quarta-feira, 30 de setembro de 2020

“MANIFESTO SOBRE AS COMEMORAÇÕES DO 877 ANIVERSÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL”

 


PORTUGUESES
No próximo dia 5 de Outubro comemoram-se 877 anos de Independência de Portugal, firmada pelo Tratado de Zamora.
Diversas personalidades portuguesas e patriotas (advogados, médicos, arquitectos, escritores, gestores, empresários, embaixadores, militares, consultores, artistas, professores, funcionários públicos, empregados, jornalistas, técnicos administrativos) juntaram-se no Movimento Independência de Portugal para convocar os portugueses a celebrar este dia memorável na nossa História Pátria.
Apelamos para que o Povo português adira a esta iniciativa patriótica para a qual foram convidadas também as entidades oficiais e os partidos políticos sem distinção.
No actual contexto politico que vivemos, de profunda crise económica e social, mais relevante é afirmarmos o valor da Independência e o seu significado para o nosso futuro
As cerimónias decorrerão no Castelo de S. Jorge em Lisboa junto da estátua do nosso primeiro rei D. Afonso Henriques (dia 5 de Outubro às 11h00) e o programa incluirá diversos discursos, a deposição de uma coroa de flores de homenagem do povo português ao nosso Rei Fundador .
Esta cerimónia não tem qualquer financiamento público através dos nossos impostos, sendo as despesas inerentes cobertas totalmente por doações dos subscritores e aderentes.
Sem Independência não há Portugal. Reafirmar este principio nos conturbados dias de hoje é uma manifestação de vitalidade da nação portuguesa e uma base fundamental para construir o seu futuro.

PORTUGUESES
Vamos todos ao Castelo de S. Jorge agradecer ao nosso primeiro Rei a existência da nossa nação e da nossa Independência, hoje perdida para a mundialização.”
Movimento Independência de Portugal
A Comissão Organizadora
Gonçalo Sequeira Braga
Isabel Cruz de Almeida
Margarida Saavedra
René Cordeiro
Gastão da Cunha Ferreira

AS CONFERÊNCIAS DA INDEPENDÊNCIA
Em simultâneo com a celebração do 877 aniversário da Independência de Portugal , o Movimento Independência de Portugal está a promover um Ciclo de Conferências sobre as Revoluções Politicas e a Identidade Nacional .
O respectivo Programa é o seguinte:

AS CONFERÊNCIAS DA INDEPENDÊNCIA

As Revoluções Politicas e a Identidade Nacional.

Dia 17 SET 2020 - 18h00 - A Revolução republicana do 5 de Outubro de1910 (As Causas e as Obras) - Dr. Jaime Nogueira Pinto

Dia 24 SET 2020 - 18h00 - A Revolução do 28 de Maio de 1926 (As Causas e as Obras) - Prof. José Luis Andrade

Dia 1 OUT 2020 - 18h00 - A Revolução do 25 de Abril de 1974 (As Causas e as Obras) - Dr. Miguel Mattos Chaves

Dia 8 OUT 2020 - 18h00 - A Revolução Nacionalista e a ameaça mundialista ( As Causas e as Consequências ) – Dr. Gonçalo Sequeira Braga
Todas as Conferências serão em modo videoconferência havendo necessidade dos participantes se inscreverem previamente( sequeira.braga@gmail.com).

A Cerimónia da Comemoração do Dia da Independência de Portugal constará do seguinte :
3.1. Realizar-se-á pelas 11h00 do dia 5 OUT 2020 no Castelo de São Jorge junto da estátua D. Afonso Henriques
3.2. Recomenda-se que os participantes se comecem a concentrar a partir das 10H30 para se organizar a entrada gratuita no Castelo
3.3 . O evento consistirá no seguinte :
3.3.1. Deposição duma coroa de flores junto da estátua pelas seguintes pessoas : Gonçalo Sequeira Braga | Presidente da Comissão organizadora ; José Ribeiro e Castro | Presidente da SHIP e General Chito Rodrigues | Presidente da liga dos Combatentes
3.3.2. Leitura das mensagens de adesão e solidariedade com a comemoração enviadas por pessoas ou associações que não podem estar presentes .
3.3.3. Discurso por Gonçalo Sequeira Braga
3.3.4. Discurso por José Ribeiro e Castro
3.3.5. Discurso por General Chito Rodrigues
3.3.6. Hino nacional cantado pelos participantes
4. Solicitamos aos que desejam participar com a sua presença que informem a Comissão Organizadora para este email
Solicitamos que as pessoas ou as organizações que não podem estar presentes que enviem uma mensagem de adesão e solidariedade com a comemoração , mensagem essa que será lida no evento
5. Vamos mostrar que os Portugueses ainda dão valor à Independência de Portugal. Este é o desafio para a afirmação de Portugal. Este é um dia de festa para os Portugueses.

Com um abraço da Comissão Organizadora
Gonçalo Sequeira Braga
Isabel Cruz de Almeida
Margarida Saavedra
Gestão da Cunha ferreira
René Cordeiro


terça-feira, 29 de setembro de 2020

AS ELEIÇÕES AMERICANAS E O PANO DE FUNDO

 


“Por fim o meu imaculado coração triunfará”

Nossa Senhora

(Aos Pastorinhos, Fátima, 13 de Julho de1917).

                

Falta menos de seis semanas para as eleições nos EUA, que ocorrerão a 3 de Novembro.

Apesar de na maioria da comunicação social americana e europeia, já nem falo na portuguesa, serem favas contadas que o candidato democrata Joe Biden vai à frente nas sondagens, tudo indicando (forçosamente) que ganhe, a situação está longe de estar clara. E poucas são as sondagens que merecem crédito.

A ignorância é grande sobre o que se passa do outro lado do Atlântico e a desinformação é vasta. E numa sociedade complexa de 330 milhões de cidadãos, vivendo em 51 estados diferentes, num total de 10 milhões de Km2; com um sistema político que está para o nosso como as regras do futebol americano estão para o “soccer”; com “lobbies” e correntes políticas e sociais poderosas, não é fácil descortinar o que se passa.

