31 março 2015

SAR, D. Duarte de Bragança reinaugura espaço museológico da acordeonista Eugénia Lima



Este espaço que passa a partir de agora a ser a sede do Instituto Eugénia Lima, guarda todo o espólio de artefactos, gravações e parte do arquivo histórico e pessoal da vida artística e privada da artista de Castelo Branco, que se radicou em Rio Maior.


O espaço inaugurado em 2013 pela própria, servia principalmente para arquivo, mas também para sala de visitas e para actuações da artista em privado para familiares, amigos, membros da sua tertúlia, fãs e admiradores.


O Recanto é um espaço patrocinado pela família de António Coito, pela Fundação D. Manuel II, Fundação Histórico Cultural Oureana e Câmara Municipal de Rio Maior.


Neste dia em que também foi lançado o último trabalho discográfico de Eugénia Lima, "Nem 8 nem 80" foi-lhe prestada uma homenagem no Cine-Teatro de Rio Maior num espectáculo que reuniu vários artistas, admiradores e familiares da acordeonista.


Fonte: O Mirante

30 março 2015

A normalidade do mal

Ainda é cedo para se saber, com absoluta certeza, as causas do acidente aéreo que vitimou uma centena e meia de pessoas, mas já é possível afirmar que este desastre da aviação comercial se ficou a dever a uma falha humana. De momento, tudo leva a crer que o co-piloto, Andreas Lubitz, de 28 anos, accionou o mecanismo que precipitou o avião da Germanwings no solo, causando a morte imediata de todos os seus ocupantes.
Ante estes factos, ainda sujeitos a confirmação, a pergunta surge espontânea: porquê? Que razão pode ter um acto de que resultaram tantas mortes inocentes? Como explicar esta tremenda catástrofe? A recusa em aceitar o que parece ser por demais monstruoso e irracional, leva à procura de causas que permitam entender o estranho comportamento do co-piloto. A aparente normalidade de Lubitz não logra explicar o que é inexplicável e, por isso, é provável que a investigação não cesse enquanto não identificar uma razão, um motivo ou, pelo menos, um pretexto que seja minimamente plausível. Mas, tem de haver algum?!
Quando um bispo polaco, Kazimierz Majdanski, foi convidado a pôr por escrito a sua experiência como recluso, ainda sendo seminarista, nos campos de extermínio de Sachsenhausen-Oranienburg e Dachau, sublinhou que o seu testemunho não era contra os seus carrascos ou a nação germânica, mas antes uma chamada de atenção em relação a uma terrível realidade ocorrida em pleno século XX, talvez no país mais culto do continente mais desenvolvido do mundo. Ou seja, os campos de concentração nazi são um exemplo dramático e real dos extremos a que pode chegar o ser humano, qualquer que seja a sua cultura, o seu estado psicológico ou as suas condições socio-económicas.
Seria muito vantajoso, excepto para a Germanwings, encontrar uma causa técnica para esta tragédia. Seria consolador para todos, sobretudo para os familiares das vítimas, o reconhecimento de algum desequilíbrio psicológico de Andreas Lubitz. Porém, pode acontecer que não haja nada que explique o que aconteceu, nenhum bode expiatório para o qual se possa, comodamente, transferir esta imensa culpa. É possível que se trate de uma acção consciente e deliberada de uma pessoa perfeitamente normal, sem dificuldades económicas nem carências afectivas. Não é preciso pertencer a uma minoria étnica, ser militante de um movimento terrorista, ser economicamente carenciado ou ter alguma doença psíquica, para cometer um crime destas proporções. Basta ser alguém e ter esse poder. Pode não ter acontecido num instante de loucura, mas num momento de perfeita lucidez. E é isto, precisamente, que é aterrador.
Hannah Arendt teve a coragem de dizê-lo: muitos dos responsáveis pelo extermínio de milhões de judeus, católicos, ciganos, etc., não eram monstros, nem vampiros ou dráculas. Eram funcionários, alguns até com estudos superiores, e “bons pais de família”. E, no entanto, foram os executores do holocausto.
Ante uma calamidade destas dimensões, importa prestar homenagem às vítimas e dar todo o apoio às suas famílias. Eventualmente, convirá rever os procedimentos que garantem a segurança aérea, mas não há mecanismos infalíveis contra o livre arbítrio. Por maiores que sejam os avanços técnicos em matéria securitária, a liberdade humana poderá sempre encontrar formas de fintar essas medidas e lograr a realização de calamidades, como a que agora vitimou cento e cinquenta pessoas.
O mal não está nos outros, mas em nós, em cada um de nós. A fronteira que separa o bem e o mal não é uma linha que opõe alguns homens, os bons, contra outros homens, os maus, mas um traço que passa pelos corações de todos os seres humanos, sem excepção. Todos somos capazes do melhor e do pior.
Mais do que tentar resolver estes casos com meios técnicos cada vez mais sofisticados, há que investir na formação moral dos cidadãos. Sem uma forte consciência ética e social, o ser humano torna-se, como dizia Hobbes, num lobo para o próprio homem, num predador dos seus semelhantes. 
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Fonte: Observador

