O Ensino é um dos temas mais debatidos na sociedade portuguesa. É nesta discussão que as duas barricadas, conservadora e “fresca”, mais evidenciam as suas diferenças. É palco preferido para a encenação de um combate que, em boa verdade, só existe na aparência, porque em Portugal só existe a direita, ou o conservadorismo, que a esquerda permite.
Tristemente, no nosso país, não há discussão ideológica. Quando parece que há, pelo menos nos debates televisivos, essa sensação dura pouco, pois o que se passa no Parlamento, a unicidade do tal regime que quer “abrir caminho para uma sociedade socialista”, é claramente evidente. Na aparência não podem uns com os outros, mas comem todos à mesma mesa e com alegria. No fundo, é como se existisse uma espécie de corda, por trás das cadeiras dos parlamentares, que os liga a todos, mas que não se vê.
Este estado de coisas, que perdura e ganha força, verifica-se também, na manipulação das mentes dos jovens estudantes. Esta “unicidade”, mascarada de democracia, usa o sistema de ensino de forma a criar cidadãos pouco ou nada exigentes, para além de passivos e egoístas. Só uma “massa” controlada deste a Primária, pode permitir tantos desmandos, de todos os governos, que levaram o país à “falência fraudulenta”, como diz o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança.
A educação é dominada pelo pensamento marxista, que além de contrário à família, tem investido na cadeira do relativismo, onde os alunos participam muito e tiram altas notas. O objectivo está cumprido, pois como bem sabemos, grande parte dos jovens portugueses não sabe de onde veio, não conhece os marcos fundamentais da nossa História e não questiona as políticas de fundo desta III república, consequência óbvia.
A liberdade, tão propagandeada pelos seus carrascos, não existe. Aluno que se atreva a dizer que o Rei D. Carlos foi o bode expiatório de uma classe política corrupta, é fortemente aconselhado a abandonar a ideia, perante os (des)feitos da república redentora, arauto da liberdade, quando não é apelidado de fascista pelos próprios professores. Não querendo generalizar, este é um episódio que se repete em algumas escolas portuguesas.
A propósito deste tema, o II Congresso da Juventude Monárquica Portuguesa, ocorrido no passado dia 29, em Coimbra, debateu o estado do ensino, tendo concluído que o “sistema” falsifica a História de Portugal, mentindo descaradamente, com o intuito de se perpetuar no poder (como já se viu, mudam os governos, mas persiste “a corda”). A solução encontrada pelos jovens monárquicos passa por incentivar a juventude portuguesa a questionar os seus professores, perante as falsidades proferidas, para além da elaboração de uma “sebenta” sobre o período compreendido entre o ultimatum e a imposição da república. Naturalmente que as mentiras não se esgotam no ensino deste período, mas consideram, os jovens monárquicos, que o reinado do Rei Dom Carlos é o mais aproveitado, pela mentira, para sustentar a república.
É evidente que não se pode cair na tentação de usar a História para legitimar, ou defender, um regime. O que se procura é repor a verdade e só a verdade, fornecendo aos alunos ferramentas para que cada um decida, em consciência, quais as ideias políticas a abraçar.
Ao Estado não cabe definir o quadro ideológico de ninguém, muito menos quando o objectivo é criar uma juventude instalada, irresponsável, sem noção da ideia fundamental de “continuidade”, egoísta, orientada para o consumo, pelo consumo.
É chegada a hora dos jovens portugueses agarrarem o seu futuro, logo o destino da Pátria, não permitido que o dinheiro e as ideias verdadeiramente contrárias à natureza humana, continuem a asfixiar Portugal.
Fonte: A Batalha
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