sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Aqui também é Portugal!


Fotos: Pedro Quartin Graça - direitos reservados
 
Quis o destino que este Verão "fosse ao encontro" da nossa última Rainha, de facto.
Maria Amélia Luísa Helena de Orleães, madrinha de baptismo de SAR, o Senhor Dom Duarte, foi uma "Rainha mártir". Na verdade, D. Amélia perdeu todos os seus familiares directos: O seu marido, o Rei D. Carlos foi assassinado; o seu filho mais velho, D. Luis Filipe teve o mesmo cruel destino. O seu segundo e último filho, o Rei D. Manuel II, morreu vinte e quatro anos depois daqueles.
D. Amélia teve a particularidade de ter sido o único membro da Família Real exilado após a implantação da República em Portugal. Entre os seus destinos contou-se a França, mais concretamente a simpática povoação de Chesnay, paredes-meias de Versailles, onde se localiza o pequeno castelo de Bellevue. Chamar castelo àquela casa é manifesto exagero. Trata-se de uma construção bonita, apalaçada, desconhecida da esmagadora maioria dos portugueses e dos franceses, e que foi a residência da nossa Rainha, também princesa de França, até a sua morte, em 1951. Deixada ao governo francês por testamento, é agora sede da Câmara de Agricultura de Île-de-France. Aqui ficam as imagens. Para que recordemos quem, no passado, de forma corajosa, afirmou de modo sincero: "Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal."
Pedro Quartin Graça

Fonte: Estado Sentido 

Hotel Palácio Estoril: 82 anos de história

Duque de Bragança com o príncipe Eduardo de Inglaterra
 
“Galeria Real” é a exposição que está patente no Hotel Palácio Estoril e onde estão representadas imagens das cabeças coroadas que já passaram por aquele hotel de cinco estrelas, que ficou célebre por receber durante a II Guerra Mundial muitos reis e príncipes da Europa.

Duques de Bragança e princesa Teresa d'Orléans e Bragança
 
Fonte: VIP

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Os Hospitalários no Caminho de Santiago

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A peregrinação, a recriação histórica, a festa medieval
Em Matosinhos, a ligação a Santiago, às rotas seculares das peregrinações religiosas é óbvia e muitos são os locais de abrigo e de protecção contra salteadores, lobos e intempéries. O Mosteiro de Bouças foi um deles, mas o Mosteiro de Leça do Balio é paradigmático no conjunto de locais de acolhimento e assistência aos romeiros que iam visitar o túmulo do Apóstolo em Compostela.
O Mosteiro de Leça do Balio, magnifico monumento do gótico português, integra-se no vasto Património da Humanidade pelos itinerários dos Caminhos de Santiago percorridos por peregrinos de toda a Europa. A Ordem dos Hospitalários, que neste mosteiro veio a fazer, no século XII, a sua casa mãe em Portugal, dedicava-se a esta caridosa assistência, a exemplo de outras ordens.
Os romeiros que passam em Matosinhos rumo a Santiago, calcorreiam pela Via Bracarii, ou pela Karraria Antiqua ou pela Via Veteris, e atravessam o concelho norteando para Santiago de Compostela. Daí, a forte e indissociável ligação do Concelho a esta peregrinação e a sua riqueza em memórias e testemunhos antiquíssimos. A presença do Apóstolo Santiago espreita em cada esquina do concelho, quer seja na transmissão oral ou nos locais a ele afectos. Logo na entrada no Concelho, é deixar-se envolver na beleza e vetustez do Cruzeiro do Padrão da Légua que marca a separação entre a Via Veteris e a Karraria Antiqua.
Mas o elo entre o Concelho e Santiago mantém-se ao longo de todo o Caminho e está presente na História de Matosinhos, desde a mais longínqua referência. Conta uma tradição com raízes profundas que a singela Capela de Santo Antoninho do Telheiro, em S. Mamede Infesta, foi erigida no local onde Santo António, em peregrinação a Santiago, se refugiou, durante a noite, debaixo de um telheiro para se proteger dos perigos da viagem.
Obras de cariz emblemático são as várias pontes utilizadas nos diversos caminhos de peregrinação que facilitavam as travessias e passagem dos peregrinos, e que ainda hoje subsistem. Assim, ao longo de Matosinhos é possível percorrer o corredor do tempo através da visita à Ponte da Pedra, em Leça do Balio; à Ponte de D. Goimil, em Custóias e à Ponte do Carro, na linha limítrofe de Guifões e Sta. Cruz do Bispo. Também nesta freguesia, se encontra uma escultura de raiz evocatória à lenda de Santiago. O barco de pedra, representação da embarcação que transportou o corpo do Apóstolo Santiago na sua viagem da Palestina para a Galiza, tornou-se objecto de culto para os fiéis de Santiago.
 

