sexta-feira, 30 de setembro de 2022

São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate

 


Português:

São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate, sede o nosso auxílio contra as maldades e as ciladas do demónio. Instante e humildemente vos pedimos que Deus sobre ele impere. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, com esse poder divino, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perdição das almas. Ámen.

Latim: 

Sancte Michael Archangele, defende nos in praelio, contra nequitias et insidias diaboli esto praesidium: Imperet illi Deus, supplices deprecamur, tuque, Princeps militiae caelestis, satanam aliosque spiritus malignos, qui ad perditionem animarum pervagantur in mundo, divina virtute in infernum detrude. Amen.


Fonte: Senza Pagare

terça-feira, 27 de setembro de 2022

Família Real Portuguesa assistiu ao concerto em memória da Rainha Elizabeth II

 


No dia de 23 de Setembro, Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, Dom Afonso de Bragança, Príncipe da Beira e o Infante Dom Dinis de Bragança, Duque do Porto assistiram ao concerto em memória da Rainha Elizabeth II de Inglaterra, no Paço dos Condes de Ourém, Fátima, Leiria.

domingo, 25 de setembro de 2022

O Bispo de Roma: de vigário de Cristo a mensageiro do globalismo

 

Tradução Deus-Pátria-Rei

Num artigo publicado em Março passado, informamos que em 8 de Dezembro de 2020, o Papa Francisco/Bergoglio assinou uma aliança profana com os mestres do ultracapitalismo globalista predatório, liderado pela Baronesa Lynn Forester de Rothschild, criando o “Conselho para o Capitalismo Inclusivo. Com o Vaticano".

A princípio, surpreendeu-se ver o líder da "igreja dos pobres para os pobres" aliando-se e alinhando-se com os representantes mais visíveis do capitalismo ultraliberal internacional - a família Rothschild, Visa International, Mastercard, Fundação Ford, Allianz, Merck, Estée Lauder Companies, Johnson & Johnson, British Petroleum Corporation, Bank of America, State Street Corporation, Rockefeller Foundation, Ford Foundation, etc. Mas a reflexão cuidadosa sobre o evento mostrou que essa união político-económico-religiosa foi a consequência e o ápice das medidas heterodoxas e "revolucionárias" tomadas pelo Papa Bergoglio desde o início de sua administração vaticana, a partir do Sínodo sobre a família, que na realidade visavam converter publicamente a Igreja em um corpo híbrido (uma ONG "religiosa") sem peso específico no cenário político mundial. Em outras palavras, uma Igreja reduzida a uma mera acompanhante das políticas implementadas pelo poder globalista, arquitecta de uma Nova Ordem Mundial Liberal e promotora da Grande Recuperação Económica e Social Global, no contexto de uma nova era histórica – a quinta – caracterizada pela imposição do Transumanismo, ou seja, o ser humano despojado de toda memória histórica e de toda tradição e transformado em uma entidade cibernética, uma enteléquia funcional sem valores transcendentes.

Em suma, a aliança Rothschild-Bergoglio visa nada menos que a criação de uma nova sociedade humana, razão pela qual foi institucionalizada como uma "organização global sem fins lucrativos estabelecida sob os auspícios do Vaticano e sob a orientação moral do Papa Francisco”, com o compromisso de “aproveitar o potencial do sector privado para criar uma forma de capitalismo mais inclusiva, sustentável e confiável”. Mas, para evitar qualquer mal-entendido, a companheira e amiga de Jorge Mario Bergoglio indicou claramente o papel secundário e subalterno que a Igreja "bergogliana" deve desempenhar no capitalismo inclusivo: fornecer uma base moral para o projecto, "poesia à prosa desta oligarquia , capitalismo plutocrático e inclusivo, mas tendo em conta que esta "acção responsável" inclusiva e ecológica "é inspirada nos ensinamentos sociais de todas as religiões" [cf. www.reutersevents.com/sustainability/lady-de-rothschilds-road-vatican…]. A "Igreja" de Bergoglio fornece apenas a música, a melodia, mas o conteúdo doutrinário é fornecido pelas "religiões".

O Vigário de Cristo não o é mais

Não há como negar que para dar este passo de colocar a Igreja de Cristo aos pés da plutocracia globalista predatória, o Vigário de Cristo teve que "desaparecer". O que Bergoglio fez em Abril de 2020, "formalizando" informalmente por meio de um texto oficial do Vaticano (https://www.benoit-et-moi.fr/2020/2020/04/05/un-curieux-changement-dans-lannuaire-pontifical/), que os títulos que constituíam a essência e a substância da função petrina, fossem destacados e convertidos em meros "títulos históricos", coisas do passado, não mais válidas , separado da pessoa do Pontífice, neste caso Jorge Mario Bergoglio (sem sequer nomear Francisco, mas sua biografia!).

Anuário Papal 2020

Portanto, por um lado, o padre Jorge Mario Bergoglio perseguiu e aprofundou a ruptura com a Tradição e o Magistério em todos os níveis possíveis (dogmático, litúrgico, canónico, formativo, pastoral etc.), por outro, diluiu qualquer referência à Revelação , ocasionalmente citando-o para justificar suas próprias posições.

