sábado, 28 de dezembro de 2019

D. FRANCISCA E D. AFONSO DE BRAGANÇA SOBRESSAEM NO JANTAR DOS CONJURADOS


Os filhos mais velhos de D. Duarte e D. Isabel de Bragança mostram-se à vontade em acontecimentos públicos.


Foi perante aproximadamente 180 apoiantes e simpatizantes da causa monárquica que D. Duarte de Bragança fez o seu habitual discurso no Jantar dos Conjurados, um encontro onde se comemora a restauração da independência de Portugal. Este ano, o chefe da Casa Real Portuguesa teve ao seu lado a mulher, D. Isabel, e os filhos mais velhos, D. Afonso, de 23 anos, e D. Maria Francisca, de 22. Só faltou D. Dinis, de 20, que se encontra a estudar Ciência Política e Sociologia na Bélgica.


Enquanto recebiam os cumprimentos dos presentes, o príncipe da Beira e a duquesa de Coimbra mostraram-se muito à vontade, oferecendo sorrisos a quem os abordava. “O Afonso está a fazer um estágio nas Forças Armadas e a acabar as últimas cadeiras do curso [Relações Internacionais e Ciência Política]. A Francisca também está a terminar Comunicação Social. Sinto muito orgulho por ver que já estão a bater asas. É bom que comecem as suas vidas, sempre acompanhados da família”, partilhou a duquesa de Bragança.


Fonte: Caras

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Natal: doçura e esperança


Doçura é ternura. Mas também bondade. E paz. E sabedoria virtuosa.

Doçura é feminina. Associada à vida nascente. À uterinidade materna. 

Doçura precisa de ser constante, equilibrada, com quietude. Numa só palavra, mansuetude.

Está perto o Natal, símbolo máximo da Vida e da paz. Hoje, como há 2000 anos, continua a estar também impregnado de doçura maternal. Maria deu à luz o Seu Filho na discrição e despojada de conforto, mas plena de doçura. “Anuncio-vos uma grande alegria” (Lc 2,10) é a mensagem das mensagens. Docemente, a vitória da vida sobre a morte.

O Natal transporta na minha memória de adulto o imaginário infantil feito de sonho, doçura, afecto, idealismo, bondade. Porque o Natal tem uma incomparável magia que advém (e não desaparece) do espírito de criança. Talvez por isso, o melhor não é tanto a data, mas a atmosfera do antes, porque o melhor não é o chegar, mas o ir ao encontro. Docemente.

Há doçura na ambiência e na iconografia natalícias. Na policromia que lhe está associada e na polifonia que o simboliza. No sorriso das pessoas e na alegria esperançosa lida nos olhos das crianças. No presépio renovado. No pinheiro de Natal e nas pinhas resinosas. Na doçura de Belchior, Baltasar e Gaspar e na fragrância do incenso. Na fértil romã que dá sabor à união das partes. Na estrela-do-Natal, que nos olha no meio de companheiras flores.

Há doçura no voltar a ser menino. Mas há amargura no Natal que já não é. No Natal com a pressa do nada, do que se compra com o peso do vácuo ou, já na ausência do pensar, dos litros de ansiedade destilados. No Natal impositivo, que quase anula o tempo e o espaço para se olhar o outro, olhos nos olhos. No Natal que passa sem se passar. Como nas fotografias que se tiram para depois exibir o que se fotografou sem nunca se ter visto com os olhos.

A doçura de dar cede lugar à amargura de ter de dar. A serenidade do pensamento da escolha cede passo a favor do turbilhão de uma escolha que já não o é. O oferecer, como acto que vale por si só, esfuma-se na conta corrente que confronta o que se dá com o que se recebe, medido mais em moeda do que em valores de vida e de relação.

A doçura do dar só é boa se for natural. Dar só vale a pena se a pessoa que recebe está antes da prenda que se entrega.

Associo, também e muito, a ideia de esperança natalícia ao musgo.

Musgo de esperança, perguntará o leitor? Como então, se o pobre musgo nem sequer tem raízes, como briófita que assim nasceu? Como então, se não tem sementes para se reproduzir, nem flores e frutos como fonte de vida? Como então, se está condenado ao nanismo por não ter um verdadeiro sistema vascular de condução da seiva?

Todavia, insisto na defesa do musgo como sinal de esperança.

Para isso peregrino (per agros, pelos campos) até ao Natal da Vida.  

Gosto da ideia de esperança que engravida o Natal. 

Gosto da atmosfera do Natal e da Epifania. E gosto do presépio. E do musgo que lhe dá leito e união.

O musgo é, por definição, sinestésico. No seu cheiro inigualável em terra molhada, no seu aveludado tatuar, na quietude da sua extensão, no olhar enternecido de quem nos quer aconchegar. Um milagre da natureza: estes minúsculos corpos nem provêm dos óvulos de um ovário, nem têm um embrião e, no entanto, germinam como uma semente. 

Natal, ainda e sempre, uma doçura tão docemente adoçada. No encontro e no reencontro. Com o futuro gerado no passado. Com azevinho, alecrim e rosmaninho.