Já lá vivi mais de dois anos em dois períodos distintos da minha vida, e voltei a visitar o país mais duas dezenas de vezes, viajei por uns dez Estados, mas não me atrevo a dizer que conheço bem os EUA. E provavelmente uma parte considerável dos norte americanos também não conhece.

Por isso quanto a europeus, sobretudo aos que nunca lá foram, nem os estudaram, estamos conversados. Excepção deve ser feita para o Professor Salazar que sendo um “pacóvio incorrigível” como uma parte da opinião publicada teima em defini-lo, os topava de ginjeira e nunca os deixou (relativamente a Portugal), pôr o “pé em ramo verde”. Enfim, outros tempos e outras gentes…

O que está em jogo verdadeiramente nestas eleições não é a figura de Trump, retratado sistematicamente pela maioria dos OCS como trauliteiro, teimoso, mentiroso, bronco, ignorante, etc. (e obviamente não perdoam a truculência com que ele lhes devolve os ataques – coisa que até agora nenhum político se tinha atrevido a fazer) e de Biden, que apesar de ser um candidato fraquinho, doente (com demência, segundo se tem revelado) e com um passado pouco recomendável, goza dos mimos dessa mesma imprensa. Imprensa dominada há muito por famílias de financeiros bem conhecidos. Lembro apenas que o empresário Jeff Bezos, dono da “Amazon” e considerado o homem mais rico do mundo, é o actual dono do “Washington Post” …

A piorar as coisas os Democratas foram, tarde e a más horas, buscar para candidato a vice-presidente uma militante da extrema - esquerda do partido, anticristã, de seu nome Kamala Harris, com má imagem na maioria do eleitorado.[1]

Até ao aparecimento do vírus que se convencionou chamar “Covid19” – e do qual se sabe ainda quase nada – e os distúrbios ditos raciais (que de racial têm pouco), o caminho de Trump para a reeleição parecia que ia ser um passeio, dado o falhanço de todas as tentativas para o derrubar; do pouco que o Partido Democrata tem para oferecer (além do discurso do bota abaixo) e do sucesso inegável que a maioria das iniciativas da Administração Trump, tiveram, quer em termos económicos e sociais, como em termos diplomáticos e da retirada das tropas americanas do envolvimento em eternos conflitos militares – que custavam uma fortuna por dia.

Basta dizer que o envolvimento actual das forças militares americanas em todo o mundo é o mais baixo desde o fim da IIGM.

De facto, Trump fez o seu caminho afirmando-se contra o funcionamento do sistema político americano e contra a agenda globalista mundial, o que está na origem também das inimizades granjeadas no campo dos notáveis republicanos.

Por exemplo (um entre muitos) o bem-disposto do Clinton (a quem perdoaram, entre outros, “o escândalo sexual do Salão Oval”), organizou a NAFTA, que permitiu a muitos accionistas de grandes empresas, ganharem muitos milhões de dólares em acções, mas que custaram aos EUA cinco milhões de empregos na indústria manufatureira, com o encerramento de 70.000 fábricas.[2]

Por outro lado, o “complexo militar-industrial” americano tirou imenso proveito das guerras internacionais em que os norte - americanos se envolveram, nos mandatos anteriores, do Haiti à Bósnia, da Sérvia ao Iraque.

Ora Trump foi eleito justamente por se opor à agenda globalista, de que a própria ONU (e o nosso “bem comportadinho” Guterres) se tornou ponta de lança. É o célebre “American first” e a defesa dos trabalhadores americanos, dos empregos americanos, da soberania nacional.

Daí ter tirado os EUA dos considerados nefastos Tratados TTIP; TPP e do Acordo de Paris sobre o clima foi um passo. Seguiu-se a imposição de barreiras alfandegárias à China, que tinha tomado conta de grande parte da indústria e da dívida americana. Com isto prevê-se ter poupado 500 biliões de dólares.[3]

Renegociou em seguida o acordo NAFTA e passou a controlar as fronteiras, fazendo diminuir a imigração ilegal e com isto asfixiou o recurso a mão – de - obra barata e ilegal, de muitas grandes empresas.

A actual Administração começou também a baixar o nível de conflito e crise com numerosos países e a retirar as tropas americanas das guerras que não acabam, no Médio Oriente, e a evitar guerras com o Irão e a Coreia do Norte, embora continuando a exercer pressão sobre o primeiro.

No campo dos costumes opõe-se a todo o descalabro causado pelo Relativismo Moral; a escabrosa agenda LGBT e derivados; a desgraça da droga e da pedofilia, a cultura da morte (eugenia, aborto, manipulação genética, eutanásia, etc.); o ateísmo, o feminismo estúpido e toda a agenda verdadeiramente luciferiana que por aí medra.

Já dá para perceber a raiva e o ódio que provocaram a mais encarniçada, diabólica e histérica campanha, lançada nos “media” e meios políticos contra Trump, que não tem paralelo na História? O que levou até, estrelas de Hollywood a defenderem a destruição da Casa Branca; desejarem que o presidente fosse moído com pancada, aprisionado e até assassinado e os seus filhos torturados e sexualmente abusados? Só para ficar por aqui.

Até o Vaticano não mostra pudor em criticar a Administração Trump…

Ora não há palermices – e infelizmente Trump tem o coração muito perto da boca e saem-lhe disparates amiúde – que possam justificar semelhantes atitudes.

Mas se lermos textos e intervenções de fundo, - mesmo que não sejam por ele escritas na sua totalidade – veremos que os disparates não são assim tantos – independentemente de se concordar mais ou menos com o que ele diz. Mas não é a isso que chamam de Democracia?

E que é que os próceres democratas têm para oferecer, além destes ataques despudorados? Nada, a não ser mais do mesmo, que tem desgraçado o mundo e a América.

Esta campanha tem personalidades e organizações muito poderosas a financiá-la, como esse mau carácter (que alguém já apelidou de “canalha psicopata”), conhecido como George Soros – que, a talhe de foice, foi a primeira visita que o actual PM espanhol Pedro Sanchez recebeu, após ter ganho as primeiras eleições em Espanha – Espanha que aparenta estar num estado de miséria moral e política e a caminho da material, como estava antes da guerra civil, em 1936. Pois é este Soros, e é apenas um exemplo, que numa pouco clara organização ligada a Clinton, chamada “Arabella Advisors”, tem financiado com cerca de 500 milhões de dólares, dezenas de grupos anti Trump.

