31 outubro 2012

D. Manuel e o Manuelismo

A elevação de D. Manuel II ao trono foi tão abrupta, que não houve tempo para se reunir em volta dele nenhum desses grupos que gravitam perto dos príncipes herdeiros, com um vasto e ambicioso programa de reformas destinado a mudar a feição do país. Por isso o seu reinado ficou preso a uma classe política gasta, operando num ambiente degradado. No entanto, apesar das circunstâncias que concorriam para apagar a sua personalidade política, o jovem monarca revelou uma aguda consciência ética e estratégica sobre o modo como devia desempenhar-se da sua missão dinástica e salvar a monarquia. O primeiro acto da vontade régia, pôr termo à experiência franquista e inaugurar a política da “acalmação”, foi aquele que ficou marcado na memória histórica como a feição característica do seu reinado, e constituiu sem dúvida um sinal de fraqueza do regime, que o partido republicano estava preparado para explorar. Se a actuação política de D. Manuel se tivesse reduzido a esta substituição de uma política por outra, a sua herança histórica seria um traço de inabilidade estratégica, embora firmado com uma vontade forte. Mas foi muito mais longo o alcance do seu pensamento e da sua acção.



A vontade de romper o cerco em que a política rotativista o encarcerava foi um dos traços mais salientes da sua actuação enquanto rei. Empenhado em cumprir os seus deveres de soberano católico, procurou fazer-se o advogado das classes pobres junto do governo, e para isso abriu uma ligação directa ao seu povo, correspondendo-se pessoalmente com os dirigentes do movimento operário, Azedo Gneco e Aquiles Monteverde, que lhe transmitiam as impressões recolhidas nos meios mais indigentes. D. Manuel recolhia essas notas e transmitia-as aos seus ministros, que sem pressas nem excesso de zelo iam adoptando algumas das recomendações régias. Na opinião do rei, ao imperativo moral de melhorar as condições de vida dos mais pobres, juntava-se o imperativo político de subtrair os operários à influência da propaganda republicana, explorando as divisões entre o movimento operário e o partido republicano. Neste ponto mostrava uma apurada sensibilidade política, pois o conflito entre as duas forças era profundo e veio a rebentar com violência durante a vigência da república.

Mais ambicioso do que este plano, e procurando atingir o âmago das fraquezas nacionais, foi o empenhado esforço com que D. Manuel se debruçou sobre o vasto inquérito encomendado ao sociólogo francês Léon Poinsard. Esta autêntica sumidade da escola de Frédéric le Play, que iniciara os estudos de campo em sociologia, deslocou-se a Portugal em 1909, com a incumbência de procurar as razões profundas do estado de decadência em que o país se atolara. Viajou de Norte a Sul, estudou os mais variados meios sociais, familiarizou-se com os meios citadinos e rurais, leu a história portuguesa e consultou a mais moderna investigação etnográfica sobre o modo de vida material, cultural e religioso de cada província. Apurou dados estatísticos e económicos, comparou a divisão da propriedade nas várias regiões, e produziu no final um diagnóstico tão profundo como até então não se conhecera, sobre o estado social da nação portuguesa. O estudo de Léon Poinsard, publicado em livro com o título de “Portugal Ignorado” (1912), ficou concluído depois da mudança de regime, e leva no fim uma nota sobre os últimos acontecimentos políticos.

O diagnóstico de Léon Poinsard revela causas históricas e sociais na raiz dos problemas portugueses, vendo na instabilidade política e na debilidade do tecido económico as consequências de um mal mais profundo – a secular desorganização da sociedade, alicerçada numa estrutura familiar sem grande consistência. Portugal é caracterizado como um país que desde vários séculos atrás “se desviou do regimen normal do trabalho”, por circunstâncias históricas como a expansão ultramarina , a abundância de escravos ou a ociosidade das classes dominantes. “Poucas nações teem passado por circumstancias desorganizadoras tão profundas e contínuas como as que o povo portuguez tem sofrido”. Passando em revista as soluções que os sucessivos governos adoptaram ao longo dos tempos para contrariar a estagnação e decadência da nação portuguesa, mostra a pouca eficácia e o curto alcance das políticas adoptadas, por não atacarem as raízes do problema. E aponta as necessidades do país, destacando, de todas elas, a prioridade maior: a reconstituição da estrutura da família portuguesa.

No interior do livro deixa um apontamento sobre a atenção que o rei D. Manuel dedicou áquele inquérito, não apenas acompanhando os passos da investigação, mas definindo-lhe mesmo alguns dos objectivos. Reconhecendo que o rei era mediocremente aconselhado e não tinha experiência nem autoridade para dominar os partidos, impondo-lhes reformas profundas, acrescenta que ele “era animado das melhores intenções e do mais vehemente desejo de exercer inteligentemente e com utilidade para o paiz as suas elevadas funcções de rei”, revelando depois: “Tomara grande e directo interesse pelos nossos estudos sobre Portugal e empenhara-se por conhecer-lhes prontamente o resultado. Tivemos de responder minuciosamente a uma serie de perguntas redigidas pelo seu proprio punho e que denotavam uma intelligencia muito viva e uma precoce circunspecção de espírito pouco vulgar na sua idade”.

Dada a curta duração do reinado de D. Manuel, ficam-nos apenas indícios como este, para conhecermos o que poderia ter sido o manuelismo no seu período reinante. O outro manuelismo, que se definiu penosamente no exílio, lutou durante 22 anos para se fazer ouvir pelos seus mais zelosos servidores. Depois de 1910, as relações de D. Manuel com as suas hostes formaram uma tortuosa trama, feita de desencontros entre os ímpetos guerreiros dos segundos e o tranquilo planeamento político do primeiro. O rei via o movimento monárquico como um agrupamento político unido, pacífico e ordeiro, com um chefe nomeado por ele, e servido por jornais que explicassem claramente a visão política do monarca. Mas os seus fiéis não aceitavam impávidos os enxovalhos que a república lhes infligia, respondiam ao golpismo republicano com monárquico golpismo, e aclamavam um chefe, que não o escolhido pelo rei.

Os acontecimentos do 5 de Outubro douraram o perfil de Paiva Couceiro com as cores do heroísmo, erguendo-o ao papel de supremo paladino da monarquia, o único oficial que se batera com denodo no meio da cobardia generalizada. Espontaneamente foi tomado por chefe dos monárquicos e olhado como o comandante natural de qualquer movimento restaurador. Couceiro tomou o lugar que a opinião pública lhe conferia e norteou o movimento monárquico para a via da conspiração armada. Contrariava assim a vontade política do rei exilado, que sempre afirmou pretender o seu regresso quando fosse chamado ao trono pela vontade da nação, livremente expressa. Deve notar-se que semelhante exigência parecia uma abdicação. No regime que se vivia em Portugal, não se vislumbrava possibilidade alguma de essa condição se reunir, pois a república não mostrava o mais leve empenho em consultar a vontade da nação, ou em permitir que esta se exprimisse por qualquer meio que fosse.

O inesperado triunfo da república mostrara que uma vitória pela força das armas arrasta consigo, nos dias posteriores, uma onda de conversões e adesões espontâneas, que ajudam a consolidar o terreno conquistado. Por isso, a doutrina prevalecente no campo monárquico, mesmo entre aqueles que mais acreditavam nas virtudes do sufrágio, como Paiva Couceiro, era a de restaurar a monarquia e depois referendá-la.D. Manuel via-se rodeado de uma hoste que se batia em seu nome sem o consultar. Foram necessários anos de porfiados esforços para que D. Manuel conseguisse imprimir a sua política ao movimento monárquico. As incursões de 1911 e 1912 foram um sinal de impotência e desorganização dos monárquicos, mas deram alento aos mais combativos, e provocaram nova onda de repressão, que fez renascer das cinzas uma imprensa monárquica mais aguerrida, pronta a enfrentar as vagas de apreensões e empastelamentos.

