13 março 2012

Reclamar para quê?

O cidadão Cavaco Silva, que com 25% (mais coisa, menos coisa) dos votos dos portugueses, conseguiu um Contrato de Comodato no Palácio de Belém, e é, por isso, Chefe de Estado tem duas facetas bem distintas no seu comportamento.
Ou não abre a boca, nem para dizer se chove ou faz bom tempo, ou… quando abre, não raro, é infeliz.
Desta vez, vá lá, disse uma série de verdades acerca do ex-primeiro ministro, José Sócrates que, ao que parece, tem incomodado toda a esquerda e, em especial, a rapaziada do Largo do Rato e da Rua do Grémio Lusitano.
Ainda não protestaram todos mas, com o tempo, lá chegaremos.
E todos reclamam das indelicadezas do Presidente, da extemporaneidade das suas afirmações, da falsidade das mesmas, enfim, o choradinho do costume.
Pessoalmente acho que o Presidente da Republica disse pouco. Havia muito mais para dizer. Do Chefe do Gang e dos seus sequazes mas… já não foi mau. Antes tarde, que nunca!
Mas, aquilo que mais incomoda os “reclamantes” é o facto de acharem, e muito bem, que o Chefe de Estado não deveria entrar por este caminho.
Que o Chefe de Estado deveria ter uma postura equidistante dos Partidos Políticos.
Que estas críticas, a um ex-governante, não estão certas. Não são próprias de um Presidente da República.
Naturalmente terão razão!
Só que tudo o que os reclamantes anseiam não é praticável no sistema republicano.
É verdade!
A isenção, o suprapartidarismo, são apanágio do sistema Monárquico Constitucional!
O sistema que, em 1910, os antecessores destes senhores trocaram por este!
O Senhor Cavaco Silva é membro destacado dum partido.
O Senhor Cavaco Silva foi e é um político afecto a esse mesmo partido.
O Senhor Cavaco Silva e os seus antecessores, bem o repetem, mas sabem que não é verdade, ele não é o Presidente de todos os Portugueses.
Mal as campanhas começam já os portugueses estão divididos!
No final, é o que se vê. Um Chefe de Estado eleito com 25% dos votos!!!!
Não tratem mal o Senhor Cavaco Silva.
A culpa não é dele.
A culpa é do regime.
João de Mariz Sarmento Macieira

Fonte: Movimento de Unidade Monárquica

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