31 maio 2014

As amarras do Ensino


Por Diogo Tomás | 8 Abril, 2014

O Ensino é um dos temas mais debatidos na sociedade portuguesa. É nesta discussão que as duas barricadas, conservadora e “fresca”, mais evidenciam as suas diferenças. É palco preferido para a encenação de um combate que, em boa verdade, só existe na aparência, porque em Portugal só existe a direita, ou o conservadorismo, que a esquerda permite.
Tristemente, no nosso país, não há discussão ideológica. Quando parece que há, pelo menos nos debates televisivos, essa sensação dura pouco, pois o que se passa no Parlamento, a unicidade do tal regime que quer “abrir caminho para uma sociedade socialista”, é claramente evidente. Na aparência não podem uns com os outros, mas comem todos à mesma mesa e com alegria. No fundo, é como se existisse uma espécie de corda, por trás das cadeiras dos parlamentares, que os liga a todos, mas que não se vê.
Este estado de coisas, que perdura e ganha força, verifica-se também, na manipulação das mentes dos jovens estudantes. Esta “unicidade”, mascarada de democracia, usa o sistema de ensino de forma a criar cidadãos pouco ou nada exigentes, para além de passivos e egoístas. Só uma “massa” controlada deste a Primária, pode permitir tantos desmandos, de todos os governos, que levaram o país à “falência fraudulenta”, como diz o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança.
A educação é dominada pelo pensamento marxista, que além de contrário à família, tem investido na cadeira do relativismo, onde os alunos participam muito e tiram altas notas. O objectivo está cumprido, pois como bem sabemos, grande parte dos jovens portugueses não sabe de onde veio, não conhece os marcos fundamentais da nossa História e não questiona as políticas de fundo desta III república, consequência óbvia.
A liberdade, tão propagandeada pelos seus carrascos, não existe. Aluno que se atreva a dizer que o Rei D. Carlos foi o bode expiatório de uma classe política corrupta, é fortemente aconselhado a abandonar a ideia, perante os (des)feitos da república redentora, arauto da liberdade, quando não é apelidado de fascista pelos próprios professores. Não querendo generalizar, este é um episódio que se repete em algumas escolas portuguesas.
A propósito deste tema, o II Congresso da Juventude Monárquica Portuguesa, ocorrido no passado dia 29, em Coimbra, debateu o estado do ensino, tendo concluído que o “sistema” falsifica a História de Portugal, mentindo descaradamente, com o intuito de se perpetuar no poder (como já se viu, mudam os governos, mas persiste “a corda”). A solução encontrada pelos jovens monárquicos passa por incentivar a juventude portuguesa a questionar os seus professores, perante as falsidades proferidas, para além da elaboração de uma “sebenta” sobre o período compreendido entre o ultimatum e a imposição da república. Naturalmente que as mentiras não se esgotam no ensino deste período, mas consideram, os jovens monárquicos, que o reinado do Rei Dom Carlos é o mais aproveitado, pela mentira, para sustentar a república.
É evidente que não se pode cair na tentação de usar a História para legitimar, ou defender, um regime. O que se procura é repor a verdade e só a verdade, fornecendo aos alunos ferramentas para que cada um decida, em consciência, quais as ideias políticas a abraçar.
Ao Estado não cabe definir o quadro ideológico de ninguém, muito menos quando o objectivo é criar uma juventude instalada, irresponsável, sem noção da ideia fundamental de “continuidade”, egoísta, orientada para o consumo, pelo consumo.
É chegada a hora dos jovens portugueses agarrarem o seu futuro, logo o destino da Pátria, não permitido que o dinheiro e as ideias verdadeiramente contrárias à natureza humana, continuem a asfixiar Portugal.
Fonte: A Batalha

30 maio 2014

José Cid em entrevista à monarquia.tv - TV Monarquia Portuguesa

Alunos da Escola dos Louros desenvolvem Projecto Residencial do Prémio Infante D. Henrique

A Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos dos Louros tem vindo a desenvolver, há quatro aos, um projecto de cariz internacional, denominado de Prémio Infante D. Henrique, que visa desenvolver, em jovens entre os 14 e os 25 anos, competências pessoais e sociais.
O Prémio Infante Dom Henrique é a versão portuguesa de 'The Duke of Edinburgh’s Award' fundado em 1956, na Grã - Bretanha, pelo Duque de Edimburgo, seu presidente. Em Portugal, o prémio tem como patrono o Duque de Bragança, que além de membro fundador é presidente de honra. Na Região Autónoma da Madeira, a Câmara Municipal do Funchal representa o Núcleo Operacional.
O projecto assume um programa de actividades voluntárias e não competitivas, incentiva e reconhece o mérito, a dedicação, a autoconfiança e a perseverança aos jovens participantes. Compreende quatro grupos de actividades: Serviço à Comunidade - apoio em infantários, centros comunitários; conservação do ambiente; reflorestação do parque natural; etc. Talentos Pessoais - música, informática, cozinha, etc. Actividades Desportivas – ginástica, futebol, dança, etc. Espírito de Aventura - expedições e explorações pela região, sempre realizadas em grupo e sob orientação de dois monitores.
Ao participarem no Programa do Prémio os jovens têm acesso a três medalhas:
Bronze, para maiores de 14 anos
Prata, para maiores de 16 anos
Ouro, para maiores de 17 anos
Nos dias 2, 3, 4, 5 e 6 de Junho, alguns alunos da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos dos Louros estarão, no Porto Santo, a desenvolver actividades relativas ao Projecto Residencial do Prémio Infante D. Henrique, que culminará com a entrega da medalha de ouro, em Setembro, pelas mãos do Duque de Bragança, D. Duarte.
Fonte: dnoticias

29 maio 2014

SAR, Dom Duarte de Bragança em Tertúlia, em Penafiel, no Âmbito da Apresentação do livro “Estórias com História”


O Jornal Verdadeiro Olhar, em colaboração com a Rota do Românico e a Câmara Municipal de Penafiel, vai apresentar no Museu Municipal de Penafiel, no próximo dia 29 de Maio, às 21h00, o livro “Estórias com História”. A apresentação contará com uma tertúlia com Dom Duarte de Bragança.
Dom Duarte de Bragança, membro do Conselho Supremo dos Antigos Alunos do Colégio Militar e Presidente Honorário do Prémio Infante D. Henrique, programa vocacionado para jovens, vai estar em Penafiel numa tertúlia realizada no âmbito da apresentação do livro “Estórias com Histórias”.
O livro “Estórias com Historia” é uma compilação de textos que relatam as mais diversas histórias relacionadas com as personalidades ligadas aos monumentos da Rota do Românico.
A participação na iniciativa é livre e conta ainda com a oferta do livro “Estórias com História” para todos os presentes.