Em 1914 publicavam-se em Lisboa 14 jornais monárquicos, 3 dos quais dedicados à caricatura política. As arbitrariedades da governação republicana davam abundante pasto à ironia e ao sarcasmo. Mas sentia-se a necessidade de ir mais longe do que a simples publicação de comentários mordazes aos actos do poder político. O principal conselheiro de D. Manuel, Aires de Ornelas, vivendo em França, acompanhou o renascer do sentimento monárquico sob a inspiração de Charles Maurras e da “Action Française”. Admirador da obra de “saneamento intelectual” que se operava em França, graças crítica dos princípios revolucionários, o antigo ministro franquista pensou no modo de transferir para Portugal o renascimento dos valores tradicionais. Reconhecendo nas ideias revolucionárias que fermentavam em Portugal o figurino de origem francesa, facilmente deduzia a necessidade de importar também a crítica das mesmas. Em Abril de 1914 Aires de Ornelas publicava um opúsculo intitulado “as doutrinas políticas de Charles Maurras”. Mas onde ele via apenas a crítica dos princípios “revolucionários”, ou “republicanos”, podia-se ver também uma condenação do parlamentarismo e da monarquia constitucional. Tal consequência seria abundantemente explorada por um movimento, que estava prestes a irromper na política portuguesa. O Integralismo Lusitano, criado no mesmo ano, deu-se a conhecer ao público com um vasto programa de crítica e reforma da mentalidade portuguesa. Com um verbo acutilante, lançado em várias direcções, golpeava duramente a política republicana e os seus antecedentes liberais, atacando-lhes os alicerces filosóficos, científicos e sociológicos. O movimento monárquico ganhava novo poder de atracção.
Em Agosto de 1916 começou a publicar-se o “Diário Nacional”, órgão da Causa Monárquica. O manuelismo conseguia finalmente constituir-se em partido, com um jornal matutino dirigido por Aires de Ornelas, lugar-tenente de D. Manuel. A política nacional passava a ser diariamente analisada pela perspectiva monárquica superiormente orientada.
Mas em 1918 o movimento restauracionista voltou a mergulhar na via conspirativa, à margem das instruções régias. O sidonismo, apoiando-se nos monárquicos, deu-lhes a consciência da força que tinham. Largamente representados no parlamento, no governo e no exército, não estavam dispostos a deixar que o poder voltasse às mãos do republicanismo radical. A Monarquia do Norte e a revolta de Monsanto, em Janeiro de 1919, foram o resultado desta actividade conspiratória, que terminou com mais uma vitória da república, e a prisão ou o exílio dos mais activos monárquicos.

Em meados de 1919, encontrando-se a Causa Monárquica privada dos seus chefes, uma delegação do integralismo lusitano dirigiu-se a Inglaterra, onde se encontrou com D. Manuel para lhe pedir que se definisse com mais clareza sobre pontos de política e que imprimisse uma nova direcção à Causa Monárquica. O rei recusou-se a tomar como seus os princípios anti-liberais do integralismo, afirmando-se rei constitucional, e confirmou o seu lugar-tenente Aires de Ornelas, que se encontrava preso, na chefia da Causa. O integralismo lusitano, reconhecendo a incompatibilidade entre as suas doutrinas e as do constitucionalismo, de que o rei se mostrava inabalável fiador, decidiu desligar-se da obediência a D. Manuel e procurou um entendimento com o partido legitimista. A cisão não foi seguida por todos os integralistas. Houve um grupo que continuou a reconhecer D. Manuel e a militar nas fileiras da Causa Monárquica: João Ameal, Caetano Beirão, Alfredo Pimenta, António Cabral, Luís Chaves, Fernando Campos e outros, constituíram uma corrente autónoma, que veio a chamar-se Acção Realista, e a publicar uma revista de doutrina política com o mesmo nome. O integralismo mantinha assim um braço muito activo no interior da Causa Monárquica, o que trouxe a esta um clima de intenso debate ideológico ao longo dos anos 20. A juventude da Causa Monárquica lançou em 1925 a “Portugália”, revista de “tradição, cultura e renovação nacional”, dirigida por Fidelino de Figueiredo. Foi nas páginas desta revista que se iniciou uma das mais importantes controvérsias doutrinárias entre monárquicos. O Conselheiro Luís de Magalhães, procurando aplanar as diferenças entre constitucionalistas e integralistas, publicou um artigo sobre “o tradicionalismo da carta”, onde interpretava o documento basilar da monarquia constitucional como uma adaptação moderna dos princípios da monarquia tradicional, mantendo todas as prerrogativas do poder régio e conservando a representação nacional dividida que como nas antigas côrtes, pois os três estados encontravam-se representados nas duas câmaras da monarquia constitucional: nobreza e clero na Câmara dos Pares, Povo na Câmara dos Deputados. Este texto foi objecto de uma rigorosa crítica por parte de Caetano Beirão, nas páginas da “Acção Realista”, à qual Luís de Magalhães replicou com ampla argumentação, que juntou no livro “Tradicionalismo e Constitucionalismo”. A obra de Luís de Magalhães, em que Barrilaro Ruas via um dos mais altos expoentes do tradicionalismo português, é decerto a mais completa compilação da doutrina do manuelismo, e nela se pode avaliar a evolução de uma corrente política que, começando como simples profissão de fidelidade ao regime caído em 5 de outubro, foi ganhando consistência e visão crítica do período constitucional. A Causa Monárquica tinha, entretanto, recebido instruções de D. Manuel para definir com maor precisão a sua doutrina, procurando um acordo entre as suas correntes, mas mais uma vez as controvérsias entre integralistas e constitucionais fizeram arrastar a redacção do texto unificador, que esteve perto da conclusão, mas estancou quando se discutia o último ponto. O manuelismo ficou assim privado do seu manifesto definitivo, mas no caminho para o alcançar produziu suficiente reflexão ideológica para enriquecer o património do pensamento político português.

Carlos Bobone in Correio Real 8

Fonte: Real Associação de Lisboa

29 outubro 2012

Juventude Monárquica Portuguesa na Feira Nacional do Cavalo 2012 - Golegã

Amanhã: Festa de Apresentação do PATEO REAL Golegã 2012 by JMP powered by Grey Groose - Picadeiros RFM e MegaHits - no BBC (Belém). As senhoras não pagam entrada e recebem 1 bebida serviço na guestlist até às 18h de amanhã. Bebida de servico: Grey Groose Vodka. Guest comigo!
 
A Juventude Monárquica Portuguesa convida-te para o maior evento da Feira Nacional do Cavalo 2012, num espaço totalmente renovado e dirigido ao público jovem aficionado. Estamos presentes pela primeira vez na Golegã, no Picadeiro RFM como PATEO REAL by JMP, de 2 a 10 de Novembro, com festas temáticas diárias e vários Dj's convidados de renome a nível nacional.

O valor de aquisição da pulseira (para todo o evento) é de 10 €, dos quais 1€ reverte para ajudar o Forcado Nuno Carvalho do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita. Informa-te como a comprar em pateoreal.jmp@gmail.com
 
 
Programa AQUI

28 outubro 2012

Pela Instituição Real


O que nós mais precisamos é de continuidade estratégica em política, que apenas a Instituição Real, de ampla representação e apartidária, pode dar voz e asseverar. Não basta tão-somente pensar políticas correctas, é necessário nelas perseverar. Monarquia, constituição e uma democracia parlamentar reforçada é uma configuração politicamente bem estruturada, benéfica à eficácia da democracia e, enfim, à afirmação portuguesa.

Pedro Furtado Correia
 
Fonte: Caderno Monárquico

BARCELOS HOMENAGEIA S. NUNO DE SANTA MARIA

Santa Casa da Misericórdia inaugura estátua no dia 3 de Novembro
Barcelos homenageia no próximo dia 3 de Novembro uma das grandes figuras da História de Portugal e da Igreja: S. Nuno de Santa Maria. A Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, com o apoio da Câmara Municipal, vai erigir uma estátua em honra do Santo, a primeira em território nacional após a canonização, ocorrida em Abril de 2009.