28 março 2015

Foto do Dia

Foto do Dia


Fonte: O Mirante

O REI NO MEIO DO POVO



Entre o Rei e o Povo existe uma ligação quase familiar, pois assenta nos princípios do direito natural, Elo inquebrantável desde a fundação da nacionalidade. Existe de facto uma relação quase mística entre o Rei e o Seu Povo.
Existe uma instantaneidade, uma ligação directa entre o Rei e o Indivíduo da Nação ou País, pois o Rei, mais do que uma pessoa, é uma Entidade que possui uma carga emblemática porque o Monarca é o primeiro depositário da tradição dos antepassados dos homens e dos costumes da Nação. Um Rei dá ânimo e estimula a auto-estima da Comunidade e faz todos acharem-se fracção de um todo. Um Rei é um grande motivo de orgulho para o Seu Povo, que sabe ter na Figura Real a encarnação da história da Nação.
O Rei não é uma personagem distante enclausurada numa redoma de luxo e privilégios, antes caminha, sem medo, no meio da multidão, ouvindo os seus problemas e sentindo com o Povo, para depois dar voz aos seus anseios junto das instâncias legislativa e governativa, enredadas em interesses partidários, e, que não raras vezes ignoram as questões maiores como o supremo interesse do Povo e que por isso perante os que governam não possuem qualquer autoridade natural. O Rei será o “defensor do equilíbrio da Nação” – como foi estatuído nas Cortes de 1211.
Há pois, uma relação imediata entre um Rei e os cidadãos do seu país, que vêem no Rei a referência e, também, a última, e por vezes derradeira, instituição, que sentirá as suas necessidades e o defenderá perante a possível tirania política. O Rei – e só o Rei – é o intérprete da Vontade Nacional! É essa Paz que queremos, é essa comunhão entre Chefe de Estado e Povo por que todos anseiam, o Portucalense querer encarnado num Rei.
A função Real é, de facto, um Serviço que é desempenhado com sentido de missão, pois constantemente sobre o escrutínio público o Rei procura exercer o melhor possível o seu Ofício dirigido no sentido do aperfeiçoamento constante.
Mas mais do que um papel político, porque o Rei reina e não governa, o Monarca tem um papel histórico: o de personificar o carácter nacional.
Reinar não é um ganha-pão, é um Ofício!
A função Real é, de facto, um Ofício que deve desempenhar com sentido de missão, pois constantemente sobre o escrutínio público o Rei procura desempenhar o melhor possível o seu serviço dirigido no sentido do aperfeiçoamento constante.
Só o Rei terá uma superior consciência dos problemas nacionais, pois a educação de um Príncipe é orientada da forma que se entende ser a mais adequada ao melhor desempenho do seu futuro mester de Rei, de forma a reinar da forma mais útil e favorável para o País. Reinar é uma especialização na defesa dos interesses da Nação que nunca podem ser alvo de desdém e indiferença.