Fonte: A Voz Local

Sonho vs Realidade

Quando militamos numa Causa tão importante como a Monárquica, por vezes, fruto da paixão que se vai ganhando ao longo dos anos por esses ideais, encontramos por vezes pessoas que idealizam a Monarquia, muitas vezes com pouco realismo, sem conhecimento mínimo do que é esse regime actualmente e como deve ser organizado na prática.
Esta Causa, como digo, é de extrema importância para o País e nem todas as verdades são A Verdade. Nem todas as ideias são passíveis de serem postas em prática e os sonhos ou anseios são impraticáveis.
Esses anseios, esses sonhos, advêm muitas vezes da falta de leitura actualizada sobre o tema em discussão e cria a maior das barbaridades que induz em erro outras pessoas que até podem ter interesse pela Monarquia.
Assim, é preciso encarar a Causa com realismo!
Mais do que realismo, esta Causa merece de todos os Monárquicos de boa-fé, um alto sentido de responsabilidade e ética!
Na minha modesta opinião, entendo que a questão do regime Monárquico deve assentar nos seguintes vectores:
a) A Chefia de Estado Independente – REI;
b) A Democracia;
c) A Organização do Estado;
d) As Liberdades e Garantias dos Cidadãos.
Focando-me na Chefia do Estado Independente – só encontrada verdadeiramente no Rei, este emana de uma dupla legitimidade: a Legitimidade Histórica e Legitimidade Legal. Em ambas legitimidades, SAR O Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança é o Legítimo Chefe da Casa Real Portuguesa! Quem não aceita isto, lamento dizer aqui preto no branco, mas não é monárquico. Não pode ser considerado como tal, pois está a cometer uma ilegalidade histórica.
A Chefia do Estado Real assenta na independência do Rei em relação a todos os lobbies partidários, assim como grupos económicos etc. Tenha o Rei poder ou não, Ele terá que ganhar a sua autoridade pela confiança que os Cidadãos depositarão Na Sua Majestade. O Rei de uma forma independente tem o Dom da Palavra! Essa Palavra que é ouvida e respeitada, pois não se trata de um mero político de circunstância. Trata-se da referência maior da Nação. Quantas as vezes, por exemplo, a Rainha Margarida II da Dinamarca terá chamado a atenção do seu povo sobre diversos assuntos? É natural que nem todos gostem da Rainha, e no entanto reconhecem nela a independência e isenção que lhe dão a Autoridade e o Respeito, devido à posição singular que ocupa.
Quanto à Democracia: é impensável uma Monarquia que não seja Democrática. Já o dissemos aqui várias vezes! SAR O Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança só aceita ser Rei de Portugal num regime Monárquico Democrático. E isto é muito significativo! Este facto, deita por terra toda e qualquer doutrina de má-fé assente em regimes ultrapassados pela História e obriga-nos todos os dias a reflectir sobre o regime monárquico do futuro!
Quanto á organização do Estado: é fundamental aqui referir mais uma vez também, que a Separação Tripartida dos Poderes é fundamental, pois assim ditam as regras do regime Democrático. Naturalmente que ainda teremos muito que falar sobre esta matéria.
Finalmente, quanto às liberdades e garantias dos Cidadãos: Em Democracia, com a existência de uma Constituição, estes items têm que ser respeitados por quem Serve o País. Ninguém está ou estará acima da Lei e muito menos o Rei que jura cumprir mas também fazer cumprir a Constituição. Ao fazer isto, está a sujeitar-se ao Imperio da Lei.
O que se exige, nos tempos que correm, é efectivamente, dizer a todos os que revejam no Ideal Monárquico, para primeiro que tudo lerem livros que enriqueçam o seu pensamento e que permitam transmitir uma mensagem correcta e realista sobre o que é, de facto, uma Monarquia.
Vou deixar aqui algumas obras de interesse:
Estes dois títulos são de extrema importância, porque:
- O primeiro, retrata a Biografia de SAR O Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança e Chefe da Casa Real Portuguesa e permite ao leitor conhecer melhor quem hoje podia, de facto, ser o Rei de Portugal!
- O segundo, apresenta uma mensagem de uma Monarquia moderna, com um discurso simples e objectivo.
Ambos complementam-se, pois a Monarquia que é defendida, é, com realismo, uma Monarquia Democrática e actual.
Pelo que, uma coisa é sonhar. E sonhar é bom! Acreditar que é possível mudar o futuro de Portugal também. Mas a proposta Monárquica assenta na Boa-fé, no Realismo, na Ética, no Bom Senso e no Elevado Sentido de Responsabilidade na transmissão daquilo que verdadeiramente se deve defender para Portugal.
David Garcia

Ascensão do Senhor

28 maio 2014

RAZÕES REAIS.

“(…) O Rei ascendendo ao trono pelo nascimento, não provoca divisões nem lutas de opinião. Não é candidato. É aceite previamente, sem discussão, sem rivais, porque é único nas suas condições. Independente das divergências políticas, situa-se acima delas, igual para todos, a todos igualmente representando. Todos estão ao abrigo do poder da Coroa, imparcial, extra-partidário e agregador nacional. O Poder oriundo de uma eleição fica, ipso facto, vinculado à parte que vencer.
É o poder dos vencedores sobre os vencidos.
Uma representação nacional autêntica terá de abranger, para aquém e além do efémero presente, a herança do passado e a projecção futura, isto é, ajustar-se à personalidade histórica da nação.
E onde está o órgão ou a instituição, pergunta-se, que no Estado Republicano supra neste aspecto a falta da Dinastia?
O Rei, se pela sua função vitalícia já preenche uma geração, anda intrinsecamente ligado, pela ascendência e pela descendência, na extensão do tempo, ao longo evoluir nacional.
A sua história genealógica confunde-se com a história pátria.
Que outra representação da nação se poderá pôr em confronto com esta, verdadeiramente nacional, que nos oferece a Realeza?
Quem não vê que o mecanismo da chefia republicana é um factor periódico e persistente de desunião e de luta interna? (…)
E como há-de um Presidente, eleito por um sector da população, em guerra contra outros sectores da população, simbolizar e exprimir uma unidade nacional?
Em contraposição, o Rei é o chefe de Estado que não se apresenta como candidato entre demais, nem se vota, nem se discute, não suscita desuniões. Situado num plano superior ao debate político, a sua chefatura tem um carácter nacional e pacífica, coordena, congrega, unifica.
(…) Chefe de Estado em circunstâncias excepcionais de independência é o Rei. Para sê-lo, não dependeu de ninguém. Para reinar, de ninguém depende. A sua independência vem-lhe do facto do seu próprio nascimento. Não foi escolhido por ninguém. Não deve a ninguém os favores de ter sido distinguido para o seu posto, no qual ingressa por herança. Todos os seus súbditos desempenharam igual papel, que foi neutro, porque foi nulo, na causa da sua ascensão ao trono. Não tem portanto que distinguir pessoas ou partidos políticos, movido por qualquer sentimento de gratidão ou aguilhoado por qualquer despeito. Todos foram iguais perante a sua predestinada subida ao trono; para todos será igual no exercício pleno dos seus poderes. É este, de resto, o seu próprio interesse.
Verificado num breve confronto ser o Poder Real o mais independente e sendo a independência a primeira condição da Justiça, fica demonstrado por inevitável corolário, ser a forma monárquica a forma de governo que mais garantias de Justiça nos oferece.”

In “Razões Reais”, Mário Saraiva

Guilherme Koehler

27 maio 2014

Os Verdadeiros Resultados das Eleições Europeias de 2014

Numas eleições onde a palavra "Europa" não se ouviu, (para os menos atentos, a Europa era o tema das eleições) não admira que os resultados tenham sido estes. Apenas 34% dos portugueses quiseram votar, dos quais 3% - quase 250 mil pessoas - fez questão de manifestar o seu desagrado deixando o boletim de voto em branco, ou anulando-o.