PROGRAMA

Quinta-feira, dia 6 de Setembro
17h00 - Abertura da Feira
19h30 - Recriação histórica da chegada dos peregrinos ao Mosteiro
22h00 - Concerto de música de índole Medieval
24h00 – Encerramento
 
Sexta-feira, dia 7 de Setembro
12h00 - Abertura do mercado
22h00 - Concerto música medieval
24h00 - Recriação da Lenda de Ferro Caldo
01h00 - Encerramento
Sábado, dia 8 de Setembro
12h00 - Abertura do mercado
15h00 - Recriação Histórica - Entrada Régia “El Rei D. Fernando vem de Lisboa a Leça”
19h00 - Torneio Medieval apeado
20h30 - Ceia Medieval com animação
22h00 - Concerto música medieval
01h00 - Encerramento
Domingo, dia 9 de Setembro
10h00 – Peregrinação pelo Caminho de Santiago, da Capela de Santo António do Telheiro até ao Mosteiro de Leça do Balio
12h00 - Abertura do mercado
17h00 - Recriação histórica do Casamento de D. Fernando e D. Leonor
21h30 - Concerto de música medieval
22h00 - Espectáculo de encerramento
E ainda… saltimbancos e malabaristas; justas; acrobacias, danças e folguedos; demonstração de aves; dança do ventre; encantador de serpentes; adubamento de novos Cavaleiros; animação em arruadas pelo recinto; treino da guarnição; adestramento de falcoaria para a caça Altaneira; bailias e danças ao som da gaita-de-foles; aplicação de castigos na praça pública; treinos com arco; mostra de armas; Autos de Fé; passeios de burro; treinos de armas; jogos; cetraria e falcoaria; teatro de fantoches… e muito mais.

REAL ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA PÓVOA DE VARZIM



«Decorria o século XIX, quando os da minha Terra, e todos quantos a eles se encontravam ligados, se reuniram no sentido de darem curso àquilo que há bastante tempo lhes “martelava” no cérebro: fundarem um género de “Companhia de Bombeiros Voluntários”. Isso surgiu no dia 1 de Outubro de 1877, para mais tarde vir a optar por uma outra designação, mais consentânea com a sua verdadeira função humanitária: “ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA PÓVOA DE VARZIM”. Posteriormente, para ser mais preciso, em 6 de Janeiro de 1892, passou a ser uma Instituição oficializada. Já no princípio do século XX, para ser mais exacto, no ano de 1904, o Rei D.Carlos, permitiu que a nossa Associação de bombeiros, utilizasse a designação de: “REAL ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA PÓVOA DE VARZIM”. »
Fonte: BVPV

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Rei D. Carlos I

Esta é a minha Homenagem ao Grande Rei e Homem que foi D. Carlos:
 
Em criança já brincava de Nauta:
O seu pai "O Rei Marinheiro" ofereceu-lhe o seu primeiro barco a que deu o nome de "Nautilus" em homenagam a Julio Verne:
Mais tarde adquiriu o Lia que participou na Corinthia Race em 1893, Taça Vasco da Gama em 1898 e na regata Leixões - Cascais em 1902, a primeira Regata Oceânica:
Foi um dos introdutores dos célebres Bulb Keels, uns pequenos racers que deliciavam o público e que para melhor serem seguidos da margem introduziram a numeração nas Velas, o Nº 1 era dele e chamava-se Nadedja:
Nos Amélia fez as suas célebres Explorações Oceanográficas, deixando um legado extraordinário que enchem o Aquário Vasco da Gama e colocaram Portugal na rota científica:
O Iate Maris Stella que venceu a Taça Vasco da Gama em 1908 como Comodoro do Real Clube Naval:
Segundo os meus apontamentos o Viking foi a sua ultima embarcação adquirida:
 
