31 março 2013

O misterioso caso do sepulcro vazio

O mais famoso enigma policial mundial


Hércule Poirot alisou o bigode e fez cara de caso e, valha a redundância, o caso não era para menos. Sentados à sua volta estavam, entre outros, os melhores detectives de todos os tempos: Sherlock Holmes, na companhia do indefectível Dr. Watson, Miss Marple, Arsène Lupin e ainda – pasme-se! – o Padre Brown. Poirot levantou-se, pigarreou e disse:

- Madame, messieurs. Estamos aqui para resolver o maior enigma da história da humanidade. O único caso que nenhum detective, até hoje, conseguiu resolver pela razão e que só as célulazinhas cinzentas de todos nós poderão solucionar: o misterioso caso do sepulcro vazio!

Feita esta introdução, naquele tom cerimonioso e um pouco pedante que era próprio do detective belga, o inspector Japp deu a conhecer o caso: um homem, de pouco mais de trinta anos, fora morto e sepultado, tendo sido depois colocados guardas à entrada do sepulcro. Ao terceiro dia, sem que ninguém tivesse violado a sepultura, o corpo desaparecera misteriosamente.

Sherlock Holmes, que não se separava nunca da sua lupa, garantiu aos presentes que ninguém tinha entrado no sepulcro, durante o tempo decorrido entre a morte e o desaparecimento do cadáver, porque não havia quaisquer pegadas. O Dr. Watson, por sua vez, asseverou que a certidão de óbito era clara e conclusiva quanto à morte, provocada por colapso cardíaco fulminante, depois de longa agonia.

Teria o corpo sido roubado pelos familiares ou amigos do defunto? – alvitrou Arsène Lupin. Mas a hipótese não tinha cabimento, uma vez que foram eles próprios que descobriram a sua ausência. Outros seus amigos estavam tão confiantes de que lá estava o cadáver, que tinham regressado à sua terra de origem, supondo tudo definitivamente acabado. Mesmo que alguns quisessem roubar o corpo, não teriam podido faze-lo, dada a existência de guardas armados, impedindo o acesso.

E se tivessem sido os próprios soldados a retirar o corpo? Arriscavam a própria vida e não ganhavam nada com isso – acrescentou o Capitão Hastings, o fiel colaborador de Poirot. Aliás, foram os próprios guardas que, para não serem responsabilizados pelo desaparecimento, puseram a correr o rumor de que, enquanto dormiam, tinham sido os amigos do morto que tinham roubado o cadáver. O que, como é óbvio, não podiam saber se, efectivamente, estavam a dormir!

- Elementar, meu caro Hastings! – disse Sherlock Holmes.

- E a senhora, Miss Marple, que tem a dizer? – perguntou Hércule Poirot.

- Bem, há um aspecto que ainda não foi referido mas que não escapou à minha intuição feminina. No sepulcro, depois de desaparecido o cadáver, encontrou-se no chão a mortalha, que estava vazia, por assim dizer. Parecia como se o corpo dela se tivesse libertado, sem que ninguém o tivesse tirado de lá! Estranho, não é?!

- Sem dúvida! A propósito do sudário – acrescentou Poirot – é curioso que nele tenha ficado gravada uma imagem, apenas esboçada, da vítima.

- Não foi pintada – acrescentou Japp – mas impressa, como se um objecto incandescente tivesse atravessado o pano. Dir-se-ia uma explosão de luz e de energia extraordinária …

No canto da sala, o Padre Brown parecia alheado da discussão. Desgranara já as contas do rosário, que levava sempre no bolso da sotaina puída. A bem dizer, não sabia porque estava ali, entre os maiores detectives mundiais, ele que era apenas um pobre pároco de aldeia. Passara nesse dia várias horas a confessar e, por isso, estava cansado. Distraidamente abriu o velho breviário, recheado de pagelas, e leu, como que num murmúrio: «Porque procurais entre os mortos Aquele que está vivo?» (Lc 24, 5). E um raio de alegria e de esperança iluminou o mundo.

Santa Páscoa!


P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: I online

Páscoa da Ressurreição

29 março 2013

Portrait : Elisabeth de Tour et Taxis, duchesse de Bragance

 
La princesse Elisabeth, Marie, Maximiliane de Tour et Taxis est née le 28 mai 1860 à Dresde. Elle est le deuxième enfant du prince Maximilian de Tour et Taxis et de la duchesse Hélène en Bavière, soeur de l’impératrice Elisabeth d’Autriche.
 
Elisabeth a une soeur aînée Luisa née en 1859 et deux frères cadets Maximilian né en 1862 et Albert né en 1867. Elle n’a que 7 ans lorsque son père le prince Maximilian décède des suites d’une infection rénale, plongeant la famille et en particulier sa veuve la princesse Hélène dans une grande douleur.
 
 
Le 17 octobre 1877, la princesse Elisabeth épouse à Regensburg le prince Miguel, Maria, Carlos, Egídio, Constantino, Gabriel, Rafael, Gonzaga, Francisco de Paula e de Assis, Januário de Portugal, duc de Bragance, fils de Miguel de Portugal et de la princesse Adelheid de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. La duchesse de Bragance met au monde son premier enfant le prince Miguel, Maximiliano, Sebastao, Maria, titré duc de Viseu le 22 septembre 1878 à Reichenau.

Le 7 septembre 1879 à Meran, elle donne le jour au prince Francisco, José, Gerardo, Maria et le 26 janvier 1881 à Ödenburg à la princesse Maria Teresa, Carolina, Micaela, Ana, Josefina, Antónia, Francisca de Assis e de Paula, Brígida, Pia, Gerardina, Severina, Inácia, Luisa, Estanislau, Joana, Policarpa.

La princesse Elisabeth de Tour et Taxis, duchesse de Bragance décède un peu plus de deux semaines plus tard. Elle n’avait que 20 ans. Sa disparition causera une douleur infine à sa mère la princesse Hélène, née duchesse en Bavière, qui finira par devoir être internée. Son époux le duc de Bragance se remariera 12 ans plus tard avec la princesse Marie Thérèse de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg qui lui donnera également une descendance dont le père de l’actuel duc de Bragance.
 

Née au sein de la prestigieuse famille de Tour et Taxis, nièce de l’impératrice Elisabeth d’Autriche qui veillera avec beaucoup d’affection sur les orphelins Tour et Taxis, de la reine des Deux-Siciles, de la duchesse d’Alençon et cousine notamment de l’archiduc héritier Rodolphe, ou de la duchesse Elisabeth en Bavière, future reines des Belges, la princesse Elisabeth, duchesse de Bragance est un peu une princesse oubliée du Gotha.
 
 

Sexta-feira Santa, Paixão do Senhor



 
 

28 março 2013

Quinta-feira Santa, Ceia do Senhor

O pensamento e o agir de um monárquico

«Um só monárquico faz mais do que muitos republicanos»

Aline Gallasch-Hall de Beuvink.

Esta é uma frase que para um monárquico não consubstancia uma mera construção retórica. Esta é uma frase sentida e objectivamente verdadeira e cujo cristalino quilate da sua beleza, simbólico e reconfortante, só é superado pela sagacidade da autora que a proferiu.

O pensamento e o agir de um cidadão monárquico são, indesmentível e diametralmente, opostos ao de um cidadão republicano ou de um cidadão que não conhece sequer o que é ser monárquico em Portugal (a maioria). Há um refinamento distintivo. Traduzem trilhos diferentes. Os 870 anos de História são dados, os quais podem ser consultados e tiradas as devidas ilações.