Com os discursos ontem dos dirigentes dos nossos partidos políticos ficou claro que continuam a não perceber. Continuam a degladiar-se numa aparente conversa de café, embrulhados numa espécie de eterno Sporting versus Benfica versus Porto, onde não se toca num Real Madrid, num Arsenal ou num Juventus. As eleições e as campanhas que as precederam foram uma vergonha e uma falta de respeito para com o eleitorado. Não podia esperar outra resposta. Os resultados não demonstram uma indiferença perante a política ou mesmo perante a Europa, estamos é fartos de um regime que se vai mostrando cada vez mais decrépito, incapaz de dar resposta às interrogações, preocupações e aspirações de todo um povo.


Luis Lavradio

Fonte: Causa Real

26 maio 2014

SS. AA. RR., Os Senhores Duques de Bragança em Fátima

Os Duques de Bragança assinalaram os 19 anos de casados no Santuário de Fátima


Esta é uma tradição que fazem questão de cumprir: a 13 de maio, os duques de Bragança marcam presença nas cerimónias de Fátima. E este ano, neste mesmo dia, D. Duarte Pio e D. Isabel celebraram 19 anos de casados.

“Foi um dia especial. Gostamos muito de passar este dia no santuário. A celebração foi muito emocionante”, revelou à VIP o duque de Bragança.

Pelo facto de a cerimónia religiosa ser presidida por D. Fouad Twal, patriarca latino de Jerusalém, os duques levaram os trajes da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém.

“Esta ordem faz um trabalho notável. Existe para ajudar os cristãos da Terra Santa, mas também ajuda pessoas de outras religiões. Neste momento, estamos a prestar auxílio a um milhão de refugiados sírios na Jordânia”, contou o duque, que afirmou ainda que “estes 19 anos de casamento passaram depressa, sobretudo porque temos três filhos que crescem todos os dias”.

No dia 15 de maio, o duque fez 69 anos e, segundo afirmou, a festa foi em família.




Fonte: VIP

25 maio 2014

CRIME E CASTIGO

A notícia é conhecida e foi amplamente difundida: a 14 de Abril último, a seita islâmica Boko Haram raptou um numeroso grupo de raparigas cristãs, de 12 a 17 anos, de uma escola de Chibok, na Nigéria. Este país africano, que tem 170 milhões de habitantes, é riquíssimo, sobretudo pelas jazidas de petróleo, no sul, onde abundam os cristãos; pelo contrário, a zona norte, que é maioritariamente muçulmana, é mais pobre.
Abubakar Shekau, o chefe do bando terrorista pretensamente religioso que reivindicou o rapto das 223 menores, manifestou primeiro a intenção de as vender, como escravas; depois, a de as trocar por guerrilheiros seus, presos no país; e, ainda, a de as casar, à força, com muçulmanos. Recentemente afirmou que as reféns se tinham "convertido" ao islamismo…

Muitas nações repudiaram esta acção, condenando as autoridades nigerianas, cuja cumplicidade parece óbvia. Também a Igreja católica o fez, mas teme-se que estes apelos não tenham o condão de resgatar as adolescentes raptadas, nem o de garantir a liberdade aos restantes cristãos da Nigéria.

Não obstante as circunstâncias políticas e económicas do caso, este conflito tende a ser apresentado como uma guerra entre maometanos e cristãos, na medida em que os agressores são fundamentalistas islâmicos e, as vítimas, jovens cristãs. É a interpretação que mais interessa ao lóbi laicista, para assim poder concluir que qualquer religião é uma potencial ameaça à paz e à liberdade. Mas seria injusto considerar responsáveis por esta dramática situação todos os seguidores de Maomé, até porque também os há que são perseguidos, nomeadamente pelos Boko Haram. Infelizmente, nas milícias anti-islâmicas também há guerrilheiros aparentemente cristãos.

Qualquer crença deve supor um acréscimo de responsabilidade dos respectivos crentes. Por maioria de razão, o ministro de um culto, enquanto autoridade espiritual, está ainda mais obrigado à exemplaridade social, razão da reverência que lhe é socialmente tributada. Mas essa deferência não só não atenua a sua responsabilidade criminal como a agrava se, não obstante a sua missão espiritual, realizar actos objectivamente condenáveis. A condição religiosa não pode ser nunca sinónimo de impunidade, nem a justa punição de um crime cometido por um fiel releva nenhum desrespeito pela liberdade religiosa dos cidadãos.
Um crime, sejam quais forem as intenções do seu autor, é sempre um crime e, como tal, deve ser punido pelo Estado e pela comunidade internacional, a bem da justiça e da paz, mas também da liberdade religiosa e do bom nome das religiões. Tanto dá que seja um mullah ou um sacerdote católico, que rapte raparigas cristãs ou que abuse de menores.

Na Europa cristã, não obstante o privilégio do foro, um clérigo católico que cometesse um delito de certa gravidade era destituído da sua condição clerical e entregue à justiça secular, que sobre ele fazia recair a pena devida pelos seus actos.

Todas as religiões devem repudiar qualquer instrumentalização belicista do nome de Deus, assumindo um claro compromisso pela paz. As autoridades religiosas de todo o mundo devem ser as primeiras a defenderem os mais fracos e necessitados, mesmo contra os ministros do próprio culto, se necessário for. Essa foi, com efeito, a atitude de Cristo, que se posicionou sempre do lado das vítimas inocentes, opondo-se até, por vezes, às autoridades religiosas e civis do seu povo. Só assim a liberdade religiosa se pode afirmar como um baluarte dos direitos humanos e como garante, que é de facto, da verdadeira liberdade.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: Povo

24 maio 2014

República e o analfabetismo

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O número de escolas primárias em funcionamento, que subira de 4.665 em 1901 para 6.412 em 1911, continuava em 6.750 em 1918. A taxa de escolarização, depois de aumentar de 22,1% para 29,3% entre 1900 e 1910, quase estagnou até 1920 (30,3%). Entre 1911 e 1920, o analfabetismo na população maior de 7 anos recuou apenas de 70,2% para 66,2%, isto é, desceu menos que entre 1900 e 1911.


História de Portugal
Coordenação Rui Ramos
A Esfera dos Livros 2009

A Pátria e o homem.

 ( Pintura de Gabriela Marques Costa )

" O Homem Universal pode nascer na Terra, alimentar-se da Terra e ter a Terra por sepultura. Mas o homem concreto, « o bicho da terra tão pequeno » de que falava o poeta, esse nasce numa terra, alimenta-se de uma terra, e é uma terra que lhe recebe o corpo. A animalidade prende. Depois, o espírito transfigura. Porque o homem é feito de tal maneira que, quando a terra lhe marca o corpo, também lhe marca a alma. E a alma, como é próprio do que é espiritual, responde com mais do que recebeu. Assim a terra patrum se vai dignificando à medida que passam as gerações. E cada vez é mais grave a negação da Pátria ou a revolta contra ela. Cada nova geração recebe mais do que as passadas. E deve mais. A Pátria espera ainda que o espírito a sagre. E tem direito a essa esperança, porque o espírito que há-de sagrá-la já recebeu dela muitos daqueles valores de que se alimenta.
A Pátria é a História que nos deu forma. É comunhão do Passado com o Presente. Para o Futuro."

