terça-feira, 20 de março de 2018

18 de Março, "aniversário" da Torre do Tombo, um dos maiores arquivos nacionais do mundo

Foto de Nova Portugalidade.


A 18 de Março de 1911, foi constituído o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, a partir do Arquivo Real, com origem em 1378.

O Arquivo Nacional, antes Arquivo Geral do Reino, remonta às origens do Estado português. Nos finais do século XIII, Lisboa passou a ser a principal cidade do Reino e nela se começou a preparar um depósito para documentos, situado numa das torres do Castelo de S. Jorge. Esta torre conservaria os documentos régios até ao terramoto de 1755. Os arquivos nacionais ocuparam posteriormente vários espaços, como o Mosteiro de São Bento. Ao longo do tempo, a conservação dos documentos foi prejudicada por um conjunto de circunstâncias: não apenas o Terramoto de 1755, mas também as frequentes mudanças de local, incêndios, a transferência da Corte para o Brasil, o desvio de materiais aquando da União Ibérica, e das Invasões Francesas, etc. De qualquer forma, os documentos pertencentes ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo formam um acervo excepcional e indispensável para a memória histórica do país. Pela sua magnitude, esse acervo de há muito que encontrava dificuldades em instalar-se convenientemente. O Decreto de 18 de Março de 1911 reorganizou os serviços das bibliotecas e dos arquivos dependentes da Direcção-Geral da Instrução Secundária, Superior e Especial, e denominou, definitivamente, o Arquivo da Torre do Tombo por Arquivo Nacional, o que acentuou a sua função de conservação e valorização dos manuscritos destinados ao estudo da História, bem como a função de promover a entrada de cópias de manuscritos portugueses, existentes no estrangeiro, e estabeleceu, pela primeira vez, um horário de abertura ao público. Em Dezembro de 1990, foi inaugurado, na Cidade Universitária, um novo edifício, para depósito e consulta dos documentos. Ocupando uma área de 54 900 m2, e contando com cerca de 100 km de prateleiras, este moderno edifício possui três áreas principais: uma para arquivo e investigação, uma para a realização de actividades culturais e a última para os serviços administrativos.

Pedro Dias

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