De quando em vez os Democratas tiram um coelho da cartola, como foi o caso recentemente do “green new deal”, que propõe a eliminação dos combustíveis fósseis. Esta ideia foi liderada pela Califórnia (convém dizer que este estado é o mais importante em ter mos de Colégio Eleitoral – que é quem em última instância elege o Presidente da União – pois tem direito a 55 votos) que decidiu encerrar todos os centros de produção eólica e solar. O Estado da Califórnia contava comprar energia aos estados vizinhos para colmatar a redução drástica de produção de energia que ocorre à noite, mas bastou haver uma vaga de calor que esgotou a energia dos estados vizinhos para a Califórnia ficar às escuras…

Pode imaginar-se como estará a reagir os milhares de trabalhadores (bem pagos) da indústria petrolífera, incluindo a da nova tecnologia do “fracking” que ia permitir a auto -suficiência dos EUA em energia…

Noticia de última hora dá conta que os Democratas decidiram chamar à comunidade hispânica “people of colour” o que fez disparar a indignação entre eles. Como resultado Trump passou logo para a frente nas intenções de voto na Flórida, apesar dos 100 milhões de dólares que Bloomberg injectou naquele Estado para apoiar Joe Biden!

Ora nada disto se ouve falar na nossa imprensa e televisões que diariamente têm uma hora marcada para dizer mal de Trump e Bolsonaro…

Tudo o que os Democratas - também conhecidos por liberais" - tentaram contra Trump falhou. Estamos a recordar-nos da tentativa de impedir o colégio eleitoral de votar em Trump, as confusões de "fake news" e de espionagem que envolvem a CIA e o FBI; o caso da "Russiangate", ligado a Robert Mueller; as infiltrações na Casa Branca e noutros lugares da Administração; o caso Kavanaugh; o processo de “impeachment” e mais mil e uma coisas. Nada disto fez cair Trump.

E têm-se voltado contra quem as intentou.

Muito resumidamente a actual situação parece ser a seguinte:

A Economia tinha melhorado muito nos primeiros anos da administração Trump, até ser afectada pela pandemia. O contraste com o Governo Obama não podia ser mais evidente, pois tinha registado a mais baixa recuperação económica desde 1948, com 2.3%, acompanhado do aumento do desemprego, que só baixou para 4.4%, em 2017. O mercado de acções tem oscilado, mas prevê-se que se mantenha sólido embora sem grandes subidas; a venda a retalho está a progredir à medida que as pessoas saem do confinamento. O vírus aparenta estar parcialmente controlado e está a decrescer nos principais Estados onde surgiu e com maior população, como o Texas, a Flórida, Califórnia e Arizona.

Se assim continuar, o desemprego irá decrescer a partir de Outubro; estabilizando provavelmente entre 7 a 8%. A Economia está assim a recuperar sobretudo nos Estados coloridos a vermelho (republicanos), para onde têm migrado milhares de americanos que fogem da violência e desemprego da maioria dos Estados pintados a azul (Democratas).

A confusão sobre a melhor maneira de combater o vírus tem sido grande, como de resto acontece no mundo inteiro, mas a investigação para a obtenção de uma vacina parece estar a correr bem.[4]

Mesmo nas sondagens que lhe são desfavoráveis, Trump está a recuperar, e aguarda-se com expectativa o início dos debates entre candidatos, dada a debilidade evidente de Biden. O primeiro é já a 29 do corrente.

A violência nas cidades aparenta ir continuar e o êxodo da população naquelas mais atingidas vai prosseguir. Naturalmente que chegará a altura em que haverá um protesto forte da maioria da população contra este estado de coisas o que favorecerá Trump. Os democratas além de terem apoiado o caos, através de muitos "mayors" e governadores de Estado; pedido a diminuição de fundos e restrição à autoridade da polícia, ainda querem desarmar a população, o que origina tremendos anticorpos num país como os EUA. O crime disparou.

Há cidades mais ou menos fora de controlo como Nova Iorque, S. Francisco, Chicago, Seattle e, sobretudo, Portland. Nestes locais os juízes tendem a libertar os fora da lei, depois de presos...

Para se ter uma noção do desastre, basta dizer que o número de mortos americanos em 19 anos de guerra no Afeganistão foi de 2401. Apenas este ano, em Chicago, NY, Baltimore, St. Louis e S. Francisco, os mortos por tiroteio, serão mais de metade daquele número. A maioria são jovens negros. E estão longe de morrerem, maioritariamente, às mãos dos brancos...

Em termos diplomáticos fizeram-se grandes avanços para a resolução de conflitos em várias partes do mundo, sobretudo no Médio Oriente. A Administração Obama teve oito anos para tentar resolver os conflitos mas a única coisa que conseguiu foi guerra e instabilidade. E o aparecimento do DAESH... A análise circunstanciada desta tentativa não cabe neste papiro, mas reconheça-se que os dois acordos alcançados com os Emiratos Árabes e o Bahrein são de grande valia para o apaziguamento da região.

Obama que não gosta de Israel chegou a dar 150 biliões de dólares ao Irão - que permitiram a compra de armas e o desenvolvimento nuclear - e depois quis apaziguá-los com um acordo…

É possível que outros acordos tenham lugar brevemente.

O desespero dos Democratas é evidente e o aparente plano de Obama para descartar Biden e tornar Kamala Harris presidente e fazê-la rodear depois por gente de confiança, tutelada por ele, Obama, irá cair por terra.

Uma palavra mais sobre Kamala: frequentou um colégio e uma faculdade de Direito medíocres; falhou o seu primeiro exame na barra; passando numa segunda tentativa, obteve um trabalho como procuradora júnior em Alameda. Depois encontrou Willie Brown, um político poderoso da Califórnia, 30 anos mais velho, e passou a dormir com ele. De repente conseguiu uma série de trabalhos e funções cada vez mais importantes, até chegar a Senadora, ficando a partir daí passível de concorrer à Casa Branca. Abandonou o seu "marido" Willie e passado algum tempo casou com um advogado branco judeu. Diz-se que pelo menos tem inteligência para escolher a cama certa para progredir em frente. Daí a alcunha que ganhou de "Heels-up Harris".

