segunda-feira, 20 de março de 2017

República, o regime que dividiu Portugal

“Gavar os homens, e cavaleiros que tiverem bons procedimentos, diante de gente, e os que tiverem préstimo para a República e mostrar aborrecimento às coisas a ela prejudiciais” 
El Rei D. Sebastião in Máximas


A família real está no caminho de qualquer demagogo assumir todo o Estado

Fora dos países com monarquias constitucionais o valor da existência do Monarca para a sociedade raramente é debatido, em Portugal monárquicos e republicanos continuam a afiar seus argumentos, embora a Instituição Monárquica goze de apoio sólido entre os povos europeus e em países considerados modelos sociais a seguir.
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O lançamento de uma petição para corrigir o estatuto histórico da Casa Real Portuguesa na lista de procedimentos do Estado veio relançar a velha discussão entre República e Monarquia , não sendo esse o propósito da petição é impossível evitar as ondas de choque da velha temática política do século XIX : de um lado, os chamados “monárquicos” e, do outro, os chamados “republicanos”. Os primeiros diziam defender o Rei, os segundos defender a Res publica e assim o Liberalismo importado de Inglaterra lançava um equívoco histórico sem precedentes no seio da cultura política portuguesa .
Não existem monárquicos ou republicanos, existem Portugueses !
O equívoco da Revolução Liberal instalava um pernicioso divórcio: Os monárquicos argumentam que a monarquia simboliza valores profundamente enraizados que vão além da moda social e política, os republicanos contestam que um governante hereditário faz tanto sentido como um dentista hereditário e que a monarquia nos aprisiona como sujeitos, consagra a desigualdade e que devemos ter o poder de escolher nosso chefe de Estado.
O Parlamento (Orgão de Soberania legislador) existe, com assento dos representantes do Povo, desde D Afonso III e nenhuma destas facções leu o documento fundador da Revolução de 1640 que deu início à Dinastia de Bragança :
o poder dos reis está originariamente nos povos e nas repúblicas, que delas o recebem por forma imediata.”in Justa Aclamação de D. João IV, por Vaz de Gouveia
Um Regime que usa a História de 22 gerações de portugueses para autopromoção dos partidos da República e seus agentes , não é mais do que um desvio pernicioso que tenderá a hipotecar tudo e todos em nome de uma Utopia que só serve os interesses da minoria instalada no Poder.

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