Nesse sentido, é muito marcante que em seus discursos, homilias e intervenções, a presença activa e central de Jesus Cristo tenha estado ausente ao longo dos anos. Como afirmou em notável artigo o vaticanista Aldo Maria Valli, Roma sem Papa. Há Bergoglio, não Pedro [ndt, traduzi aqui: Roma sem Papa], actualmente não há Papa para conduzir o navio da Igreja em nome de Cristo; em Roma há Bergoglio, mas não como sucessor de Pedro, porque não faz o que um Papa deveria fazer: não prega o Deus da Bíblia, mas "um Deus adulterado, enfraquecido, ou melhor ainda, adequado ao homem e sua necessidade de ser justificado, mesmo que viva como se o pecado não existisse”. O Deus de quem fala Bergoglio "não é o Deus que perdoa, mas o Deus que desculpa", um Deus que acompanha, mas que "não converte", constituindo um Deus que é uma "caricatura do Deus da Bíblia". Com sua pregação e suas acções, conclui Valli, Bergoglio/Francisco não apenas renunciou aos deveres de seu ofício petrino, colocando-se em primeiro plano, mas também diluiu a presença real de Cristo na Igreja, transformando-se em profeta de auto-ajuda e auto-indulgência.

Criança de coro, promotor de experiências e mensageiro de Klaus Schwab e Bill Gates

Ao se privar do título de "Vigário de Cristo", o Papa Francisco teve que preencher esse vazio essencial. Como veremos mais adiante, ele o fez por meio de atitudes que, em última análise, provam que o bispo de Roma havia caído no mundanismo espiritual que criticava no início de seu pontificado.

A) A criança de coro dos Rothschild. Já explicamos acima como, a partir de 8 de Dezembro de 2020, com a iniciativa globalista chamada "Council for Inclusive Capitalism", ele se tornou o monge capelão da plutocracia financeira e industrial internacional, liderada pela Baronesa Forester de Rothschild, que fornece a "música " pela iniciativa.

De facto, as "acções revolucionárias heterodoxas ao gosto do mundo" de Bergoglio antes da criação do Concílio adaptaram a Igreja ao novo mundo concebido pela plutocracia anglo-americana liderada pela famosa família bancária: a discussão sobre a indissolubilidade do vínculo casamento, a relativização doutrinária diante do pragmatismo, da casuística e das "circunstâncias", o "culto" da Mãe Terra, a aceitação de vacinas feitas de material fetal oriundo de abortos, a autoridade suprema da ONU, OMS e outras instituições internacionais, a normalização da homossexualidade na vida da Igreja, homossexualidade episcopal e cardinalícia como garantia de promoção eclesiástica, a autorização para comungar concedida a políticos abertamente favoráveis ​​ao aborto, a rejeição da Tradição, etc.

B) Mas o vácuo cristológico da função petrina "precisava" ser preenchido com outra contribuição: a de anunciante e vendedor de soros genéticos experimentais aplicados massivamente em escala mundial, por meio da coacção política e social e da imunidade judicial, apesar das dúvidas, incertezas e incógnitas que a fabricação desses soros apresenta até o momento, sem que governos e órgãos nacionais conheçam sua composição e os efeitos negativos que apresentam a médio e longo prazo. Como ficou publicamente evidente, o Vaticano foi um dos estados do mundo que impôs a injecção à sua população e seu administrador provisório foi o forte promotor de sua distribuição e aplicação, transformando o “medo da Covid em um princípio de “sabedoria” bergogliana. e a aplicação suicida da experiência genética como um "acto de amor". A Pfizer e Bill Gates ficaram satisfeitos, enquanto o "Papa" Bergoglio tornou-se o gerente de marketing das "vacinas" impostas para "salvar o mundo".

C) Mas, provando que a perda da pegada de Cristo deixa um vazio que não pode ser preenchido, nos últimos dias o "Santo Padre" tem exortado os jovens a "comer menos carne" porque "isso também pode contribuir para salvar o meio ambiente " (sic!). Neste caso, o estimado Bispo de Roma, não mais o Vigário de Cristo, tornou-se o Vigário de Klaus Schwab e da Agenda 2030-Fórum Económico Mundial (WEF), que promove exactamente a mesma coisa há alguns meses. , como mostrado em um vídeo oficial curto e amplamente divulgado. Consuma menos carne, em um contexto de desapropriação total: "Você não terá nada, mas será feliz".

É claro: Klaus Schwab (WEF) fala e o Bispo de Roma repete e acompanha. É claro que sem o carisma de Cristo, o bispo de Roma é obrigado “a obedecer a Klaus Schwab – e Bill Gates – ao invés de Deus”.

Em resumo: é muito triste constatar que ao renunciar a carregar a Cruz de Cristo em seu ofício petrino, o Bispo de Roma se tornou o escravo, o servo e o porta-voz da plutocracia e da oligarquia o mais reaccionário e troglodita do história do mundo. Como se o nosso compatriota tivesse esquecido que ele não é a cabeça da Igreja, mas uma ponte entre Jesus Cristo e os crentes que ele mesmo assumiu a tarefa de dinamizar, sabe-se lá por quê.

Seja como for, não devemos esquecer que, apesar da traição da camarilha hierárquica dominante de hoje, a Cabeça da Igreja e seu Corpo permanecem tão vivos e fortes como sempre, apesar das borboletas no odor da carne de porco que transitoriamente abunda em suas instituições. Cristo vive, Cristo reina e Cristo governa, apesar de tudo. E a Paixão que nós, leigos christifidelis, sofremos hoje é o fogo que purifica nossas mentes e nossas almas, para melhor servir a Nosso Senhor Jesus Cristo que, com sua Divina Providência, sempre nos acompanha, mesmo que às vezes pareça ausente: "Eu sou convosco sempre, até o fim do mundo" (Mt 28.20).

José Arturo Quarracino


Fonte: Benoit & Moi

sábado, 24 de setembro de 2022

Lucros excessivos e o pacote do governo


A subida dos preços dos combustíveis arrastou a subida dos preços de muitos bens, estando agora a inflação na Europa em valores inimagináveis. É evidente que a inflação, quando não é compensada com aumentos de salários e pensões, conduz ao empobrecimento das famílias.