A Largada (1902) da primeira Regata Leixões - Cascais que o Real Clube Naval organizava e que o Lia venceu sempre:
 
Um dos seus maiores prazeres era Remar:
 
Uma das suas qualidades era a Pintura, aqui o seu quadro "Pérola dos Açores" uma embarcação da Real Associação Naval que fez a primeira travessia Atlântica:
Os nossos estadistas deviam aprender com a sua postura e qualidade de Chefe de Estado.
Carlos Henriques

Fonte: Remo História

Campo Pequeno comemorou 120 anos


Completaram-se no sábado, 18 de Agosto, 120 anos sobre a corrida inaugural da praça de toiros do Campo Pequeno, a mais importante e a mais bela de Portugal e, sem sombra de dúvida, uma das mais bonitas, funcionais e acolhedoras de todo o mundo taurino.
 
Inaugurada com a presença da Família Real, a 18 de Agosto de 1892 (foto), coube ao cavaleiro Alfredo Tinoco lidar o primeiro toiro da tarde, pertencente, como os 11 restantes, ao ganadero Emílio Infante da Câmara. Recordemos o cartaz inaugural, que eram formado pelos cavaleiros Alfredo Tinoco e Fernando de Oliveira (que viria a ser o primeiro toureiro a morrer naquela arena vítima de colhida), pelos bandarilheiros Vicente Roberto, Roberto da Fonseca, José Peixinho, João Calabaça, João Roberto e os seus colegas espanhóis Felipe Aragón "Minuto" e"Pescadero".
 
A actual praça de toiros do Campo Pequeno, projecto do arquitecto Dias da Silva, sucedeu à que existiu no Campo de Santana, inaugurada a 3 de Julho de 1831 e encerrada em 1888, na sequência de uma vistoria que interditou o edifício, por questões de segurança relacionadas com o mau estado de conservação.
 
Pode dizer-se, sem receio de erro, que a história do Campo Pequeno se confunde com a história do toureio em Portugal e que essa história é, por direito próprio, parte da história da tauromaquia, pois nesta praça actuaram, ao longo de 120 anos, todas as maiores figuras mundiais do toureio a pé e a cavalo. Os grandes nomes da portuguesíssima arte de pegar toiros pisaram esta arena e as mais importantes ganadarias de Portugal e Espanha aqui lidaram os seus exemplares.
 
Ler artigo completo AQUI
 

domingo, 26 de agosto de 2012

Da liberdade

"Não tenho tradição, não pertenço a partido algum, não tenho outra causa se não as da liberdade e da dignidade humanas".

.../...

"Sempre considerei que a república era um governo sem contrapeso, que prometia sempre mais, mas dava sempre menos liberdade do que a monarquia constitucional".

Alexis de Tocqueville

Fonte: Corta-fitas

A extinção do não-lince ibérico

Um suplemento que vinha no PÚBLICO de 27-7-2012 noticiou que, "pela primeira vez, um lince-ibérico, proveniente do programa de reprodução em cativeiro, teve crias em liberdade". Com efeito, a fêmea Granadilla, nascida em Espanha e libertada em 2010, teve quatro crias. Os técnicos da Junta da Andaluzia dizem tratar-se de "um enorme impulso para o futuro da espécie na região" (Recicla, n.º 8, Julho-Setembro 2012, pág. 6).

A boa notícia ecológica é muito de saudar, dado o fundado receio de extinção desta raça ibérica. O número de crias é ainda insuficiente para assegurar a sobrevivência da espécie, mas os técnicos da Junta andaluza regozijaram com o feliz nascimento dos quatro pequenos linces, que a fêmea Granadilla deu à luz no país vizinho.

Como Bento XVI referiu na sua última visita à Alemanha, nomeadamente no seu discurso ao Bundestag, a ecologia é uma das grandes conquistas dos tempos modernos. Nem sempre se teve uma tão nítida consciência de que os recursos naturais, que são escassos, são património de toda a humanidade, sem esquecer as gerações futuras. Portanto, a preservação da natureza é uma obrigação que a todos incumbe e responsabiliza. Em boa hora as organizações ambientalistas sensibilizaram os poderes públicos para a necessidade de respeitar os ecossistemas, porque os vindouros também têm direito a essas riquezas naturais.

