“O povo é sereno” ou “é só fumaça”, são duas expressões célebres que ilustram bem a maneira de ser dos Portugueses. Pacientes, calmos, pouco dados a histerias mas igualmente com menos participação cívica e política do que aquela que se deseja e precisamos como colectivo social.
A disciplina de Género e Cidadania, veículo de endoutrinação do Estado a coberto de uma pretensa educação para a cidadania, tem sido um tema que, excepcionalmente, envolveu os portugueses e os leva ao salutar debate sobre o assunto.
Uma família generosa e corajosa, onde o Pai Artur Mesquita Guimarães protagonizou a solitária defesa dos filhos, os seus e os de todos nós, merece um especial realce e sem dúvida o respeito de todos os que acreditam que o Estado Ensina e a Família Educa.
Foi o “tiro de partida” para que a formatação ideológica nas Escolas, que tanto incomoda as famílias e os professores, iniciasse ampla discussão na sociedade portuguesa, com apoiantes e detractores, mas acima de tudo tornando claro a bizarria do programa e a sua incoerência.
Actualmente, destaca-se o icónico debate televisivo entre Daniel Oliveira e Sérgio Sousa Pinto, onde este último esteve notável na forma como desmontou o programa do Governo para a Cidadania, aquilo que diz ser “uma mixórdia”, e apresentou o que deveria ser um verdadeiro programa para a formação cidadã dos alunos.
Ficou claro que do programa do governo o que se destaca são somente questões associadas ao género e ligadas à sexualidade, à identidade sexual e à percepção sexual do EU.
Ora, o Género é uma construção social da expressão do masculino ou do feminino ou de ambos. O Género não tem nada de cientifico, de replicável ou de coerente, assenta numa política sociológica e de imposição de uma visão do mundo e da própria pessoa, reduzindo-a a um grau de subjectividade alarmante e perigoso.
Exemplos práticos desta pseudociência, levam a conteúdos do programa do governo como os que afirmam que as meninas ao brincarem com bonecas ou tachos e os meninos ao brincarem com carrinhos, isso lhes será prejudicial e que se terão de contrariar esses comportamentos.
É esta “ideologia do Género”, inicialmente desenvolvida por Marx e Engels, ideólogos do comunismo, com o intuito de destruir a Família, que importa debater, conhecer e combater.
Caracteriza-se como a segunda vaga do Feminismo, fundamenta-se num erro biológico fundamental que se tornou numa mentira, seguida de radicalização e ódio. Começou como acto desesperado de libertação das mulheres contra o que sentiam que as limitava; A biologia feminina, a maternidade e as alegadas consequências de um sistema de castas numa sociedade dominada pelos homens.
Para eliminar essas limitações, a sexualidade colocou-se como uma construção social (identidade de género), moldável em qualquer direcção e como tal opcional! A libertação da “maternidade forçada” era vista no aborto livre (renomeado de saúde reprodutiva da mulher).
A primeira, contudo, é uma mentira biológica, e a segunda viola o direito humano mais básico de um recém nascido que é o direito à vida!
Nenhum homem e nenhuma mulher podem viver e existir de forma totalmente livres, porque ambos estão subjugados; às limitações biológicas (sexo, intelecto, morte); às limitações sociais (a liberdade do outro); e às limitações físicas. Ninguém pode escapar a isto sem se destruir.
Também é absolutamente claro que Homens e Mulheres são geneticamente, fenotípica e fisicamente, bem como psicologicamente diferentes, e, tudo isto de uma forma complementar.
É por isso que a Ideologia do Género é uma ideologia totalitária, usada como instrumento para doutrinação e linguagem homossexista e experimentação social. Corrompe e destrói vidas, casais, famílias, crianças, igualdade, coesão social, sociedades e no fim a própria humanidade.
Sousa Pinto, acertou em cheio quando desmascarou o arauto da esquerda mais totalitária ao dizer-lhe que era um “troglodita de esquerda” com “uma cabeça totalitária” que usa a “técnica da amálgama” para insultar os seus adversários.
Abel Matos Santos
Fonte: Notícias Viriato
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