Se, porém, os combustíveis estão mais caros, é natural que quem transforma e distribui a energia passe a ter mais lucro em valor absoluto, mesmo que não aumente o lucro percentual. E, se o aumento de preço dos combustíveis faz subir o preço dos bens alimentares, é natural que os supermercados, e não só, facturem mais, mesmo que o consumo diminua.

Por outro lado, para conter a inflação, a banca sobe os juros, o que implica que as pessoas tenham que pagar mais pelos seus empréstimos, ficando com menos dinheiro ainda. Se os juros sobem, os bancos passam a lucrar mais do que antes.

Por toda a Europa, os governos adoptam medidas para ajudar as famílias a enfrentar a crise em que se encontram por terem perdido poder de compra, havendo cada vez mais pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza. Mas como vão os governos financiar estas ajudas? Mais impostos, porque o Estado/governo não dá nada a ninguém!

Como na base deste surto inflacionista na Europa está a subida do preço da energia, pretendia a Comissão Europeia impor valores máximos da compra dos combustíveis, o que se verificou impossível porque os preços de mercado são o que são e não se afigura viável dizer, por exemplo, à Arábia Saudita que não pode vender o seu petróleo por mais de X o barril, apesar da sua alta cotação no mercado.

Assim, em vez de impor um “chapéu” ao preço dos combustíveis – que se revelou impossível – fala-se agora em taxar os “lucros excessivos” que algumas empresas estão a ter. Só falta agora definir o que são lucros excessivos. Vão ser definidos em termos absolutos ou percentuais?

Por outro lado, estarão as farmacêuticas que lucraram e lucram balúrdios com as “vacinas” Covid incluídas nas que têm lucros excessivos? Estarão também incluídas as empresas de armamento que facturam, e bem, com a guerra na Ucrânia?

Mais ainda, também os Estados/governos, com as subidas dos preços de combustíveis e bens, arrecadam mais impostos. Se vão taxar também os lucros excessivos, as receitas públicas aumentam ainda mais.

A melhor ajuda que os governos, incluindo o português, poderiam dar não seria certamente cobrar mais em impostos. Se calhar o contrário: baixar o IVA, IRC e IRS e abolir de vez com o ISP e outras taxas sem sentido.

Que tal proibir as taxas dos bancos e outras aberrações? Que tal acabar com portagens electrónicas que podem ser cobradas pelas Finanças com coimas altíssimas e que têm despesas administrativas absurdas quando pagas nos Correios dentro do prazo?

Recorde-se que o trabalhador, em Portugal, recebe metade do que a entidade patronal despende, a outra metade são impostos. Sem impostos os combustíveis baixavam para metade. Etc..

Lucros excessivos tem o Estado, tanto assim que os distribui pela TAP, Novo Banco, etc., em fatias semelhantes às da ajuda a todas as famílias do país em crise humanitária. E ainda vão uns milhões para países estrangeiros de aquém e além mar.

Ainda bem que não vou receber os 125 euros do pacote do governo por ser considerado rico. Se os recebesse, devolveria com a seguinte mensagem: tornem a colocar os 125 euros no pacote!

Henrique Sousa

Fonte: Inconveniente

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Conversas Reais - Jantar tertúlia

 


A Real Associação de Lisboa regressa aos Jantares Tertúlia "Conversas Reais" já no próximo dia 5 de Outubro, quarta-feira, pelas 20:00hs, no restaurante “O Cantinho da Amizade” em Lisboa na R. Cruz da Carreira 36, (junto ao Campo Santana) tendo como convidado especial o historiador José Miguel Sardica, para uma conversa informal sobre a revolução republicana cuja triste efeméride se evoca nesse mesmo dia.

Honrar-nos-á com a sua presença SAR o Príncipe da Beira.

O preço do jantar será de 25,00€ por pessoa e poderá reservar comodamente o seu lugar contactando-nos através do endereço secretariado@reallisboa.pt, pelo telefone 213 428 115 ou presencialmente na nossa sede, no novo horário de atendimento: de segunda a sexta-feira das 11:00 às 14:00.

As inscrições, limitadas à capacidade da sala, estarão abertas até segunda-feira dia 2 de Outubro.


Nota - a Inscrição só é válida após o pagamento, não sendo possível o reembolso em caso de desistência.


Fonte: Real Associação de Lisboa

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Não são humanos, são humanistas

 


Tendo repugnância por todos os soldados, por todos os padres, pelos mercadores, reis e príncipes, pelos legisladores, sentindo irritação pela gente do povo, desdenhando da classe média, tendo sido sempre ensinados que os camponeses são imobilistas e supersticiosos, estando aptos a aceitar que os operários não servem como material adequado ao verdadeiro Estado Científico ou Utopia dos Intelectuais – tendo rejeitado todas as tradições humanas para cada uma das suas versões do progresso, são deixados com uma humanidade que apenas pode amar o abstracto mas dificilmente o concreto.
Não sobra muito de humanidade quando se eliminam todas as pessoas tidas como obstáculo ao progresso da humanidade. O esboço que eles traçam de um mundo sem guerra é curiosamente um esboço difícil e em branco. Eles podem fazer mapas e diagramas sobre como evitar a morte, mas não conseguem pintar quadros; isto é, quadros de pessoas alegres que aproveitam a vida.

G. K. Chesterton in «The Illustrated London News», 9 de Outubro de 1926


Fonte: Veritatis

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Ivermectina, a droga proscrita

 



Na alegada pandemia viral da doença baptizada de COVID-19, as autoridades de saúde de vários países, seguindo as orientações da OMS, aconselharam contra a utilização de qualquer fármaco com fim terapêutico ou profiláctico fora de ensaios clínicos. Ao cidadão comum apenas se aconselhavam medicamentos para aliviar os sintomas, isto é, paracetamol e ibuprofeno.