Os Democratas perderam a "guerra" pelo voto por correspondência (passível de ser manipulado) e ao condicionamento do voto presencial; até o Dr. Fauci afirmou não haver razão para que as pessoas não possam ir votar nas assembleias de voto.

Acresce a isto os cheques que a Administração Trump vai fazendo chegar aos contribuintes (a que a nacionalização parcial e, para já, temporária do FED, tem permitido); a degradação dos números da criminalidade e violência gratuita - que inclusivamente pode fazer a tendência da votação maioritária da população negra em votar democrata, para o campo republicano (uma questão sempre essencial em qualquer eleição); a realização dos debates e as esperadas revelações em Setembro, do Procurador Durham, que está a investigar a alegada espionagem na campanha de Trump, em 2016, em que é possível que altos funcionários da Administração Obama possam ser criminalizados (num escândalo eventualmente maior do que o de "Watergate") e os resultados das eleições podem trazer grandes surpresas.

Nem toda a gente é burra ou ignorante e sabe resistir à tentativa de lavagem ao cérebro da maioria dos OCS e da demagogia e mentiras políticas.

Em conclusão, pondo de parte as características pessoais dos candidatos o que está em jogo nestas eleições são fins (por isso tem algo de teleológico) políticos e sociais antagónicos – diria inimigos e incompatíveis - e a subversão ou não, do actual "status quo" - note-se que não falo em evolução sociológica.

Ou seja, o nacionalismo, o patriotismo e a soberania versus o mundialismo (antigamente conhecido por internacionalismo); o governo do Estado-Nação, ou o governo da "Nova Ordem Mundial".

O controlo da emigração/migração ou a geopolítica destruidora do regime de “porta aberta”; a defesa da família tradicional ou a agenda LGBT e a obscena teoria do género; a defesa dos valores cristãos ou o marxismo cultural.

A cultura da vida em contraste com a cultura da morte; a "escravatura" em oposição à liberdade económica; os valores morais e éticos, face à sua destruição ou relativização; a defesa da virtude em contraponto ao elogio do vício e a corrupção como coisa "normal"; a religião versus o ateísmo; a ordem como fundamento da sociedade, em contraponto do caos definidor de uma nova ordem; os patriotas face aos "cidadãos do mundo" e aos "indiferentes". A aceitação crítica da História como ela foi, em contrapartida com a transformação da mesma à medida das conveniências ideológicas, etc.. Enfim, o Bem versus o Mal…

Não é de somenos. Este é o pano de fundo.

O resto é o pão e circo costumeiro de qualquer eleição o que na América é sempre exponenciado, o que só tem limite nas somas astronómicas disponíveis e gastas. Chamam a isso Democracia Representativa.

O Congresso Republicano terminou, significativamente, com uma Avé Maria.

Será isso um indício do comprimento da mensagem de Fátima?

Temos as maiores dúvidas.

E no que a nós, portugueses diz respeito, então, estamos mesmo muito longe.

 

João José Brandão Ferreira

Oficial Piloto Aviador (Ref.)



[1] Note-se que esta dama não conseguiu sequer 1% dos votos para se qualificar para a derradeira etapa no Iowa e teve de desistir. Já Biden só conseguiu ganhar as primárias dos Democratas depois da desistência de três outros candidatos, que foram “convencidos” a sair e a dar-lhe os seus votos. E dificilmente responderá a perguntas do género “como explica que o seu filho (entretanto corrido do Exército por consumo de drogas) tenha viajado com ele, no “Air Force 2”, até à Ucrânia e quando regressou tem um lugar no conselho de administração da “Burisma Ucraniana (empresa de energia), a ganhar 85.000 dólares por mês, mesmo sem nunca ter trabalhado no ramo ou sequer saber ucraniano. Por exemplo.

[2] NAFTA – North American Free Agreement (tratado norte-americano de livre comércio), que entrou em vigor, em 1 de Janeiro de 1994. Engloba os EUA, o Canadá e o México. O acordo expirou em 2018 e foi substituído pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá. A 27 de Agosto desse ano o Presidente Americano anunciou um novo acordo com o México, conforme tinha prometido na campanha eleitoral de 2016. O novo acordo foi aprovado em 2019, na Camara dos Representantes.

[3] TTIP, sigla em inglês de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, estava a ser negociado entre a União Europeia (UE) e os EUA. As negociações começaram em Julho de 2013, tendo sido interrompidas por Donald Trump, que iniciou um conflito comercial com a UE. As conversações foram retomadas em Julho de 2018, mas debaixo de sigilo. Fugas de informação causaram mal-estar e nenhum acordo se registou até hoje. Este tratado tem suscitado também muitas críticas deste lado do Atlântico. A opinião pública portuguesa está por norma, a leste de todas estas questões.

TPP, “Trans- Pacific Partnership”, é um acordo de livre comércio alargado a 12 países que bordejam as margens do Pacífico (Austrália, Canadá, Japão, Malásia, México, Perú, EUA, Vietnam, Brunei, Chile, Nova Zelândia e Singapura). O tratado foi acordado em 5 de Outubro de 2015. Em 23 de Janeiro de 2017, Trump assinou um decreto que determinou a retirada dos EUA, do acordo.

Acordo sobre o Clima de Paris – Foi assinado a 22 de Abril de 2016 e é um acordo no âmbito da Convenção-Quadro da ONU sobre a Mudança do Clima, assinado inicialmente por 195 países, sendo um dos objectivos principais o de reduzir a emissão de gases estufa de modo a conter o aquecimento global abaixo dos 2ºC. No dia um de Junho de 2017 o presidente Trump anunciou que os EUA iam deixar o acordo. De salientar que o acordo tem tido uma implementação assaz errática.

[4] Neste âmbito Trump já tinha iniciado um Grupo de Trabalho, em Julho de 2019, para estudar a implementação de uma pesquiza de uma vacina numa situação de emergência de uma pandemia. Será que desconfiou das iniciativas e afirmações de Bill Gates, neste âmbito?


Fonte: O Adamastor

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Repúblicas – descubra as diferenças!