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Na conferência de imprensa de apresentação do programa da homenagem a S. Nuno de Santa Maria, o Provedor da Santa Casa explicou os motivos desta iniciativa: “cultivar a feição e culto por parte dos barcelenses ao homem e ao santo”. António Pedras evocou o papel do Condestável na defesa da pátria, durante a crise dinástica de finais do século XIV e a importância de D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431) na fundação da dinastia brigantina – foi 7.º Conde de Barcelos (1385-1401). Acresce a sua vocação religiosa que culminou no recolhimento, nos últimos anos de vida, no Convento do Carmo. Para S. Nuno de Santa Maria, “a pátria compagina com a religião que abraçou”, referiu ainda António Pedras.

Na conferência de imprensa, o Presidente da Câmara manifestou a satisfação pela associação do Município a esta homenagem. Miguel Costa Gomes referiu os apoios prestados a esta iniciativa da Santa Casa – a cedência do espaço e todos os trabalhos necessários à implantação da estátua, bem como o apoio logístico e financeiro.

“Esta é uma obra importante para a Igreja, para a Santa Casa e para o Município”, disse ainda Miguel Costa Gomes.

A estátua será localizada numa envolvente patrimonial nobre da cidade – no jardim junto ao edifício da Câmara Municipal, da Igreja Matriz, do antigo Paço dos Condes e da estátua de uma outra importante figura da Igreja: D. António Barroso.

A concepção da estátua pertence a um grupo de escultores e arquitectos, entre 30 propostas apresentadas a concurso. É feita de bronze e tem cerca de dois metros de altura. O seu custo está estimado em 56 mil euros, acrescido de IVA, e será pago por subscrição pública.

A Santa Casa pretende dar uma importância nacional à homenagem, fazendo justiça a vontades anteriores de levar a cabo uma “condigna comemoração” do Santo. Para isso, elaborou um programa a decorrer nos dias 2 e 3 de Novembro.

No dia 2, às 18h00, realiza-se uma conferência sobre S. Nuno de Santa Maria, proferida por Jaime Nogueira Pinto, no auditório da Câmara Municipal de Barcelos.

No dia 3, as cerimónias serão presididas pelo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e contarão com a presença de D. Duarte de Bragança e esposa, do Núncio Apostólico, do Arcebispo Primaz de Braga, de deputados eleitos pelo círculo de Braga, da Câmara Municipal de Barcelos, entre outros.

Haverá uma missa solene na Igreja Matriz de Barcelos, às 11h00. A cerimónia de inauguração da estátua terá lugar às 15h00. Durante esta cerimónia serão prestadas honras militares ao Condestável do Reino, como às Forças Armadas Portuguesas e a todos quantos morreram pela Pátria.

Às 18h00, na Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, realiza-se um concerto musical pela Banda do Exército, com o Coral da Madalena.

Fonte: AUREN

26 outubro 2012

Ainda o discurso de SAR D. Duarte de Bragança


O discurso proferido pelo herdeiro do trono, S.A.R. Dom Duarte Pio, no passado dia 5 de Outubro é, talvez, o único em que foi perceptível alguma preocupação com a situação das famílias portuguesas, vítimas dos falhanços da acção política republicana (responsável pelos problemas actuais de Portugal). D. Duarte mostrou ter uma visão global dos problemas do nosso país, e pensar nas possíveis soluções, o que o demarca de todos os outros discursos proferidos nesse dia, pelos políticos pró e anti-situacionistas.

D. Duarte foi o único que falou, verdadeiramente, de temas que preocupam as pessoas. Um desses temas foi o modelo económico insustentável que temos seguido e que foi sempre incentivado classe política portuguesa. Um erro. Os nossos políticos, como bem salientou D. Duarte, não foram até agora capazes de incentivar um modelo económico sustentável e que garanta o bem-estar de todos. Esta questão foi ignorada pelos situacionistas, e criticada por anti-situacionistas, como Mário Soares e António Costa, mas com o claro objectivo de simularem a posse de soluções milagrosas para o problema. S.A.R. foi diferente, pois abordou a questão não só de um ponto de vista cívico e ético, mas lembrando que a acção política republicana é uma causa importante da gestão administrativa deficiente que Portugal tem tido desde 1910. Uma gestão que se mantém ainda hoje, apesar do progresso que temos vindo a assistir ao longo das décadas, como podemos verificar no agravamento das assimetrias regionais, na gradual desertificação do interior do território e no aumento das desigualdades sociais.

D. Duarte, enquanto Chefe da Casa Real, defendeu neste discurso o acesso à igualdade de oportunidades. Mas ao contrário do debate vazio entre igualdade de oportunidades e esforço laboral, que vemos entre os políticos situacionistas e anti-situacionistas, D. Duarte soube recordar que o acesso à igualdade de oportunidades deve ser dado sem descurar o esforço laboral de cada um, que também deve ser justamente recompensado. Embora D. Duarte reconheça a importância do trabalho e esforço dos funcionários públicos, tal com os anti-situacionistas, lembrou também que, neste momento, quem suporta o Estado não são os funcionários públicos mas sim os cidadãos e as empresas privadas. S.A.R., no seu discurso, ultrapassou em qualidade e correcção as críticas dos anti-situacionistas, ao exigir aos políticos respeito na gestão do dinheiro público. Tal posição contrasta com discursos de políticos demagógicos, que apenas sabem exigir diminuições de impostos, uma medida que, quando podem chegar ao Poder, nunca cumprem de facto.

Mas o que mais distingue o discurso de D. Duarte de todos os outros é a visão de conjunto alargada que mostra ter. Chamou a atenção para os efeitos da crise europeia na sociedade e para a importância da solidariedade; relembrando a história, propôs repensar Portugal de forma a que todos possam ter uma vida socialmente útil, ver o mérito do seu trabalho reconhecido, ter família e contribuir, com a sua acção, para o engrandecimento do país (acompanhado de um repensar do sistema político e das instituições, com o objectivo de se atingir uma efectiva justiça social e coesão económica e territorial, aproximando os políticos dos cidadãos).

À luz de tudo isto, S.A.R. reforçou as vantagens da instituição real no século XXI para criar na figura do rei um factor de coesão nacional: o rei procura compreender a vida nacional e agir pelo interesse do país. Portugal precisa de um novo paradigma político que una todos os cidadãos, e no qual a Coroa é o garante da sua execução. D. Duarte defende que a chefia do Estado deve assentar na Coroa porque esta representa a continuidade histórica, bem como uma garantia de isenção face às facções políticas, de eficácia e transparência política e um passo importante no combate à partidocracia. Através do seu discurso, D. Duarte apoiou a acção diplomática de Portugal na União Europeia (cuja sustentabilidade é possível se Portugal conseguir ser ouvido em pé de igualdade com todos os outros), bem como no campo da Lusofonia. Em ambas, considera, o papel de um rei, como representante por excelência da cultura, história e língua da nação, poderá ser uma mais-valia.

Tal como D. Duarte, eu também acredito na Monarquia, que vejo como um regime capaz de alcançar a união e promover a coesão nacional. Tal como lembrou D. Duarte no seu discurso, é curioso ver como os vários países europeus que mantiveram a Monarquia continuaram a marchar rumo ao progresso, e são dos países mais desenvolvidos do Mundo, e têm mentalidades mais dinâmicas e inovadoras do que a portuguesa. Mas apesar de acreditar em tudo isso, eu, tal como D. Duarte, também acredito que tudo isto só voltará a Portugal se for essa a vontade popular, ao contrário da acção radical de golpistas, de carbonários e das “Formigas Brancas” de antigamente.

Viva Portugal! Viva a Monarquia! Viva D. Duarte!

Vítor André Ferreira Monteiro

Fonte: Movimento de Unidade Monárquica

25 outubro 2012

Uma questão de especialização e know-how

É transversalmente sabido que a especialização é a maior alavanca do progresso.

Quanto mais especializado for um agente, maior a sua capacidade para poder responder a um problema e solucioná-lo. Sempre foi assim e sempre será assim.

O know-how, savoir-faire ou conhecimento processual é o conhecimento de como executar alguma tarefa…como executá-la melhor do que aquele que não tem esse conhecimento.

Ainda bem que temos um carpinteiro, homem que dedicou a sua vida às técnicas de trabalhar a madeira para poder reparar um móvel lá de casa e/ou construir um armário. Com esse know-how ele proporciona-nos melhor condição de vida.