Henrique Barrilaro Ruas

Fonte: Prometheo Liberto

23 maio 2014

Salário Mínimo: Monarquias vs Repúblicas

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Na semana em que os Suíços da Confederação Helvética (Suiça) disseram “Não” em referendo à fixação de um salário mínimo mensal de 4000 Francos Suíços (3270 euros) é interessante, mesmo justo, fazer a comparação entre os salários mínimos existentes nas Monarquias Constitucionais Parlamentares e nas repúblicas. Dessa acareação vamos poder concluir, também, nesse aspecto, da bondade do primeiro sistema de governo – monárquico – em relação ao modelo republicano. Que também se afira sobre a diferença de qualidade de vida através do rendimento salarial mínimo mensal disponível pelos cidadãos entre Monarquias e repúblicas, pois não é com salários baixos que os Países se tornam competitivos e se projectam na senda do desenvolvimento. Desenvolvimento social, humano, não se consegue empobrecendo o Povo pois, dessa forma, retira-se-lhe capacidade, diminuir-se-lhe a consciência social e colectiva e a inteligência crítica.
Sendo que é definidor e necessário das Monarquias a existência de um chefe de estado – Monarca – de uma entidade política nacional que exerce o cargo com carácter vitalício e hereditário temos do lado das Monarquias que avançamos como exemplos: o Co-Principado de Andorra, a Austrália, o Reino da Bélgica, o Reino da Dinamarca, o Reino de Espanha, o Reino dos Países Baixos, o Império do Japão, o Grão-ducado do Luxemburgo, o Principado do Mónaco, a Nova Zelândia e o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.
Das repúblicas avançamos aquelas em que os salários mínimos, que estão previstos por lei, são os mais elevados (Áustria, França, Irlanda, EUA) e Portugal, naturalmente.
Assim em Andorra o salário mínimo está fixado em 898 euros. Na Austrália cujo chefe de estado é a Rainha Isabel II, o salário mínimo é de 460 euros/semana (pagos todas as segundas-feiras), isto é, 1860 euros mensais. Na Áustria nenhum decretado por lei, mas nacionalmente o salário tem de ser distribuído de acordo com a classe trabalhadora, onde varia de €12.000 a €14.000, o que em média dá 1000 euros por mês. Na Bélgica é de 1501 €, pois está regulamentado que será de 1.387,49 por mês para trabalhadores de 21 anos ou mais; €1.424,31 por mês para trabalhadores de 21 anos e meio com 6 meses de serviço; €1.501 para trabalhadores de 22 anos de idade com 12 meses de serviço, além de benefícios do governo. Na Dinamarca é de 1437 euros por mês, tendo em conta a remuneração horária fixada. Em Espanha são 645 € por mês mais 2 salários extras por ano. Nos Estados Unidos da América o salário mínimo é de 971 euros, pois de acordo com a lei federal é US$7,25 por hora, mas em alguns estados, o valor é um pouco maior.
Na República Francesa o salário mínimo é de 1430 euros mensais, pois de acordo com a lei a mínima remuneração horária obrigatória é de €8,90 por hora; assim, €1.430 por mês para 151,67 horas trabalhadas (7 horas de cada dia útil do mês).
Nos Países Baixos ou Holanda 1477 € por mês, ou seja, € 369,25 por semana e 64,55 € por dia para pessoas de 23 anos ou mais e entre 30-85% deste montante para as pessoas com idade 15-22.
Na Irlanda €8,65 por hora dá 1462 euros/mês.
No Japão varia de 618 ienes a 739 ienes por hora, o que perfaz 1243 euros mensais. No Luxemburgo 1874 euros mensais – € 1.874,34 para trabalhadores qualificados, € 1.570,28 por mês para os trabalhadores qualificados com mais de 18 anos; 1.256,22 € para os de 17-18; € 1.177,71 para aqueles com idade 15-17.
No Principado do Mónaco €8.71 por hora, mais 5% de ajustamento, dão um salário mínimo de 2090 euros mensais.
Na Nova Zelândia 1886 euros por mês, ou seja, NZ $ 12,50 por hora para os trabalhadores de 18 anos ou mais, e NZ $ 10,00 por hora para aqueles com 16 ou 17 ou em formação – não há salário mínimo para os empregados que são menores de 16 anos, até porque só é permitido em determinadas circunstâncias.
Em Portugal são 485€ por mês de salário mínimo (desde 1 de Janeiro de 2011) mais 2 salários extra por ano chamado de Subsídio de Férias e Subsídio de Natal (que chegaram a estar suspensos desde Março de 2012 no sector público, mas que acabaram repostos pelo Tribunal Constitucional); muitas intenções em subir o montante salarial mínimo mensal para os 500 euros, mas nada de concreto.
Por último, e literalmente “last but not least”, no Reino Unido o salário mínimo mensal é de 1190 euros – £6.31 por hora (22 anos de idade e mais velhos), £ 5.03 por hora (entre 18-20) ou £ 3.72 por hora (menos de 18 anos e terminou a escolaridade obrigatória). A lei do Reino Unido prevê um período 4 semanas de férias pagas em cada ano. Alguém que trabalha 3 meses e, em seguida, abandonar um emprego sem ter férias deve ser pago uma semana salário extra como compensação.
Noutras Monarquias como Suécia, Noruega e Liechtenstein não existem quaisquer leis a fixar a remuneração salarial, mas os salários praticados são bastante elevados.
Desta comparação fica certamente a ideia clara de que se alguns destes países com sistema de governo monárquico, muitos bem menores em extensão territorial que o nosso, conseguiram alcançar estas tabelas remuneratórias consequência dos altos índices de desenvolvimento económico e social que alcançaram, o que falhou por cá?!
Deve-se pôr a questão pertinente, o que é que está mal em Portugal?!
Deixa-se a pergunta retórica, para reflexão de todos, mas no nosso entender não pode ser alheio o facto do sistema de governo ser republicano!
Com escreveu Fernando Pessoa, «eis uma cousa para a qual não valia a pena ter derramado sangue, perturbado a vida portuguesa, criado maior soma de desprezos por nós do que os que já havia no estrangeiro. (…) Oxalá, moral ou fisicamente, haja alguma coisa que salve isto! (…) Mas não é verdade que é duro chegar-se a este ponto? Não é verdade que dói e envergonha um português ver que a este ponto se chega? (…)».

Miguel Villas-Boas

22 maio 2014

XXV Aniversário da Real Associação de Lisboa (31-Mai-2014)


Visita ao Paço Real do Alfeite

A Real Associação de Lisboa comemora o seu XXV Aniversário com o habitual passeio que promove o convívio entre os associados e simultaneamente dá a conhecer o nosso rico património histórico e cultural. Escolhemos este ano um programa que recorda a nossa tradição marítima e a sua estreita ligação à Casa Real.
As visitas serão orientadas pelo Sr. CMG FZ José de Rocha e Abreu.

Programa
09:30 – Partida de Lisboa, em autocarro, da Praça de Espanha, junto ao parque de estacionamento na esquina com Avenida de Berna (parqueamento gratuito).
10:00 – Chegada a Cacilhas, seguindo-se visita à Fragata D. Fernando II e Glória.
11:30 – Visita ao Palácio Real do Alfeite (actualmente integrado no complexo do Arsenal da Marinha / Base Naval de Lisboa).
13:00 – Almoço na Escola de Fuzileiros Navais de Vale do Zebro.
14:30 – Visita ao Museu do Fuzileiro.
16:00 – Regresso a Lisboa / Praça de Espanha.