ANTÓNIO BAGÃO FÉLIX


quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

A magia do Natal


Não há publicidade natalícia que não fale de ‘magia’. A palavra não tem nada de ofensivo, mas tende a transportar o nascimento de Cristo para um reino lendário, que é o cenário mitológico das coisas ‘mágicas’.

Do mesmo modo como os contos infantis estão cheios de princesas boazinhas e bruxas más, feitiços e amores impossíveis, maçãs envenenadas e varinhas mágicas, belas adormecidas e galãs cavaleiros, dragões fantasmagóricos e duendes saltitões, assim também o nascimento de Jesus mais não seria de que uma lenda piedosamente alimentada pelos cristãos, mas sem qualquer relação com a realidade histórica.

É verdade que a imaginação popular acrescentou algumas personagens ao relato bíblico do nascimento de Jesus de Nazaré. Imaginou a presença, por certo muito razoável, da vaca e do burro: a primeira, como inquilina habitual daquele estábulo; e o jumento, como provável meio de transporte utilizado por Maria e José, na sua longa viagem de Nazaré da Galileia até Belém de Judá. Foi também a fé do povo que fixou em três o número dos magos e lhes deu nomes próprios – Gaspar, Baltazar e Melchior – aos quais atribuiu a dignidade real, quando o relato bíblico se limita a registar a sua presença plural e os seus três dons, sem especificar o seu número, nem lhes atribuir a condição real. A tradição cristã também preencheu uma outra lacuna dos relatos evangélicos, supondo a data do nascimento de Cristo no dia 25 de Dezembro, muito embora não haja, nas Sagradas Escrituras, nenhum indício que permita sustentar a veracidade desta hipótese, afinal tão verosímil como outra qualquer.

Que não se saiba tudo acerca do nascimento de Cristo, não quer dizer que nada se saiba sobre um acontecimento de tanta transcendência para a história mundial e, em particular, para o Cristianismo. Com efeito, sabe-se que Jesus, filho de Maria, casada com José, habitantes de Nazaré, nasceu em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes. Sabe-se igualmente que foi homenageado pelos pastores, que acampavam nas redondezas, e por uns magos, vindos do Oriente, que possivelmente eram sacerdotes-astrólogos, talvez persas.  

Sabe-se também que, antes do nascimento de Cristo, não houve nenhuma ‘magia’. Houve, é certo, alguns acontecimentos sobrenaturais, mas não mágicos: Maria, sendo virgem e não conhecendo varão, concebeu virginalmente a Jesus, que é o Filho unigénito de Deus. Muito embora a concepção tenha sido absolutamente extraordinária, a gestação decorreu com naturalidade e por isso, a Igreja celebra o nascimento de Cristo nove meses depois da sua concepção. Também foi extraordinária a forma como Isabel, mãe de João Baptista, se apercebeu, por inspiração do seu filho ainda não-nascido, não apenas da gravidez, na altura ainda imperceptível, de Nossa Senhora, mas também de que o seu filho era o Senhor, ou seja, o tão esperado Messias de Israel.

Nenhuma ‘magia’ houve também na iminência do nascimento de Cristo. Não conseguiram, por nenhuma palavra mágica, como um qualquer ‘abracadabra’, abrir as portas das casas de Belém, nem da estalagem local, que se lhes fecharam, com brutal insensibilidade ante o estado de Maria. Também não vão ter a nenhuma gruta encantada, nem são transportados por anjos, ou quaisquer outros seres lendários, no seu penoso caminho para o exílio, no Egipto.

Não, no Natal não há nenhuma ‘magia’, na beleza encantadora desta cena histórica, que o Papa Francisco, em belíssimo texto, nos convida a contemplar. Não há dragões que cospem fogo, nem fadas madrinhas que convertem abóboras em carruagens reais. Não há tamancos convertidos em sapatos de gala para bailes no palácio real.  Não há animais alados que transportam heróis nas suas asas. Não há palavras, poções ou varinhas mágicas que, num instante, convertem as dificuldades em ruidosas festas e bailes.

Há apenas Deus, no seu propósito de a todos salvar, e um jovem casal apaixonado, com o seu filho recém-nascido. Há a indiferença dos habitantes de Belém, desde os parentes e amigos de José, até aos estalajadeiros. Há o silêncio e o frio da noite estrelada. Há o alegre trotar de um burrinho cansado, montado por Maria e levado, pela arreata, por José. Há dificuldades e perseguições, há temores e preocupações, esperas e desatenções, mas nunca falta o auxílio da providência divina, nem a alegria e o amor de Nossa Senhora e do Santo Patriarca.

‘Magia’ do Natal? Nenhuma, decerto. Mas quanta graça de Deus e quanto amor humano no mistério do nascimento de Jesus, filho de Maria, esposa de José!

Santo Natal!