A mais-valia do Monarca consiste nesta congregação de preparação, probidade e neutralidade, que evita que o Rei caia no aperto da impreparação – maduro a tomar decisões nunca saltará etapas que possam perigar o estado da Nação -, no embaraço da falta de ética, na enrascada do comprometimento, pois mantém uma posição de neutralidade em relação a questões políticas, sem compromissos unilaterais que ferem a dignidade do poder moderador que se exige a um Chefe de Estado.
A política, pela sua própria essência, campo de pelejas intermináveis, sobrecarregada de invejas, tem esse destino singular de ser ferida e acicatada, por questões, interesses e lobbies partidários, económicos e financeiros ou mesmo desta ou daquela classe social. Por isso não poucas vezes o bem comum não está suficientemente acautelado.
Assim a função de reinar elimina os comprometimentos e as frívolas promessas de campanha e torna a chefia do Estado merecedora de confiança, porque independente de calendários e questiúnculas eleitorais.
A Monarquia funciona ainda como uma força motriz da democracia porque é uma terapia de choque para o caciquismo republicano. Com um Rei como Chefe de Estado terminará aquilo que o Imperador Marco Aurélio descreveu num dos seus célebres Pensamentos: “Desprezando-se, bajulam-se e, querendo ultrapassar-se cedem à vez”.
Ora, com a figura do Rei que exprime a virtude da dedicação ao bem comum e tem uma superior consciência dos assuntos nacionais, representando da forma mais ética possível a Nação, a Comunidade confia no Rei e revê-se nele, e quererá seguir-lhe o exemplo o que vai fazer repercutir nas instituições democráticas essa ordem.
No nosso ainda novo século, como em nenhum outro antes, testemunha-se nas repúblicas o maior desprezo pela política e pelas instituições, supostamente, democráticas, muito pelo que acontece nos gabinetes do actual sistema, em que políticos manhosos, empanturrados de afectação exercitam a poder com dominação achando-se depositários da jurisdição totalitária de abater a vontade do Povo.
Muitas vezes num ambiente de óbvias tensões, de uma enorme cadeia de causas e feitos, de inúmeros interesses individuais, é esse fim último de Bem Comum que só uma figura totalmente livre e independente pode ter o discernimento para perceber. Essa liberdade, absolutamente necessária, só um Rei possui: “nosso rei é livre”, consequentemente, Nos liberi sumus, Rex noster liber est, manus nostrae nos liberverunt. O que, em português, significa: Nós somos livres, nosso Rei é livre, nossas mãos nos libertaram. E isso constitui a verdadeira Unidade da Nação!
Sem essa figura conciliadora, esta unidade nacional quebra-se dando lugar a cisões políticas e sociais interessadas apenas na defesa de interesses particulares e privatísticos da sua facção, isto é, passa a haver apenas uma relação negativa entre elementos.
É nesta especialização na defesa dos interesses e da plena independência do País face ao estrangeiro e no facto de um Rei ser educado para a abnegação pessoal às funções de Chefe de Estado e devoção exclusiva ao bem do País, que resultam as principais vantagens do Monarca Constitucional. Assim, o Rei desempenha um papel fundamental: funciona como símbolo de estabilidade, união e continuidade da Nação.
Miguel Villas-Boas 

