segunda-feira, 31 de julho de 2017

ENTREVISTA A DOM DUARTE DE BRAGANÇA pelo Blogue de EMRC do Colégio de Lamas



O Blogue de EMRC do Colégio de Lamas teve a honra de entrevistar S.A.R, Dom Duarte de Bragança. Dom Duarte Pio nasceu em Berna, na Suíça, e é o filho primogénito de Dom Duarte Nuno e Dona Maria Francisca de Orléans e Bragança. Com o falecimento de seu pai em 1976, passou a ser o Chefe da Casa Real Portuguesa. Nessa qualidade, tem procurado corresponder às numerosas iniciativas para que é solicitado, quer de representação dos Reis de Portugal, quer para fazer viver o rico património cultural que eles incarnavam, quer de ajuda e promoção da ajuda aos mais desfavorecidos, quer em diligências junto de entidades estrangeiras, nomeadamente nos países da CPLP.

Em 2006, um parecer do Departamento de Assuntos Jurídicos do Ministério dos Negócios Estrangeiros reconheceu Duarte Pio de Bragança como o único e legitimo herdeiro do trono de Portugal. Esse parecer foi fundamentado pelo ‘reconhecimento histórico e da tradição do Povo Português’, pelas ‘regras consuetudinárias da sucessão dinástica’, e pelo ‘reconhecimento tácito das restantes casas reais da Europa e do Mundo com as quais a legítima Casa de Bragança partilha laços de consanguinidade’. Recordou, ainda, ter sido conferido pela República Portuguesa a D. Duarte Pio a representatividade política, histórica e diplomática, e foi lembrado que os pretendentes ao título de duque de Bragança ‘são várias vezes enviados a representar o Povo Português em eventos de natureza cultural, humanitária ou religiosa no estrangeiro, altura em que lhes é conferido o passaporte diplomático’. Agradecemos a disponibilidade de Dom Duarte de Bragança e desejamos-lhe as maiores felicidades.

1. O que significa para si ser o herdeiro da Coroa portuguesa?
R: É ter a responsabilidade de manter viva a memória de uma família que presidiu aos destinos do País desde D. Afonso Henriques e dar a oportunidade aos Portugueses de estudarem as diferenças entre a Chefia de Estado republicana e a Chefia de Estado Real.

2. Faz sentido hoje desejar o regresso da Monarquia em Portugal? Portugal seria melhor com um Rei?
R: Se compararmos o que foi Portugal durante as três Repúblicas, que se sucederam desde 1910, com a situação dos Países Europeus que preservaram as suas monarquias, fará certamente muito sentido. Aliás, pode-se perguntar se faz sentido manter um regime republicano que só conseguiu evitar a falência do País no período não democrático da Segunda República. Certamente que Portugal seria melhor com um rei. Basta comparar as actuais Monarquias e Repúblicas Europeias.

3. Para si, o que é que distingue essencialmente uma República e uma Monarquia?
R: O facto do Chefe de Estado ser verdadeiramente independente dos interesses económicos e políticos e de ser capaz de representar toda a nação e não só as forças políticas do momento.


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