Em ambiente hospitalar alguns tratamentos foram sendo permitidos, tais como remdesivir, dexametasona e, mais tarde, anticorpos monoclonais e o caríssimo medicamento Paxlovid desenvolvido pela Pfizer. Em cuidados intensivos faziam-se tratamentos invasivos com recurso a ventilação mecânica e comas induzidos.

Logo no início, em Abril de 2020, investigadores australianos constataram que um fármaco banal usado no tratamento e prevenção de várias doenças parasitárias, a ivermectina, eliminava o vírus SARS-CoV-2 in vitro, em doses superiores às normais para tratamento das doenças para as quais é comprovadamente eficaz.

Rapidamente a comunidade científica, em hospitais e clínicas de diversos países, iniciou ensaios clínicos do fármaco, muitos deles sem grau de confiança considerada suficiente, mas que apontavam para a possível adequação da ivermectina para o tratamento e profilaxia da Covid. Mas o ruído gerado em torno destes ensaios tornou impossível qualquer conclusão robusta.

A suspeita de que a ivermectina seria um fármaco “milagroso” para a doença era apoiada pela inexistência de surtos relevantes da doença nos países que a usavam massivamente na prevenção de doenças parasitárias, facto que é reconhecido pelo próprio NIH (National Institutes for Health) americano nas suas orientações para tratamento da Covid, neste excerto que traduzo:

“Dados populacionais indicaram que o uso massivo de quimioterapia profiláctica em todo o país para infecções parasitárias, incluindo o uso de ivermectina, esteve associado a uma menor incidência de COVID-19”, citando um estudo de Martin D Hellwig e Anabela Maia, publicado em Janeiro de 2021.

É sabido que a ivermectina foi também promovida por dois importantes chefes de estado que se opunham ao encerramento das economias dos respectivos países, vendo nela (e não só) o tratamento que impediria confinamentos e, com isso, deixaria funcionar a economia. Foram eles os presidentes Donald Trump (EUA) e Jair Bolsonaro (Brasil). A intervenção destes chefes de estado não favoreceu a ivermectina (nem a hidroxicloroquina), pelo contrário, a esquerdopatia oligarca, que financia a imprensa internacional e a OMS, usou isso para denegrir o fármaco – fármaco esse que poderia ter ajudado a debelar mais depressa o surto mundial de Covid.

Porém, e ao contrário da hidroxicloroquina, cujos ensaios foram cancelados, a ivermectina nunca chegou a ser completamente ignorada. A Universidade de Oxford viria a incluí-la num ensaio alargado em Junho de 2021, que foi interrompido, mais tarde retomado, sem que se conheçam ainda resultados, positivos ou negativos. O que estará a fazer retardar este ensaio?

O programa da Universidade de Oxford, Principle, que visa a descoberta de medicamentos reaproveitados baratos, até agora só descobriu um fármaco, a budesonida (já usada no tratamento de doenças respiratórias) que poderia ajudar no tratamento precoce da Covid. Segundo se pode ler no site do programa:

“O tratamento precoce com budesonida inalada reduz o tempo de recuperação numa média de três dias em pacientes com COVID-19 que têm maior risco de doenças mais graves e são tratados na comunidade. Um corticosteroide comum, budesonida é o primeiro fármaco amplamente disponível e barata encontrada para encurtar os tempos de recuperação em pacientes com mais de 50 anos que são tratados em casa e em outros ambientes comunitários. As descobertas baseiam-se numa análise provisória, que incluiu 751 pessoas no grupo budesonida e 1028 no grupo de cuidados habituais que testaram SARS-CoV-2 positivos”.

Mas nem esse, que se saiba, foi aconselhado por alguma autoridade de saúde para o tratamento da Covid na comunidade.

Quanto à ivermectina, continuamos sentados à espera dos resultados dos estudos, embora não contemos com a sua divulgação no caso de serem favoráveis à sua eficácia. De resto, a alegada pandemia de Covid foi das mais pequenas pandemias de que há notícia, como se pode ver no mapa dado abaixo (com números oficiais que contabilizam mortes “de” e “com” Covid) e que faz desconfiar que se tratou apenas de um pretexto para o negócio de “vacinas” que não imunizam, não evitam o contágio e devem ser reforçadas periodicamente.

Talvez Bolsonaro tivesse razão quando disse que a alegada pandemia era apenas um “resfriadinho”.


Henrique Sousa

Fonte: Inconveniente

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

SAR, O Duque de Bragança D. Duarte Pio vai entronizar novos cavaleiros da Ordem de São Miguel

 


SAR, O Duque de Bragança D. Duarte Pio vai proceder à entronização de novos cavaleiros da Ordem dos Cavaleiros de São Miguel

A sessão irá ocorrer no próximo dia 25 de Setembro pelas 11:00h na Catedral de Évora, através da realização de uma Eucaristia solene da Real Ordem dos Cavaleiros de São Miguel da Ala , eucaristia que conta com a presença do  Grão-Mestre o Sr. D. Duarte Pio, Duque de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa.

Durante a Eucaristia serão entronizados pelo Duque de Bragança os novos cavaleiros da Ordem.

Estarão representadas várias Casas Reais Europeias onde a Ordem, que o  Duque de Bragança dirige, está erecta.

Fonte: Rádio Campanário

domingo, 18 de setembro de 2022

O Problema do SNS

 


Bastante se fala dos problemas do SNS na praça pública, ao mesmo tempo que no Parlamento se tecem sucessivos louvores à entidade que se foi tornando um símbolo para o regime. O público em geral apercebe-se da contradição, sem entender as causas, o que gera um estado de dissociação cognitiva, tão oscilante quão perene.

O SNS foi criado por via Constitucional, com aprovação pela Assembleia Constituinte em 2 de abril de 1976, durante o mandato do VIº (último) Governo Provisório.

