sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Aljubarrota - 14 de Agosto de 1385



Assim, a luta decisiva viria a travar-se entre a unidade em quase constante formação de batalha e o aglomerado de forças joviais e por demais descuidosas; entre a ordem verdadeira e a ordem aparente que vale por desordem; defrontava-se a religiosa convicção e decisão de ganhar com a vaidosa ostentação de vitória certa; o espírito com o número; um rei-soldado de batalha com um rei inválido pela doença, ora indeciso, ora teimoso; um chefe iluminado e heróico, entre infantes e cavaleiros apeados, a vencer de lanças oblíquas, a melhor cavalaria da Europa.
Lição a relembrar, exemplo a seguir, levantemos o espírito em reconhecimento aos nossos antepassados que, no curto espaço de meia hora, pela independência da Pátria, morrendo ou vivendo, em Aljubarrota souberam vencer, para criar as condições e o destino da futura grandeza de Portugal.

Agosto de 1949


Hipólito Raposo em A lição de Aljubarrota, no livro Oferenda




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