Ainda bem que temos um canalizador, homem que dedicou a sua vida às técnicas de trabalhar os sistemas de águas e canalizações das nossas moradias para poder reparar algum entupimento ou torneira que pinga lá de casa. Com esse know-how ele proporciona-nos melhor condição de vida.

Ainda bem que temos um mecânico, homem que dedicou a sua vida às técnicas da mecânica automóvel para poder reparar algum problema nas nossas viaturas. Com esse know-how ele proporciona-nos melhor condição de vida.

Ainda bem que temos um informático, homem que dedicou a sua vida às técnicas informáticas para poder reparar algum problema de vírus que surgiu no nosso PC. Com esse know-how ele proporciona-nos melhor condição de vida.

Ainda bem que temos um médico, homem que dedicou a sua vida às técnicas da medicina de modo a poder proporcionar uma cura para algum problema de saúde que tenhamos. Com esse know-how ele proporciona-nos melhor condição de vida.

Ainda bem que temos um advogado, homem que dedicou a sua vida às técnicas jurídicas e às leis pois é através dele, e pela sua mediação, que podemos resolver problemas graves que possam afectar a nossa vida civil. Com esse know-how ele proporciona-nos melhor condição de vida.

Ora, em lato sentido, a dicotomia entre o regime monárquico e o republicano também se discute nestes termos: especialização, conhecimento, know-how e realização de melhor condição de vida para os outros.

Um Rei (ou Rainha) quando nasce Príncipe, não nasce com graça divina superior à minha, à do carpinteiro, à do canalizador, à do mecânico, à do médico ou à do advogado. É exactamente igual. Mais, ele não nasce nem tem maior dignidade humana que eu, que o carpinteiro, o canalizador, o mecânico, o médico ou o advogado…é exactamente a mesma.

A diferença que nos distingue é que, desde cedo, o quanto mais cedo possível melhor, enveredaram por um caminho especializado, um caminho para servir num específico sentido. Com o know-how que possuem, proporcionam aos outros uma melhor condição de vida.

O Rei (ou Rainha de iure) é por definição a especialização maior, o know-how em continuo aperfeiçoamento para a melhor execução do cargo de nosso representante, firme, democrática e historicamente fundado na nossa identidade pátria. O Rei é, por isso, o maior garante da “res publica”. O Rei é o intermediário maior do povo português, aquele que, pelo prestígio angariado em anos de formação, assegura não só um maior reconhecimento inter-geracional (ex. todos conhecem o Rei de Espanha, poucos conhecem o presidente da república portuguesa), bem como um maior prestígio para a Nação, como foi durante 767 anos, e que permite melhores resultados operacionais, até quiçá, para a acção do governo nacional. O Rei constitucional não é um obstáculo à governação (como muito se constata em república na relação presidente vs Governo), mas sim uma via efectiva de auxílio institucional.

Em contra partida, o sistema republicano comporta, na sua génese, um erro dramático. Além da impreparação grosseira de muitos presidentes que tivemos, pois muitos seguiram carreiras durante longos e longos anos em práticas desviantes de saber ser o nosso maior magistrado ou muitos seguiram caminhos partidários (ou seja de partes ou partidos), na realidade o resultado traduz-se à vista e somos uma País objectivamente desacreditado. Um presidente, por melhor que seja, nunca terá a formação para o cargo de um Rei. É um critério inquestionavelmente objectivo.

A república enferma do erro crónico de não ser mandatária (não só porque nem todos votam num só representante nas eleições), mas sim porque no seu sentido puro a “res publica” materializa-se na própria república, sem capacidade ou habilidade para nos saber fazer mandatar. A “res publica”, para o republicanismo, é a própria república…e este é o erro paulatinamente mortal para um País. A república é como ir a julgamento sem advogado ou com um inexperiente. O Rei é o nosso melhor mandatário, o mandatário bom, competente e tecnicamente apto mas que não trabalha para o povo pelo regime do apoio judiciário…



24 outubro 2012

Os éticos republicanos!

Andam nisto desde 1910, talvez antes, a fingir que tomam o carro eléctrico para irem até à repartição pública. Repartição pública devidamente instalada nos palacetes que confiscaram à sociedade civil. Depois, foi só seguir o plano maquiavélico: - capturado o estado, aniquilada a monarquia, que de certo modo atrapalhava este tipo de ‘aristocracia’ abusadora, desataram a fazer as leis que os protegem, que os eternizam no poder, leis que se são para uns, não são (óbviamente) para todos. Sabemos quem são, vocês também sabem, aparecem muito na televisão! São normalmente franco-mações. E quando confrontados pelos seus dislates, pela ruína que causam ao país, bolsam frases pseudo revolucionárias, e babam-se em ‘ética republicana’!

E vejamos a ética: - os filhos seguem carreira nos partidos, na assembleia, no governo, nas embaixadas, nos bancos do estado, nas empresas públicas, nas autarquias, em todos os ‘tachos’ que o diário da república vai paulatinamente inventando para encaixar toda esta gente. Os netos também já lá estão. O orçamento de estado, ou seja, os nossos impostos pagam tudo isto e muito mais que nunca saberemos!

Mas do que se sabe, dá para imaginar o resto! Diz o Correio da Manhã que o indiciado ex-secretário de estado das obras públicas, de seu nome Paulo Campos, é filho de António Campos, renomado republicano, laico e socialista (pense-se o que se quiser), e que por sua vez tem um filho com uma bolsa de estudo (por ser atleta) numa renomada universidade da Califórnia. É aquilo a que eu chamo uma família republicana bem sucedida. Como esta há muitas. É só fazer um rastreio familiar aos deputados, a toda a máquina do estado, à ética republicana!

Saudações monárquicas

JSM

Fonte: Interregno

23 outubro 2012

JANTAR DEBATE DA REAL ASSOCIAÇÃO DO PORTO - 26 de Outubro

Caros Associados

Aproveitando uma reunião do Conselho Superior da Causa Real no Porto, temos muito
gosto em convidar para um jantar com palestra/debate, que terá lugar no próximo dia
26 de Outubro, pelas 20,30 horas, no Grande Hotel do Porto, com entrada pela Rua
Santa Catarina, 197, em que o Sr. Eng. Tomás Moreira fará uma intervenção sobre o
tema “Transição para o Regime Monárquico no Século XXI”.

As inscrições encontram-se limitadas à capacidade da sala e deverão ser efectuadas
através do preenchimento e devolução da ficha de inscrição, acompanhadas do
respectivo pagamento ou comprovativo de transferência bancária ou multibanco para o
nosso NIB: 0033 0000 0011 1128 3420 5, do banco Millenium bcp e enviadas (ou
entregues em mão às 3ª, 4ª e 5ª feiras entre as 16h00 e as 19h30) para a sede da RAP,
impreterivelmente até ao dia 23 de Outubro.

O preço do Jantar é o seguinte :
  • Associados das Reais Associações : 25,00 €
  • Convidados não Associados : 27,50 €
  • Jovens até 25 anos : 20,00 €

20 outubro 2012

Baseado Numa História Verídica...Arq. Gonçalo Ribeiro Telles

Ele foi o homem que teve sempre razão em tudo o que disse, tudo o que defendeu, tudo o que sonhou para o país. E sonhou muito. Desejou um país que respeitasse a sua história, a sua terra, as suas gentes.


Portugal às avessas



Neste mês de Outubro a república deu-nos o triste espectáculo de os Presidentes dela própria e da Câmara hastearem a respectiva bandeira de pernas para o ar.

Verdadeira metáfora do triste estado a que nos têm conduzido os partidos políticos que, sem excepção, vêm criando há quase quarenta anos, por toda a função pública, um verdadeiro “polvo” que nenhum governo consegue enfrentar, por legitimamente eleito que seja, visto não haver inocentes.

Colocada que foi a bandeira, dirigiram-se as altas individualidades para um Pátio com acesso reservado a convidados, pela primeira vez em cento e dois anos, não fossem ser incomodados pelos protestos dos Portugueses, vítimas do esbulho mais despudorado de todos os tempos, a que estão obrigados pelas exigências da Troika, pelo cumprimento do serviço da dívida pública, bem como pelo sustento voraz do já referido “polvo”.