P. GONÇALO PORTOCARRERO DE ALMADA


domingo, 22 de dezembro de 2019

Duques de Bragança na Eucaristia da Solenidade da Imaculada Conceição

4e97141c77c20d2df55a4b742f1e1f46.jpg

Celebrou-se na manhã de domingo, 8 de Dezembro, no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa, a Eucaristia da Solenidade da Imaculada Conceição, cerimónia presidida pelo Arcebispo de Évora D. Francisco Senra Coelho.
A celebração contou com a presença de diversas ordens religiosas e individualidades, das quais se destaca o Arcebispo de Portalegre e Castelo Branco, D. António Dias, os Duques de Bragança, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, Manuel Condenado, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Silva Ribeiro, entre outras entidades civis e militares.
Os fiéis e devotos acorreram em massa ás celebrações, ficando o Santuário lotado, quer no interior, quer no exterior.
0f8fd18fe734cabb12cb604b1c02783b.jpg
2fe11b166f625f7c12d9d4a01fa56820.jpg
6ecc741e20df2f556d381c32a9cbd0c3.jpg
948e03f6330b60cf52c0bd094bb1ba65.jpg
c272f808ac0545a2f0be98853c76fdcb.jpg
e6d8118859582bedc43cb2191c10f7ab.jpg
Publicado por: Monarquia Portuguesa

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Escravos dos bens materiais



Compras mobília. Dizes a ti próprio: este é o último sofá de que vou precisar para o resto da minha vida. Compras o sofá e depois, durante um par de anos, sentes-te satisfeito porque, aconteça o que acontecer de errado, pelo menos, conseguiste resolver a problemática do sofá. Depois é o serviço de pratos certo. Depois a cama perfeita. Os cortinados. A carpete.
Depois ficas encurralado dentro do teu lindo ninho e as coisas que dantes possuías, agora possuem-te a ti.

Chuck Palahniuk in «Clube de Combate», 1996

Fonte: Veritatis

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

A CRETINA VASSALAGEM AOS MAIS NOVOS


“- Que nome se dá a alguém que não acredita nas alterações climáticas?
- Persona non greta”
Autor desconhecido

Desde tempos imemoriais que as gerações mais novas aprenderam a respeitar as mais velhas.

Desde as mais antigas tribos que a Direcção, o Conselho, a Justiça, os problemas mais graves da comunidade eram resolvidos pelos mais idosos, muitas vezes reunidos em conselhos de anciãos.

Mesmo quando se “inventou” a Monarquia, o Rei tinha na sua formação e em seu conselho pessoas de reconhecido saber derivado não só das suas capacidades (inatas e adquiridas) e do conhecimento da vida, que só uma vida longa pode proporcionar.

Do mesmo modo nas famílias eram os avós (quando existiam) que passavam o testemunho aos netos.

Era, e é, a lei natural das coisas.

Tal não tinha segredos nem obrigava a licenciaturas: quem vive mais tempo tem, naturalmente, mais conhecimento das coisas e dos homens, já que nada pode substituir a experiência (falo dos homens, pois as mulheres sempre foram imperscrutáveis…).

Este estado de coisas não se passava num ou noutro local era, simplesmente, universal.

É certo que em todas as épocas há jovens que nunca chegam a ser velhos e velhos que nunca foram jovens.

Tem a ver com o grau de maturidade que se vai adquirindo.

Ser “novo” ou “velho” é também um estado de espírito (muito na moda que agora nos querem impingir quanto a género!...). E a maturidade também se comporta como o Vinho do Porto…

Ora a partir de meados dos anos 60 do século passado começou a dar moléstia na sociedade dita ocidental e as coisas começaram a virar. Ainda não parou.

Para isso contribuiu muito o Maio de 68; o movimento hippy; o pacifismo; o feminismo; o ateísmo; o individualismo; o materialismo; etc. os “ismos” nunca mais acabam.

Rebentaram com a família tradicional, ataca-se a Igreja, as instituições nacionais e agora estão a destruir as Nações.

Os sistemas de “democracia liberal” cuja génese é baseada na quantidade (e não na qualidade) dos votos depositados na caixinha mágica a que apelidaram de urna – nome de um mau gosto atroz, mas que inconvenientemente espelha o que de lá, por norma, sai…

Ora as diferentes formações políticas que tomaram o nome de “Partidos” – outro termo péssimo, mas que também espelha o que deles resulta – para tomarem ou se aguentarem no Poder, raramente fazem o que devem mas abusam da demagogia, logo da mentira e de mil caras. A sociedade foi na onda (e estou a simplificar muito as coisas).

Deste modo, a indisciplina e a desordem, grassam nas escolas, na família, nas empresas e até nos quartéis.

A autoridade e a hierarquia transformaram-se em conceitos malditos. Os juízes passaram a ser rapazes novos; a idade e os anos de serviço para os militares de posto superior poderem estar no activo, não pára de descer.

Com a esperança de vida a aumentar e os meios da segurança social a diminuir, os velhos passaram a ser um alvo a abater; nem a propósito a eutanásia medra e os “idosos” que deviam ser acarinhados passam a “peste grisalha”.

Começaram, aliás, por empurrar os mais velhos para a reforma, para logo a seguir se arrependerem e aumentarem o tempo em que se tem de trabalhar…

As próprias famílias – são raras as que se aguentam empurram o mais possível os mais idosos (muito antes de se esgotarem as hipóteses possíveis) para os lares, que se tornaram um dos melhores negócios do país.