De facto um cidadão monárquico, ou seja, muitos portugueses antes de 1910 e poucos assumidos após aquela data, mas hoje também um norueguês, um sueco, um holandês, um dinamarquês, um inglês, um canadiano, um japonês, etc, não pensam realmente como um português republicano, um venezuelano, um congolês, um iraniano, um etíope, etc. Há de facto diferenças e, cada vez mais, face ao actual cenário de crise, importa considerar essas diferenças bem como as realidades de todas essas nacionalidades. Essa consideração deve refletir os resultados de excelência que as Monarquias Constitucionais têm ao nível do desenvolvimento humano, na percepção de corrupção, da liberdade de imprensa e da democracia. Temos de questionar se queremos continuar a pertencer ao grupo das repúblicas e, assim, continuar a afundar-nos ou, em alternativa, pertencer ao grupo das Monarquias enquanto modelo dos países mais desenvolvidos do mundo, precisamente, por aqueles motivos enunciados. Sempre há uma alternativa e importa reter isto.

Presentemente, enquanto muitos ainda se envergonham de assumir o seu gosto pela Monarquia portuguesa, os poucos que se assumem destemidamente, traduzem uma realidade de um contra muitos (estes últimos os ditos republicanos). Por isso, quando eram muitos (monárquicos) contra muitos mais, fossem quem fossem, éramos quase imbatíveis. Fomos um Império, por mais de 500 anos, pois tínhamos uma forma de pensar e de agir colectiva completamente diferente daquela que nos foi sendo impingida pelo republicanismo, ou seja, pelo caos e corrupção de 1910 a 1926, pela ditadura de 1926 a 1974 e pela apatia e corrupção de 1974 a 2013. Por isso é que, no final da tarde de 14 de Agosto de 1385, vencemos (com cerca de 7.300 homens), no Campo de S. Jorge, em Aljubarrota, unidos enquanto povo em torno do Rei dos Portugueses, os castelhanos (com cerca de 29.500 homens) numa cifra de 1 para 4; Ou aguentámos as ofensivas, entre 1640 e 1668, 28 anos portanto, do Império Espanhol na Guerra da Restauração. Uma vez mais o povo português soube estar firmemente ao lado do seu Rei, o Rei de Portugal, unidos e destemidos em prol da sua autodeterminação e liberdade.

Por isso preocupo-me especialmente perante esta crise, que é grave, mas não mais grave que outras por que passamos. Preocupo-me especialmente por ainda estarmos em república, ou seja, num contexto de liderança completamente diferente daquele de quando tínhamos Reis que se colocavam à frente para proteger Portugal e os portugueses e não políticos que, complicadamente, enredados em teias complexas de interesses económicos, não nos dão garantia, absolutamente nenhuma, de bom agoiro. Neste formato não vislumbro um bom cenário ou, na melhor hipótese, apenas a repousante retoma na enfastiante mediania dos últimos anos. Enquanto monárquico não é isso que quero para o meu (grande) País.

Vivemos um problema de paradigma e nesse contexto não se pedem pseudo reformas de circunstância conjuntural, pedem-se sim roturas de regime e alterações de formato estrutural. Pede-se que se tire proveito das circunstâncias adversas, para repensar um regime que é dominado por políticos, por interesses económicos, por lóbis e não por magistraturas.

Referendo ao regime, pelo bem da Democracia e dos portugueses!

 

26 março 2013

Desmistificando mitos ( 2 )


Em conversas que vou testemunhando na internet, constato o quão comum é a confusão entre Tradicionalismo e Absolutismo, quando de monarquia se fala.

É ainda na « Nação Portuguesa », em texto de Domingos Gusmão Araujo, que topo pequeno excerto bastantemente elucidativo para desfazer tal confusão, por demais deslocada:

" A Política é constituída sobre os dados da História; estes, juntando-se aos ensinamentos-teoremas da filosofia realista, reabilitaram a realeza protectora do povo.

Herculano, tantas vezes citado como um liberal, era, afinal de contas, um integralista. No 1º volume do Monge de Císter, pág. 131, vê-se como o povo fora « uma causa grande e forte porque a vida municipal, garantia única possível de verdadeira liberdade, não era ainda vertida em comédia pela monarquia absoluta, para esta a legar , transformada em farsa de títeres, às hierarquias ministeriais que aceitamos benevolamente como governos representativos ».

E no 2º volume, pág.150, volta-se contra a « monarquia absoluta, parente próxima do liberalismo moderno no desprezo estúpido e brutal dos mais venerandos monumentos dessas épocas de liberdade incompleta mas sincera, em que o monarca era o aliado dos povos ». "
 
 
Cristina Ribeiro
 

As sandálias do pescador

Papa Francisco I
 
Disse-se que Bento XVI calçava Prada, o que a muitos escandalizou. Não faltou quem comparasse o sapato pontifício aos pés descalços dos indigentes, para retirar conclusões que eram mesmo, valha a expressão, de se lhes dar com os pés.

O Papa Francisco, fazendo jus ao nome, fez questão de aparecer em público com sapatos pretos, por sinal já velhos e cambados. Também agora houve clamores de indignação ante a aparente pobretice de um sumo pontífice que parece não compreender as exigências da sua nova condição. Vozes de burro que, como se costuma dizer, não chegam ao céu.

Esta prosaica questão tem antecedentes clássicos, porque já Aquiles tinha problemas com o calcanhar. Não consta se o usava ao léu, revestido de púrpura ou dentro de velhas botas de guerreiro. Mas, para sua desgraça, foi a debilidade do seu calcanhar que passou à história, e não a sua lendária bravura de herói homérico.

Jesus, que certamente trajava modestamente, usava, contudo, uma túnica que não tinha costura, toda tecida de alto a baixo, que foi sorteada pelos soldados que O crucificaram – o que não teria ocorrido se fosse um farrapo. Não me escandalizam, portanto, as boas vestes, nem os ricos paramentos e alfaias litúrgicas que Francisco de Assis queria para o culto divino, nem os trajes ou calçados mais simples, como os que ele e os seus frades usavam. Mas incomoda-me a hipocrisia dos que, em vez de atentarem no essencial, se perdem em considerações mesquinhas. Porque, qualquer que seja a sandália do pescador, são sempre “formosos os pés dos que anunciam o Evangelho”! (Rm 10, 15).


P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: I online

25 março 2013

17º ANIVERSÁRIO DE S.A.R., O PRÍNCIPE DA BEIRA

 
SUA ALTEZA REAL O AUGUSTO E SERENÍSSIMO PRÍNCIPE Dom Afonso de Santa Maria Miguel Gabriel Rafael, 9º príncipe da Beira e por mercê d'El Rei D. Sebastião I, 20º duque de Barcelos, nasceu a 25 de Março de 1996.
 
 
S.A.R., D. Afonso de Bragança, ao celebrar neste dia 25 de Março o seu aniversário, enche o coração de Portugal de esperança, de alegria e de confiança num futuro risonho e promissor pela qual todos nós Portugueses sonhamos.
 

Desejamos ao nosso Príncipe Real as maiores felicidades, muita saúde, alegria e paz na companhia da nossa Bem-Amada Família Real. Que Deus o guie e ilumine naquela que desejamos seja uma longa vida cheia de sucesso.

 

VIVA O PRÍNCIPE DE PORTUGAL!

24 março 2013

Desmistificando mitos.