Começando pelas P.P.Ps, Fundações Públicas e Observatórios inúteis que pouco ou nada devem ver, uma Justiça inoperante e corrupta, o auxílio a Bancos falidos por irresponsáveis esbanjamentos ou criminosos cambalachos, um Parlamento desacreditado, mal frequentado e caríssimo, com deputados que legislam, os que o sabem fazer, em proveito próprio, enfim, todo um conjunto de manjedouras corporativas, cujo primeiro responsável está hoje sentado em Belém, como garante dos nossos direitos, rodeado de assessores e de seguranças que todos pagamos, com pavor de enfrentar o Povo que o elegeu!

Que diferença, quando comparamos esta atitude com a do Rei Dom Carlos, que dizia ao seu Ajudante de Campo, pouco tempo antes de ter sido assassinado, que mesmo sabendo o risco que corria, se se metesse em casa, provocaria um grande descalabro, afirmando: “Cumpro o meu dever. Os outros, (os políticos) que cumpram o seu.”

Cumpriram. Mataram-no, proclamaram a 1ª república, lançaram o País no caos, na bancarrota e na I Grande Guerra. A tropa deu-nos a segunda, quarenta anos depois, a terceira e eis-nos aqui chegados, em cada vez pior estado, exangues e sem referências.
É caso para dizer: Biba a república! Deve ser isto o que merecemos…


Dom Vasco Teles da Gama

Fonte: Real Associação de Lisboa

19 outubro 2012

PRÉMIO INFANTE D. HENRIQUE NA BOLSA DE VALORES SOCIAIS (BVS)




O Prémio Infante D. Infante D. Henrique gostaria de informar que o Projecto Horta de Gerações foi aprovado na Bolsa de Valores Sociais (BVS).
Com esta aprovação é atribuído o selo de qualidade à Associação do Prémio Infante D. Henrique.

Contamos consigo para investir num projecto de qualidade, a favor de uma Juventude melhor preparada para o futuro. 

Para Investir, utilize o link e siga todos os passos.
 
BVS Bolsa de Valores Sociais

Ao entrar no site do lado direito encontra-se“ INVISTA AGORA!”

Cada Acção vale 1 euro e o mínimo pare aquisição são 5 Acções = 5 €

Os investidores podem seguir o projecto, acompanhar, visitar e solicitar recibo para desconto de IRC E IRS.
Os pagamentos podem ser efectuados por cartão de crédito e transferência bancária.

Objectivos:
• Integrado na Secção de Serviço à Comunidade, para cumprir com os requisitos desta secção, pretende ultrapassar a solidão no segmento sénior das comunidades locais, promovendo o envolvimento de diferentes gerações, aprendendo através da experiência. Pretende ainda ajudar a ultrapassar o abandono escolar. Aprendem a origem dos produtos, forma de produção e promoção de uma alimentação saudável. Promove a cidadania e a solidariedade, através da doação dos produtos a famílias carenciadas.

• Apoio Técnico: Através do Instituto Superior de Agronomia, sob orientação do Prof. António Monteiro.
Todos os legumes cultivados serão doados a famílias carenciadas.

Estimativa Projecto:

6 Escolas envolvidas: (Escola Sec. Ferreira Dias (Cacém); OIS (Barcarena Oeiras); Escola Sec. Emídio Navarro (Almada); Externato Penafirme (TV); CED D. Maria Pia (Casa Pia) e Colégio Didálvi (Barcelos).

• Mínimo 25 participantes por escola x6 = 150 Participantes

• População Sénior (2 x Escola x6 Escolas = 12 idosos

• Metros cultivados = 1656 m² cultivados

• Famílias apoiadas – 64 famílias apoiadas (20 / 25 m² por família)

• Monitores envolvidos – 14 Monitores

Culturas de Inverno: (Alface, Nabo e Nabiças Favas Lombardo)

Culturas de Primavera: (Batata, Cebola, Alface, Ervilhas e Tomate)

Ervas aromáticas: (Coentros, Salsa, Manjericão, e Hortelã)

“Ao possibilitar a transferência de recursos para o apoio de projectos em Educação e Empreendedorismo Social, a Euronext Lisbon cumpre o seu papel social e incentiva que outros sectores da sociedade também o façam.“

Importante: A Bolsa de Valores Sociais é uma contribuição da Euronext Lisbon e suas Parceiras às Organizações da Sociedade Civil em Portugal. As expressões investimento social e acções sociais, bem como outras expressões derivadas destas e citadas neste documento, são mera alusão ao sistema de negociação de Bolsa de Valores e não se referem a investimentos com retornos financeiros.“

NOTA: Junto anexamos informações complementares sobre o que é o Programa do Prémio Infante D. Henrique.
Contamos consigo!
 
Fonte: Família Real Portuguesa

18 outubro 2012

Bandeira de Portugal

 
 
A bandeira que no dia 5 de Outubro estava içada na Câmara Municipal de Lisboa e que os republicanos sem legitimidade arrearam.

Portugal’s King full speech


His Royal Highness the King of Portugal

D. Duarte Pio has made an intervention on the 5th October bank holyday that celebrates the introduction of the republican regime in Portugal.
 
Although the 5thOctober is the birth day of the country itself back on 5th October 1143.
 
D. Duarte spoke about the country’s current economic and political situation and lighted up the flame to start a strong and believable process to exchange the Republic for a Monarchy.
 
The Portuguese Royal Family says that it’s more prepared than ever to assume the throne and help the country to solve its problems both political and economic and also national proud and feelings.
 
The His Majesty the King made the following speech at the Independence Palace, Lisbon (in Portuguese):

 Portugueses,
 
Nesta hora difícil que Portugal atravessa, talvez uma das mais difíceis da nossa já longa história, afectando a vida das famílias portuguesas e dos mais desfavorecidos de entre nós, Eu, enquanto descendente e representante dos Reis de Portugal, sinto ser meu dever moral e obrigação política dirigir-vos uma mensagem profunda e sentida, como se a todos conseguisse falar pessoalmente.
 
Estamos a viver uma terrível crise económica, o nosso país vê-se esmagado pelo endividamento externo, pelo défice das contas públicas e pela decorrente e necessária austeridade.
 
O actual regime vigora há pouco mais de 100 anos, e muitos dos seus governantes, por acção ou omissão, não quiseram ou não foram capazes de evitar o estado de deterioração a que chegaram as finanças públicas. Tais governantes, é preciso dizê-lo de forma clara, foram responsáveis directos pela perda da soberania portuguesa e pelo descrédito internacional em que caiu Portugal, uma das mais antigas e prestigiadas nações da Europa. Sem uma estratégia de longo ou sequer de médio prazo, sem sentirem a necessidade de obedecerem a um plano estratégico nacional, não conseguiram construir as bases necessárias para um modelo de desenvolvimento politicamente são e economicamente sustentável, optando, antes, pelo facilitismo e pelo encosto ao Estado.
 
Infelizmente, o Estado, vítima também ele da visão curta com que tem sido administrado, tem permitido que se agravem as assimetrias regionais, que se assista à desertificação humana do nosso território e que fique cada vez mais fundo o fosso que separa os mais ricos dos mais pobres.
 
Infelizmente, Portugal continua a ser dos países europeus com índices de desigualdade mais altos. Todos têm o direito de ver bem remunerado o esforço do seu trabalho, da sua criatividade, da sua ousadia e do seu risco, mas a ninguém pode ser cortada a igualdade de oportunidades.
 
Agora, neste momento de particular gravidade, em que nos é pedido um esforço ainda maior, recordo que o Estado é sobretudo suportado pelo fruto do esforço, do trabalho dos portugueses e de muitas das empresas a quem os portugueses dão o melhor das suas capacidades. Todos eles são merecedores do respeito por parte de quem gere os nossos impostos, e é esse respeito, esse exemplo que se exige ao Estado. Não posso deixar de aplaudir a dedicação, a entrega e sobretudo a enorme boa vontade com que inúmeros funcionários públicos se dedicam a servir com dignidade o nosso país.
 