Donativo por pessoa (transporte, entradas nos monumentos e almoço) – 25€
Donativo por pessoa para jovens até aos 25 anos – 20€
(Recomendamos calçado prático)

Inscrições até dia 27 de Maio:
- Directamente na nossa sede
– Pelo endereço electrónico: secretariado @ reallisboa.pt
– Pelo telefone: 213428115

 A Direcção da Real Associação de Lisboa
Praça Luís de Camões, 46 2° Dto
1200-243 Lisboa
http//www.reallisboa.pt
https://www.facebook.com/RealAssociacaoLisboa
https://twitter.com/#!/Real_Lisboa
Tlf.: (+351) 21 342 81 15
Horário de atendimento: das 15:00 às 17:45, de segunda a quinta-feira 

21 maio 2014

« O Rei e o Povo »


" Tem sido este um dos pontos mais batidos por certa propaganda republicana, num esforço tenaz e persistente de incutir nos espíritos o preconceito de que o regime monárquico representa o domínio das classes poderosas em detrimento do povo. Nada mais infundado nem mais injusto!
Precisamente a aliança tácita e leal entre os Reis e o Povo é uma das constantes da nossa História.
Das três classes, os três braços de que se compunha a Nação - Clero, Nobreza e Povo - é de notar que algumas dissenções se manifestaram entre os dois primeiros e os monarcas, mas que nenhuma questão digna de registo surgiu, através dos séculos, entre o Rei e o Povo.
Ao contrário, era na classe popular que os nossos Reis sempre se apoiavam contra as ambições poderosas. Por outro lado, o Povo apelava para o Rei como seu protector, e sentia na autoridade real a melhor garantia das suas liberdades e do seu próprio poder e engrandecimento. "
Mário Saraiva

Verifica-se, pelo contrário, que tal domínio das classes poderosas se tornou verdade com o aparecimento do sistema de partidos, em que o Povo deixou de poder contar com esse protector tradicional, pois que com a plutocracia e com a chamada " democracia " vieram ao de cima as insaciáveis clientelas partidárias e os políticos de profissão, os devoristas, em suma.

Cristina Ribeiro

FESTA TEMPLÁRIA em Tomar - 22 a 25 de Maio


20 maio 2014

Entrevista de SAR, O Senhor D. Duarte de Bragança ao Diário de Pernambuco

Entrevista - D. Duarte de Orléans e Bragança (Duque de Bragança) »O que pensa o herdeiro de um hipotético trono da República de PortugalNas comemoração dos 126 da Lei Áurea, assinada por sua bisavó materna, a princesa Isabel (1946-1921), ele concedeu esta entrevista ao Diário
Dom Duarte comentou que o Recife é a cidade preferida dele por conta da riqueza cultural. Foto: Divulgação Arquivo Pessoal
Dom Duarte comentou que o Recife é a cidade preferida dele por conta da riqueza cultural. 

Os bigodes logo "denunciam". Sim, ele é português, mas, digamos, de alma brasileira. O príncipe d. Duarte Bragança de Orléans e Bragança, de 69 anos, é o herdeiro de um hipotético trono da República de Portugal e lá ele tem o tratamento de Duque de Bragança. Nas comemoração dos 126 da Lei Áurea, assinada por sua bisavó materna, a princesa Isabel (1946-1921), ele concedeu uma entrevista ao Diário e relembrou de momentos curiosos de passagens suas pelo Brasil, como numa viagem à Chapada Diamantina, em Minas Gerais, quando deixou de pagar uma multa porque o guarda reconheceu seu parenteso. "Ele disse: 'nunca fiz nada para agradecer à Princesa Isabel pelo que ela fez por mim! Não passo a multa, mas o senhor vem comigo ao posto da polícia para eu o apresentar ao pessoal", contou, por e-mail. A sua ligação com o 13 de Maio não termina por aí. Foi nesta data, em 1995, que ele celebrou seu casamento com Isabel de Castro Curvelo de Herédia, com quem tem três filhos. Na entrevista, d. Duarte também fala de seu trabalho social, através da Fundação d. Manuel II, em países como o Timor Leste e as ex-colónias portuguesas na África do Sul. De Pernambuco, ele se diz fã e amigos dos escritores Ariano Suassuna e Gilberto Freyre, este último um dos maiores intelectuais em teses de valorização das relações entre o Brasil e Portugal. Em termos dinásticos, d. Duarte não é príncipe do Brasil. Sua mãe, a princesa Francisca (1914-1968), se casou com um primo e príncipe português, d. Duarte Nuno (1907-1976). Ele é primo de primeiro grau do que os monarquistas convém chamar de chefe da família imperial, ou seja, o virtual imperador do Brasil caso a monarquia ainda fosse o sistema de governo. O actual é d. Pedro Carlos de Orléans e Bragança, de 68 anos, que vive em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro.


Entre os membros da Família Imperial Brasileira, a princesa Isabel ficou conhecida por entrar na história com a assinatura da Lei Áurea. Existe algum tipo de história familiar sobre a princesa que circula entre gerações?
A minha mãe contava histórias que tinha ouvido do seu pai (o príncipe d. Pedro e Alcântara, filho mais velho da princesa Isabel), mas não me lembro de nenhuma em particular. Lembro-me melhor do que a minha mãe me contou sobre as viagens que fez no interior do Brasil com o meu avô, nas quais conheceu a realidade profunda desse extraordinário país. Tenho algumas experiências interessantes, como a de um dia, quando um polícia de ascendência africana me estava passando uma multa por uma infracção ao código da estrada (código de trânsito). Quando viu o meu nome no passaporte perguntou se eu era da família da Princesa Isabel. Perante a minha resposta positiva ele disse: 'Nunca fiz nada para agradecer à princesa Isabel o que ela fez por mim! Não passo a multa, mas o senhor vem comigo ao posto da polícia para eu o apresentar ao pessoal.' Tivemos um convívio muito animado com a polícia de Diamantina, em Minas Gerais... é muito frequente brasileiros serem particularmente calorosos comigo quando descobrem que eu descendo da princesa Isabel, que consideram uma verdadeira santa.

Existe algum ensinamento da princesa que é transmitido pela família?
Tento transmitir o seu sentido de responsabilidade perante o povo a que pertence, particularmente perante as comunidades mais desfavorecidas e as pessoas injustamente marginalizadas. Também uma das qualidades que a princesa tinha era saber ser simpática e carinhosa com toda a gente.

Numa decisão inédita no mundo, um estado republicado o reconheceu como "herdeiro da coroa" em Portugal, em 2006, como Duque de Bragança. O cargo exige responsabilidades?
Em várias ocasiões tenho podido colaborar com o nosso governo. O caso que teve mais notoriedade foi a minha acção diplomática junto do governo e dos militares indonésios que levou a que após mais de 20 anos de ocupação de Timor português, eles aceitassem devolver a liberdade ao povo timorense. Por esse motivo o Parlamento timorense decidiu dar-me a sua nacionalidade. Na votação, feita no Parlamento, esta iniciativa foi aprovada por unanimidade. Também consegui organizar um acordo de paz entre o governo de Angola e o Movimento que há 30 anos lutava para a independência do enclave de Cabinda e ainda liderei transacções diplomáticas junto de monarquias árabes e na Síria.

No caso do Timor Leste, a Fundação d. Manuel II construiu casas...
Durante a ocupação indonésia visitei demoradamente Timor e tive vários encontros com os governantes e comandos militares indonésios e mantenho estas ligações ainda hoje. Eu colaboro com Timor através de iniciativas da Fundação Dom Manuel II que vão desde uma indústria tipográfica oferecida à Diocese de Baucau e que é a única do seu género em Timor até um projecto de desenvolvimento comunitário rural que está a ser desenvolvido agora. É para mim sempre uma alegria quando posso visitar este tão belo e simpático país. Recomendo a todos os brasileiros que possam, nomeadamente os que vão a Austrália ou a Bali, que aproveitem a oportunidade para também visitar Timor. Aliás, os timorenses ficaram muito gratos ao diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Melo pelo trabalho que desempenhou na difícil transição para a independência. Quanto às casas que se refere foram construídas em Portugal para alojar as famílias aqui refugiadas que fugiram quando da invasão da Indonésia em Timor, em 1975.