Aliás o que está a dar são os cães e os gatos!

Os mais velhos passaram a ser preteridos em massa pelos mais novos, na procura de emprego; os líderes partidários namoram as respectivas juventudes; já assisti a chefes militares dirigirem-se a cadetes de um modo como se eles já fossem aquilo que ainda aspiram a ser.

Os gabinetes dos ministérios estão cheios de “jovens” para dar um aspecto de modernidade, embora toda a gente saiba que é para dar um tacho aos filhos dos amigos ou a familiares.

Quase todo o "marketing" apresenta, invariavelmente, jovens bem - parecidos e com aspecto de sobredotados para passarem a sua propaganda, como se tal fosse a linha média da sociedade.

Ou seja, a cultura efémera da forma!

O discurso político apela (ou rasteja) aos jovens; “livra-os” do serviço militar obrigatório ou de qualquer serviço cívico; nivela por baixo, fomenta o facilitismo (já nem se pode chumbar na escola), só fala em direitos e nunca em deveres e só lhes falta prometer a vida eterna.

Já me esquecia, agora até já aos dezasseis anos podem mudar de sexo sem autorização dos pais e já se fala em baixar a idade da maioridade para aquele número…

Resultado, chegam à idade adulta sem estarem minimamente preparados para a vida; viciados em ociosidade (quando não em drogas); perdidos no espaço e no tempo; danadinhos por emigrarem ou fazerem uma “volta ao mundo”, antes de “assentarem”, e cheios de referências erradas que potenciam a frustração, o mau desempenho, etc..

Depois queixam-se da demografia negativa…

É evidente também, que houve aqui muita demissão dos avós (já nem falo dos pais), mas “banhos quentes e camas fofas” nunca foram grandes conselheiros (a maleita moral que levou à queda do Império Romano…).

Não há, porém, boas nem más gerações.

Elas são todas idênticas, pois a natureza humana não muda (ou muda muito devagarinho – assim como as alterações climáticas).

Mas as referências, essas mudam constantemente.

E passou a haver a cultura da pressa, derivado em grande parte da compressão do conceito do espaço/tempo e do desenvolvimento exponencial da tecnologia.

Em suma, a análise de tudo isto daria vários tratados de muitas páginas, desde que expurgados das diferentes dislexias mentais que por aí abundam.

As coisas que são verdadeiramente importantes estão “inventadas” há muito tempo e não mudam por aí além.

Deste modo a juventude, tem de ser preparada para a vida, de preferência dentro das suas aptidões (a verdade da diferença contra a mentira da igualdade); segundo as leis naturais; darem tempo ao tempo, sem embargo da troca de ideias; no exercício do respeito mútuo e da hierarquia; no sentido em que a comunidade deve ter um valor mais elevado que o individuo; com referências morais e éticas elevadas e não no relativismo das mesmas; que se pode e deve chegar à ideia de Deus, através da Fé e da Razão; na ideia da transcendência espiritual da vida e não no materialismo da mesma e que os Direitos devem derivar dos Deveres cumpridos e não estão garantidos à partida.

A Liberdade não existe nem se desfruta na medida em que é decretada, mas na tradução do que é possível.

É um valor, em si, absoluto, mas a sua aplicação é relativa…

Poderia continuar, mas creio já ter ilustrado o ponto.

É neste contexto que apareceu o fenómeno da jovem Greta. O fenómeno é explicável mas inadmissível.

A moçoila, que não passa de uma fedelha mimada, doente, explorada, aparentemente manipulada, infeliz e zangada, vocifera e invectiva tudo e todos. Com muitos apoios por detrás.

 Parte dos filhos d’algo deste mundo (ocidental), acompanhados pela histeria de grande parte dos “OCS”, de que somos servidos, genuflectem perante toda esta aberração.

O nosso PR, por uma vez (vá-se lá saber como), resistiu à vertigem de que anda constantemente possuído e não foi falar com a pequena, vítima de escravatura infantil (ou será o quê?).

Nada para admirar, é apenas o último exemplo de terem posto a sociedade (e as leis naturais) às avessas.

Quanto às propaladas alterações climáticas e ao alarido à sua volta, merecem uma análise mais profunda.

A coisa está longe de ser pacífica. E o que parece, às vezes, não é.


João José Brandão Ferreira
Oficial Piloto Aviador (Ref.)