Mas este diagnóstico e estas constatações valem pouco, valem muito pouco, quando confrontados com as dificuldades com que muitos portugueses hoje se debatem. Um facto é incontornável: a crise está aí e toca-nos a todos, e com ela se vão destruindo postos de trabalho, se vai degradando o nível de vida das nossas famílias e se vão desprotegendo os mais frágeis. Não tenhamos ilusões: muitos são os que hoje só sobrevivem graças à imensa solidariedade de que o nosso povo ainda é capaz. Porque somos um povo generoso, gente de bem, somos um povo capaz de tudo quando nos unimos em torno de um objectivo comum.
 
Torna-se importante, por isso, lembrar que neste dia, há quase 9 séculos, contra todas as adversidades, nascia Portugal, uma nação livre e independente, fruto da vontade e sacrifício dum povo unido à volta do seu Rei.
 
Então, como agora, foi fundamental a existência de um projecto nacional, uma causa comum e desejada que a todos envolveu: grandes e pequenos, governantes e governados, homens e mulheres. Um projecto que tinha, acima de tudo, o Rei e os portugueses, unidos por um vínculo indestrutível, constantemente renovado e vencedor, um vínculo de compromisso que nos ajudou a ultrapassar crises avassaladoras no passado, e que se prolongou pelos séculos seguintes, sendo interrompida apenas em 1910.
 
Foi essa mesma comunhão, uma comunhão de homens livres, que permitiu a reconquista e o povoamento do território, bem como, mais tarde, a epopeia dos descobrimentos e a expansão de Portugal pelo mundo. Foi todo um Povo, o nosso Povo, que enfrentou, com coragem e determinação os mares desconhecidos, "dando, assim, novos mundos ao mundo". Foi a gesta de todo um Povo que permitiu criar este grande espaço de língua e afectos da Lusofonia, vivido em pleno pelas nações nossas irmãs, hoje integradas na CPLP. E foi a renovação desse projecto que permitiu a restauração da nossa independência em 1640, neste local, naquela que foi uma verdadeira refundação nacional, só conseguida pelo esforço e sacrifício dos Portugueses de então.
 
É pois este o desafio que temos hoje pela frente: refundar um projecto nacional capaz de unir todos os Portugueses de boa vontade, com o objectivo de reerguer Portugal, devolvendo a esperança e o orgulho a cada português. Esse projecto mobilizador é imprescindível para que cada um de nós possa ambicionar ter uma vida normal, socialmente útil, para que possa ser promovido pelo mérito e pelo esforço do seu trabalho, criar uma família e contribuir, cada um na sua medida, para o engrandecimento de Portugal.
 
Para que este projecto nacional seja possível, teremos de repensar o actual sistema político e as nossas instituições, procurando alcançar uma efectiva justiça social e a coesão económica e territorial, aproximando os eleitos dos eleitores.
 
Devemos também considerar as vantagens da Instituição Real, renovando a chefia do Estado para restaurar o vínculo milenar que sempre uniu os portugueses ao seu Rei.
 
O Rei interpreta o sentir da Nação, e age apenas pelo superior interesse do país, e nenhum outro interesse deve também mover os actores políticos. Portugal precisa de autoridade moral, de união em torno de um ideal, Portugal precisa de um projecto que seja o cimento em torno da Nação – a política e, acima dela, a Coroa, deve procurar sempre servir esse ideal, e nunca servir-se dele em benefício próprio.
 
É num sistema político, moderno, democrático, que a Chefia de Estado, isenta como tem de estar de lutas políticas e imbuída de uma autoridade moral que lhe advém do vínculo indestrutível e milenar com os portugueses, pode e deve zelar pelo bom funcionamento das instituições políticas, assegurando aos portugueses a sua eficácia e transparência. É a mesma Chefia de Estado que pode e deve apoiar a acção diplomática do Governo com o elo natural que a liga aos países lusófonos e a muitos dos nossos congéneres europeus. Acredito que só é possível debater a integração europeia, na sua forma e conteúdo, em torno de um elemento agregador: a agenda própria de um país multisecular na Europa, mas também com continuidade linguística, histórica, social, patrimonial e empresarial em geografias distantes. É o Rei que, personificando a riqueza da nossa história e cultura, é o último garante da nossa independência e individualidade enquanto Nação.
 
Portugal, nação antiga, com um povo generoso e capaz de grandes sacrifícios, sê-lo-á ainda mais se encontrar no Estado e nos seus representantes o exemplo de cumprimento do dever, de assunção dos sacrifícios e de sobriedade que os tempos de hoje e de sempre exigem.
Unidos e solidários num renovado projecto nacional que devolva a esperança aos Portugueses, reencontrados com uma instituição fundacional – a Instituição Real– sempre isenta e centrada no bem comum, então todos nós Portugueses – em Portugal ou espalhados pelo mundo através das vivíssimas comunidades emigrantes– com a grandeza de alma de que sempre fomos capazes nas horas difíceis, estaremos dispostos aos necessários e equitativos sacrifícios que a presente hora impõe. Em nome do futuro de todos os que nos são queridos, filhos e netos. Numa palavra: em nome de Portugal.
 
Não duvido que, aconteça o que acontecer, os Portugueses, com calma, ponderação e perseverança, saberão lutar para continuar a merecer o seu lugar na história e no concerto das nações. Eu e a minha Família – assim os Portugueses o queiram – saberemos estar à altura do momento e prontos para cumprir, como sempre, o nosso dever, que é só um: servir Portugal.
 
Existe uma alternativa muito clara à actual situação a que chegou a este regime, alternativa que passa por devolver a Portugal a sua Instituição Real e que, se não resolve por si só todos os nossos problemas actuais, será certamente – como o provam os vários países europeus que a souberam preservar – um grande factor de união popular, de estabilidade política e de esperança coletiva. Numa palavra, de progresso.
 
Portugal triunfará! assim saibamos unir esforços, assim saiba cada um de nós, de forma solidária, dar o melhor de si mesmo, não esquecendo nunca os que mais sofrem e os que mais precisam. Que ninguém duvide: somos uma nação extraordinária, e o valor e a coragem do nosso povo serão a chave do nosso sucesso.
 
Viva Portugal!”
 

Monarquia Tradicional



" Repudiando Alfredo Pimenta a partidocracia, tinha fatalmente que repudiar a ideia republicana, dado que o Presidente é um produto directo da partidocracia. Na verdade, o Presidente, pelo facto de ser eleito como candidato de uma facção, é partidocrático, e não pode, por isso ser considerado representante do todo nacional, pois como diz o vimaranense, « ele mais não representa do que a força política que o leva ao poder, enquanto o Rei não é duma opinião, nem dum partido, nem dum grupo: é Rei da Nação, herdeiro dos que formaram essa Nação, dos que defenderam o Povo, e está obrigado, perante Deus, a entregar ao seu sucessor, intacta, a herança que recebeu ». Relegado o democratismo partidocrata, que regime preconizou Alfredo Pimenta? Que forma de Monarquia? Qual a sua teoria para uma Monarquia restaurada? Responde: « Porque doutrinador da Portugalidade- monárquico porque foi a ,Monarquia que fez Portugal, mas a Monarquia pura, a Monarquia tradicional, a que vem de 1128, se afirma em Ourique, se consolida em Aljubarrota, rasga o caminho marítimo da Índia, sucumbe, devagar, em Alcácer, e resssuscita em 1640 (... )»
Não podemos, porém, passar sem aludir a um reparo que se faz a uma fase da conduta política de Pimenta, onde se aponta certa incoerência: concretamente no apoio a Salazar, que dificilmente deixaria de projectar-se na República, embora depois esclareça que apoia Salazar e não a República ( ... )" Mário Saraiva, « Sob o Nevoeiro - Ideias e Figuras »

E como concordo com este também conterrâneo! Tenho defendido muitas vezes o quão gratos devemos estar a Salazar pela sua acção refundadora da Nação, no que relevou, além da honestidade na gestão dos dinheiros públicos, uma enorme inteligência. Mas a Repúblca só se perpetuou porque ele o quis.
 