 DGS era a sigla da 'direcção geral de segurança do estado' entidade que nas horas vagas tratava da saúde a alguns recalcitrantes; a sigla manteve-se nesta terceira república mas está muito mais preocupada com a segurança e a propaganda do estado socialista que com a saúde dos portugueses;

Antigamente a censura era um dado objectivo, existia oficialmente, mas a comunicação social, excepção feita aos jornais do regime, tentava por todos os meios furar aquele bloqueio; actualmente a censura oficial não existe mas é como se existisse! Transformou-se num estado de espírito, numa reacção mental ao sentido crítico, e a comunicação social em peso faz o possível, e o impossível, para não questionar o poder instituído; e se queremos saber alguma coisa do que se passa verdadeiramente no nosso país temos que recorrer à imprensa estrangeira; por ser um problema mental nem as redes sociais escapam à doença.

Finalmente a GNR mantém-se como guarda pretoriana do regime, coisa que não existe em nenhum outro país europeu. Onde por norma as forças policiais pertencem todas a um mesmo corpo e a um mesmo comando. Esta excepção parece não incomodar muito os portugueses que, ou não dão por isso, ou já estão habituados.

Há concerteza muito mais diferenças entre as duas últimas repúblicas desde logo nos quilómetros quadrados que faziam parte do respectivo território, ou na capacidade para o desenvolver, retendo assim as populações que hoje emigram (em massa) para a 'antiga' metrópole.

Mas há uma diferença que não resisto a comentar de tal modo se tornou evidente: - a segunda república defendia a trilogia - Deus, Pátria, Família! Trilogia errada onde faltava o Rei, representante e defensor da família. Na falta do representante a coisa piorou naturalmente. Hoje da velha trilogia resta a 'família'. Mais própriamente a 'família socialista'! Uma vingança da história para os adeptos do cinco de Outubro.

Saudações monárquicas

JSM

Fonte: Interregno

domingo, 27 de setembro de 2020

EFEMÉRIDE: A BATALHA DO BUÇACO, 27 DE SETEMBRO DE 1810

 


“A teus pés, fundador da monarquia vai ser a Lusa gente desarmada!

Hoje cede à traição a forte espada

Que jamais se rendeu à valentia!”

(Início do soneto declamado pelo autor, Capitão de Cavalaria Luís Paulino d’Oliveira Pinto de França, junto ao túmulo de D. Afonso Henriques, em 1807, após a 1ª invasão francesa).


Faz agora 210 anos.

A terceira invasão francesa (assim considerada) estava a fazer o seu caminho. Foi a maior e a mais mortífera de todas.[1]

Perdida a praça de Almeida, por uma infeliz e dramática explosão do paiol, após 14 dias de cerco que os franceses lhe puseram, internou-se o grosso do exército pela estrada da Beira, tendo encontrado o exército Anglo - Luso entrincheirado nas “alturas do Buçaco”.

O Exército francês dividiu-se em três colunas ao entrar em Portugal: o segundo corpo, comandado pelo general Reynier, com 15.359 H e 2.709 cavalos, veio por Alfaiates, Sabugal e Guarda, onde chegou a 15 de Setembro; o sexto corpo, sob o Comando de Ney, cujo efectivo era de 23.172 H e 2.947 cavalos, transpôs o rio Coa no dia 15 e aguardou em Freixedas, Alverca e a cavalaria em Maçal do Chão; o oitavo corpo, do comando de Junot, com 16.772 H e 3.652 cavalos, transpôs o Coa em Ponte de Vide, estacionando em Pinhel e finalmente Viseu. Por este itinerário marchou o parque de artilharia (106 peças) e a cavalaria de reserva, sob o comando do general Montbrun, com um efectivo de 3.651 H e 3.822 cavalos. Depois marcharam por diferentes estradas para Coimbra, até confluírem frente ao Buçaco. Tudo isto foi observado pelo Exército anglo-luso, que se fortificou na serra do Buçaco, que tinha uma extensão de cerca de 15Km e uma altitude que variava entre os 320 e 550 metros.

O Exército aliado contava com seis Divisões de Infantaria e três Brigadas independentes, num total de 49.228 H; a Artilharia contava com 60 peças, e 1.350 ingleses e 880 portugueses; Trem e Estado-Maior, respectivamente 422 e 43 H; a Cavalaria, colocada na Mealhada, compreendia três brigadas com 2.489 H.

Sem reconhecer bem o terreno, Massena ordenou um ataque frontal serra acima (ao que a maioria dos seus generais se tinha oposto), com dois Corpos de Exército, que deveriam atacar em simultâneo, o que não aconteceu. O ataque saldou-se por um duro revés para as “Águias Napoleónicas” que sofreram mais de 500 mortos, 3.600 feridos e 250 prisioneiros, entre os quais um general e muitos oficiais.

Para tal desastre muito contribuiu as violentas cargas à baioneta onde se destacaram os regimentos portugueses nº 5, 8 e 19, que se cobriram de glória.

Todas as tropas portuguesas que tomaram parte activa na batalha, comportaram-se com grande valentia, como foi reconhecido nas ordens do dia pelos generais Beresford e Wellington.

E maior seria o desastre se Wellington tivesse tido a audácia de perseguir os franceses, explorando o sucesso, apesar das limitações que a orografia impunha.

Verificando que não podiam ultrapassar a posição, defendida por cerca de 25.000 portugueses e outros tantos britânicos, tentaram contorná-la pelo norte, o que conseguiram, após informações obtidas de um camponês, em Mortágua.

As tropas portuguesas posicionadas no norte do País, não chegaram a tempo de “ensanduichar” os franceses pelo que Wellington decidiu retirar o Exército para a segurança das Linhas de Torres, dando ordem para que tudo o que ficasse no caminho dos franceses, cuja logística era precária, e lhes pudesse ser útil, fosse destruído. Foi uma espécie de política de “terra queimada” que de facto muito prejudicou os defensores da “Revolução Francesa”, mas causou um sofrimento imenso na população portuguesa, que se revelou de um grande estoicismo, bravura e espírito de sacrifício.