No seu Artigo 64, a Constituição (CRP) determinava “o direito à protecção da saúde” que seria concretizada “pela criação de um serviço nacional de saúde universal, geral e gratuito”.

O SNS seria ulteriormente implementado através da Lei n.º 56/79, de 15 de Setembro, aprovada pela Assembleia da República durante o Vº Governo Constitucional.

Esta opção estratégica, essencialmente ideológica, aparentemente consensual, teria implicações profundas na perceção dos cidadãos relativamente ao SNS, sobrepondo-se o principio da gratuitidade. A extensão lógica seria a extinção tendencial da medicina privada, uma vez que o novo sistema de saúde seria universal e de grande qualidade, segundo as declarações politicas particularmente entusiastas na altura, remetendo a medicina privada para um papel residual.

Contudo foram diversas as vozes que alertaram para os perigos desta estratégia: o facto de o serviço prestado pelos médicos ser gratuito, implica na prática comercial-financeira que não tem valor, o seu valor inevitavelmente irá tender para 0. Uma prática que não gera mais-valias no Mundo de hoje, real, é desprovida de valor.

Contra o principio da universalidade foram criados sistemas de saúde diferentes, um conhecido como a “Caixa” da Segurança Social, para o público em geral, outro a ADSE, dedicada aos servidores do Estado.

Na Lei reguladora n.º 56/79, Art. 7º, já constava uma outra contradição fundamental, apenas uma das diversas expressões da baixa qualidade legislativa, que inquinaria todo o processo: “o acesso ao SNS é gratuito, sem prejuízo do estabelecimento de taxas moderadoras diversificadas tendentes a racionalizar a utilização das prestações”.

Em 1974 a medicina privada assentava em pequenos consultórios, que iriam subsistir em paralelo ao SNS, muitas vezes resultando num complemento útil, para descongestionar os serviços hospitalares e os Centros de Saúde que iam sendo integrados no novo sistema. Desde o inicio que a universalidade do SNS se demonstrava uma quimera, confrontando uma estratégia de base fundamentalmente ideológica com o principio da realidade.

O texto Constitucional sofreria uma primeira modificação, apenas ideológica – irrelevante na prática – em 1982.

Em 1989 foi aprovada a segunda revisão constitucional (Lei Const. n.º 1/89, de 8 de Julho) em que o texto do Art. 64º sofreria uma alteração substancial, previsivelmente no sentido de maior deterioração da qualidade legislativa: passou de “gratuito” para “tendencialmente gratuito”. Tendencial, que soa como tendencioso, permite as mais diversas interpretações, embora no contexto significasse o oposto do literalmente expresso: que o SNS pudesse passar a ser tendencialmente pago.

Nos anos seguintes Aníbal Cavaco Silva, Primeiro Ministro e a sua ministra Leonor Beleza, iriam dar a primeira grande machadada estrutural, no jovem mas já frágil SNS, divulgando a ideia de que os problemas graves de insuficiência operacional se deviam aos médicos, que não trabalhavam o suficiente nos hospitais, privilegiando as suas clínicas privadas. A solução lógica, apoiada numa sucessão de análises e “livros brancos” sobre a saúde, seria a exclusividade. Pretendia-se impor a exclusividade no exercício de funções publicas a partir dos médicos mais jovens, sem vinculo contratual, deixando livres para o exercício privado os quadros hospitalares diferenciados. Não só voltaram a população contra os médicos, como criaram uma clivagem geracional entre os médicos, ainda com repercussões no presente: utentes-contra-médicos, médicos-contra-médicos.

Nos anos 70 a 90 a Medicina sofreria uma evolução dramática em termos tecnológicos, nos dispositivos médicos implantáveis e também nos equipamentos pesados de electromedicina, nas áreas de diagnóstico e terapêutica. Esta evolução representava uma possibilidade de aumento de eficácia global dos cuidados médicos, mas também aumento dos custos, com um impacto orçamental considerável, muitas vezes utilizado como arma de arremesso pelos partidos na sua luta, essencialmente não-ética, pela influência e poder.

Paralelamente, apesar da opção ideológica Constitucional de base, no Mundo real a medicina privada iria crescer de forma considerável, incluindo uma inversão do paradigma dos anos 70: os pequenos consultórios foram sendo absorvidos por grandes grupos económicos, infelizmente maioritariamente de capital estrangeiro, que finamente erigiram grandes estruturas hospitalares. Afinal o ato médico tinha um determinado valor.

Há muito que já não se vive na dualidade de um SNS tendencialmente universal versus o pequeno consultório, ou pequena sociedade médica; o que temos hoje é um “pequeno” SNS, economicamente não viável, em dialéctica com os grandes grupos económicos, incluindo as empresas de Eletromedicina e a Grande Farmácia, transnacionais.

No SNS o capital humano, no fundo o mais valioso, foi-se transferindo de um submundo ideológico de descapitalização, do ato sem valor, para as entidades onde esse ato tem valor comercial, ou seja onde tem valor de mercado. Até porque onde reside o capital há mais lugar para o investimento e actualização tecnológica, hoje essencial para uma prática médica diferenciada.

No SNS os médicos directores de serviço foram gradualmente desautorizados, sem poder real, muitas vezes sem conseguir coordenar de forma eficaz equipas operacionais. Por outro lado não se permite com facilidade a criação de unidades autónomas, na realização de tarefas ultra-especializadas, quando necessário. Faltam instalações e equipamentos. Outros sectores de recursos Humanos, também essenciais para a produção, passaram a reivindicar cada vez mais serem considerados como “profissionais de saúde”, conceito sem definição, na dependência de chefias independentes. A estrutura burocrática engordou, com comissões intermédias, por vezes meramente administrativas, que interferem na gestão dos serviços hospitalares, ou seja na produção de serviços de saúde.