Cristina Ribeiro
 

17 outubro 2012

BRINDANDO O 5 DE OUTUBRO DE 2012, DIA DA FUNDAÇÃO DE PORTUGAL


 
Aqui está a diferença entre um Rei e um PR. Enquanto o Sr. Silva "festejou" o dia da imposição da república há 102 anos, foi-se esconder dos Portugueses num condomínio fechado com medo do povo e só para convidados após ter içado a bandeira de pernas para o ar na C.M.L., que, pelos códigos militares, significa que o local foi tomado pelo inimigo ou o país está em perigo!!

Se não fosse gravíssimo até dava para rir! Um presidente não conhecer a bandeira do seu país!

Mas são os políticos que temos, vindos da escola "maçónica" que vingam à troca de favores, benesses, onde impera a lei do mais "parvo" de modo a não criar problemas... já dão nojo, e chego à conclusão que somos mesmo "asnos", salvo excepções, ao acreditarmos nesta classe política. Em tempo de eleições, acho que já só votam os afilhados dos corruptos.
 

O Rei e o Povo e o Povo com o Rei
S.A.R., Dom Duarte de Bragança depois de ter lido a Mensagem a todos os portugueses caminhou pelo Rossio cumprimentando o povo e sempre com boa disposição, recebendo ao mesmo tempo muitos pedidos para ser fotografado, e... SEM MEDO!

Foi beber uma "ginginha" brindando o 5 de Outubro de 2012, data que assinalava os 869º aniversário da Fundação de Portugal como Nação Independente pelo Tratado de Zamora em 5 de Outubro de 1143, e Dom Afonso Henriques como Rei de Portugal.

S.A.R., Dom Duarte, mostrou, a bem da verdade, que o Rei é do povo e é ao lado do Seu povo que se sente bem porque o povo não existe por causa do Rei, mas o Rei existe por causa do povo.

É deste grande Senhor que Portugal precisa para sermos de novo uma Nação, distante dos sujos interesses partidários, consiga pôr ordem neste País porque sabe honrar e defender Portugal e o Seu Povo!
VIVA DOM DUARTE!

VIVA A FAMÍLIA REAL!

VIVA PORTUGAL!


SAR D. Duarte de Bragança visitou cidade de Beja


A recriação do baptizado do embaixador do Rei do Congo na igreja de Santa Maria, em Beja, marcou o início da visita que D. Duarte realizou no passado fim-de-semana, dias 12 e 13, à capital do Baixo Alentejo.
   Concebida a partir de uma sinopse elaborada pelo director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, José António Falcão, a recriação contou com a participação de alunos e professores da disciplina de História da Escola D. Manuel I.
Após a iniciativa, o duque de Bragança teve ainda a oportunidade de ver actuar o Coro de Câmara da Igreja do Carmo, de Beja.
No sábado, 13, à noite o Herdeiro do trono de Portugal participou na "Festa Azul", iniciativa que decorreu no pavilhão da Escola D. Manuel I e que contou com as interpretações de diversas tunas académicas Universitária, além do fadista António Pinto Basto e mais grupos corais e de teatro.

Fonte: Correio Alentejo

16 outubro 2012

SS. AA. RR. Os Duques de Bragança vão estar presentes no Casamento Real do Luxemburgo

 
Sete reis e 13 príncipes herdeiros estão entre a lista final dos convidados do casamento do grão-duque herdeiro, Guillaume de Nassau com a condessa Stéphanie de Lannoy.
SS. AA. RR. Os duques de Bragança estão entre os convidados.

Fonte: VIP

FESTA AZUL 2012 - BEJA

12 de Outubro

Recriação histórica do baptismo do Embaixador do Rei do Congo (séc. XV).
 
 
A cavalo e a pé, cavaleiros e damas, interpretados por um grupo de alunos da Escola D. Manuel I, dirige-se à Igreja de Santa Maria, em Beja.
 

Igreja de Santa Maria - Beja: (à direita, ao fundo) S.A.R. D. Duarte de Bragança, Embaixadora Dra. Isabel Godinho, Ministra da Embaixada de Angola, Dr. Manuel Figueiredo, secretário da Embaixada de Angola, Prof. Arquitecto José António Falcão, entre outros Associados e convidados do evento.
 

Continuação da recriação pelos alunos da Escola D. Manuel I.
 
13 de Outubro
 
O pátio coberto da Escola D. Manuel I, em Beja, compôs-se no dia 13 à noite para receber S.A.R. Dom Duarte Pio de Bragança.


A Festa Azul 2012, organizada pela Real Associação do Baixo Alentejo, terminou no passado sábado com um espectáculo de variedades que fechou com a actuação do fadista António Pinto Basto. A receita apurada reverteu a favor da Liga dos Amigos do Hospital José Joaquim Fernandes.

Obrigado a todos os que ajudaram nesta iniciativa.
Para o ano há mais!!!

14 outubro 2012

Do Império ao protectorado!

'Fazei Senhor que nunca os admirados
Alemães,Galos, Ítalos e Ingleses
Possam dizer que são para mandados
Mais que para mandar os portugueses.
Tomai conselho só de experimentados...'


No final dos Lusíadas, Camões dirige-se ao Rei e exorta-o a zelar pela nação e esta é uma das estrofes dessa exortação. Nação sempre em risco, ontem e hoje, porque é esse o destino de um país que se fez mais pela vontade que pela geografia. Mas os perigos são muitos, nunca dormem. Aí estão eles à espreita e com uma força inesperada.

 O Rei é o defensor da 'rés-pública', da 'coisa pública', é da sua natureza, usa esse título. Por essa razão, desde que foi dela arredado (violentamente, diga-se), a 'coisa pública' tornou-se indefesa. Não tem representação à altura. Ficou à mercê de todos os apetites, de todas as demagogias. Em resultado, foi vendida, repartida, desbaratada, tem o mesmo nome mas deturparam-lhe o conceito. Esta república (infelizmente centenária) é 'coisa de poucos', de seita, de interesses obscuros, que dela se servem. Mas se é de poucos não se espere que a nação, que os portugueses, nela se revejam. Ou que se mobilizem seja para o que for. Ao contrário, é o que vem acontecendo, a maioria desinteressa-se da política, desinteressa-se da 'coisa pública', e pensa apenas no seu interesse imediato, no seu umbigo. Como é exemplo flagrante essa horda de reaccionários que ocupam a televisão, que massacram a opinião pública, arengando direitos e conquistas, conquistadas não se sabe aonde nem a quem! Gritam para não perder privilégios, não se preocupam se esses privilégios são a causa da ruína da 'rés-pública'!

 Afirmam-se republicanos, mas são apenas reaccionários.

 Caso para gritar 'Aqui d'el Rei'!

Em conclusão: - É impossível não associar a situação em que país se encontra, ao regime que tem e à constituição que o suporta. Seja em termos políticos, com a perda de soberania, seja em termos sociais, pela constituição de um regime de castas, seja em termos económicos, um regime de falência. Em qualquer caso, uma república sem esperança e sem futuro.

JSM

Fonte: Interregno

CAUSA REAL APOIA o movimento "Cidadania pela Monarquia: Melhor Democracia!"

Os agradecimentos sinceros e reconhecidos na pessoa do Presidente da Causa Real, Senhor Dr. Luís D’Almeida Lavradio, pessoa que, conhecedora do nosso glorioso passado, entende o futuro como o caminho certo para reparar Portugal por intermédio de uma, da nossa, Monarquia Constitucional.

 Registo com honra o seu imediato apreço e sensibilidade para esta iniciativa de cidadania pela nossa democracia, pela nossa Monarquia.

Bem-haja a Causa Real, na pessoa do seu Presidente.

 Viva Portugal! Viva a Monarquia! Viva o Rei!



Nota - O movimento aproxima-se da PRIMEIRA CENTENA DE APOIOS.

 É o movimento que mais sobe no ranking dos 30’s primeiros…embora pudesse crescer a um ritmo mais célere. O movimento precisa de mais 800 apoios para passar à 2.ª fase. O que são 800 apoios em mais de 8.000 monárquicos estabelecidos no facebook? Deixo este facto à V. superior consideração.