Estima-se que durante o período das invasões francesas Portugal (na sua parte europeia) perdeu cerca de 10% da população, ou seja entre 200 a 300.000 mortos!

As milícias portuguesas comandadas pelo Coronel inglês Trant entraram, porém, em Coimbra, a 7 de Outubro, tendo surpreendido a pequena guarnição francesa lá deixada, a fim de guardar um improvisado hospital de campanha, que albergava cerca de 3.500 feridos e doentes franceses. Todos foram aprisionados bem como todo o pessoal de saúde, administrativos e sobreviventes da Guarda, num total de 4.000 homens, incluindo 80 oficiais.

Foi um erro imperdoável de Massena que muito afectou o moral das suas tropas, avivou as desavenças que (felizmente para nós) o Príncipe de Essling tinha com todos os seus lugares – tenentes e desagradou muitíssimo a Napoleão.

Talvez por tudo isso se pôs a correr, mais tarde, que os portugueses trataram mal os prisioneiros tendo exercido sobre eles um verdadeiro massacre, o que hoje está provado ser uma completa mentira. A grande maioria dos prisioneiros foi transportada, logo que possível, para o Porto e Lisboa e daí para Inglaterra. Mas esta mentira ainda hoje influencia muitos historiadores portugueses e estrangeiros nas suas análises.

Massena chegou às Linhas de Torres depois do seu exército, agora reduzido a 43.000H, ter passado por Coimbra – que saqueou – e não passou daí. Face àquele formidável conjunto de fortificações, sem provimentos, com a fome, o frio e a doença a matarem muitos combatentes todos os dias e depois de perder a esperança de receber reforços de Espanha, que tinha pedido, lá se decidiu a retirar, sendo perseguido e fustigado até à fronteira. E ainda os perseguimos até Toulouse, quando Napoleão se rendeu.

Só se perderam as que caíram ao lado.

Convém lembrar estas coisas, pois a nossa memória coletiva já conheceu melhores dias. E melhores ilações.

 

João José Brandão Ferreira

Oficial Piloto Aviador (Ref.)



[1] Disse “assim considerada”, pois na minha visão da História diria que foi a quarta invasão, já que considero a “Guerra das Laranjas”, em 1801 (em que malogradamente, perdemos Olivença, que até hoje não recuperámos), como a 1ª invasão, devendo ainda considerar-se uma quinta invasão, que apenas durou 20 dias, quando o General Marmont, depois da retirada de Massena, ainda nos invadiu o território de Riba Coa, em 3 de Abril de 1812.


Fonte: O Adamastor

sábado, 26 de setembro de 2020

A Monarquia não é uma ideologia, os partidos são ideológicos!

 


Fotografia: Paço Real de Belém, 1907

O Rei não toma partido, não é de nenhum partido! ‘Partido é uma parte, sê inteiro’, escreveu Agostinho da Silva; ora inteiro só um Rei, pois um monarca não tem partido nem toma partido, pois é suprapartidário. Assim, o único partido do Rei é o interesse nacional.
O Rei é português por inteiro.


Fonte: Plataforma de Cidadania Monárquica

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

O dever moral de regressar ao campo

 


Há 41 anos Monsenhor Lefebvre deixava-nos um sério aviso. Mas hoje as coisas estão piores:

E desejo que, nestes tempos conturbados, nesta atmosfera deletéria em que vivemos nas cidades, vós retorneis à terra assim que possível. A terra é saudável, a terra ensina a conhecer Deus, a terra reaproxima de Deus, ela equilibra os temperamentos, os caracteres, ela incentiva as crianças ao trabalho.
E se necessário, vós próprios fareis a escola dos vossos filhos. Se as escolas corrompem os vossos filhos, o que vão fazer? Entregá-los aos corruptores? Àqueles que ensinam práticas sexuais abomináveis na escola? Às escolas "católicas" de religiosos e religiosas onde o pecado é ensinado, sem mais nem menos? Na prática, ao ensinar isso às crianças, eles corrompem-nas desde cedo. E vós aceitais isso? É impossível! Melhor será que os vossos filhos sejam pobres, melhor será que os vossos filhos vivam longe de toda esta ciência aparente do mundo, mas que sejam bons filhos, filhos cristãos, filhos católicos, filhos que amem a sua santa religião, que amem rezar e que amem trabalhar, que amem a natureza que o bom Deus fez.

Mons. Marcel Lefebvre in «Sermão do Jubileu Sacerdotal», 23 de Setembro de 1979

Fonte: Veritatis


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

206 anos depois do roubo, Olivença continua a ser terra portuguesa

 


Faz 206 anos que as principais potências europeias de então se reuniram pela primeira vez no âmbito do Congresso de Viena, aos dezoito dias de Setembro de 1814, para acordarem entre si a redistribuição de territórios na sequência da derrota da França napoleónica.


Na senda do referido Congresso, ficou plasmado no seu Acto Final o reconhecimento europeu da soberania portuguesa sobre Olivença, vila e Praça-Forte alentejana anexada por Espanha na sequência da derrota portuguesa na Guerra das Laranjas de 1801.
Não obstante a sua oposição inicial à devolução do território oliventino, a coroa espanhola acaba por aceitar a deliberação, ratificando o tratado três anos depois, em 1817.


Contudo, não veio a cumprir a disposição até aos dias de hoje, não devolvendo nunca à soberania portuguesa o território ocupado.
Esta alusão ao episódio não configura, de todo, uma qualquer manifestação de patriotismo bacoco, o que aqui está em causa é uma questão de Direito Internacional Público – o não cumprimento por um Estado, a Espanha, de uma disposição de um Tratado Internacional por ele ratificado, bem como a ausência de resoluções (e/ ou sanções) que levassem ao seu efectivo cumprimento.


Assim sendo, hoje é dia de relembrar que Olivença é terra alentejana e portuguesa.


É alentejana e portuguesa e não estremenha e espanhola não porque o dite um qualquer lampejo de patriotismo mais inflamado, mas antes em razão de assim o determinar a Lei.
Perante o Direito Internacional Público - que é o ramo das Ciências Jurídicas que rege e tutela estas matérias - Olivença é indiscutivelmente parte integrante do território nacional.
Pelo Tratado de Alcanizes celebrado em 1297 entre El-Rei D. Dinis e Fernando IV de Leão e Castela se fixaram definitivamente as fronteiras destes Reinos. Aí ficou estabelecido que a vila de Olivença pertencia ao Reino de Portugal.


