segunda-feira, 26 de outubro de 2020

José Pacheco Pereira – A cabeça apodrecida do regime

 Não me passaram ao lado as seguintes apreciações de José Pacheco Pereira: «pequenos trumpes que querem imitar o Chefe e que, no fundo, são tão previsíveis nas suas subserviências e desejos. Estão no Chega…». O sujeito, casmurro nos seus postos de comando na rádio, televisão e jornais onde assiste à passagem das décadas preso na sua cristalização mental, é dos que mais empobreceu o debate moral, intelectual, cívico ou político em Portugal e, por isso, dos maiores responsáveis pela falência continuada do país. 

Nas décadas recentes em que o mundo ocidental se foi ajustando e Portugal retardando com os inevitáveis custos, a omnipresença na política e na comunicação social de tal Aytollah Intelectual Lusitano foi das que mais bloqueou todo e qualquer debate cívico verdadeiramente plural, fértil, decente sobre o destino coletivo. Basta ver quem o dito cujo integrou nos seus programas televisivos, a escola da liderança progressista da nação, ou ter em conta a condenação dos desvios, tanto pior se do seu partido, e como impôs o seu modelo ao debate público reduzindo-o ao propósito de subjugar mentalmente uma sociedade inteira às suas fixações elitistas e provincianas, e rejeitando os mais elementares caminhos rumo à liberdade de pensamento. 

José Pacheco Pereira não tem sociedade, vegeta numa redoma minúscula onde não cabe o pensamento cívico comum dos subúrbios, nem tem mundo, pois não possui experiências de vida minimamente consolidadas de modelos de sociedade distintos do ocidental (africano, árabe, sul-americano, asiático). Não espanta que um país tutelado por tal mente estreita tenha falido nas décadas da sua glória por carência de amplitude do pensamento social. 

Além de ter popularizado a hagiografia do Partido Comunista Português (PCP), a José Pacheco Pereira não lhe resta um pingo de honestidade para assumir que nunca a esquerda viu as possibilidades da sua cissiparidade coartadas como o dito anda a impor à direita, muito em especial ao CHEGA, num olhar seletivo não apenas movido por uma abjeta miséria moral, como confundível com a difamação. 

Esse miserável alguma vez leu o que eu e o CHEGA temos escrito ou dito? Se isso não tem valor moral, intelectual, cívico ou político, o que o dito cujo diz e escreve limita-se à dignidade de uma sanita. Não tenho culpa que o sujeito seja tão limitado nos seus horizontes sociais e existenciais. Não tenho culpa que o sujeito viva do soundbite das notícias moldadas à sua imagem e semelhança, ele, o deus das redações. O que não posso é conservar réstias de respeito face a quem insiste em manipular grosseiramente a opinião púbica contra o CHEGA, um partido que por causa de sujeitos como ele nem sequer tem a hipótese mediática de se defender a si mesmo. Os portugueses estão hoje oprimidos por uma das mais abjetas ditaduras mentais da história, carregada de distorções e abusos, e José Pacheco Pereira será um dos últimos dos inocentes. Salazar ao pé dele acabará por passar por santo. 

Nem sequer posso considerá-lo inteligente, uma vez que inteligência não é pensar e falar bem numa lógica circular, Inteligência é sempre um compromisso entre o abstrato (o reino da teoria e da especulação) e o concreto (a insubstituível viva vivida pelas pessoas comuns), compromisso impossível em quem passou três décadas fechado nas alucinações dos estúdios de rádio, televisão e no restante tempo fechado a escrever para consumo corriqueiro para revistas e jornais, a versão politiqueira das revistas cor-de-rosa. Nessas mesmas décadas, a vida das pessoas comuns e de vários grupos profissionais (professores, polícias, médicos, enfermeiros) degradou-se consideravelmente e nunca pessoas que queriam e sabiam colocar esse assunto no debate público, ao mesmo tempo que ele ocorria, tiveram qualquer hipótese. O espaço da discussão pública tinha meia dúzia de donos, entre os quais o dito cujo. Para um alienado maldizente, o insulto já seria uma profunda manifestação de condescendência. 