27 março 2015

Dom Quixote e Sancho Pança: uma alegoria ibérica?

A independência de Portugal parece dever-se a uma razão providencial, porque as outras nações peninsulares que a tentaram, fracassaram até à data.

A notícia recente da provável descoberta dos restos mortais de Miguel de Cervantes é um bom pretexto para reflectir sobre a dualidade ibérica, de algum modo representada nas duas principais personagens da obra-prima que imortalizou o referido escritor castelhano: Dom Quixote e Sancho Pança.
A independência do condado portucalense, do reino de Leão em que estava integrado, não decorreu de nenhuma singularidade que justificasse a sua autonomia, mas de uma lógica de afirmação de poder do próprio D. Afonso Henriques, em relação ao monarca leonês. Foram as ânsias de domínio e as rivalidades entre os lugares-tenentes da reconquista que deram azo aos vários reinos peninsulares que, na realidade, poderiam ter constituído um único Estado, em vez de um mosaico de diminutos países de precárias fronteiras.
Desses pequenos reinos, alguns tiveram vida efémera, mas outros, como Portugal, sobreviveram até à actualidade. Não faltaram, é certo, tentativas para reduzir o nosso país a mais uma província ibérica, sobretudo por parte dos reis castelhanos, que conseguiram submeter ao seu poder hegemónico as restantes nacionalidades peninsulares periféricas.
Também deste lado da raia não faltaram pretextos para a malograda união ibérica. Por razões dinásticas, Portugal esteve prestes a perder a sua independência, na crise de 1383-85 e, mais tarde, em 1580. A ascensão ao trono de D. João I afastou o perigo de um rei castelhano mas, com a morte do Rei Cardeal D. Henrique, Filipe II de Castela e Aragão é proclamado, em Cortes, rei de Portugal, mantendo formalmente a independência do reino lusitano. Embora, em termos jurídicos, a união fosse pessoal –de modo análogo a como o monarca da Grã-Bretanha é soberano de outros países, sem que estes sejam domínios britânicos – a verdade é que Portugal corria sérios riscos de se ver reduzido a uma mera região hispânica, a par da Catalunha, do País Basco ou das Astúrias. Daí a necessidade da restauração de 1640, que devolveu o trono à Casa de Bragança.
Se as questões dinásticas estiveram na base de duas graves crises da independência nacional, em 1385 e 1580, também a república representou um sério risco para a autonomia pátria. Boa prova disso é a iberista bandeira republicana, que assinala, a verde, o território nacional, em contraposição com o vermelho, que simboliza o país vizinho, dando lugar, por certo, a uma incoerência heráldica que é também, do ponto de vista cromático, muito infeliz.
Se, de um ponto de vista histórico, todas as razões apontavam para uma união, num único Estado plural, de todas as nacionalidades ibéricas, a independência de Portugal parece relevar uma razão providencial, tanto mais manifesta quanto outras nações peninsulares a tentaram, até à data sem sucesso.
É possível que esse casamento, tantas vezes anunciado e pretendido, mas nunca consumado, se deva a uma incompatibilidade histórica, que a literária contraposição entre D. Quixote e Sancho Pança parece simbolizar.
Com efeito, o «engenhoso fidalgo da Mancha» é uma caricatura dos antigos conquistadores castelhanos que, pela força das armas, conquistaram um império e desfizeram outros, como o inca e o azteca. Por seu lado, o simpático Sancho Pança parece ser o representante de uma raça de comerciantes que, como o Oliveira da Figueira, que Hergé imortalizou, fizeram-se ao mundo deixando saudades – e feitorias! – por onde passaram.
Todas as generalizações são injustas, até porque houve também entre os nossos descobridores impiedosos guerreiros – recorde-se o "terríbil" Afonso de Albuquerque, D. João de Castro, etc. – e, nas hostes castelhanas, exemplos de profunda humanidade, como foi o caso de Frei Bartolomeu de las Casas, o grande defensor dos direitos dos índios. Mas talvez esta comparação entre as duas personagens cervantinas e os dois Estados peninsulares, salvadas as devidas distâncias, possa ser uma imagem feliz do que deve ser o relacionamento entre as duas potências ibéricas: Portugal e Espanha estão chamados a respeitarem as suas próprias idiossincrasias e a caminharem juntos na construção de uma Europa mais unida e de um mundo mais solidário.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: Povo

26 março 2015

VIV’Ó REI!



No Seu reinado ao serviço da Nação, longe de ser um privilegiado, o Rei é um servidor público a quem assistem poucos direitos, mas sobejam obrigações, tais como o dever de defender a Soberania Nacional e manter a Paz. Por isso o Rei para além da educação normal recebe uma formação militar que o habilitará a ser o verdadeiro Comandante Supremo das Forças Armadas!

Um Rei tem um imperativo ético claro: a defesa da Nação.

É preciso o sentido de Missão que só um Rei possui! No Rei, a sociedade civil terá um farol e o célebre Vindex romano, obtendo o Povo dessa forma um Defensor para poder afirmar os seus direitos até porque nenhuma pessoa poderá aceitar um cargo público importante, sem prestar um juramento de fidelidade ao Rei que zelará para que o funcionário desempenhe o seu cargo com a ética e dignidade que lhe é exigível.