Em 1801, na sequência da derrota na chamada Guerra das Laranjas, Portugal assina sob coação o Tratado de Badajoz onde se estabelece que a vila de Olivença, ocupada pelas tropas espanholas durante o conflito, ficaria na posse de Espanha.


Em 1808, já instalado no Brasil, o Príncipe Regente D. João, futuro D. João VI, invoca a nulidade por justa causa do dito Tratado em virtude do mesmo ter sido assinado sob coação, não reconhecendo assim a subtração de Olivença (pelo Direito, os Tratados só são válidos quando firmados pela livre vontade das partes).
Em 1815, o Congresso de Viena, que na sequência da derrota final de Napoleão vem redesenhar com força de Lei o mapa da Europa, estabelece que Olivença faz parte integrante do território português, ficando o reconhecimento internacional plasmado no artigo 105° do respectivo Acto Final.


Em 1817, ao subscrever os termos do dito Congresso de Viena, Espanha reconhece dessa forma a soberania portuguesa sob a vila de Olivença, comprometendo-se à devolução do território “o mais prontamente possível".


O que até ao momento, passados 206(!) anos, nunca se verificou.


JEF


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Apresentação do livro "Quando o Povo Quiser" em vídeo



Veja aqui o registo vídeo da apresentação do livro "Quando o Povo Quiser", no auditório do Centro Cultural de Santa Joana Princesa, a cargo de Pedro Mexia e de Nuno Pombo, no dia 17 de Setembro de 2020, e que contou com a presença de S.A.R. Dom Duarte de Bragança.
Quando o Povo Quiser", contributo da editora Razões Reais para o registo do pensamento monárquico contemporâneo, encontra-se disponível para envio postal aqui mesmo

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Tratado de Alcanizes - 12 de Setembro de 1297

 


A assinatura do Tratado de Alcanizes ocorreu a 12 de Setembro de 1297 entre El-Rei Dom Dinis de Portugal e El Rey Don Fernando IV de Leão e Castela, e fixou os limites geográficos de Portugal, após uma guerra que opôs os dois Reinos Ibéricos.
Este Tratado de paz celebrado foi firmado na povoação leonesa Alcañices, próximo de Miranda do Douro, entre D. Dinis, Fernando IV e sua mãe Maria de Molina, pondo fim à guerra de 1295-97. O tratado definiu os limites do território continental português, que não teve alteração posterior, exceptuando a perda de Olivença, em 1801, através do Tratado de Badajoz, denunciado em 1808 pelo Reino de Portugal, mas que não evitou a anexação do território por Espanha. Em 1817, quando subscreveu o diploma resultante do Congresso de Viena (1815), Espanha reconheceu a soberania portuguesa, comprometendo-se à devolução do território o mais rapidamente possível. No entanto, tal nunca chegou a acontecer.


O Tratado de Alcanizes:


- Fixou definitivamente os limites, as fronteiras entre Portugal e Castela-Leão;
- Portugal ficou com as suas praças de Riba-Côa, Olivença, Campo Maior, Ouguela, Moura e Serpa, e Castela com Aroche, Aracena, Valência, Ferrera, Esparregal e Ayamonte; e
- Fixou uma aliança de casamento em que Fernando IV casaria com D. Constança, filha de D. Dinis, e D. Beatriz, irmã de Fernando IV, com D. Afonso, príncipe herdeiro de Portugal.


Viv'ó Reino de Portugal Soberano e Independente!


Fonte: Plataforma de Cidadania Monárquica

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO: A NOVA MORAL?

Não obstante ser subscritor do abaixo-assinado “Em defesa das liberdades de educação“, não sou, como aliás outros signatários, contra a disciplina Cidadania e Desenvolvimento. Como é sabido, esta declaração provocou uma salutar polémica sobre a liberdade de ensino, a objecção de consciência, o direito-dever dos pais à educação dos filhos, os direitos humanos, o regime constitucional da liberdade educativa, etc.


Neste sentido, foi curiosa a coincidência, na mesma página do Público do passado dia 10, de duas opiniões, ambas femininas, sobre esta questão. De um lado, Rita Lobo Xavier, professora catedrática na Faculdade de Direito da Universidade Católica, oferecia aos leitores o parecer rigoroso de uma excelente jurista; do outro, Isabel Moreira, deputada socialista, resolvia a questão em termos ideológicos, “colorindo-a” – para usar a expressão da Prof. Lobo Xavier – “com tons extremistas”.


Que se admita “uma” – artigo indeterminado – disciplina que verse sobre questões de cidadania não quer dizer, como é óbvio, que se esteja de acordo com “esta” Cidadania e Desenvolvimento ou, para ser mais preciso, com alguns conteúdos previstos no actual programa desta disciplina obrigatória. Expurgada a mesma desses temas ideológicos, que nada têm de científico – não são, portanto, matéria de ensino, mas de mera opinião – não há razão para contestar esta disciplina.

A Cidadania e Desenvolvimento não é, aliás, nenhuma novidade, porque já o ensino oficial do antigamente – talvez por iniciativa de Veiga Simão, o ministro da Educação “fascista” que depois virou socialista – havia uma disciplina que se chamava Organização Política e Administrativa da Nação (OPAN), que supostamente esclarecia os alunos sobre os princípios constitucionais e a organização administrativa do Estado, introduzindo-os, portanto, no conhecimento dos seus direitos e deveres como cidadãos. Já não a estudei, mas creio que a exposição era objectiva: mais do que a filosofia do Estado Novo, ou a sua subjacente ideologia, expunham-se as instituições políticas do país, bem como o seu sistema administrativo. Como informação genérica, talvez fosse de utilidade, sobretudo para quem, por seguir estudos de ordem técnico-científica, não tivesse melhor forma de conhecer aquelas realidades institucionais.

De facto, pode ser útil uma área curricular que introduza os alunos no conhecimento dos seus deveres e direitos como cidadãos, que o serão de pleno direito aos 18 anos, precisamente quando, em geral, concluem a escolaridade obrigatória.