 
" A independência do poder judicial é hoje uma das mentiras convencionais em que fingimos acreditar e que tem sido sucessivamente consignada em todas as constituições que em Portugal se têm promulgado.
No entanto, jamais essa independência foi garantida, no período constitucional, pela forma prática que os forais procuravam assegurar-lhe. Aí a independência da Justiça era assegurada por um conjunto de disposições de carácter positivo e eficaz, e não pela simples enunciação do princípio, como se faz modernamente.
A magistratura era exercida em cada concelho por dois juízes ( alcaides e alvazis - juízes ordinários - ) eleitos pelos homens-bons. Estes magistrados distribuíam a Justiça, julgando imparcialmente os pleitos de todos os vizinhos. Nem os nobres orgulhosos, nem os arrogantes infanções podiam eximir-se à acção da Justiça Municipal.
A seguinte disposição disposição do Foral de Lisboa era frequente na maioria dos forais e costumes dos outros concelhos: « Não haja na vossa vila pessoa tão privilegiada que possa sustentar o mal que tiver feito a qualquer dos seus vizinhos e eximir-se de lhe dar reparação pelo alcaide e pelos alvazis ».
Algumas vezes, é certo, pretenderam os reis intervir na escolha dos alvazis, mas logo o concelho levantava o seu protesto, e a prerrogativa municipal era acatada e mantida. Foi o que sucedeu, por exemplo, com os vizinhos de Coimbra, que tendo levado às cortes o seu agravo contra a usurpação que o poder real pretendia fazer-lhes, obtiveram esta resposta: « Quanto às queixas relativas aos alvazis, que El-Rei pretende nomear só por si, responde ele que o concelho eleja os seus alvazis, como era de uso em tempo de seu pai e de seu avô ». "
A. Xavier Cordeiro in « Nação Portuguesa »
 
 
Cristina Ribeiro
 
 

DOMINGO DE RAMOS

23 março 2013

Repto aos Reformadores do Estado



Quando em 1976 os constituintes desenharam a arquitectura do Estado democrático tiveram a preocupação de obrigar à perpetuação da democracia – através do célebre artigo 288º (“a forma republicana de governo” que, copiado da Constituição francesa, significa realmente a obrigatoriedade da divisão do poder em executivo, legislativo e judicial, uma conquista da Revolução Francesa, mas que entre nós é usado para impedir a mudança de regime – e, no que concerne à chefia do Estado, o corte com as más experiências das duas repúblicas anteriores, o sistema parlamentarista com a eleição por colégios eleitorais da Constituição de 1911 e da de 1933 depois da revisão de 1959, por sufrágio directo de 1933 até 1959 e o presidencialismo de Sidónio Pais, imposto por decreto e que teve vida efémera. A experiência desses dois sistemas foi má, porque o presidente da república não tinha efectivos poderes de intervenção nos constantes conflitos das forças políticas no caso do parlamentarismo da I República e Salazar temeu que um presidente hostil ao Estado Novo pudesse ser eleito por sufrágio directo (como poderia ter sucedido em 1958 com Humberto Delgado, não fossem as fraudes do aparelho do regime) e o perigo de uma ditadura pessoal, com o presidencialismo.

Indo, mais uma vez, basear-se na Constituição da V República Francesa, os constituintes instituíram um sistema semipresidencialista, com eleição por sufrágio directo e universal, cabendo ao presidente alguns poderes consideráveis de intervenção, mas competindo ao governo a condução da acção política e governativa. Promulgada a nova Constituição em 1976, logo em 1982 a Assembleia da República, pela primeira vez com poderes constituintes, fez uma revisão em que, para além de expurgar o texto das disposições de tutoria castrense que ficaram da revolução de 25 de Abril de 1974, reduziram substancialmente os poderes presidenciais.
Mas o semipresidencialismo à portuguesa é cada vez mais contestado. De facto, ao invés de ser uma fórmula de harmonia entre as forças políticas e sociais, revelou-se desde o início como meio de conflito institucional entre Presidente e Governo, ou porque ambos pertencem à mesma maioria política e como tal considerados cúmplices pelas oposições, ou porque cada um deles é de cor política diferente, com visões opostas das opções governativas. Foi assim com o Gen. Eanes e a AD de Sá Carneiro e até com o PS que viu nele um possível rival (daí ter aprovado com o PSD e CDS a revisão que retirou poderes ao Presidente), Foi assim com o Dr. Mário Soares que às escâncaras hostilizou o Primeiro-Ministro que, por sua vez o incluiu no que chamou “forças de bloqueio”, foi assim com o Dr. Jorge Sampaio que demitiu o Primeiro-Ministro Santana Lopes, apesar de ser suportado por uma maioria estável, é assim com o Prof. Cavaco Silva que envia constantes “recados” ao Governo e não deixa de ser suspeito pelas oposições, que contraria ou ignora quanto pode.

São muitos, cada vez mais, os que pretendem um sistema diferente: ou presidencialismo à americana ou parlamentarismo à alemã e italiana, com um presidente eleito por um colégio eleitoral. Estes últimos em maior quantidade. Mas não parecem querer ir ao cerne da questão, que é a origem ideológica e política dos presidentes que nunca poderão ser independentes, nem equidistantes, nem suprapartidários, uma vez que terão de ter o apoio das forças políticas partidárias representadas no colégio eleitoral e a quem devem a sua função.

Aquilo que os defensores do parlamentarismo defendem é, no fim, algo semelhante às Monarquias Democráticas, em que ao Chefe do Estado são atribuídas funções de representação do Estado, interna e externamente, o comando supremo das Forças Armadas, o de arbitragem de conflitos entre as forças políticas e, eventualmente, outros poderes políticos que se revelem necessários e aconselháveis.

O argumento habitual é a questão da igualdade dos cidadãos, não perante a lei, mas de todos poderem ascender a tão alto cargo, o que é uma falácia. Veja-se o caso recente do Dr. Nobre, que não teve apoios partidários e se viu completamente marginalizado, ou de Manuel Alegre, que viu o seu próprio partido preteri-lo em favor de um candidato que, à partida, se sabia que dificilmente ganharia. A chefia do Estado exercida por alguém que tem uma posição desigual na origem dos seu poderes constitucionais, assegura e potencia a igualdade dos cidadãos nos seus direitos políticos.

Quando se prepara, ou pelo menos se diz querer reformar o Estado, na sua arquitectura e funções, para uma melhor democracia e eficácia, porque não começar pela sua cabeça?

Daqui lanço um repto aos possíveis e desejados reformadores para que, em nome do Bem Comum e dos interesses perenes de Portugal, abandonados os preconceitos infundados e risíveis, substituam este semipresidencialismo nefasto, por uma Monarquia parlamentar, verdadeiramente democrática. Como disse o Primeiro-Ministro de uma monarquia exemplar e de um dos países mais avançados da Europa, o Rei é o maior defensor da república.


João Mattos e Silva


Fonte: Real Associação de Lisboa

22 março 2013

Monarquia vai à Escola


"Todos achamos que o mundo começa quando nascemos...mas não é bem assim". Este foi o mote para a dinâmica palestra de João Lancastre e Távora, orador da Causa Real de Lisboa, na Biblioteca Escolar Dr.João de Barros da Figueira da Foz, na manhã de sexta-feira que fechou o período escolar antes das férias da Páscoa.

 As bandeiras da História de Portugal para os alunos e convidados enquadraram um ambiente de curiosidade, provocação intelectual e algum revivalismo, ao som de um velho gramofone e com uma exposição de exemplares de jornais e livros de início do séc XIX.

A Drª Helena Santos, professora de História, e elemento da equipa da Biblioteca Escolar, tendo por base o projecto global de O Museu vai à Escola- em parceria com o Museu Municipal Dr. Santos Rocha, integrado nos serviços educativos daquele museu, idealizou o alargamento dos conteúdos do 9º ano na disciplina de História à realização da conferência do orador da Causa Real, João Távora, coadjuvado pelo presidente da Real Associação de Coimbra, o advogado Joaquim Nora.
A responsável bibliotecária do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz, Isabel Lucas (Matemática e Físico-Química), acarinhou e deu voz ao projecto, que foi designado de "Monarquia, Passado e Presente."
A actividade foi ainda articulada com o Departamento de Ciências Sociais e Humanas.

Cerca de meia centena de alunos deste Agrupamento teve, pela primeira vez, contacto com alguns personagens que falaram na primeira pessoa da nossa história.

