quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mudar a bandeira!


(...) A função do estandarte nacional é unir os cidadãos em volta de um símbolo imediato e inspirador. Com todo o respeito (dado que a lei pune o desrespeito), a única coisa a que o estandarte local nos inspira é a lamentar o gosto dos consultores de marketing do Partido Republicano, e o azar de o Partido Republicano ter um dia trans- formado Portugal no seu pátio das traseiras. Nações prósperas possuem bandeiras, digamos, bonitas, capazes de suscitar um sentimento de pertença e, dentro do possível, coesão. Ocorrem-me os Estados Unidos, o Japão, o Canadá, Israel, a Inglaterra, a Coreia do Sul e, esticando a corda, o Montenegro, lugares onde a máxima de Kennedy não é mera retórica. Perante a bandeira cá de casa, que sem surpresas gerou imitações no Bangladesh e no Burkina Faso, só apetece perguntar o que é que o nosso país pode fazer por nós. E responder de seguida: mudar a bandeira, pelas alminhas. (...)

Alberto Gonçalves no DN


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