A solução em Portugal para os baixos salários foi a promoção dos trabalhadores via títulos académicos, por vezes desadequados, muitas vezes meramente nobiliários. Devido à rigidez das normas estruturais hospitalares, o resultado é a diluição da hierarquia formalmente reconhecida e o caos potencial na gestão dos serviços.

Na 4ª revisão constitucional o texto do artigo 64.º foi de novo alterado, com reforço da poluição legislativa. A “cobertura médica e hospitalar” passou a ser feita por “recursos humanos e unidades de saúde”, ou seja aumentou o grau de ambiguidade.

A gestão financeira no SNS é uma quimera. Sem um sistema de facturação por doente, independente do pagador final, não há possibilidade de análise financeira detalhada que permita identificar pontos fortes, falhas ou omissões, sempre na perspectiva do essencial: a avaliação da eficácia operacional das unidades que prestam de facto serviços de saúde.

A conclusão final é simples, o problema do SNS, é o próprio conceito de SNS.

Dito por outras palavras, a saúde em Portugal foi – e encontra-se – refém da ideologia.


Gabriel BrancoConselheiro Nacional do ADN

Fonte: Inconveniente

sábado, 17 de setembro de 2022

SAR, D. Afonso de Bragança em entrevista à revista espanhola "Escaparate"


Sua Alteza Real o Senhor Dom Afonso de Bragança, Príncipe da Beira, acaba de conceder uma exclusiva entrevista à revista espanhola ‘Escaparate’ de que é director o conhecido jornalista Mário Niebla del Toro. Com direito a “capa” da edição de Setembro e seis páginas muito bem ilustradas com óptimas fotografias de Nuno De Albuquerque Gaspar, o jovem Príncipe respondeu com inteligência, diplomacia e profundo conhecimento da História de ambos os países que constituem a Península Ibérica. Vitor Escudero, Delegado para Portugal do Real Circolo Francesco II di Borbone/Royal Club Francis II of Bourbon, ouviu e registou as declarações do Príncipe da Beira e ficou com a certeza de que “o futuro da Casa Real de Portugal, é já presente.” Laus Deo.


sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Conferência: Armas e Armaduras de D. Sebastião

 



CICLO DE CONFERÊNCIAS
450 ANOS DE ELEVAÇÃO A VILA E CRIAÇÃO DO CONCELHO DE ESPOSENDE
IDENTIDADE E TERRITÓRIO

RAINER DAEHNHARDT, Investigador e Historiador

Tema: Armas e Armaduras de D. Sebastião
Data: 16 de Setembro de 2022
Local: Auditório Municipal de Esposende
Hora: 21H30

Fonte: Município de Esposende

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Do Covid à guerra na Ucrânia: as mesmas técnicas de manipulação

Tradução Deus-Pátria-Rei

Por Pierre-Antoine Pontoizeau, consultor, para o Salon beige:

Várias práticas de manipulação em massa usadas durante a crise sanitária estão sendo reproduzidas de forma idêntica neste exacto momento no Ocidente em relação à guerra na Ucrânia. Este inventário é suficiente para mostrar que isso não pode ser fruto do acaso.

1. O monopólio da informação

A crise da saúde fez com que todos os meios de comunicação repetissem os mesmos mantras em uníssono, convidando os mesmos estudiosos, desde então reconhecidos como incompetentes nas áreas em que falavam Fabien Namias, vice-presidente de LCI em uma explosão de honestidade intelectual: "demos muita voz para especialistas, jornalistas ou editorialistas que não tinham mais habilidades médicas do que você e eu." France Inter, 9 de Maio, no programa Instant M.

Todos o observaram: não há pluralismo, mas eliminação sistemática de adversários, descrédito e opróbrio aos estudiosos refractários. O alinhamento dos média e sua promoção de teses governamentais é uma prova contundente disso, em todo o Ocidente. Nenhuma objecção, nenhuma crítica, nenhuma pergunta. Essa é a prática de abuso de autoridade inerente ao monopólio da informação. Essa prática é inspirada no famoso experimento de Milgram onde o psicólogo faz a ciência desempenhar o papel dessa autoridade que leva todos a torturar gratuitamente os outros com impulsos eléctricos cada vez mais perigosos. Mesmo que alguns resistam, infelizmente, muitos cedem ao abuso de autoridade. Este monopólio é essencial para influenciar.

Para a guerra na Ucrânia, a estratégia foi ainda mais radical. A U.E. e os EUA decidiram eliminar os meios de comunicação, alegando que seus accionistas eram russos. Na França, as notícias do Sputnik e a RT (Russia Television) foram censuradas a pedido da UE. As liberdades de pensamento e de imprensa foram desrespeitadas sem qualquer escrúpulo. A este respeito, o sociólogo americano, especialista em comunicação social, Chomsky, especifica que os média supostamente pró-russos também desapareceram nos EUA.

De acordo com a doutrina da luta contra a subversão exercida pelo inimigo sobre sua opinião em tempos de conflito, os ocidentais impuseram, portanto, uma pressão sobre as ordens. Essas sanções, é claro, dissuadiram os média de se afastar do sistema. A prova é a unanimidade dos palestrantes e das histórias veiculadas nos nossos grandes meios de comunicação. Observamos esse mesmo padrão na crise sanitária: monopólio do discurso, exclusão de opiniões divergentes, estigmatização de potenciais oponentes, manipulação e propaganda num registro emocional e trágico, construção de uma narrativa monolítica sem espírito crítico, vitimização emocional para alguns, culpa do refratário e adversários.

A primeira lição é que o pluralismo é essencial para a compreensão dos fenómenos em sua complexidade. É muito preocupante constatar esse radicalismo, essa censura exibida e essa doutrina imposta a todos.