Decorreu, simultaneamente, uma mostra de histórias da História, de Sousa Martins, Conde do Lavradio, etc, e de alguns jornais (franceses e portugueses (António Maria com Bordalo Pinheiro) de 1827 até ao Regicídio, da bibiblioteca Castilho da Costa Raposo de Medeiros, de Marta Carvalho,
da Reta Monarquia da Figueira da Foz.

Os convidados foram presenteados com exemplares do livro de João de Barros e distribuíram o último exemplar da Revista da Causa Real que destaca Dona Adelaide de Bragança. Os alunos também tiveram direito a brindes. Um dos momentos altos da palestra foi a audição de uma marcha
reproduzida num gramofone em disco de resina e cola.

O objectivo da iniciativa foi a abordagem do passado histórico com enquadramento da monarquia nos dias de hoje em contexto democrático.


Fonte: Rotativas

O controlo ideológico republicano



A república foi uma imposição, disso já não temos dúvidas. Além disso, é claro que não é o melhor regime para Portugal. A república é anti-democrática e representa um sério risco à nossa soberania. Mas o pior não é isso. O mais grave dano que o presente regime inflige à nação portuguesa é o facto de adoptar em definitivo um par de ideologias como o principal leme da nossa sociedade.
 O Chefe de Estado é aquilo que o próprio nome indica, ou seja, é o nosso líder, o nosso exemplo vindo de cima. Tal figura não governa, porque não é essa a sua função. O chefe de uma nação representa-a externamente e motiva-a e mantém-na coesa internamente, logo, não se pode envolver em conflitos ideológicos de governo. O Chefe de Estado não pode, portanto, depender de partidos. Essa afirmação é óbvia, o que implica que o sistema presidencialista é um absurdo. A figura do presidente da república representa o controlo ideológico que os republicanos sempre pretenderam ter sobre a sociedade portuguesa. A apatia política contínua e crescente serve perfeitamente àqueles que desde 1910 detêm o controlo do aparelho de estado.
É por isso que temos que acordar e lutar pelo regresso da monarquia! O nosso futuro depende dessa restauração. Temos que devolver o Estado Português à nação Portuguesa, sob a liderança do nosso rei. Uma ou duas ideologias nunca representarão a sociedade como um todo, assim como um presidente, e ao contrário de um Rei.

21 março 2013

A PAIXÃO DE CRISTO na Chamusca

altO espectáculo A PAIXÃO DE CRISTO volta a inundar a Chamusca num imenso cortejo de dor e fé no dia 23 de Março às 21H30, numa co-produção da Companhia de Teatro do Ribatejo com o Munícipio da Chamusca, sob a direcção de João Coutinho.

Uma centena de participantes fazem deste espectáculo um grande evento cultural, retratando as ultimas horas de Cristo até à crucificação, a realizar no Monte do Bonfim.

A Ctr tem procurado anualmente valorizar, através deste espectáculo, o património cultural e paisagístico desta Vila, como volta a acontecer nesta edição 2013 da Paixão, cujo final termina num local de grande beleza, numa das colinas da Chamusca, aos pés da Igreja do Senhor do Bonfim.

Contando com cerca de 100 participantes dos grupos de teatro: CTr, Teatro do Pinheiro Grande, Teatro do Semideiro, Teatro do Chouto e Companhia Teatro de Almeirim que inundarão de talento a Rua da Paróquia, onde se iniciará o espectáculo e que percorrerá cerca de 100 metros em procissão até Monte do Bonfim.

A PAIXÃO tem nesta edição a particularidade de ter musica original de Reptano Carrasqueiro e a interpretação ao vivo pela Banda da Sociedade Filarmónica “Vitória” Carregueirense que estará posicionada na encosta deste monte, sob a direcção do Maestro Bruno Moedas Praia.

Este é um dos momentos altos da actividade artística, em tempo de Páscoa, com a CTR a atrair a atenção dos públicos da Região para uma versão livre da morte de Cristo, com a noite na Chamusca a ser iluminada por velas e archotes que transformarão esta colina, com vista priveligeada sobre a lezíria, numa noite de magia, e emoção estampada em todos os rostos.

Fonte: Rádio Pernes

OS ANIVERSÁRIOS DOS REIS E RAINHAS DE PORTUGAL

Clique AQUI para ler

 Rui Miguel Real Lidador
 
 

20 março 2013

As sondagens e o Papa Francisco

Os prognósticos falharam, mas São Pedro também não era papável…
 
A eleição do Papa Francisco surpreendeu todo o mundo, porque os meios de comunicação social tinham insistido em muitos nomes, mas não no do cardeal Jorge Mario Bergoglio, embora tivesse sido, segundo rumores, o prelado mais votado no conclave anterior, depois do então eleito Bento XVI. Mais uma vez se cumpriu o adágio: quem entra papa no conclave, sai cardeal!
 
A falta de pontaria da imprensa mundial tem antecedentes bíblicos. São Mateus refere uma sondagem à opinião pública feita pelo próprio Cristo: “Jesus interrogou os seus discípulos dizendo: ‘Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?’ Eles responderam: ‘Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas.’” As respostas foram, certamente, muito amáveis … mas todas erradas! Os que dizem que a Igreja deve ouvir mais o mundo talvez possam tirar daqui alguma lição…

Alguém, contudo, acertou em cheio. Foi Simão: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” Uma tal confissão era então um delito, punido com a pena máxima. Foi por ter dito que era o Filho de Deus que Jesus foi condenado à morte pelo Sinédrio.

A reacção de Cristo à afirmação de Simão não se fez esperar: “Bem-aventurado és, Simão filho de João, porque não foi a carne e o sangue que to revelaram, mas meu Pai que está nos céus.” Jesus felicita o discípulo, mas faz-lhe saber que o acerto não se deveu à sua intuição ou inteligência, mas a um especial dom de Deus. Portanto, não é “a carne e o sangue” - leia-se a idade, a saúde, a proveniência, etc. - que interessam quando se trata de escolher um sucessor de Pedro.

É neste contexto que Jesus estabelece o primado eclesial e o outorga a Simão e aos seus sucessores, até ao fim dos tempos: “Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” A Igreja assim edificada não é, como recentemente recordou Bento XVI, a nossa igreja, nem a igreja do passado, do futuro ou do nosso tempo, mas a Igreja que é de Cristo, a única que é infalível - graça essa que dois mil anos de história confirmam, não obstante as insídias dos inimigos externos e as suas fraquezas internas.

É certo que a bimilenar história eclesial não ignora alguns papas que foram pessoalmente indignos. Mas mesmo esses prestaram um relevante serviço à Igreja: que homens bons façam o bem, é natural; mas que homens perversos nunca tenham desmentido a fé, que as suas vidas contudo contratestemunhavam, só pode ser muito sobrenatural!

Se, depois da ascensão de Cristo, a imprensa tivesse vaticinado quem deveria ser o primeiro Papa, seguramente teria escolhido João, que era jovem, o discípulo predilecto do Mestre, o único que assistiu à sua morte na cruz e a quem Jesus entregou a sua Mãe. Como segunda hipótese, talvez Tiago, irmão de João e, como ele, testemunha qualificada da transfiguração e de alguns dos principais milagres do Senhor. Ou o outro Tiago, primo do Senhor. Ou ainda André, seguidor de Cristo, depois de o ter sido do Baptista. Mas nunca Simão, que por três vezes negou o Mestre, a quem Jesus publicamente chamou Satanás e que, portanto, não era, de forma alguma, papável. No entanto, foi ele o escolhido, o único Papa eleito directamente pelo Senhor! E se, como Simão, tinha sido fraco e pecador, como Pedro foi um grande Papa, um grande santo e um grande mártir.

Viva Sua Santidade o Papa Francisco!