24.º lugar em 269 movimentos oficiais, próximo das 500 partilhas no facebook. Vamos traduzir essas partilhas em apoios!

DIVULGUEM NOS BLOGUES, TWITTER E FACEBOOK. APOIEM, VAMOS ACREDITAR!

PPA

Fonte: Incúria da Loja

13 outubro 2012

Perder tempo com os senhores presidentes

Em Bangkok, acaba de ser revelado um estudo sobre a hierarquização dos afectos. Monitorizado por sociólogos e psicólogos sem qualquer relação com organismos do Estado, cobrindo um universo de 100 000 pessoas escolhidas de acordo com a estrutura social, etária e geográfica do país, aos inquiridos foi pedido que depositassem numa urna, sem qualquer indução, dois nomes de pessoas ou instituições que mais respeitam e amam. Natural seria que à cabeça estivesse o pai, a mãe, o marido, a mulher e os filhos de cada um, ou, talvez, a religião budista, a nação ou até a escola ou empresa. Mas não, para 92% dos thais, o objecto da sua admiração e amor é o Rei. Em segundo lugar, com 75%, muito próxima do budismo (70%), a monarquia tailandesa e só depois os familiares. Eis, pois, o melhor argumento para quantos, pela razão e pelo sentimento, consideram a monarquia o mais forte agente de paz social.

O Rei Bumiphol exerce funções de monarca desde 1946, o seu reinado cobre quatro gerações, pelo que o valor da monarquia não se limita a uma afirmação testemunhal; é transversal a toda a população. O Rei é o homem, mas a monarquia, expressão da permanência, subsiste como o conceito mais forte, sobrepondo-se na lealdade à religião.
No transcurso do longo reinado de Rama IX, Portugal teve Carmona, Craveiro Lopes, Tomás, Spínola, Costa Gomes, Eanes, Soares, Sampaio e Cavaco, deles não havendo sulco assinalável nas vidas e preocupações dos portugueses. Pura perda de tempo !

Miguel Castelo-Branco

Fonte: Combustões

Real Regata das Canoas


Fonte: O Diabo

12 outubro 2012

I Festa Azul de Beja: hoje e amanhã na Escola D. Manuel I…


Beja recebe, nesta sexta-feira e sábado, a I Festa Azul da cidade, nas instalações da Escola D. Manuel I. A organização é da Real Associação do Baixo Alentejo e a iniciativa conta com a presença de D. Duarte de Bragança, assim como de entidades regionais e nacionais.
A I Festa Azul de Beja tem dois objectivos: defesa da cultura regional e da solidariedade social.

O programa da iniciativa reparte-se por dois dias e no primeiro, que se cumpre nesta sexta-feira, dia 12, será efectuada a recriação do baptismo do embaixador do Rei do Congo, na Igreja de Santa Maria, em Beja. José Gaspar, da Real Associação do Baixo Alentejo, explica como tudo se vai realizar, referindo que “a ideia da encenação parte de uma sinopse escrita por José António Falcão, director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, que deu origem a um texto elaborado pelos professores de história da D. Manuel I, que aceitaram o desafio de o fazer”. Acrescentou que “a encenação está a ser feita pelo actor Paulo Duarte e que os protagonistas são os alunos da disciplina de história”, destacando a participação de “uma turma com dificuldades”.

Amanhã, sábado, dia 13, a festa prossegue, no cumprimento do seu segundo objectivo, o da solidariedade social. José Gaspar, da organização, fez também à Voz da Planície, a apresentação das actividades do segundo e último dia da I Festa Azul de Beja, avançando que a “bilheteira do espectáculo reverte, integralmente, a favor da Liga dos Amigos do Hospital”. “Esta apresentação conta com as participações, graciosas, de António Pinto Bastos, do grupo de música tradicional, componente dos Adiafa, «A Moda da Mãe», Grupo Coral Etnográfico da Casa do Povo de Serpa, Tunas Académicas, masculina e feminina, Eduardo e Edgar e do Grupo Juvenil «Amantes do Cante»”.

Fonte: Voz da Planície

De pernas para o ar

 

As cerimónias do 5 de Outubro tiveram aspetos insólitos. Quando a bandeira republicana foi hasteada, verificou-se que estava invertida, o que sinaliza que "o local está dominado pelo inimigo e é o envio de um pedido de socorro". Depois, seguiu-se um discurso presidencial pouco inspirado e nada inspirador e os já habituais atos de protesto, que fazem as delícias da Comunicação Social.

Dadas as circunstâncias, face à crise profunda que estamos a viver, num momento em que o desânimo campeia e em que já não se acredita em nada e muito menos nas instituições, seria de esperar que o chefe de Estado fizesse um discurso diferente. Não se esperaria que comentasse a crise política que parece afetar a coligação, ou que fizesse uma das suas avaliações, feitas de meias palavras, sobre as medidas anunciadas pelo Governo. Mas seria seguramente expectável que tivesse uma intervenção política mais profunda. A descrição que fez, repetidamente, sobre as suas funções constitucionais, é um tema gasto. Aquilo que se ouviu do presidente foram palavras, também elas, gastas sobre os jovens e confusões entre a emigração de hoje e a do passado.

Não lhe ouvimos dizer que Portugal tem de utilizar o seu crédito, na Europa, para defender, com outros estados membros, uma alternativa. Não lhe ouvimos lembrar o país que o pagamento das suas dívidas e a reestruturação da sua economia não têm de ter um caráter punitivo. Não o vimos dirigir-se à classe média garantindo-lhe que há um futuro para além da troika. Não ouvimos concluir o seu discurso sobre a equidade, em que suscita dúvidas em explicar as suas convicções. Não lhe ouvimos reconhecer que somos, neste momento, um país dependente. Tentou, é certo, explicar aos portugueses que a austeridade é um caminho, mas não é um destino. Ainda assim, não lhe ouvimos dizer aos portugueses, que não podem trocar a paz social pela barafunda, por muito zangados que estejam. Não ouvimos uma única referência à "caça aos políticos", que é o princípio do fim da democracia. Não lhe ouvimos dizer que o país não pode iludir-se com os cantos das tágides que inspiram essa caça, e prometem uma salvação impossível. Não lhe ouvimos um único elogio aos muitos portugueses que, neste tempo difícil, dedicam parte do seu tempo e dos seus parcos haveres a auxiliar aqueles que mais precisam. Não lhe ouvimos, enfim, as palavras que foram ditas por António Costa, sobre a nossa história de oito séculos, sobre a necessidade imperiosa de não sermos submissos.

Como já se esperava, ouviram-se os protestos daqueles que lamentam que este dia seja, pela última vez, feriado. É a folga, e não o seu significado, que os preocupa. Pois podem ficar descansados porque o 5 de Outubro será um sábado em 2013 e um domingo em 2014, pelo que a medida é inócua, ficando por saber se esta república invertida ainda terá direito a celebração no ano longínquo de 2015.
Não sei se esta república ainda tem emenda. Não sei, sequer, se haverá quem acredite que existe solução para um problema que já não é, apenas, económico ou financeiro, mas de fundo, significando o descrédito dos órgãos e das instituições, a perda de confiança nos governantes e na classe política, a desestruturação e a desagregação do próprio Estado.

Se a monarquia constitucional não resistiu ao ultimato inglês, tenho dúvidas de que a república possa sobreviver ao ultimato alemão. Há indícios de que os portugueses já não acreditam nas suas instituições democráticas, um sinal de profundo dissenso que é transversal a toda a sociedade. Este ultimato pode determinar, por isso, o fim do regime. Principalmente se não houver sentido de Estado por parte da classe política, se não houver capacidade de regeneração, se não houver respeito por princípios éticos fundamentais, se não houver quem apele e incentive os portugueses à coesão nacional que é um dos poucos ativos que nos restam, se não houver quem tenha a coragem suficiente para explicar a quem nos tutela que desta forma, e mesmo fazendo tudo aquilo que nos exigem, não poderemos cumprir com os nossos compromissos para com eles.

Fonte: JN