Fonte: O Adamastor

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Aniversário da Morte de D. Afonso I Henriques


Quadro ‘O Rei Dom Afonso Henriques’, pintura a óleo de Eduardo Malta para a Exposição do Mundo Português de 1940
A 6 de Dezembro de 1185 partia para a Casa do Senhor o Maior de todos os Reis na Terra: Sua Mercê Dom Afonso I Henriques, Pela Vontade dos Homens Rei dos Portugueses e Pela Graça de Deus Rei de Portugal.
O Rei Fundador, D. Afonso, O Primeiro de seu nome, Rei dos Primeiros Portugueses, era filho do Conde D. Henrique e como tal neto de Henrique de Borgonha, trineto de Roberto I de França, sobrinho-bisneto do Abade S. Hugo de Cluny, e que, como tal, tinha por avoengos os Reis Capetos de França e os Imperadores romanos da Dinastia Comnenus e Paleólogo, e, enquanto filho da Infanta D. Teresa de Leão, era neto do Imperador da Hispânia, o 1° Rei de Leão e Castela e de todos os Reis e Senhores de Leão e Castela. Foi o Unificador dos 5 Reinos (Lusitanos, dos Bracos, Alanos, Suevos e Visigodos), algoz do Sarraceno, Tomador de Praças. Afonso I, mais conhecido pelo seu nome de príncipe, Dom Afonso Henriques (de Henrique, em tradução literal do patronímico Henriques), também chamado de Ibn-Arrik (“Filho de Henrique”) e El-Bortukali (“O Português”), apelidado de “o Conquistador”, foi primeiro Rei de Portugal desde 1139 até à sua morte, a 6 de Dezembro de 1185.
Em 1125, com apenas 14 anos de idade, num acto de importante relevância política, o efebo Príncipe Dom Afonso Henriques, conforme o uso e costume dos reis, arma-se a si próprio “Cavaleiro” na Catedral de Zamora, cidade onde se auto-refugiara. O Infante Portucalense torna-se assim guerreiro e cavaleiro independente considerando legitima a pretensão de tomar o governo do Condado Portucalense, pois quando o Conde D. Henrique faleceu, em 1112, o governo do condado foi assumido por Dona Teresa, uma vez que, Afonso Henriques, o filho de ambos tinha apenas três anos de idade.
Dona Teresa, em 1121, auto-intitulara-se Rainha, mas os conflitos com o Clero e a sua relação com o fidalgo galego Fernão Peres, a quem entregara o governo dos distritos do Porto e Coimbra, originou a insurreição dos Portucalenses e do próprio filho o Infante D. Afonso Henriques, invariavelmente afastados, por forasteiros, da gestão dos negócios públicos.
Assim, Dom Afonso Henriques considerando-se usurpado dos seus legítimos direitos prepara a senda aventureira que o haveria de levar a conquistar o governo do Condado Portucalense e depois à Fundação da Nação Portuguesa e a recortar o território deste tão grande País, Portugal. O primeiro Acto da Sua Gesta pode-se pois considerar o episódio em que se armou a Si próprio Cavaleiro. O relato de Frei António Brandão in ‘Crónica de D. Afonso Henriques’ é expressivo:
‘Célebre e glorioso se pode reputar, entre nossa gente o ano do Senhor de 1125, pois nele tomou a Ordem de Cavalaria o infante D. Afonso, filho da rainha D. Teresa, com cujas armas se ilustrou o nome português.
E porque o facto foi mui notável e o são também as palavras com que se lhe refere a História dos Godos, será bem trasladá-la neste lugar, para satisfação dos curiosos leitores, e são as que se seguem:
«Na era de 1163 (1125, pois só a partir de 1422 é que os documentos portugueses passam a usar a era de Cristo, logo têm que se diminuir 38 anos) o ínclito infante D. Afonso, filho do Conde D. Henrique, tendo 14 anos de idade, se armou cavaleiro na igreja da catedral da cidade de Samora. Ele mesmo, com suas próprias mãos, tomou as insígnias militares do altar do Salvador, a uso dos reis, e se vestiu a loriga, e como gigante (que era grande de corpo) se mostrou semelhante em suas façanhas ao leão, e ao filho do leão, quando anda feroz na montaria. Foi de gentil presença, amável por sua formosura, de engenho claro, de corpo bem composto e agradável, de ânimo intrépido. Com razão podemos chamar a este rei D. Afonso, o Viriato cristão, ou o primeiro Hércules Lusitano, respeitando os imensos trabalhos que passou na dilatação da Fé, e as obras de valor estranho que executou.»’
Devem-se-Lhe os Actos que levaram ao Nascimento de Portugal: no dia 24 de Junho de 1128, à dianteira dos barões e fidalgos portucalenses, Dom Afonso Henriques defrontou no campo de São Mamede, perto de Guimarães as forças galegas comandadas por Dona Teresa e por Fernão Peres de Trava, derrotando-os naquela que ficou conhecida pela Batalha de São Mamede e que marcou a Fundação da Nacionalidade Portuguesa, uma vez que o Infante Dom Afonso Henriques avoca a si o governo do Condado Portucalense, com pretensões de independência. Não é ainda após esta Batalha que se auto-intitula Rei, Rex Portucalensis, pois com duas frentes de Batalha – uma contra Leão e Castela, outra contra os sarracenos –, tal só se viria a acontecer após a Batalha de Ourique, em 1139, quando arrasou os mouros – que o temiam sobremaneira e Lhe chamavam o terrível Ibn Erik (Filho de Henrique) – e consegue uma importante vitória que o engrandece sobremaneira e assim declara a Independência face a Castela-Leão, após um Alevantamento seguido de Aclamação como Rei pelos Barões Portucalenses.