P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: I online

SER PAI MUDA COMPLETAMENTE AS PERSPECTIVAS DE VIDA E DE VALORES

"Dom Duarte é um dos famosos que diz à Flash o que é ser Pai"
 

 Flash de 16 de Março de 2013
 
Fonte: Família Real Portuguesa

19 março 2013

SS. AA. RR., Os Duques de Bragança apadrinham exposição solidária

A Fundação Maria do Carmo Roque Pereira, mais conhecida por Creche da Graça, está a organizar uma exposição solidária, no dia 6 de Abril a partir das 17 horas, no local das suas futuras instalações, na Rua da Graça nº31, em Lisboa.


Com esta Exposição Solidária na Creche da Graça pretende-se angariar fundos para fazer todas as obras necessárias para tornar o novo espaço capaz de receber a creche. São precisos novos sanitários, nova instalação eléctrica, nova canalização, pintura de paredes e janelas, entre tantas outras coisas.


Na exposição vão estar à venda obras de diversos pintores e artistas plásticos que doarão uma parte do valor das suas obras para a Fundação.


A Exposição conta com a presença de inúmeros convidados e é apadrinhada por Suas Altezas Reais os Duques de Bragança, Senhor Dom Duarte e Senhora Dona Isabel; a escritora Ana Maria Magalhães; o actor e autor Tozé Martinho; e Teresa Ricou (a conhecida Teté, fundadora do projecto Chapitô).

Fonte: Activa

DIA DE SÃO JOSÉ - DIA DO PAI

 
 
FELIZ DIA DO PAI!

18 março 2013

Projecto Educar na Figueira da Foz


No âmbito do Projecto Educar da Causa Real coordenado por Teresa Corte-Real decorreu na passada sexta-feira de manhã na Escola EB 2 e 3º Ciclos Dr. João de Barros na Figueira da Foz uma exposição para os alunos do 9º ano intitulada Da Monarquia à República. Tratou-se duma perspectiva monárquica à luz dos acontecimentos daquele conturbado período histórico a par de uma abordagem ao sucesso das monarquias contemporâneas concebida e apresentada por João Távora com o suporte de vários elementos audiovisuais. Esta iniciativa acolhida com visível entusiasmo pelos cerca de 50 alunos presentes, contou com o gentil acolhimento da direcção da Escola, da biblioteca e departamento de História na pessoa da professora Helena Santos. Para a sua realização contribuíram Joaquim Nora, presidente da Real Associação de Coimbra e Maria João Carvalho do Núcleo da Figueira da Foz e antiga aluna deste estabelecimento de ensino.

 
 
Fonte: Causa Real

16 março 2013

A BANDEIRA

 
 A nossa primeira bandeira, a de fundo branco com a cruz azul sobreposta, aparece como representação do escudo do grande Conquistador, o Rei, D.Afonso Henriques. Este escudo representa as armas que fizeram a luta, a independência que fora conseguida e o início do Condado Portucalense, o erguer de Portugal. Este símbolo fora evoluindo até chegar às quinas que hoje conhecemos. Actualmente, o símbolo do nascimento do nosso país encontra-se na bandeira; um nascimento devido ao Rei e ao povo português que se via representado por este, ao contrário do que acontece hoje-em-dia, em que o povo não se vê representado pelo seu Chefe de Estado!O Reino for crescendo e, com ele, a ornamentação da bandeira também, juntando-se-lhe os castelos que imortalizariam D.Afonso III de Castela para sempre, através da bandeira que continuaria até aos dias de hoje com os castelos dourados, remetendo para o triunfo, a glória e a vitória alcançadas!Já no final o reinado de D.Sebastião, a coroa que havia sido colocada na bandeira durante o reinado de D.Manuel l, fora substituída por uma coroa fechada que simbolizava a autoridade do poder real. E a autoridade dos presidentes? Onde está representada na bandeira actual? Pois claro, é impossível substituir o Rei. E tanto o é que até os republicanos o admitem, não substituindo a coroa por nada!E, finalmente, em 1830, depois da revolução liberal, a bandeira portuguesa adquire novamente o azul, juntando-se ao branco que sempre lá permanecera, e tornando as cores fiéis à primeira bandeira. Todas estas conquistas simbólicas parecem ter sido em vão, substituídas pelo verde e encarnado: nenhuma delas mais valor que as primeiras cores da nação!De onde surge a esfera armilar que não constava na última bandeira monárquica mas que consta na republicana? Pois bem, o que aprendemos na escola foi que a esfera armilar simbolizava os descobrimentos feitos pelos portugueses. Mas esses descobrimentos ainda eram do tempo em que o Chefe de Estado investia no país! O Rei! A esfera armilar já havia sido integrada na bandeira durante o reinado de D. João VI, uma vez que representava o Brasil no novo Reino unido. Assim que a independência do Brasil fora reconhecida, a esfera foi retirada, pois não fazia sentido manter um símbolo que representava um país independente. Com a chegada da república a esfera fora reposta! E os republicanos conseguiram a partir daí mostrar o começo da dependência do país, até através da bandeira! Que volte o azul e branco, cores representativas, cores do início desta nação que se ergueu! Que volte a última bandeira sem a esfera armilar, símbolo de independência e de nação! Que volte a coroa, pois nada a pode substituir! Que volte a bandeira que realmente nos representa!
 
 

15 março 2013

Insubmissos

 
O Rei é a referência máxima, a sua prevalência transcende reinados e regimes. Com o seu exemplo, sempre vivo e presente, aprendemos o dever de respeitar as regras do actual sistema, mas nunca sermos submissos a esse mesmo sistema.

Apenas com a representação de um Rei, aprendemos a ser realmente iguais entre comuns, estabelecendo uma verdadeira paridade entre pares e nunca embarcando na reverência multi-classista que a república delimita para alguém subir na escala hierárquica do destaque societário hodierno.

Apenas com um Rei passaremos a estar verdadeiramente preparados para trabalhar, colectiva e generalizadamente, para o bem comum.



Papa Francisco Xavier de Assis - por Nuno Serras Pereira

SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO I
 
14. 03. 2013


Toda a Igreja rejubila com o Papa, ontem eleito, que Deus nos concedeu. Dele já se disseram tantas coisas e muitas mais se acrescentarão porque todos estamos, naturalmente, ávidos de o conhecer melhor para mais o amarmos.

O nome que escolheu, Francisco, pôs toda a gente a pensar e a dizer que o fez por devoção particular ao Santo de Assis, e que a maneira simples e despojada como se apresentou ao povo reunido na praça de S. Pedro era prova disso mesmo, e, ainda, que a opção por esse Santo já traz em si, simbolicamente, todo um programa de Pontificado. Tudo isto poderá ser, mas estou persuadido de que pelo menos directamente teve mais a ver com o jesuíta S. Francisco Xavier, padroeiro principal das Missões. Este gigante da Santidade, hoje muito esquecido, tinha um zelo extraordinário pela Salvação das almas, pela Evangelização dos povos ignaros de Jesus Cristo. Vivia em pobreza extrema, era varão de grandíssima oração, de excessiva penitência, de uma dedicação generosíssima aos doentes de quem cuidava pessoalmente e um conquistador de amizades pela relação humana e pessoal que tinha com cada um, em especial com os mais pecadores, que fascinados pela sua afabilidade, alegria e inteligência, nas quais transparecia Jesus Cristo, lhe abriam as almas e se deixavam converter. Este infatigável e determinadíssimo apóstolo por maiores que fossem os estorvos que se lhe deparavam e os grandes perigos em que se via nunca desistiu da sua missionação evangelizando da Índia ao Japão.

Não admira que neste bosquejo apressado surjam bastantes traços muito semelhantes aos de S. Francisco de Assis, um Santo muito querido, não só dele mas também do seu companheiro, e fundador da Companhia de Jesus, Santo Inácio de Loyola.