Seria, portanto, aceitável que uma nova disciplina de Cidadania e Desenvolvimento expusesse e explicasse a doutrina dos direitos humanos. É necessário que os jovens sejam esclarecidos a este propósito, até porque uma certa extrema-esquerda pretende impor, como direitos humanos, meras opções ideológicas, para assim as subtrair ao debate político e ao escrutínio democrático. Para esse efeito, deveriam também conhecer a sua origem cristã: não foi por acaso que a Revolução Francesa ocorreu na nação que é, segundo a fórmula sacramental, a filha primogénita da Igreja.

No âmbito de uma nova Cidadania e Desenvolvimento, seria também pertinente uma breve análise do fenómeno religioso e da sua relação com a ciência. É importante que os alunos compreendam que a ciência e a religião não só não se contradizem como se complementam: poucos jovens sabem, por exemplo, que as universidades foram criadas pela Igreja, ou que a “hipótese do átomo primordial”, também chamada teoria do Big Bang, deve-se ao Padre Georges Lemaitre, cientista, astrónomo e teólogo belga, colega e amigo de Albert Einstein. Também deveriam saber que, no âmbito de um Estado democrático, são salutares a separação de poderes e a cooperação do poder político-temporal com as instituições de ordem religiosa-espiritual.

Também seria útil que, no contexto de uma disciplina sobre Cidadania e Desenvolvimento mais inclusiva e menos fracturante, em vez de questões comezinhas, como a segurança rodoviária ou a reciclagem do lixo, se estudassem, do ponto de vista histórico-filosófico, os regimes políticos mais relevantes, com especial incidência para a democracia e para os sistemas totalitários, como o fascismo italiano, o nacional socialismo germânico e o comunismo soviético, chinês, cubano, norte-coreano, etc.

É preocupante constatar que, até em países que passaram pela horrível experiência do nazismo, há jovens que, talvez por falta de esclarecimento, são adeptos do nacional socialismo, não só nos seus aspectos mais folclóricos – bandeiras, uniformes, etc. – mas também ideológicos: a supremacia racial dos ditos ‘arianos’, o extermínio dos judeus, o eugenismo, a eutanásia, etc.

Não é menos escandalosa a ignorância, ou iliteracia política, dos jovens que, em pleno século XXI, se afirmam comunistas, esquecendo os pelo menos cem milhões de vítimas que se ficaram a dever a esta ideologia totalitária, que ainda hoje é responsável por inúmeras perseguições e cruéis violações dos mais elementares direitos humanos, nomeadamente na China, na Coreia do Norte, em Cuba, etc. É verdade que, nos países ex-comunistas do Leste e na Europa democrática, praticamente já não há comunistas, mas em Portugal, devido ao nosso atávico atraso cultural, ainda persistem partidos comunistas com assento parlamentar. É confrangedora a inconsciência destes jovens que, talvez por terem nascido numa família formatada pelo marxismo-leninismo, ainda têm uma ideia ingénua de Lenin, Stalin, Mao-Tse-Tung e outros facínoras da mesma espécie ideológica.

Ainda não há muito tempo, alguém me chamou a atenção para a contradição de um jovem empunhar uma bandeira arco-íris e usar uma t-shirt com a imagem de Che Guevara, que foi responsável pelo assassínio de inúmeros gays. Aliás, fazendo jus a esta tradição de intolerância comunista, em 2015, na Festa do Avante!, dois homossexuais, surpreendidos em flagrante, foram insultados, espancados e expulsos da festa do PCP. Assim sendo, ainda bem que não há outra festa (tão intolerante) como esta…

É por isto também que faz falta, sobretudo para os alunos radicalizados pelas opções políticas da extrema-esquerda ou da extrema-direita, uma educação cívica para a tolerância. Em caso algum deve ser permitido o racismo, seja de quem for ou contra quem for; a xenofobia; a violência doméstica ou a dita de género; a exclusão dos imigrantes; ou o bullying contra quaisquer opções de vida. Claro que a tolerância, em relação às pessoas e ao seu modo de vida, não tem por que significar indiferença, nem muito menos concordância, com os seus pontos de vista ou comportamentos, pois deve ser sempre salvaguardada a liberdade de pensamento e de expressão.

Não deixa de ser curioso que, pelos vistos, os que defendem a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento pretendem uma cadeira obrigatória de … moral! Com efeito, ensinar a respeitar as ideias dos outros, responsabilizar os alunos para a necessidade da participação cívica, esclarecer os estudantes sobre o direito-dever de votar, incutir neles o respeito por todos os seus semelhantes, quaisquer que sejam as suas raças, religiões, opções políticas ou comportamentais, etc., que é, afinal, senão moral e moral cristã?!

É certamente animador chegar a esta conclusão: não obstante as divergências assinaladas nesta polémica, há um alargado consenso sobre a necessidade de que o ensino transmita valores éticos consensuais, que ajudem os estudantes a ser, num futuro próximo, cidadãos livres e solidários, que contribuam positivamente para a consolidação de um Estado democrático de direito.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: Observador

domingo, 20 de setembro de 2020

Os maus que se atraem mutuamente

 


Direi apenas uma coisa sobre os maus rapazes, que pode parecer pouco provável, mas que acontece exactamente da maneira que vou descrever.

Digamos que entre os 500 alunos de uma escola, haja um que leva uma vida depravada. Um dia chega um novo aluno que também está viciado. Ambos provêm de diferentes regiões e províncias, e até têm diferente nacionalidade. Eles estão em diferentes classes e em diferentes lugares; eles nunca se viram e nem se conhecem.

Bem, independentemente de tudo o que disse, no segundo dia, ou talvez algumas horas após a sua chegada, vê-los-emos juntos durante o recreio. Parece que um espírito maligno permite descobrir o outro afectado pelo mesmo vício, como se um íman diabólico os tivesse atraído para estabelecer uma amizade íntima. O ditado «aves da mesma plumagem voam juntas» é uma maneira fácil de detectar ovelhas ronhosas antes que elas se convertam em lobos rapaces.


São João Bosco in «Biografia y Escritos de San Juan Bosco», 1955

Fonte: Veritatis