Em 1972, logo após o fim de sua carreira militar, o Sr. protagonizou uma lista independente de candidatos ao governo angolano. O Sr. era a favor da independência da antiga colónia portuguesa? Foi esta a causa de sua expulsão do país?
Em 1972, muita gente tinha percebido que a política ultramarina portuguesa levava-nos para uma situação insustentável por ser injusta para com as aspirações políticas do número cada vez maior de africanos. No entanto, a grande maioria dos africanos percebiam que os seus países não estavam preparados para a independência e que os autodenominados "movimentos de libertação" eram em grande parte instrumentos de potências estrangeiras, principalmente da União Soviética e dos Estados Unidos da América. Por isso, um grupo de angolanos de todas as origens étnicas preparou uma lista de candidatos para as eleições ao Parlamento Português, no qual Angola tinha um certo número de deputados. Este movimento tinha como objectivo mais justiça social, maior participação política das populações locais, a todos os níveis, e uma maior integração e igualdade política e económica entre todas as províncias ultramarinas portuguesas. Considerava, portanto, que a separação dos territórios, ou seja, a independência, seria nessa época a pior solução possível. O Primeiro Ministro português, Marcelo Caetano, queria meter Portugal na Comunidade Económica Europeia, por isso, e por pressões Norte Americanas, tinha planeado um golpe político no sentido de, como ele próprio disse, "criar novos Brasis". Foi por o nosso grupo está a interferir com esta manobra que ele me expulsou de Angola e São Tomé e Príncipe e intimidou os elementos que viviam em Angola e em São Tomé. Hoje é, infelizmente, muito claro que quem tinha razão éramos nós e muitos dos responsáveis de vários governos africanos estão de acordo comigo. Só depois de mais de 30 anos de terríveis guerras civis, com centenas de milhares de mortos, ou mesmo milhões, é que voltou a paz e a normalidade política. Foram 30 anos perdidos para esses povos.

O título duque de Bragança não seria herdado pelos descendentes de d. Pedro I no Brasil?
A cidade de Bragança, que deu origem ao título, é uma cidade de trás-os-montes e, por isso, após a divisão do reino unido Portugal e Brasil, o título passou a ser usado pelos príncipes herdeiros em Portugal.

O senhor acredita na volta da monarquia? Tanto em Portugal como no Brasil?
Nas monarquias europeias os estados têm políticas sociais muito mais avançadas do que na maioria das repúblicas. O mesmo se pode dizer, por exemplo, entre o reino do Canadá e as duas repúblicas do continente norte-americano, ou entre os reinos da Áustrália e da Nova Zelândia e as repúblicas da área do Pacífico, entre o império Japão e as repúblicas vizinhas, etc... Como isto não pode ser pura coincidência, conclui-se que é influência da instituição Real que permitiu estes resultados melhores. O mesmo se pode dizer de reinos noutra áreas do mundo, como a Tailândia, etc... Os interesses dos poderosos grupos económicos é que preferem os regimes republicanos que eles compram e controlam mais facilmente e, por isso, os livros de história e a imprensa, controlada pelos interesses económicos, são geralmente republicanas. Para uma análise inteligente, não se pode comparar situações actuais com as de há 100 anos atrás, como por exemplo comparar a monarquia brasileira com a actual república. As vantagens de um rei como chefe de Estado em democracia são a sua independência política, uma influência que dá estabilidade à vida dos países,
a existência de um árbitro ou juiz verdadeiramente livre de pressões. Quem aceitaria que no futebol o juíz do jogo pertencesse a um dos clubes? Porém nas repúblicas os presidentes quase sempre pertencem a um dos partidos e, para serem eleitos, precisam de muito dinheiro. De algum modo também se pode dizer que o rei tem uma "formação profissional" para o cargo que vai assumir, que raramente um candidato a presidente terá. Não posso terminar sem salientar que o Recife é a minha cidade brasileira preferida pelo interesse cultural de tanta gente, desde o nível dos poetas e repentistas populares até algumas das figuras mais brilhantes da cultura lusófona, como Gilberto Freire e o meu grande amigo Ariano Suassuna.

19 maio 2014

O ofício do Rei

Um apoiante do Glorioso culpou a presença do Rei pela vitória da equipa espanhola na final da Liga Europa. Apesar de não ter sido o Rei mas o Príncipe das Astúrias a assistir ao jogo, a história reforça a visão popular da figura real como protectora e defensora do seu povo, com a qual ele se identifica e leva-nos até à essência do sistema monárquico. Os sucessos espanhóis no desporto projectam aquilo que a sua  monarquia é: um projecto de futuro baseado numa estratégia nacional de desenvolvimento e de continuidade que reforça e respeita a identidade própria de toda a Espanha e que a torna reconhecida em todo o mundo.

É desta missão que falava o nosso rei D.Manuel I na Carta de Foral de Castro Marim (1504):  Fazemos saber que vendo nós como o ofício do Rei não é outra coisa senão reger bem e governar seus súbditos em justiça e igualdade, a qual não é somente dar a cada um o que seu for mas, ainda, não deixar adquirir nem levar, nem tomar a ninguém senão o que a cada um direitamente pertence […].  

 Em época de decisões europeias seria bom pensar nisto.