O grande desejo, não realizado por questões de saúde, do então P. Jorge Bergoglio de ser missionário no Japão; a vida simples, humilde e despojada que sempre levou, mesmo como Arcebispo e Cardeal de Buenos Aires; a dedicação pessoal aos Sacerdotes envelhecidos e doentes; o tratar, às vezes durante noites inteiras, os enfermos nos hospitais; os impulsos missionários que suscitou na Igreja que governava obrigando-a a sair de si e a ir ao encontro de todos; o escolher Sacerdotes que fossem evangelizar as prostitutas dessa metrópole, seguindo o exemplo de Santo Inácio; a enorme atenção que dedicou aos pobres e aos mais vulneráveis, tudo isso, se não deixa de poder revelar influência de S. Francisco de Assis mais parece ser consequência de uma grande devoção a S. Francisco Xavier (que viveu 300 anos depois de Assis).

Devo, no entanto, acrescentar que, aquando do meu noviciado, estando eu assistindo a uma lição sobre S. Francisco de Assis ouvi o Padre que a preleccionava firmar que S. Francisco de Assis era o maior Santo da Igreja católica, que tinha dividido a história da Igreja num antes e num depois. Reagi ao que me parecia um exagero senão mesmo um fanatismo franciscanófilo. Na conferência seguinte o professor leu, durante mais de uma hora, um longo artigo de um Padre jesuíta que dizia exactamente o mesmo. Não recordo o nome do autor, pelo que não saberei dizer se era Jorge Bergoglio… Embora pense que não.

Regressado a Portugal, encontrei na nossa biblioteca provincial uma encíclica do Papa Bento XV que, não obstante recriminar como coisa habitualmente doentia a comparação entre a Santidade dos canonizados, garantia categoricamente ser o Santo de Assis o que mais se aproximou e transpareceu Jesus Cristo.

Não haverá dúvida que num tempo, século XVI, em que, segundo Daniel Rops, na península ibérica havia cerca de 50 mil frades franciscanos e na europa 150 mil, a influência benigna do pobre de Assis não podia deixar de se infundir nos ânimos, em particular nos dos Santos.

Não saberei dizer se o Papa já revelou qual a razão da escolha do nome Francisco para o seu Pontificado, nem sei se o virá a fazer publicamente. Seja como for, o melhor será invocarmos a intercessão destes dois grandes Santos para que acompanhem e sustentem a sua missão.

E será bom aproveitarmos este tempo para ler a deslumbrante biografia de Daurignac sobre S. Francisco Xavier. É verdade que existem outras biografias mais actuais, mas essas, ao que sei não se encontram gratuitamente na Inter-rede. E esta é maravilhosa.

Este Papa Mariano irá sem dúvida, como bem discípulo de Santo Inácio, trabalhar para a maior Glória de Deus e para o bem maior de todos e de cada um.

Acompanhemo-lo com as nossas orações quotidianas como ele pediu com tanta humildade na sua primeira intervenção pública. De facto, ele não pediu ao povo que o abençoasse mas sim que suplicassem a Deus para que Ele o abençoasse.

À Honra e Glória de Cristo. Ámen.

14 março 2013

João Gil lembrou que SAR Dom Duarte foi esquecido nas comemorações de Timor

No programa Bairro Alto da RTP2, João Gil lembrou que SAR Dom Duarte foi esquecido nas comemorações de Timor.

“(…) apercebi-me da situação e também já sabia que era uma situação incómoda à esquerda, à direita, ao centro. É uma má consciência de Portugal. Era incómodo! Ninguém gostava de falar muito da questão de Timor e curiosamente uma das pessoas que estava no terreno a apoiar a comunidade timorense e os refugiados, era exactamente o candidato à Coroa Portuguesa – Dom Duarte – injustamente esquecido depois nas comemorações e no festejo da libertação. Dom Duarte pouco ou quase nada foi tido em conta. Uma pessoa discreta e estava a fazer um trabalho de campo incrível. Mas não entendo porque é que foi posto de lado. Não entendo… Ele estava lá a apoiar no terreno, andava lá todos os dias, era uma pessoa que eles contavam com o apoio… Aí estava a ser Rei. De facto incrível (…)”


 
 

13 março 2013

"Café com" Coronel Roberto Durão

Foto de capa
 
Na próxima quinta-feira, dia 14 de Março, pelas 21:00, a Juventude Monárquica de Lisboa organiza na sua sede mais um "Café com" o Senhor Coronel Roberto Durão, que falará sobre “Verde-Mar: Cantos e contos de guerra e de paz”. A não perder!

A entrada é gratuita! Vem e traz um amigo!

12 março 2013

Monarquia: razão e poesia

É ponto assente que Portugal necessita de uma mudança de rumo, o caminho escolhido até hoje não se adaptou ao novo mundo e não nos tornamos competitivos, um problema europeu que assola toda a Europa mas que nos afecta com maior gravidade devido à nossa periferia e ao atraso competitivo que ao longo da história recente tem sido permanente.

Tudo isto porque enquanto país fomos abdicando de alguns traços que nos definiam em prol de uma solidez europeia, solidez essa que em momentos de crise se mostra não estar consolidada. Fazendo com que os nossos esforços de integração não sejam recompensados, tendo sido perdidos pedaços da cultura lusitana sem aparente beneficio. Este ponto leva-me a dizer que não existe uma identidade europeia aceite por todos os seus habitantes que permita ser solidária aos problemas das outras nações pertencentes à união, o objectivo de um estado federal europeu falhou.

Na minha opinião falhou pois poucas foram as medidas políticas tomadas para que tal acontecesse, e todas as medidas foram de cariz económico. Medidas técnicas que não agregam vontades, por uma falta de sensibilidade social dos dirigentes, tanto portugueses como europeus. Tal raciocínio pretende ilustrar que faltam dirigentes que percebam a realidade social das populações e que moderam as medidas técnicas/económicas com as medidas políticas que façam a Europa sentir-se unida, com uma identidade.

Então agora pergunto a quem lê este texto, se não haverá nada mais revelador de uma identidade europeia que uma união de países monárquicos?

Monarquias essas que tinham por obrigação representar a totalidade dos seus súbditos garantido o seu melhor interesse. Sem ideologias, moderando a política da sua nação. Existindo um poder moderador isento dos jogos partidários, pois um presidente da república afecto a um partido é o mesmo que um arbitro de um jogo de futebol dirigente de uma das equipas em jogo, obviamente que tal não garante parcialidade nem zelo pelos melhores e reais interesses da população.

Mas a monarquia não se limita a argumentos e factos para descrever a sua valia, ela é poética. Uma das poesias da monarquia é o desejo que numa manhã de nevoeiro o encoberto regresse à sua pátria órfã de glórias, retornado do deserto onde se encontra perdido. O sebastianismo ainda é parte do ADN nacional, como mostra a saudade e a nostalgia de um passado glorioso sob a batuta de uma coroa. Mas o tempo em que vivemos impõe que se olhe para o futuro. O povo desespera por um D. Sebastião capaz de alanvancar Portugal através da sua cultura e do seu bravo povo.
Despeço-me então com uma mensagem tocante de uma pessoa que se chamava Fernando.

O Nevoeiro

"Nem rei nem lei, nem paz nem guerra
define com perfil e ser
este fulgor baço de terra
que é Portugal a entristecer-
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que cousa quer
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(que ância distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!"
Fernando Pessoa, Mensagem, 1928

Nunca é tarde de mais para começarmos, sou um jovem que tem um sonho. Assistir a um Portugal com rei e lei a definir com fulgor e ser este pequeno braço de terra que é Portugal a renascer. É a Hora!

Viva El' Rey

Viva Portugal


Francisco Themudo de Oliveira


Fonte: Realmentes

11 março 2013

A desgovernada III republica

As justificações do aflito e impopular presidente no famigerado prefácio ao seu livro “Roteiros VII" constituem a prova provada da ineficácia do sistema de Chefia de Estado da nossa república. Refém de prerrogativas constitucionais que lhe legitimam a interferência no poder executivo, qualquer silêncio ou abstenção de Cavaco perante a gravíssima crise que afunda os portugueses no desespero, por mais sincero que seja, é interpretado à luz das cores partidárias que o elegeram, as mesmas que nos governam hoje impondo ao país em profunda crise brutais doses de austeridade. Nesse sentido é absolutamente inglória qualquer tentativa sua de se posicionar acima das facções em disputa do poder.