2. A manipulação da informação, a negação dos factos, a construção da narrativa

Em ambos os casos, nenhum raciocínio adicional é possível. Ligações lógicas entre decisões, seus efeitos, factos e sua avaliação tornam-se impossíveis. Existem lemas. Em ambos os casos, contamos os mortos, mantemos o medo do apocalipse: pandemia primeiro ou medo de guerra nuclear. Também é preciso chocar com imagens espectaculares: pessoas entubadas, feridos de guerra, vítimas mortas em sua “bolsa” em ambos os casos. Também estamos impondo uma verdade sobre as origens: origem animal do vírus (hoje altamente contestada), origem russa da guerra (altamente debatida fora do Ocidente em favor da tese da agressão provocativa da OTAN), precipitando decisões sem debate democrático: compra de vacinas sem controle de sua inocuidade ou entrega arbitrária de armas sem qualquer segurança em seu destino. A decisão política é autoritária, arbitrária, não debatida perante os parlamentos, sem debates públicos ou partidários, sem qualquer contra-poder livre.

Três técnicas de manipulação estão muito presentes em ambos os casos:

A projecção de uma ficção

A crise do Covid tem sido orquestrada em torno da hipótese fantasiosa de milhões de mortes, sendo a narrativa de uma previsão falaciosa apresentada como uma previsão científica segura e certa; o que ela não é. A crise ucraniana tem girado em torno do risco de guerra total e do desaparecimento da Ucrânia anunciado por especialistas, uma previsão também indemonstrável. Em ambos os casos, tal projecção de uma ficção legitima acções de contenção para combater a realização daquela previsão.

Como se executa? O manipulador confia na invenção de sua falsa previsão. Ele então se refere a ela indefinidamente como verdade estabelecida: engano e usurpação científica. De facto, confunde alegremente certas previsões resultantes de leis científicas baseadas em modelos comprovados em uma equação da física, por exemplo, e essas simples previsões aleatórias não verificáveis ​​como previsões do tempo sempre muito imprecisas além de algumas horas, um dia ou dois na melhor das hipóteses. A previsão é aleatória e incerta. Nunca é uma previsão científica que é certa e precisa em muitas áreas.

Numa segunda etapa, o manipulador justificará a qualidade de todas essas decisões, pois sua previsão sempre estará errada. O truque de mágica não é questionar a qualidade da previsão, mas justificar as acções que fizeram a previsão errada. Exemplo. A pessoa vacinada está menos doente do que se não fosse vacinada, o que é por construção inverificável. O ucraniano venceu, já que o russo não invadiu toda a Ucrânia como originalmente planeado pelo especialista, novamente inverificável. Estamos no pensamento mágico porque nenhuma correlação confirmada por experimentos permite provar a ligação entre as acções, a previsão inicial e sua inflexão.

Denúncia de ódio

Esta é a segunda técnica que elimina e condena os párias. Os opositores da política de saúde foram apontados, os não vacinados tratados como idiotas a ponto de se dar o direito de irritá-los. Da mesma forma, os russos foram estigmatizados, até mesmo roubados descaradamente, porque são russos. Atletas russos são banidos das competições, assim como os não vacinados banidos das actividades. Os processos de exclusão e guetização de "inimigos" são totalmente semelhantes.

Esta denúncia procede primeiro por meio de uma acusação. O não vacinado é uma ameaça como o russo é um pilar económico da guerra hedionda de Putin. O mais terrível é que esta primeira fase é a praticada na história em relação às minorias destinadas à destruição, incluindo os judeus, os armênios, por exemplo. O segundo acto é que de perigosos passam a ser uma ameaça a ser eliminada e perseguida para o nosso bem.

Esta é a mudança perversa no apelo agradável ao bode expiatório. Ele deve ser proibido de participar de uma competição, o maestro deve trair seu país, denunciar seu presidente, caso contrário ele não deve mais reger uma orquestra e desaparecer. O russo rico, seu barco, sua casa, serão confiscados dele, assim como foram confiscadas obras de arte de famílias judias. Mas esses roubos não são, eles são legitimados. Da mesma forma, para as pessoas não vacinadas, devem ser mantidas afastadas, isoladas, mas também vacinadas à força. Eles representam uma ameaça. Essa manipulação é muito preocupante porque endossa confinamento, confisco de bens, atentado à integridade física da pessoa. Lembre-se que os jornalistas e a redação da RT foram ameaçados de morte, exigindo sua protecção!

René Girard estuda bem esse fenómeno do bode expiatório. Essa fábrica de violência contra inocentes é trágica e fruto de uma manipulação perversa de mentes. Sempre procede de acordo com os mesmos tempos. O ritual não é reconhecido e envolto em legitimidade: o vilão russo ou o vilão não vacinado são denunciados. A violência é selectiva e concentrada nesses únicos culpados e ainda vítimas. Além disso, a população está convencida da culpa dessas vítimas: os russos e os não vacinados são culpados e devem deixar de ser o que são. É o chamado à negação, à traição pela humilhação, até onde?

A negação dos factos

Esta é a terceira técnica. Infelizmente para os manipuladores, sempre há alguns resistentes, rebeldes e dissidentes. Suas palavras são objecto de violenta e maciça rejeição, mas testemunham factos que contradizem a narrativa do sistema. É a recordação dos factos contra a sua negação. Para a vacinação, a protecção de algumas semanas observada e exposta pelo laboratório da Pfizer é ignorada. A existência de efeitos indesejáveis ​​é negada até a corajosa comissão senatorial onde vemos o dano sob a pressão de múltiplas iniciativas de irresistíveis opositores à narrativa do Covid bem descrita na obra de Laurent Mucchielli. O número de mortes é revisto para baixo sob a pressão de pesquisadores rigorosos, incluindo o último trabalho brilhante de Mucchielli sobre as mortes registradas pelo INSEE.