Teresa Côrte-Real

Fonte: Causa Real

18 maio 2014

Crónica de uma Monarquia anunciada

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Temos ajudado a construir, ao longo do nosso já extenso rol de artigos, o edifício da futura Monarquia, para que esta não seja lançada com grande peso em cena, como uma obra rápida à qual falta cuidado.
À Monarquia QUE HÁ-DE VIR falta apenas aprovação expressa por parte do Povo, já que tacitamente parece que já a merece.
É necessário que os políticos republicanos deixem de teimosamente bater na terra com o pé e permitir que seja dada à vontade popular a possibilidade de se pronunciar sobre se quer continuar a viver neste Estado das Coisas republicano ou se prefere, antes, aclamar o regresso da Monarquia que fez a Nação grande e grande a Nação.
Porque querem os republicanos impedir os portugueses, com a força pétrea de uma cláusula que dizem irrevogável, de puderem escolher o seu caminho. Porque entendem que devem escolher por nós a forma de nos realizarmos e sermos felizes, quando assim sucede exactamente o contrário: permanecemos os mesmos irresolvidos e infelizes que os da república velha!
Também, Hércules diante de Anteu se viu a braços com uma pesada tarefa, pois o gigante estava ligado à terra. Ora então, Hércules arrancou Anteu à terra e venceu-o desse modo.
Não façam os positivistas republicanos, nem o seus “irmãos” e “primos”, um valor Absoluto, um santuário inquestionável do republicanismo, pois se num abrir e fechar de olhos a História muda porque há-de ficar imutável uma já velha ideia!
Não podemos deixar de lançar mão da magistral conclusão do Grande Horácio, Príncipe dos Poetas Latinos in “Arte Poética” fazendo a ponte entre as suas palavras e a forma como os políticos republicanos nos tratam: «Muitas agruras rodeiam o velho, ou porque, depois de procurar, miseravelmente se abstém e hesita em fazer uso do que encontrou, ou porque tudo realiza com temor e frieza, atrasando com sua esperança a longo prazo, inerte e ávido do futuro, de carácter descontente, lamuriento, louvador dos tempos passados, de quando era menino, castiga e censura os que são mais novos”. Sim, porque velho é o republicanismo, bolorento e imutável, sem estratégia nem plano, ao contrário do sistema de governo monárquico que se soube adaptar à passagem do tempo e que como se pode constatar pelas democráticas monarquias contemporâneas é nele que o Homem e o Cidadão mais se potenciam.
É notório que o regime republicano já não merece junto do “grande público” o mérito que os seus regimentares reclamam. Como fazer alguém feliz, tudo fazendo para sua infelicidade?!
Eis como chegou ao nosso dia o Estado das Coisas republicano: a pairar!
A realidade histórica mostra que quando um certo “dado” não funciona tem o dever de se deixar afastar. Que suba às nuvens, então!
É facto consumado que o actual regime caducou, pois, para além de quem dele beneficia e retira modo de vida, já ninguém se revê nele. «Pirliteiro dá pilritos, a mais não é obrigado!» Não se esperem pois, do actual sistema de governo, revelações.
Foi assim que o regime chegou à nossa época como um repouso desnecessário de 104 anos no decorrer da História de Portugal – o pior capítulo do nosso “Livro”!
Ora perante esta inércia regimental cumpre-se, exige-se mesmo, a correcção necessária, ou seja encontrar no plano teórico a solução para a parte má da nossa História e depois levar a teoria para a realidade.
Não fazemos uma interpretação ambígua da história, nem a reinterpretação da mesma, não nos confundam com os republicanos da 1.ª república.
Qual a realidade que aparece como o melhor desenlace da História: a Realidade do Rei!
Não falámos de uma especulação teórica, mas uma ideia que já é concreta face à realidade.
A realidade da Monarquia apresenta-se não como mera possibilidade, mas a verdadeira solução para o entrave à evolução histórica e da Nação que é o actual regímen.
Não vale pois tentar ganhar na burocracia da secretaria o jogo que não têm engenho e arte para vencer em campo. Nenhum entrave, nenhum freio pode impedir o indivíduo de ficar em estado de cumprir o seu dever, de construir uma nova realidade e de resolver os problemas da ideia antiga e bolorenta, isto é de realizar a obra colectiva da Nação Portuguesa.
Não existem princípios absolutos, nem ontem nem hoje, nenhum passado pode prender a liberdade, porque a liberdade é, essa sim, absoluta e ilimitada.
Porque haveremos de ficar presos a uma realidade menor se podemos alcançar um bem maior para a realidade?!
Que Rei é esse que desponta para a realidade?
Que Rei a Ser?
É necessário, Alguém com a força miraculosa de um princípio para chefiar a Nação, Esse só pode ser por propriedade do direito natural um Rei!
Síntese da História da Nação, o Rei torna-se ideal na concepção hegeliana: o Chefe máximo da Nação e do poder executivo, e como tal uma figura bastante poderosa, mas um Monarca constitucional pois o seu poder será limitado pela Constituição e pelo Parlamento eleito.
Dentro das Monarquias Constitucionais com um sistema parlamentar o Monarca pode ter funções estritamente cerimoniais ou possuir poderes de reserva, o chamado Poder Moderador, de acordo com a Constituição. Nas Monarquias Constitucionais contemporâneas cabe ao primeiro-ministro, que é o chefe de governo, exercer o poder político efectivo. Também existem hoje várias Monarquias Constitucionais federais. Nesses países, cada subdivisão tem um governo distinto e chefe de governo, mas todas as subdivisões compartilham um Monarca que é o Chefe de Estado da federação como um todo unido. O Rei é a mais agregadora das Figuras!
Assim, existem pelo menos dois tipos diferentes de Monarquias Constitucionais no mundo contemporâneo: Executiva e Cerimonial.
Em Monarquias executivas, o Monarca exerce o poder executivo de forma significativa, embora não absoluta. A Monarquia sob esse sistema de governo é uma poderosa instituição política e social. Por outro lado, nas Monarquias cerimoniais, o Monarca tem pouco poder real ou influência política directa, mas possui a importância de um símbolo e os poderes de reserva.
Independentemente do modelo a adoptar para o nosso País, que até pode ser um modelo híbrido, o Rei servirá o tradicional papel de encarnar e representar a Nação, enquanto o governo é exercido por um gabinete composto predominantemente de membros eleitos do Parlamento.
A Monarquia Constitucional sobre a forma de governo de uma Monarquia Parlamentar deriva de uma legitimidade democrática, pois caberá ao Parlamento e ao Governo exercer, respectivamente, os poderes legislativo e executivo sob Prerrogativa Real, isto é, em nome do Rei e com os poderes ainda formalmente havidos pelo Monarca.
Os órgãos que verdadeiramente exercem o poder político conquistam a sua legalidade e legitimidade das eleições por sufrágio directo e universal: originariamente, o poder reside no Povo, contudo exerce-se sob a forma de governo monárquico.
O Parlamento será democraticamente eleito, e o primeiro-ministro deterá o poder executivo, o Rei adjudica o poder e permanece apenas com a posição de titular.
Não menos importante é a necessidade de uma nova lei eleitoral que caucione a possibilidade de representação não apenas das clientelas partidárias – como até aqui -, mas das diversas vontades e interesses gerais e locais, mesmo não sendo sancionados pelos partidos. Isso garantirá a genuína representação no Parlamento, algo que só será assegurado com eleições por círculos uninominais ou mesmo de pequenas circunscrições eleitorais. Não podemos assistir mais, impassíveis, a esta partidocracia em que num joguete de rotativismo os partidos do sistema se revelam amigos-inimigos.
Assim, os membros do parlamento serão eleitos pelo voto popular com base no sistema uninominal distrital.
O Rei nunca será um indivíduo decidido à polémica, mas não será – nem que seja por virtude da própria condição de independência – a inércia em pessoa.
Com a intervenção real evitar-se-á que a bills de indemnidade – isenção de responsabilidade mesmo quando violam a constituição – de que gozam os políticos se transforme em decretos ditatoriais que oprimem a democracia. O árbitro real acautelará com o seu Poder Moderador a separação de poderes e o seu funcionamento devido, assim como será o garante máximo dos direitos e garantias constitucionais e legais do cidadão.
O Rei carrega a lição do passado que não é uma velha lição, mas um exemplo, a virtude do exemplo, tão essencial para o funcionamento de todas as instituições do Estado e também para exprimir a relação do Povo com a Nação.
Este passado tem aos olhos de cada indivíduo que constituiu o Povo uma mística que permitirá no girar da história aplicar as premissas do bom e da rectidão à realidade presente.
O Rei será assim o Chefe Supremo do Estado e da Nação.
É o momento, é a hora, como escreveu o 2.º Conde Alvellos in “O Berço Exilado”:
“…essa Pátria tereis, porque Deus o quer e já marcou o Dia e a Hora!
Ainda depois, urge-Vos o Chefe, à usança do velho lema: «Deus – Pátria – Rei».”
Miguel Villas-Boas 

17 maio 2014

Qual crise de regime?