As armas e escudo armorial de Portugal mantêm desde a Batalha de Ourique, em 1139, e até hoje, cinco escudetes posicionados em forma de cruz, representando cada um dos cinco reinos mouros derrotados na batalha. Sobre esses cinco escudetes, estão inscritos besantes em número variável (inicialmente onze em cada escudete), que significavam, que por Direito e Graça divinos D. Afonso Henriques era Rei, e que por isso tinha direito a cunhar a sua própria moeda.
Ulteriormente, foi determinado o número de cinco besantes (em vez de onze) sobre cada um dos escudetes, passando a contar-se segundo a tradição duas vezes os besantes do escudete central.
Nascia, assim, em 1139, o Reino de Portugal e a sua 1.ª Dinastia, com El-Rei Dom Afonso I Henriques de Borgonha. Em 1143, quando assina a Paz em Zamora com o Primo Rei de Castela e Leão, onde é reconhecido como Rei, Dom Afonso Henriques usava já o título havia três anos, desde o torneio de Arcos de Valdevez, em 1140, após o episódio de Ourique. Mas desaparece, assim, e só aí, em 1143, a designação histórica de Condado Portucalense e nasce o Reino de Portugal. Em 5 de Outubro de 1143 foi celebrado um Acordo na cidade leonesa, homónima, de Zamora, desfecho da conferência de paz organizada pelo Arcebispo de Braga Dom João Peculiar e que teve como intervenientes dom Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII de Leão e Castela, sob os auspícios do enviado papal, o Cardeal Guido de Vico.
Em Zamora, ficou assente que Afonso VII de Castela e Leão concordava com a transformação do Condado Portucalense em Reino de Portugal com Dom Afonso Henriques com o título de ‘Rex Portucalensis’- Rei de Portugal, embora continuasse, apesar do reconhecimento da Independência, como vassalo do Rei de Castela e Leão, que se intitulava Imperador da Hispânia. Porém, caso único entre todos os Reis da Ibéria, Dom Afonso Henriques nunca prestou essa vassalagem. A partir desta data, Dom Afonso Henriques passou a enviar ao Papa remissórias declarando-se vassalo lígio e comprometendo-se a enviar anualmente uma determinada quantia em ouro, pelo que, em 1179, o Papa Alexandre III, através da Bula Manifestis Probatum, reconheceu Dom Afonso Henriques como ‘Rex’.
Alexandre Herculano escreveu que “o imperador reconheceu o título de rei que seu primo tomara, e que este recebeu dele o senhorio de Astorga, considerando-se por essa tenência seu vassalo. Não é menos provável que, ainda como rei de Portugal ficasse numa espécie de dependência política de Afonso VII, o imperador das Espanhas ou de toda a Espanha, como ele se intitulava nos seus diplomas”. Todavia, na Bula acima referida, o Papa ao aceitar que Dom Afonso Henriques lhe preste vassalagem directa, reconhece não só, definitivamente, a independência do Reino de Portugal, como o Rei de Portugal fica livre de prestar vassalagem ao Rei de Leão e Castela, imperador de toda a Espanha, porque nenhum vassalo podia ter dois senhores directos.
Assim sendo, apesar de Portugal ter ganho a sua Independência e soberania enquanto Estado com o Acordo de Zamora, só naquele 17 de Julho de 1179, Portugal se torna Reino pois só nessa altura Dom Afonso Henriques é reconhecido juridicamente como Rei pela comunidade política internacional.
Assim, Dom Afonso Henriques, guerreiro completo, governante exemplar e virtuoso cristão, nasceu em 1109 e Reinou entre 1128 e 1185, como Dom Afonso I Henriques, 1.º Rei de Portugal, isto é, 57 anos – o 4.º Reinado mais longo da História, imediatamente ao Rei-Sol Luís XIV de França e a Suas Majestades a Rainha Isabel II e a Rainha Victoria do Reino Unido.
Morreu em Coimbra, a 6 de Dezembro de 1185, onde jaz sepultado em túmulo manuelino no Mosteiro de Santa Cruz , na capela-mor do lado do Evangelho. Na inscrição original do túmulo podia-se ler:
“Aqui jaz um outro Alexandre, ou outro Júlio César,
guerreiro invencível, honra brilhante do orbe.
Douto na arte de governar, alcançou tempos seguros,
alternando a sucessão da paz e das armas.
Quanto a religião de Cristo deve a este homem
provam-no os reinos conquistados para o culto da fé.
Alimentado pela doçura da mesma fé, cumulou,
além das honras do reino, riquezas para os pobres infelizes.
Que foi defensor da Cruz e protegido pela Cruz
assinala-o a Cruz, formada de escudos, no seu próprio escudo.
Ó Fama imortal, ainda que reserves para ti tempos longos,
ninguém pode proclamar palavras dignas dos seus méritos.”
Miguel Villas-Boas

