(Na imagem, o Corpo de Fuzileiros português com a farda da Brigada Real da Marinha)
No dia 28 de Agosto de 1797, por Alvará com força de lei, era criada pela Rainha D. Maria I a Brigada Real da Marinha (BRM), resultante da fusão numa só unidade dos anteriores 1º e 2º regimentos de infantaria da Armada e Regimento de Artilharia da Marinha.
A Brigada Real da Marinha seria composta pelas divisões de Artilheiros Marinheiros, de Fuzileiros Marinheiros e de Artífices e Lastradores, totalizando aquando da sua criação um total de 5222 praças, sob o comando do Marquês de Niza, D. Domingos Xavier de Lima.
A BRM participaria, em 1798, na Campanha do Mediterrâneo, auxiliando a Marinha Britânica no seu esforço contra as forças francesas, tendo estado particularmente envolvida nos bloqueios da ilha de Malta, durante os quais as suas forças de desembarque, constituídas por centenas de fuzileiros e artilheiros, auxiliaram em terra as forças populares maltesas no combate contra os ocupantes franceses.
Aquando da Primeira Invasão Francesa, em 1807, uma grande parte da Brigada Real da Marinha embarcaria na esquadra que transferiria a Corte Portuguesa para o Brasil. A partir de lá, os fuzileiros marinheiros da BRM participariam na Invasão da Guiana Francesa em 1809, território que seria ocupado por Portugal até 1817.
Em 1816, forças da BRM participariam também na Guerra contra Artigas, a invasão portuguesa do Uruguai.
No ano de 1822, no contexto da independência do Brasil, o contingente da Brigada Real da Marinha que ali se encontrava foi transformado no Batalhão de Artilharia Naval da então constituída Marinha do Brasil, antecessor do actual Corpo de Fuzileiros Navais.
A BRM manter-se-ia ao serviço da Marinha Portuguesa até 31 de Outubro de 1832, data em que seria extinta, dando lugar ao Regimento da Armada, que em 1837 seria transformado no Batalhão Naval.
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