarto com essa designação, após a implantação do regime republicano, tendo o navio sido rebaptizado em "5 de Outubro". O mesmo sucedeu com as galeotas reais que foram providencialmente guardadas durante várias décadas num armazém situado no local da Azinheira, no Seixal, até terem sido transferidas para o Museu de Marinha onde actualmente se encontram.