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Aura Miguel convida Dona Isabel de Bragança


De olhos postos em Vila Viçosa, e para assinalar a festa da Imaculada Conceição, Rainha de Portugal, Aura Miguel convida Dona Isabel de Bragança.

Fonte: Renascença

domingo, 15 de dezembro de 2019

O homem que se julga deus. E o DEUS que se fez HOMEM


1. Somos hoje, e desde há várias décadas, confrontados com leis e comportamentos que criam fraturas e conflitos na Sociedade, nas Famílias e na consciência de cada um de nós. Em concreto referimo-nos, a formas desumanas de trabalho e exploração, ao aborto, às campanhas do Género, à mudança de sexo, ao “casamento” admitido entre pessoas do mesmo sexo, ao divórcio por repudio, ao confisco de crianças aos pais feito pelo Estado, (diferente da protecção de crianças), às barrigas de aluguer, à manipulação de embriões humanos, à procriação de crianças com um só progenitor, à destruição do Planeta movida por uma voragem económica, à eliminação dos mais fracos, doentes e incapacitados através da Eutanásia, etc., etc.

E a Sociedade está dividida.

2. De um lado, aqueles que veem o sofrimento que estes comportamentos e leis trazem. Porque, todos somos potenciais vitimas destas leis – “a prima que abortou, a tia que se divorciou porque o marido se declarou gay, a amiga cujo filho vai mudar de sexo, o avô que na Holanda foi eutanesiado por engano, as matas que ardem à nossa volta inexplicavelmente, etc., etc.”.

3. Por outro lado, aqueles que embora conheçam e vejam tal sofrimento, dor e destruição continuam na defesa e promoção das leis e comportamentos fraturantes. Estarão estes conscientes da destruição e da dor? Muitos, convencidos de que é uma atitude de (aparente) bondade dizem: “deixar nascer aquela criança é só para sofrer; O progresso económico exige que se produza mais; o amor é livre, deixai que se casem dois homens; a barriga de aluguer é um acto de amor; ou, se está a sofrer, o melhor é que morra já.” Aqui a vontade individual é sempre o supremo critério. É este auto-convencimento que urge explicar.

4. O que está mal? Vê-se o sofrimento objectivo que tais leis e comportamentos produzem na Sociedade e na vida de cada um. Porque são leis e comportamentos contra a Natureza do Homem, que ofendem a própria Criação.

O Homem foi feito para a Felicidade. É da sua condição. Ao atentar contra a Natureza do Homem (a igual dignidade de todos os seres humanos desde a concepção até à morte natural, a complementaridade de homem e mulher, a constituição de Família para gerar vida, o respeito pela condição de cada um, e pela Natureza enquanto meio que nos permite viver, etc., etc.) atenta-se contra o caminho da Felicidade.

5. Mas há uma tentação maior – o desejo de ser deus. Nega-se a condição Humana, a Natureza, a reta ordenação do ambiente, a função natural de cada um, porque se julgam detentores de um “Poder” ilimitado. O “Poder” de dar e tirar a vida, que já não é de Deus ou dado pela Natureza, mas é agora de homens que se julgam deuses.

Homens que se julgam maiores do que a Natureza, maiores do que a condição Humana. E por isso lavram na mentira.

6. Esta “loucura do Poder Supremo” de controlar a Natureza está a dominar a Ciência, a Política, a vida económica e a destruir, a Família, a Natureza, a Economia e cada homem e cada mulher que vai sendo triturado por esta “nova” visão da humanidade.

7. Estamos a discutir a legalização da Eutanásia porque o “Poder”, que já decide quem pode ou não nascer (aborto), quer agora decidir quem deve morrer, e em que momento. É uma questão de “Poder”.

Não seria para ajudar alguém que iriamos legalizar o Suicídio assistido ou o Homicídio a pedido da vítima. Mas apenas para alimentar “esta ilusão e este poder” – “na Vida quem manda é o homem”.

Quando, na verdade, toda a vida é dada ao Homem.

8. Estamos no Advento. Vivemos o tempo em que Deus se fez Homem. E daí nasceu uma Civilização de Amor, Fraternidade, Solidariedade e Verdade com 2000 anos.

Por onde queremos ir? Que futuro? É o Homem que se fez deus?

Ou, abraçamos o Deus que se fez Homem em Belém, e nos abraça em cada dificuldade, em cada momento de Esperança e de Amor?


ISILDA PEGADO


sábado, 14 de dezembro de 2019

O caso Climategate



Transcrição: O caso já foi apelidado de Climategate. Em causa estão e-mails trocados entre dois cientistas de renome internacional que foram parar à Internet. Nas conversas entre Phil Jones, director da universidade de investigação climática de East Anglia, na Inglaterra, e o climatologista norte-americano Michael Mann, é possível traduzir a manobra de tentar ocultar do relatório de 2007 do IPCC da ONU, artigos que contrariam a tese do aquecimento global. Esse documento pedia a redução da emissão de gases com efeito de estufa até 85% até ao ano de 2050. Os investigadores tentaram mesmo que fossem eliminadas quaisquer referências de cientistas cépticos sobre os motivos do aquecimento global e dos que assumem que o aumento da temperatura, ou o arrefecimento do Planeta, é um acontecimento cíclico e não exclusivamente relacionado com a poluição. De resto ficou também exposta a tentativa de eliminar as referências ao facto da temperatura estar mesmo a diminuir desde o fim dos anos 90. Um caso que foi omitido até pela própria imprensa, mas que está agora a ser investigado pela ONU e que levou já à suspensão de funções de Phil Jones, o cientista que dirige a prestigiada universidade de investigação do clima, em East Anglia, no Reino Unido.