 De facto o nosso sistema semipresidencialista convida ao conflito institucional. Imaginem por momentos que o "candidato poeta" ocupava nesta altura a cadeira de Belém. O mais provável seria a este ponto ter já cedido à tentação de atender ao ruído dos protestos da rua e das redes sociais, em boa parte a sua base social de apoio. Dessa forma teria Alegre “monarquicamente” (no sentido de unilateral) assumido o conflito institucional com o parlamento (em qualquer país civilizado o órgão democrático por excelência, porque representativo, colegial e plural) cuja maioria há menos de dois anos legitimada pelo voto popular suporta o governo do resgate, destituindo Passos Coelho e comprometendo o ajustamento a que a Europa e os credores nos comprometeram.

 Eis que os desgastados órgãos de soberania nacionais se revelam reféns da arquitectura do regime, quando a Nação sitiada num trágico processo de resgate financeiro, delas mais necessita.

 João Távora

Fonte: Corta-fitas

10 março 2013

210º ANIVERSÁRIO DO COLÉGIO MILITAR - 03 DE MARÇO DE 2013


Sobre

Consolidação e o fortalecimento dos laços de solidariedade que unem os antigos e os actuais alunos do Colégio Militar e a intransigente defesa da instituição nos seus princípios, valores e tradições.


Missão

 A "Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar", para além das acções de filantropia que estão na sua origem, tem por fim, a consolidação e o fortalecimento dos laços de solidariedade que unem os antigos e os actuais alunos do Colégio Militar e a intransigente defesa da instituição em que ela consiste, nos seus princípios, valores e tradições.


Descrição da empresa


O Colégio Militar é uma instituição de Portugal e da Cidade de Lisboa que entrou no seu terceiro século de relevantes serviços educativos à comunidade.


A Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar orgulha-se de ser guardiã e divulgadora dos valores e identidade da Escola, projectando-a no futuro, através da acção e coesão dos que nesses valores e identidade se revêem.


Foi celebrada uma Missa de Acção de Graças na Igreja de São Domingos com a presença de S.A.R., Dom Duarte de Bragança.

09 março 2013

SAR, D. Duarte de Bragança: O símbolo vivo de um País que teima em não desistir

 
Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael é o seu nome, extenso, como a História do País e da Família que se sentou no Trono de Portugal até 1910. Mas nem a Revolução do 5 de Outubro impediu os Braganças de continuarem teimosamente o seu papel histórico à revelia do que parecia ser o rumo da evolução.

A história provou que estavam certos , a Casa Real apesar de não reinar está bem fundeada na vida dos portugueses do País que representam como se de um um outro país numa outra realidade se tratasse. D. Duarte é uma verdadeira embaixada itinerante de Portugal no Mundo e um símbolo da tenacidade de um País que insiste em não desistir.

Poderíamos falar na teimosia de D. Afonso Henriques, da sabedoria de D. Duarte ou mesmo na grandeza de espírito de um D. Diniz ou de um D. João II, todos os adjectivos e cognomes que atribuímos aos Monarcas representam o espírito da época em que reinaram e o trabalho que deixaram a par da deferência que todo um povo lhes atribuía, mas dificilmente podemos atribuir uma frase que descreva a teimosia e perseverança que se apossou dos descendentes de D. Afonso I após a partida para o exílio.

D. Miguel partiria em 1834, para não mais voltar (assim pensavam os seus conterrâneos e assim deixaram escrito em Lei). D. Manuel II partiria para destino semelhante 76 anos depois e mais uma vez julgava-se que era de vez (e repetia-se o processo Legal). Tal como o chão de Lisboa onde Pombal martirizara os Távoras se julgava estéril ad eternum também com a descendência de D. Miguel a eternidade provar-se-ia de expressão menor. Duas gerações depois os Bragança voltavam a Portugal na Pessoa de D. Duarte Nuno (neto de D. Miguel I) a contra-gosto do regime que via em D. Duarte Nuno um espírito independente que influenciava muita gente e que representava um perigo real para o regime, um regime que pretendia fazer com os portugueses o mesmo que o 5 de Outubro de 1910 fez com o Rei: exilá-los.

Para o Estado Novo era complicado querer petrificar a glória e o labor dos monarcas portugueses e ter ao mesmo tempo um legitimo descendente (que ainda por cima era assim reconhecido pela população) com ideias próprias a andar livremente e de viva voz pelo País sem a ajuda de um qualquer historiador ou arqueólogo do regime.

Pouco tempo depois o povo, seguiria o exemplo: livrar-se-ia do exílio e retornaria à democracia com o 25 de Abril. Afinal a Republica nada tinha aprendido com o Marquês de Pombal.

Os descendentes dos Reis de Portugal poderiam ter optado pela via que a maioria das famílias Reais exiladas opta: viver comodamente no lugar que a História lhes reservava. Mas a estirpe da Coroa nacional é diferente e tal como o seu povo tem tendência a recusar aquilo que é o “curso natural dos povos” e insistir naquilo que lhe é mais verdadeiro em consciência.

É muito provável que continuemos a ver D. Duarte, um português, a percorrer o seu País e o Mundo a apregoar os aspectos positivos de Portugal, com a simpatia das populações e a contragosto dos republicanos de uma nova República que insiste em negar o óbvio. São precisas mais do que duas Constituições, três revoluções e 100 anos de mentiras para erradicar o português de Portugal.

Como diz o Povo: Portugal é “alma até Almeida” e o seu monarca não poderia ser diferente.


RGS

Fonte: O Manto do Rei

08 março 2013

"o Rei é a garantia do respeito das leis fundamentais da vida pública, o fiador das liberdades naturais e legítimas do Povo e finalmente o zelador da justiça social."

 
Eu, como herdeiro dos Reis que promoveram os vossos direitos fundamentais e defenderam contra todas as pressões a vossa dignidade, não quero deixar de denunciar em nome dum Passado cujas lições nenhum improviso poderá ofuscar, o erro de todas e quaisquer situações que, fazendo tábua rasa do Direito Público e do princípio institucional, alicerçam o Poder em prestígios pessoais. É em momentos de crise, como aquele que se avizinha, que mais dolorosa se torna a ausência de uma Autoridade que, pela sua origem e natureza transcendentes, tenha o Poder natural de arbitrar e defender o equilíbrio e a unidade nacional.


As experiências politicas e sociais do nosso tempo, longas ou fugazes, têm-me arraigado na convicção de que o Rei, como procurador histórico da Nação, é o mais natural processo de defesa e manutenção das liberdades públicas perante a força, a autoridade e as largas funções que caracterizam o Estado Moderno; o Monarca, não está por natureza enfeudado a uma «direita» ou a uma «esquerda», e por isso ele tem em si o dom de libertar as Instituições sem que perigue a autoridade do Estado. À sombra da Instituição monárquica, o diálogo das opiniões pode prosseguir livremente como elemento fundamental na evolução progressiva do País. No seu próprio interesse e dos seus descendentes, o Rei é a garantia do respeito das leis fundamentais da vida pública, o fiador das liberdades naturais e legítimas do Povo e finalmente o zelador da justiça social.