A Monarquia será uma terapia de choque democrático, pois um Rei plantará a Árvore da Liberdade, pois teremos políticos mais sinceros, subsequentemente, um País mais livre e justo! Essa é uma Alta Missão que apenas um Rei está habilitado a exercer!

A existência de um Rei acrescenta aos três poderes já procedentes do século XVIII – legislativo, executivo e judicial -, um quarto poder, o moderador exercido plena e livremente pelo Rei, que apesar de não governar, vela pelo funcionamento dos demais poderes. O artigo 71.º da Carta Constitucional de 1826 estatuía: “O Poder Moderador é a chave de toda a organização política e compete privativamente ao Rei, como Chefe supremo da Nação, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos mais Poderes Políticos”.

O Rei será assim detentor de um aparente “quarto poder”, o Poder Moderador que permitirá ao Rei guardar a manutenção da independência e soberania nacionais e a estabilidade dos poderes políticos. Acima de tramas partidárias, independente de um calendário político, o Rei terá a tranquilidade e a legitimidade para actuar como moderador entre as várias facções políticas e agregados da sociedade civil.

O Rei será um marinheiro experiente que exerce como tal quando a ocasião requer: o Homem do Leme!

Viv’ó Rei! Viv’ó Rei! Grita o Povo sempre que o Rei passa na aglomeração constante do Povo que constantemente o saúda: Viv’ó Rei!


Miguel Villas-Boas 

25 março 2015

19º Aniversário de SAR, O Senhor D. Afonso de Bragança, Príncipe da Beira


Dom Afonso de Santa Maria Miguel Gabriel Rafael de Herédia de Bragança, filho primogénito de SS.AA.RR., Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança e de Dona Isabel de Herédia de Bragança, Duquesa de Bragança, nasceu numa segunda feira, 25 de Março de 1996, às 7h38 da manhã, no Hospital da Cruz Vermelha , em Lisboa. Ostenta os títulos de Príncipe da Beira e Duque de Barcelos.


S.A.R., Dom Afonso de Bragança, ao celebrar neste dia 25 de Março o seu aniversário, enche o coração de Portugal de esperança, de alegria e de confiança num futuro risonho e promissor pela qual todos nós Portugueses sonhamos.

Desejamos ao nosso Príncipe Real toda a "felicidade do mundo", Saúde, Paz, Harmonia e muito Amor com toda a Nossa Querida Família Real, no mais belo exemplo de União e Tradição.

 Que Deus o guie e ilumine naquela que desejamos seja uma longa vida cheia de sucesso.

VIVA SUA ALTEZA REAL DOM AFONSO, PRÍNCIPE REAL!

23 março 2015

REI DOS PORTUGUESES



A afabilidade que os Reis sempre demonstram com o Seu Povo não é um excesso de cortesia nem compromete a Sua potestade, muito pelo contrário aproxima uns e outros e permite nesse acto de aproximação o dom precioso da concórdia, da harmonia dentro da Nação, que só Alguém que interpreta a vontade nacional e representa todos os cidadãos, está em condições de obter.

“O olhar fito do Rei a si conduz
Os olhares fitados e vizinhos.
O Rei fala, e um seu gesto tudo prende,
O som da Sua voz tudo transmuda.
E a Sua viva Majestade esplende.”

- Fernando Pessoa, 31/7/1935


O Rei encarna a História da Nação! O passado que não é uma velha lição, mas um exemplo… a virtude do exemplo, tão essencial para o funcionamento de todas as instituições do Estado e, também, para exprimir a relação do Povo com a Nação. Este passado tem aos olhos do Povo uma mística e o Rei será assim a encarnação dessa mística, e como tal o Monarca é não só o Chefe Supremo do Estado, mas o que é mais importante, da Nação. 

Os Reis Portugueses não habitavam numa elevação solitária. Os nossos Reis mantinham uma relação directa com o povo, e sentiam prazer em estar entre gente comum e quando abordados por qualquer pessoa do povo, entabulavam familiarmente uma conversa, até porquê os príncipes eram educados pelos seus sábios preceptores precisamente para isso. É bem diferente da ‘afeição’ que os políticos sentem pelo Povo, aquela que provêm da diligência da astúcia, para captar perfidamente a clientela dos simples, pois logo que eles se ‘resolvam’ terminarão cuidados e interesses!