José Pacheco Pereira, nos meses recentes, deu-se ao luxo de transferir a sua paranoia mentalmente controleira de dentro para fora do PSD, mas de agora em diante baterá na porta errada quando se masturbar em alucinações contra o CHEGA. 

Aos olhos de sujeitos como ele estou farto de ser tratado como preto, não como negro. Esses são a Joacine e o Mamadou, dado que não como da gamela daqueles que se vitimizam à custa de um cadáver morto e enterrado, o racismo. Digo-o não apenas pela minha legitimidade racial e pelas cruzes que carrego, mas também por um extenso trabalho de campo em Moçambique, entre 1997 e 2015, que me permitirá para o resto dos meus dias não deixar pedra sobre pedra do edifício intelectual da esquerda, um edifício que nada tem de sério, honesto, sustentável, científico. 

Vivemos na era da fraude intelectual pura e dura assente na manipulação grosseira de palavras e conceitos, na manipulação inqualificável do tempo histórico e da memória social, na era da indução da loucura coletiva dos povos. Tudo isso fabricado nas televisões, rádios, jornais ou universidades onde o dito cujo é figura de excelência. 

Além do CHEGA, que outro partido português integrou tão rapidamente um negro (mulato ou mestiço, escolha-se a designação) na sua Direção Nacional? Mais. No CHEGA ninguém limitou minimamente a minha liberdade de pensar e estar, eu que me recuso a quaisquer ruturas com África ou com o Brasil, antes considero fundamental articular os ideais conservadores ocidentais com aquilo que esses povos mais desesperadamente necessitam, uma profunda renovação da moral social depois do desastre social que conduziu à anomia social causada por ideais como os de José Pacheco Pereira e de praticamente toda a elite da III República Portuguesa de quem ele é o Grande Educador. 

Só uma cabeça ignorante, preconceituosa ou doente não entende que o conservadorismo social do CHEGA, incluindo a defesa da ordem e da autoridade, é muitíssimo mais útil para os povos dos antigos espaços ultramarinos do que toda a ideologia das esquerdas e da suposta direita do regime a ela submissa. 

Mais. Publico na imprensa esporadicamente desde 1998 e desafio que me indiquem um único texto meu árido ou com falta de qualidade argumentativa, mesmo que discordem do conteúdo. Ainda assim, sempre fui marginalizado, escorraçado de jornal em jornal e, pela primeira vez na vida, posso escrever em liberdade num espaço institucional, o do CHEGA. As atuais elites portuguesas jamais promoveram a liberdade de escolha e a pluralidade de pensamento no interior das minorias, direito exclusivo reservado aos brancos, e sempre perseguiram os pertencentes às minorias que saem da redoma determinada pela elite bem-pensante e, bem pior, tem sido entre as minorias que mais se reprime e condena a liberdade de pensamento. Negro só pode ser Joacine ou Mamadou, caso contrário é preto. Eu que o diga! 

É preciso José Pacheco Pereira ser um poço de ignorância, má-fé, manipulação e mentira para sequer insinuar que eu, como outros, vim para o CHEGA para seguir Trump, Bolsonaro ou Ventura. Se tenho uma profunda e inabalável admiração por qualquer deles é justamente porque a eles devo a possibilidade de pensar livremente pela minha cabeça, e jamais ao balão que é a cabeça do dito e de outros da sua escola esquerdista. 

Sobram-me razões para ser cada dia mais difícil conservar réstias de respeito face a quem insiste em mentir sobre o CHEGA, tratando-o como um partido político sem pensamento intelectual, sem pensamento estratégico, sem programa, sem gente digna e respeitável. Para que se saiba, o CHEGA cumpre o dever moral de integrar dignidades, sentimentos, crenças, convicções, martirizados e, inclusive, minorias, um amplo conjunto de sensibilidades sociais escorraçadas por cabeças limitadas por palas impostas por domadores de cabeças como José Pacheco Pereira. 

A justiça humana tarda para pessoas como eu, mas vai chegar. Quanto mais José Pacheco Pereira escrever contra o CHEGA, tanto mais depressa essa justiça chegará. Escreva, escreva, escreva, cabeça apodrecida! 


Gabriel Mithá Ribeiro 


Fonte: CHEGA

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