Fonte: Veritatis

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Greta, A Marioneta Marxista da Agenda Climática



Na sua última declaração pública, Greta Thunberg afirma que "a crise climática não tem a ver apenas com o ambiente":

"É uma crise de direitos humanos, de justiça e de vontade política. Os sistemas de opressão colonial, racista e patriarcal criaram-na e alimentaram-na. Temos de os desmantelar a todos."

Para quem estiver familiarizado com o funcionamento do movimento verde, a declaração de Greta não constituirá qualquer surpresa.

É por isso que eu chamei ao meu livro sobre o assunto de "Melancias".

Os ambientalistas são frequentemente verdes por fora, vermelhos por dentro. O seu movimento é essencialmente um exercício global de redistribuição socialista, escondido atrás de uma máscara de virtude verde.

Entretanto, as consequências dos ataques da pequena Greta estão a fazer-se sentir em toda a Europa e a atingir fortemente as pessoas comuns.

Na Alemanha, a indústria automóvel está a padecer:

"A Daimler, empresa alemã que fabrica automóveis Mercedes-Benz, vai cortar pelo menos 10.000 postos de trabalho em todo o mundo, num esforço importante de redução de custos, para ajudar a financiar a mudança para automóveis eléctricos.

"O número total mundial será de cinco dígitos", disse o chefe de pessoal Wilfried Porth. Mais de 1.000 gerentes perderão os seus empregos.""

O mesmo repete-se no Reino Unido:

"A produção deste ano diminuiu 14 por cento em relação ao mesmo período em 2018. O único mês a subir foi Agosto, quando a produção foi artificialmente aumentada porque várias fábricas foram encerradas no mesmo mês do ano anterior.

"Mais um mês de queda na produção de carros torna estes tempos extremamente preocupantes para o sector", disse Mike Hawes, CEO da SMMT."

Os preços da electricidade na Alemanha subiram para o seu nível mais alto de sempre:

Mais de 340.000 residências alemãs tiveram a sua electricidade desligada no ano passado porque não conseguiram pagar as contas.

Enquanto os preços da electricidade na Alemanha aumentaram cerca de 13% em 2019, os impostos e taxas sobre a electricidade atingiram o seu nível mais elevado de sempre e custarão às famílias e aos consumidores alemães 44 mil milhões de euros em 2020.

E mesmo assim a Cimeira das Nações Unidas sobre o Clima - COP25 - a que Greta Thunberg irá assistir, está destinada a ser uma montanha a parir um rato, com muitos alarmismos e pouca acção.

Quaisquer cortes nas emissões de dióxido de carbono que cheguem a acordo serão mais do que compensados pelo crescimento da indústria chinesa:

"Surpreendentemente, nos últimos 18 meses, a China adicionou uma nova geração de electricidade baseada em carvão (43GW) suficiente para abastecer 31 milhões de casas.
Além disso, a China também está a financiar 25% de todas as novas centrais eléctricas a carvão propostas fora das suas próprias fronteiras, por exemplo, na África do Sul, Paquistão e Bangladesh.

Em menos de dois anos, a China está mais uma vez imersa num vasto "boom do carvão", semelhante ao seu compromisso de 2006-2015 de "uma nova central a carvão por semana", o que resultou em poluição do ar tão espessa que poderia ser "cortada com uma faca", agora reforçada à medida que a construção de uma nova central eléctrica a carvão que planeia mais 148GW, um número que equivale à actual capacidade total de produção de carvão da UE."

Para piorar as coisas a China ainda goza com a COP25 devido à sua ineficácia:

"Pequim. Na Quarta-feira, a China acusou os países desenvolvidos, incluindo os EUA, de fazerem muito pouco para conter o aquecimento global, antes de uma cimeira da ONU discutir questões controversas, incluindo a compensação climática.

A China é a segunda maior economia do mundo e o maior emissor de dióxido de carbono, mas tem defendido repetidamente que as nações desenvolvidas devem liderar o combate às obrigações climáticas internacionais.

"A falta de vontade política dos países desenvolvidos para dar apoio" é o "maior problema" que enfrenta actualmente os esforços internacionais em prol do clima, disse Zhao Yingmin, vice-ministro de Ecologia e Meio Ambiente, numa conferência de imprensa na Quarta-feira."

E com a maior parte do Ocidente tão ansioso por destruir a sua capacidade industrial só porque uma menina irritante de rabo-de-cavalo radicalizou-se ao ver a "Idade do Gelo 2", não é de admirar que a China o trate com um desprezo tão mal disfarçado.

James Delingpole

02 de Dezembro de 2019

Fonte: https://www.breitbart.com/politics/2019/11/29/greta-thunberg-goes-full-marxist/
Publicado por: Noticias Viriato