Numa recente entrevista à TVI (da qual apenas passaram os 3 ou 4 minutos menos relevantes), defendi o aparentemente indefensável - a permanência da instituição real espanhola. Insistia a minha simpática interlocutora que após os embaraços paquidérmicos, as notícias de infidelidade conjugal, e os problemas da Família Real com a justiça, o povo espanhol estaria a clamar pelo fim da monarquia. Como evidência da crise apontava as fracas sondagens em sua defesa, os distúrbios populares e as demonstrações nacionalistas e anti-monárquicas na Catalunha, reiterando a posição de muitos dos nossos "democrátas", desejosos de uma Espanha laica e republicana. São sintomas parecidos com aqueles sofridos actualmente pela grande maioria dos países ocidentais. Mas parecia teimosia minha.
Em 1975 Espanha era um país pobre, com a memória ainda viva de uma horrenda guerra civil e de um prolongado período de autoritarismo. Em 35 anos transformou-se numa democracia plena, moderna e numa referência mundial a nível económico, cultural, e mesmo desportivo. Se é indiscutível que a actuação do Rei foi indispensável para a sua metamorfose política de uma forma natural e pacífica, também não teria sido possível o sucesso espanhol em todos os campos sem uma estratégia verdadeiramente nacional e aglutinadora, assegurada pela autoridade, independência e estabilidade oferecidas pela Coroa.


As sondagens de 2013 mostravam o Rei com um apoio historicamente baixo, é verdade. (Ainda assim, no seu annus horribilis, mantinha uma popularidade superior ao dos seus congeneres republicanos). Mas mostravam também que 75% dos espanhóis apoiam o actual regime, com quase 80% a considerarem o Príncipe Felipe apto para assegurar a sucessão. O país afirma-se monárquico e não apenas "juancarlista". A crescente visibilidade republicana, à qual os nossos meios de comunicação social têm dado tanto importância, deve-se essencialmente à afirmação nacionalista dos povos catalão e basco. Estes entendem, e com razão, que uma República Espanhola facilitaria em muito a conquista da sua respectiva independência. Ou seja, não é um movimento contra o regime monárquico em si, mas contra a capacidade unificadora da Coroa!

O povo espanhol é livre, a qualquer momento, de pedir e votar a alteração do seu regime, liberdade democrática comum a todas as monarquias europeias e que nos é vedada pela nossa constituição. A Infanta Cristina, apesar de ser filha do Chefe de Estado, está a enfrentar a justiça nas mesmas condições de qualquer outro cidadão. A Coroa Espanhola recebe menos de €8 milhões por ano do erário público, metade da dotação dos €16 milhões da Presidência da República em Portugal. O regime, tal como nas outras monarquias ocidentais, longe de ser o mítico monstro antidemocrático, corrupto e desmedido, tem fomentado a democracia, a igualdade e a parcimónia.

As notícias recentes sobre a saúde e a actuação de Juan Carlos I vão dando razão à larga maioria dos espanhóis, e não podem ter sido mais oportunas para resfriar o ânimo dos republicanos mais enraivecidos da nossa praça!

Luis Lavradio

Fonte: Causa Real

15 maio 2014

69º ANIVERSÁRIO DE S.A.R., O SENHOR DOM DUARTE DE BRAGANÇA



O Chefe da Casa Real Portuguesa, Dom Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael de Bragança é filho dos Duques de Bragança, Dom Duarte Nuno, Neto de D. Miguel I, Rei de Portugal e Dona Maria Francisca de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, trineta do Imperador D. Pedro I do Brasil, também conhecido como D. Pedro IV de Portugal.

Em período de exílio que atingiu a Família Real, nasceu na Suíça mas em território português: na Embaixada de Portugal em Berna, a 15 de Maio de 1945. Teve por padrinhos Sua Santidade o Papa Pio XII e por madrinha a Rainha Dona Amélia de Orleans e Bragança, então viúva de D. Carlos I, Rei de Portugal.

Permitido o regresso a Portugal da Família Real nos anos 50, estudou no Colégio Nuno Álvares (Caldas da Saúde) em Santo Tirso entre 1957 e 1959.

Em 1960 ingressou no Colégio Militar, prosseguindo, posteriormente, os Seus estudos no Instituto Superior de Agronomia e ainda no Instituto para o Desenvolvimento na Universidade de Genebra.

Cumpre o serviço militar em Angola como Tenente Piloto Aviador da Força Aérea entre 1968 e 1971. Durante esse período conheceu em profundidade as populações das então Províncias Ultramarinas, estabelecendo relações de amizade, em particular, com chefes tradicionais e lideres espirituais das várias religiões, circunstancias essas que lhe criaram dificuldades acrescidas com as autoridades em Lisboa.

Como Presidente da Campanha “Timor 87”, desenvolveu actividades de apoio a Timor e aos Timorenses residentes em Portugal e noutros países, iniciativa que teve o mérito de dar um maior destaque à Causa Timorense.

Sob a presidência do Senhor Dom Duarte participaram dessa campanha numerosas personalidades notáveis de diferentes quadrantes da sociedade portuguesa da altura, conseguindo-se a construção de um bairro para Timorenses desalojados.

Através da Fundação Dom Manuel II, instituição que preside, deu continuidade a esse empenho através de ajudas financeiras para a concretização de projectos nos domínios da educação, cultura e promoção do desenvolvimento humano em Timor e noutros países lusófonos.

Encetou contactos a vários níveis incluindo uma visita aos Governantes Indonésios, e a Timor Sob ocupação, que contribuiu decisivamente para uma mudança da atitude do Governo Indonésio e para O despertar de consciências em relação ao processo de independência daquele território.

É Presidente Honorário e membro de diversas instituições, sendo actualmente membro do Conselho Supremo dos Antigos Alunos do Colégio Militar e Presidente Honorário do Prémio Infante D. Henrique, programa vocacionado para jovens e que tem como Presidente Internacional S.A.R. o Duque de Edimburgo.

Desde muito jovem dedicou a sua atenção á defesa do ambiente, pertencendo desde os dez anos à Liga para a Protecção da Natureza.

Manifestando um profundo interesse e amor por Portugal e por toda a presença de Portugal no mundo, só ou acompanhado da sua Família percorre anualmente várias regiões do País, países lusófonos e comunidades portuguesas no mundo inteiro a convite dos responsáveis locais.

Agraciado por múltiplas ordens honoríficas, o Duque De Bragança está ligado por laços familiares a várias Casas Reais da Europa, nomeadamente: Luxemburgo, Áustria-Hungria, Bélgica, Liechenstein, Itália, Espanha, Roménia, Sérvia, Bulgária Thurn e Taxis, Bourbom Parma, Loewenstein etc.

Visita regularmente países com estreita relação histórica a Portugal frequentemente a convite dos respectivos Governos ou Chefes de Estado com quem mantém laços de amizade, como por exemplo o Brasil, Arábia Saudita, os Emiratos Árabes Unidos, Japão, China, Marrocos, Rússia, Estados Unidos, etc.

Casou a 13 de Maio de 1995, com a Senhora Dona Isabel de Herédia, e é pai de:
Dom Afonso de Santa Maria, Príncipe da Beira, nascido a 25 de Março de 1996 e baptizado em Braga a 1 de Junho de 1996,
Dona Maria Francisca nascida a 3 de Março de 1997 e baptizada em Vila Viçosa em 31 de Maio de 1997
Dom Dinis nascido a 25 de Novembro de 1999 e baptizado no Porto em 19 de Fevereiro de 2000.



Hoje, 15 de Maio, S.A.R., O Senhor Dom Duarte Pio de Bragança celebra o seu aniversário.

Os nossos desejos de que esta data seja abençoada por Deus, que a repita por muitos e longos anos na companhia da Família que ama e que a todos nos enche de alegria.

Que Deus O ajude a fazer da Pátria o Reino que todos sonhamos.


VIVA O REI!
VIVA A MONARQUIA!
VIVA PORTUGAL!