Para a guerra na Ucrânia, é a difamação dos exércitos russos, suas fraquezas técnicas e estratégicas afirmadas pelos soldados da sala de estar, como antes pelos professores nos sets. Eles negam os factos de uma entrada retumbante na guerra. Cada vitória russa é reduzida, cada abandono táctico de território é um sucesso heróico dos ucranianos. Eles recuam, mas é uma vitória. A negação é sobre a realidade da dinâmica do campo de batalha. Quem está perdendo terreno? Quem recua dia após dia? Quais tropas estão se rendendo? Quem perde as cidades? A negação dos factos é permanente, afogada por múltiplas tentativas de intenção que desviam a atenção em uma incessante submersão emocional, com comentários sempre excessivos: genocídios, terrorismo etc. que dispensam sobretudo o exame dos factos militares.

Estamos, portanto, diante de uma construção da narrativa por: "a orquestração das categorias de percepção do mundo social que, ajustando-se às divisões da ordem estabelecida (e, portanto, aos interesses daqueles que a dominam) e comuns a todas as mentes estruturadas de acordo com essas estruturas, impõem-se com todas as aparências de necessidade objectiva. (Bourdieu). Trata-se de construir uma mitologia em vez de examinar os factos.

Segunda lição: ficção, denúncia e negação são as características manifestas de uma manipulação das populações. Por outro lado, o fornecimento de dados e factos, a apresentação de alternativas e opiniões existentes, o respeito à liberdade de informação e de formação do ponto de vista são pisoteados pelos meios de comunicação servis, até mesmo cúmplices, pois não mais respeitam os fundamentos da ética de sua profissão.

3. A teimosia frenética

A política de saúde já dura quase três anos com resultados irrisórios para uma despesa de 600 bilhões na França, incluindo confinamento, vacinas e testes. Apesar de um grande número de lições factuais: protecção muito temporária, pico de contaminação durante o período de vacinação, baixa protecção dos vacinados, efeitos adversos numerosos ou mesmo graves, efeitos nocivos das medidas de isolamento ou uso de máscara, inutilidade dos passes; os políticos são teimosos em sua política. Veja nosso artigo: COVID começa de novo, fracasso absoluto de uma loucura de 600 bilhões.

A política na Ucrânia está se mostrando catastrófica em vários níveis. O sacrifício inútil de dezenas de milhares de jovens ucranianos e russos, a perda de quase 25% do território até agora, o fraco impacto das sanções económicas sobre a Rússia, capaz de redistribuir suas exportações para seus aliados asiáticos, o efeito de medidas indesejáveis ​​em troca dos russos nas economias ocidentais: preços da energia, efeitos inflacionários, custo de doação de equipamento militar e apoio incondicional ao Estado ucraniano estimado em 6 a 8 bilhões de euros por mês, mas também a pretexto de estratégias oportunistas de entesouramento que aumentam os preços sem motivo, como Miche-Edouard Leclerc suspeita com razão. Apesar desses efeitos e fracassos, não há trégua ou abertura à diplomacia. Teimosia cega, novamente. Basta ouvir novamente as autoridades britânicas manifestando seu desejo de prolongar a guerra até a hipotética vitória total dos ucranianos.

4. Técnicas de manipulação idênticas que desafiam

Essas manipulações empregam muita violência verbal e visual, intolerância, um medo criado e mantido, uma recusa em deixar as pessoas pensarem livremente. É surpreendente que essas mesmas técnicas são renovadas em assuntos tão diferentes: assustar até ao pânico paralisante, comover até perder a razão e o bom senso, repetir dados parciais até a exaustão. Em suma, essas práticas não são responsáveis, não são éticas.

Mas como explicar nas sociedades democráticas que a comunicação social não pratique mais o pluralismo? Como explicar essa manipulação? Existem três pistas.

A mímica preguiçosa dos média, que todos copiam e repetem a mesma coisa porque não investigam mais, não vão mais a campo, esquecem seu dever constitucional de informar ao invés de influenciar, e ganhar audiência fácil.

A segunda pista, a corrupção e o desvio massivo de dinheiro público dos países ocidentais em benefício de verdadeiras máfias capitalistas de gigantes da saúde e do armamento que têm esse ponto em comum de se enriquecer com a desgraça alheia, até mesmo dos próprios políticos.

Finalmente, a terceira pista, a das instituições internacionais e suas redes que querem colocar o mundo sob sua influência, sinal de uma tensão autoritária nas sociedades democráticas, incluindo a OMS, que reconhece o uso de técnicas de propaganda.

O que fazer ? A resistência à manipulação envolve promover a pluralidade de pontos de vista, estabelecer um diálogo razoável, convidar as pessoas a compartilhar e discutir os factos, rejeitar as práticas violentas e odiosas que essas manipulações semeiam à vontade, como se se tratasse de fazer guerra entre nós. Sejamos calmos, lúcidos, factuais, críticos e mais livres. Evitemos a influência dessas emoções construídas cuja única missão é nos privar de nosso livre arbítrio. Este maniqueísmo constitui uma louca regressão mental e o preâmbulo de obras de destruição. Precisamos ser totalmente humanos.


Fonte: Le Salon Beige

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Hoje a maioria é maçónica sem o saber

 


Eis a confissão de um grão-mestre maçon:

A Franco-Maçonaria pode tornar-se uma vastíssima associação, sobretudo se ela se espiritualiza, divulgando os seus princípios, sem exigir aos que os aceitam que venham tomar parte nos mistérios das lojas. Os mações sem avental são muitas vezes os melhores. Por que não favorecer a sua autoformação?

Oswald Wirth in revista «Le Symbolisme», Outubro de 1912


Fonte: Veritatis