O Rei protege como pai, o político governa como dono! E à benignidade do Rei corresponde a bem-querença do Povo, emocional, sem submissões, brotando dos impulsos do coração!
Não é o Povo que derruba Reis!

Miguel Villas-Boas 

22 março 2015

SAR, O Senhor D. Duarte de Bragança na Cerimónia de inauguração da estátua do Reverendo Padre Condor em Fátima





No dia 7 de Março, foi inaugurada uma estátua do Reverendo Padre Condor, antigo Reitor do Santuário de Fátima, na presença de Sua Excelência Reverendíssima o Sr. Núncio Apostólico, de S.E. o Sr. Cardeal Primaz da Hungria e de S.E. o Sr. Presidente da Republica da Hungria que se deslocou de Budapeste expressamente para este acto.

Esta bela iniciativa da responsabilidade da Associação Portugal-Hungria, Presidida pelo confrade, Dr. Miguel de Pape, contou com a presença de S.E. o Sr. Conde de Albuquerque, Presidente da Assembleia Portuguesa da Ordem Soberana Militar de Malta acompanhado do Sr. Dr. João Pedro de Campos Henriques, secretário da Ordem.

Nesta ocasião o  Sr. Presidente do Conselho Directivo e da Assembleia teve a oportunidade de cumprimentar Sua Exa Reverendíssima o Sr. Bispo de Leiria-Fátima, S.A.R. o Duque de Bragança, e S.E. o Sr. Cônsul da Hungria no Porto Comendador Américo Amorim.

Fonte: Ordem Soberana Militar de Malta

21 março 2015

VIV’Á MONARQUIA!



Em 1919 verificou-se no Porto uma efusiva e concorrida manifestação monárquica. Mesmo vivendo sob o regime ditatorial da 1.ª República que proibira as manifestações, as greves e instituíra o Partido Republicano como partido único, desde 1911, por decreto do então ministro da Justiça Afonso Costa, o Povo sempre temerário não se deixou vergar pela ameaça da repressão.

Muitos gritos de ordem se têm feito ouvir nos últimos tempos, mas aquele que realmente pode significar a Salvação Nacional só pode ser um: VIV’Á MONARQUIA!

Já Platão, que acabou por chegar à conclusão que o melhor sistema de Governo era a Monarquia – o que curiosamente fez na sua obra “A República” –, advertia que “o preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior”.

Ora é o que tem acontecido, salvo honrosas – mas poucas – excepções, nos últimos 104 anos. De facto, nunca a máxima de “que a excepção confirma a regra”, teve mais cabimento, ou não fosse por isso ‘excepção’.

A regra é mesmo a do mau político, aquele que Eça de Queiroz descreveu, em 1867 in Distrito de Évora, como sendo suas características: “… vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver coisas. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o Estadista. É assim que há muito tempo, em Portugal, são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a independência?”.

Pois há Homens que são talhados pela genialidade; e o pior, que, o sempre actual, Eça previra, aconteceu.

A essência da Democracia é de que ninguém é obrigado a concordar com nada e, portanto, é hora de defendermos com toda a veemência a Causa da Monarquia.

Temos Voz vamos fazê-la ouvir! SOMOS POVO E NÃO POPULAÇÃO! Por isso o Povo não pode ser apenas a margem de manobra dos políticos republicanos.

Queremos um debate esclarecedor, igual e democrático sobre a questão de modelo de regime; por isso tem de ser facilitado aos monárquicos o tempo de antena necessário para poder transmitir a sua mensagem, tal como fazem as outras entidades políticas. Nenhum partido republicano tem o monopólio da defesa da Democracia e da Legalidade.

Queremos um Rei como Chefe de Estado para que possamos ter uma força moral que vigie e regule o sistema!

Vamos fazer ouvir a voz dos Monárquicos na defesa do nosso amado País e na apologia do modelo de regímen que achamos melhor para a nossa Nação!

Então, como é que é:
Viv’ó Rei!

Então, como é que é:
Viv’á Monarquia!

Miguel Villas-Boas

Fonte: Plataforma de Cidadania Monárquica