“Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada.” (Tito 2:3-5)
Hoje, obedecer a Deus – em orientações como as do texto acima – é quase uma missão impossível porque a Escola não permite tal “desvario” à família. O Ministério da Educação aponta para a fé cristã como um alvo a abater e não faltam guiões de género [sexo] e cidadania, que rotulam os ensinos bíblicos e as famílias cristãs como antiquados, retrógrados e castradores. O que não é dito aos alunos é que as novas orientações sobre sexualidade nada mais são do que um regresso às piores práticas das civilizações mais antigas.
O PRESSE, programa de forma[ta]ção para professores, que afirma «apoiar os agentes de educação sexual na implementação de um programa estruturado e sustentado que visa a aquisição de competências e a promoção de valores fundamentais à vivência da sexualidade de forma responsável.», nada mais é do que um retrocesso civilizacional à imoralidade sexual de 1445 a.C., descrita, por exemplo, no livro de Levítico e no livro “Eros na Antiguidade”. Qualquer escritor dessa época, ao olhar ao seu redor, poderia ter escrito o actual Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar, na Região Norte.
Repare na designação “Educação Sexual em Saúde Escolar”… Quem é que não concorda com tão nobre preocupação? Só que não é de educação e muito menos de saúde que se trata (caso contrário já não teríamos notícias como esta: “Jovens nas urgências com gonorreia e sífilis que nem faziam ideia do que era“), e sim de arregimentar as crianças para a revolução sexual em curso e consequente desconstrução social.
Para os escritores do PRESSE, «a sexualidade é um fenómeno anterior ao aparecimento do homem».
Assim, depois de há meia dúzia de anos termos assistido à renomeação da “Teoria da Evolução” como “Processo Evolutivo”, ou seja: a uma imposta verdade absoluta sobre a criação de tudo o que existe e na absoluta exclusão de um Deus Criador, o programa passa a incuti-lo na mente dos alunos e até há professores a dizer que qualquer professor que acredite no Criacionismo devia ser reformado compulsivamente.
Mas, pergunto, como seria a sexualidade “humana” antes do “homem” existir? Se primeiro apareceu o sexo e depois os seres humanos… Quem fez sexo com quem para que o primeiro casal nascesse? O objectivo do PRESSE não será pura e simplesmente destruir os ensinos Bíblico/cristãos, ainda que não responda a perguntas simples?
«[No programa] apresenta-se uma breve resenha histórica que permite observar como e porque mudaram, ao longo dos últimos séculos, os códigos e valores ligados ao sexo, bem como perceber que certas mudanças no comportamento sexual não coincidem com reformas económico-sociais e políticas por acaso.»
É verdade que «ao longo dos séculos, os códigos e valores ligados ao sexo, bem como certas mudanças no comportamento sexual não coincidem com reformas económico-sociais e políticas por acaso» e a prova é a revolução sexual, iniciada com o movimento feminista, e que está a ser imposta em sala de aula a crianças de tenra idade, por meio de directrizes politico/ideológicas, impostas pelo Ministério da Educação.
Ao contrário da “doutrina” do programa, as mudanças de comportamento sexual — na direcção a que hoje assistimos — não fazem parte de evolução alguma, bem pelo contrário, sempre foram um sintoma do fim eminente de uma civilização e não da sua saúde.
O PRESSE orienta os professores a incutir nas crianças que havia algo bom no mundo antigo, pré-cristão, onde a imoralidade e a perversão sexual eram comuns. Os autores trocaram as palavras “imoralidade” e “perversão” por “liberdade sexual” e “prazer” e apontam certos comportamentos depravados como salutares:
«No auge do Império Romano, era comum que famílias tivessem, nas suas casas, representações sexuais explícitas.»
Aqui, temos uma meia verdade, pois essas representações são bem anteriores ao Império Romano. Por exemplo, no livro “Eros na Antiguidade”, todas as páginas trazem figuras de pinturas antigas totalmente obscenas nas quais o órgão sexual masculino é o que mais se destaca. Fornicação, adultério, homossexualismo, sodomia, bestialidade, sexo em grupo e todo o tipo de perversão sexual, bem como aborto e infanticídio, eram práticas desenfreadas no mundo antigo.
Tão actual, não é?
Encontramos culturas da antiguidade, muito anteriores a gregos e romanos, com toda a sorte de perversões sexuais.
O arqueólogo Joseph Free diz que nos templos dos antigos cananeus (o povo que Deus mandou expulsar e eliminar por causa da sua depravação moral) se praticava a “adoração ao sexo degradante” que resultava em sacrifício de crianças. Os seus templos eram “locais de depravação”. O arqueólogo W. E. Albrigth concorda:
«Em país algum se encontrou um número tão elevado de estatuetas de divindades da fertilidade nuas, sendo algumas particularmente obscenas. Em nenhum lugar o culto de serpentes aparece tão fortemente. As duas deusas, Astarote e Anate, são chamadas de as grandes deusas que concebem, mas não dão à luz! Prostitutas sagradas e sacerdotes eunucos eram extremamente comuns. O sacrifício humano era notório […] os aspectos eróticos do seu culto devem ter penetrado nas mais sórdidas profundezas da degradação social.»
Apud Merrill Unger, Archaeology and the Old Testment, Grand Rapids
Na Antiguidade, antes dos gregos, os cananeus não eram os únicos no que à perversão sexual diz respeito. Os sírios e os fenícios tinham uma deusa cuja adoração envolvia a “prostituição sagrada de ambos os sexos” (Ibid., p. 173). Os antigos egípcios também praticavam homossexualismo como parte da sua religião:
«Como parte da sua cerimónia à deusa Isis, os “sacerdotes” egípcios (na verdade eram apenas prostitutos) tinham relações com os homens que vinham “adorar”. Essa forma pervertida de “adoração” era encontrada ao longo de toda a região do Mediterrâneo, onde essa deusa era conhecida também Ishtar, Mylitta, Afrodite e Vênus.»
S. I. MCMILLEN, e David STERN, None of these diseases, Old Tappan: Fleming H. Revell Company, 1984, p. 86.
Os gregos também são conhecidos pela sua aprovação e prática do homossexualismo, tal como os egípcios que também tinham prostitutos sodomitas. Numa rua principal, em Éfeso (Rua do Mármore) o caminho até ao prostíbulo estava demarcado no chão. O templo de Diana, que, curiosamente, era uma das sete maravilhas do mundo, promovia e albergava um contínuo festival de depravação sexual (Halley, Manual bíblico, p. 237). Da mesma forma, o templo de Afrodite em Corinto.
John Boswell, professor de História em Yale, escreveu:
«Muitos gregos retratavam o amor homossexual como a única forma de erotismo duradoura, pura e verdadeiramente espiritual […] O legislador ático Solon considerava o erotismo homossexual demasiadamente sublime para os escravos, e proibiu-o a eles. No mundo utópico dos romances helenísticos, os homossexuais figuravam destacadamente como amantes proibidos, cujas paixões não eram menos duradouras ou espirituais do que as dos seus amigos heterossexuais.»
Christianity, social tolerance, and homossexuality: gay people in western Europe From the beginning of the Christian era to the Fourteen century, Chicago: The University of Chicago Press, 1980, p. 27.
Não é isso que hoje se promove exaustivamente?
Não é o que estão a impor-nos como “novo normal”?
Não lemos notícias de homossexuais, lésbicas, trans, etc., bem-sucedidos em áreas de poder e nas artes, como se a sua sexualidade fosse o requisito para ocuparem os cargos que ocupam?
Continua no próximo artigo.
Maria Helena Costa
Fonte: Inconveniente
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