Creio ser possível, na aparente desorientação dos espíritos, encontrar o denominador comum do pensamento político, da ansiedade popular, das opiniões dos homens cultos e das vitais exigências da grei. Será ele uma síntese política em que a acção dum Governo eficiente e forte exerça no estrito acordo das regras da moral cristã e do Direito Público, respeite como limite os inalienáveis direitos da pessoa humana, faça florescer as liberdades públicas e associativas, e seja condicionado e fiscalizado por uma genuína representação nacional. É esta, aliás, a grande tradição da Monarquia Portuguesa, e creio que Vós, portugueses, sabereis reconhecer a vantagem que a Instituição Real Vos oferece na realização e defesa do harmonioso edifício dum Estado verdadeiramente nacional.
 
Excerto da Proclamação de S.A.R., O Senhor Dom Duarte Nuno de Bragança, Fevereiro de 1959

06 março 2013

República nonsense

Correndo o risco de ser repetitivo, começo por realçar novamente o Índice de Democracia, elaborado por The Economist Democracy Unit. Além disso, sugiro também a atenção ao índice de liberdade de imprensa, dos Reporters Without Borders e ao IDH, da ONU. Os números de monarquias constitucionais, entre os 10 primeiros classificados de cada estudo, são, respectivamente: 7, 8 e 7. O mais interessante é que, cruzando os 3 rankings, os únicos países que aparecem sempre no top 10 são: a Noruega, a Suécia, os Países Baixos e a Nova Zelândia, todos monarquias constitucionais.

Não sei se os nossos caros leitores já se deram ao trabalho de assistir ao espectáculo deprimente de um republicano a tentar defender a república. A base argumentativa, para não dizer que é estúpida, simplesmente não existe. O principal objectivo, com a apresentação dos referidos dados, é derrubar o principal argumento dos republicanos, que assenta no suposto carácter anti-democrático duma monarquia (Mito nº1). Meus caros, monarquias garantem a liberdade política, defendem a soberania nacional e criam condições para a construção de sociedades avançadas, com valores morais e tradições perfeitamente de acordo com as leis dos respectivos Estados.
 
O aparecimento das repúblicas europeias, particularmente a Portuguesa, não passa de um fruto da prepotência de homens que se consideravam superiores aos outros. Pergunto: de onde é que surgiu a ideia de implantar uma república em pleno século XIX (ou XX, no nosso caso)? Da república romana? Da federação dos Estados Unidos? Da Grécia Antiga?!?!!!!! Não, ninguém se inspirou em exemplos. A república parlamentar representativa foi uma inovação, formulada por pensadores positivistas. Só para esclarecer, um dos princípios do positivismo é que existe uma elite intelectual, cuja função é governar e mandar no resto da sociedade.
 
Ninguém critica o fim do Antigo Regime. Porém, com o iluminismo, surgiu uma tendência abominável de querer formular regimes e modelos de sociedade, com base nos mais variados postulados. Isso chama-se dedução hipotética e é usada nas ciências metodológicas, como a matemática. Em ciências humanas, ou substantivas, usa-se a dedução histórica ou empírica, em que se tiram conclusões a partir da observação do passado e do contexto actual. Ora, num país fundado não sob mas sobre um líder monarca, que ainda se recuperava da guerra civil e do choque do liberalismo e cuja sociedade nunca tinha vivido sem um Rei (que servia de exemplo), cabe na cabeça de alguém implantar uma república? Acho que não é preciso responder...
 
São de notar, então, três pontos fundamentais: a tradição monárquica portuguesa, o miserável falhanço de uma república que já tem mais de 100 anos e o sucesso das poucas monarquias parlamentares que ainde existem (cerca de 35, de 193 países). Pela dedução empírica, conclui-se então que precisamos da restauração monárquica, para que voltemos a ter, no mínimo, o controlo do nosso próprio Estado.
 
Viva o Rei! Viva Portugal!
 
Fonte: Realmentes

05 março 2013

A Majestade do Senhor D. Duarte Pio de Bragança

 
A Majestade do Senhor D. Duarte Pio de Bragança, diferentemente de outros reis do presente e do passado, apoia-se na humildade e na descrição.

O povo reconhece essa majestática postura. Quando taxistas, empregados de mesa e outros cidadãos querem ser fotografados com ele, são apenas singelas evidências de um facto. Ele não ganha votos com isso. Fá-lo de forma genuína, como também é genuína a vontade para aquele acto dos referidos tarefeiros. Quem diz taxistas, empregados de mesa, diz igualmente juristas, economistas, nobres, enfim todos.

O Senhor D. Duarte Pio de Bragança não é pretendente a coisa alguma. Pretendente é alguém que pretende. Ele é sim pretendido por muitos portugueses. Ele é o legítimo descendente dos Reis de Portugal e dos Algarves e, assim, herdeiro ao Trono deste Reino que por alguns anos deixou de ser e, por isso, andou à deriva desprestigiando-se enquanto país quase milenar.

O Senhor D. Duarte Pio de Bragança não é apenas um exemplo de cidadão preocupado e interventivamente incansável perante os assuntos da economia social e familiar, finanças, agricultura, cultura, urbanismo, paisagem, meio ambiente, ecologia, etc. É igualmente um invejável (e perdoem-me a expressão) exemplo de pai para os seus filhos. Ele, em época tão adversa para educar filhos, e tendo ainda a responsabilidade adicional e excepcional pela preparação dos seus descendentes a poderem ser os máximos servidores desta antiga Nação, tem sabido, como poucos, o caminho certo. Por isso é também exemplo nesta delicadíssima matéria hodierna.
 

04 março 2013

O Papa que há-de vir

 
Há muita gente devota do Papa que há-de vir. Não do próximo, nem do seguinte, mas daquele que há-de vir… mas nunca chegará. São os mesmos que não gostam do Papa actual, nem dos seus antecessores, porque vivem na expectativa de um Papa diferente e, a bem dizer, de uma outra Igreja.

É bom sonhar. Mas quando o devaneio perde o contacto com a realidade converte-se em alienação. Ou, pior ainda, em deserção, porque a antecipada devoção ao Papa mítico - o tal Papa que, como D. Sebastião, será sempre esperado - pode ser um álibi para não se comprometer com o Papa actual. Na realidade, o único Papa, porque há só um Papa, o de cada momento histórico e mais nenhum.

Até ao dia 28 de Fevereiro, às 20 horas, foi esse o Papa que apoiámos. Só quando chegou essa fatídica hora, Bento XVI deixou de ser o Papa. Mas logo que outro tomar o seu lugar como bispo de Roma e pastor da Igreja universal, será ele, seja quem for, o Papa e deverá contar com a oração e a indefectível fidelidade de todos os católicos.

O novo Papa, quaisquer que sejam as suas circunstâncias pessoais, será Pedro, ou seja, aquele que recebeu a missão divina de confirmar os seus irmãos na fé, a rocha firme sobre a qual Cristo edifica a sua Igreja, contra a qual as portas do Inferno não prevalecerão.
 
 
P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: Povo

O Portugal que interessa



SAR, a Senhora Dona Isabel de Bragança, ou a militância da responsabilidade social sem alardes, sem a mão estendida ao Estado e sem a demagogia dos angariadores de clientelas e de votos. Foto tirada na passada semana, no decurso da Procissão do Senhor dos Passos.
 
Miguel Castelo-Branco
 
Fonte: Combustões

03 março 2013

16º Aniversário de S.A. A Infanta Dona Maria Francisca


SUA ALTEZA SERENÍSSIMA A INFANTA Dona Maria Francisca Isabel Micaela Gabriela Rafaela Paula, nasceu a 3 de Março de 1997 e foi baptizada em Vila Viçosa em 31 de Maio de 1997.
 
Desejamos à nossa Querida Infanta um dia  repleto de sonhos e realizações para um longo Futuro recheado de Saúde, Paz, Amor e Sucesso.

Alteza, muitos parabéns e que na companhia de SS.AA.RR. Nossos Reis e Infantes, os Anjos cantem em Sua honra e a Imaculada Conceição, Nossa Rainha e Mãe, A proteja ao longo da Sua Vida.

VIVA A INFANTA DE PORTUGAL!