Com efeito, a obrigação de conservar os recursos naturais faz sentido sobretudo em relação às novas gerações, porque serão elas as beneficiárias desse património que, também por essa razão, não pode ser liquidado irresponsavelmente. Se assim é, a subsistência da humanidade é a primeira e a mais urgente obrigação ecológica. Não faria sentido, aliás, conservar um bem que depois a ninguém aproveitaria. Contudo, parece existir um especial pudor em reconhecer a dramática situação demográfica portuguesa, só comparável - e, certamente, não por acaso! - à não menos grave crise económica e social.

Fecham-se, todos os anos, centenas de escolas no país, mas ninguém diz que é por falta de alunos ou, mesmo que alguém o insinue, os poderes públicos não têm a coragem de promover a natalidade. É certo que a insustentabilidade da Segurança Social se deve, em boa parte, à inversão da pirâmide demográfica, mas as entidades oficiais estão mais empenhadas na contracepção e no aborto livre do que na consolidação da família. Há milhares de professores no desemprego e os sindicatos pretendem que seja o ministério a resolver a sua difícil situação laboral, mas esquecem que nenhuma portaria ministerial pode "criar" os alunos que seriam necessários para justificar esses postos de trabalho. Organizam-se marchas e abaixo-assinados contra o fecho das maternidades, mas do que se precisa realmente é de mais mães e de mais bebés e, para isso, são urgentes medidas que contrariem a trágica quebra da natalidade. Com um tão diminuto número de nascimentos, é óbvio que não se justificam, em termos económicos, nem tantas nem tão grandes maternidades.

A cura da tuberculose converteu o Caramulo numa curiosa cidade-fantasma, onde as ruínas dos velhos sanatórios recordam uma numerosa população que, graças ao actual tratamento dessa doença, por meios que dispensam o internamento hospitalar, já não existe. Se não se inverter a actual tendência para o súbito envelhecimento populacional, Portugal corre sérios riscos de se converter, a médio prazo, num país-fantasma.

Há já algum tempo, o Presidente da República teve por bem alertar para esta prioridade nacional, mas não consta que as entidades oficiais, as organizações ambientalistas e a sociedade civil tenham ficado consciencializadas da gravidade da situação. Nem parece que estejam, por isso, seriamente empenhadas num aumento sustentado dos nascimentos, condição sine qua non para a defesa de todas as outras riquezas naturais.

O homem, intervindo atempada e inteligentemente na natureza, pode evitar a extinção de espécies naturais, como felizmente parece estar a acontecer com o lince-ibérico. Mas os animais não poderão lograr a preservação dos homens, se o ser humano não for capaz de garantir a sua própria sobrevivência.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: Povo

sábado, 25 de agosto de 2012

" Dos teus egrégios avós... "

" A Tradição é o terreno onde se levantam os edifícios sociais - chamados povos ou naçoens. Terreno movediço, cheio de falhas, sem consistencia, dá Naçoens fracas, á mercê de todos os caprichos, de todas as aventuras. Quanto mais fundas forem as raizes de um Povo, mergulhadas na Tradição, quer dizer quanto mais espessa e profunda ela for, tanto mais solida é a Nação. Dize-me que força tem a tua Tradição, dir-te-hei quem és.
A Tradição é constituida por tudo o que ha de definitivo na alma de um povo, de fundamental, de estructural, de eterno. O tempo é o depurador, é o filtro: o que escapa á acção depuradora do Tempo é o que forma a Tradição. Ha nella o sangue dos Herois, o espirito dos Genios, a alma dos Santos, a vontade dos Reis: tudo isso forma a argamassa firme sobre que se levantam as Naçoens. Nação que rejeita a Tradição é Nação que se suicida, que se nega a si propria. Quanto maior for o Passado de um Povo, tanto maior é a sombra que esse Povo projecta no Futuro. Uma Nação só existe quando tem Passado. Emquanto o não tem, pode ser um Estado politico, creação artificial da Diplomacia ou da espada de um guerreiro. Mas só é Nação quando tem tradiçoens de que vive, e para a honra das quais vive. Quando em 1820 introduziram na Nação portugueza, que até aí vivia a sua vida tradicional, ideas e sentimentos extranjeiros, começou a sua decadencia. Encerrar o parenthesis extrangeiro é um acto de salvação nacional, é reintegrar Portugal no seu caminho normal, é fazer regressar a Portugal a sua alma. "

Alfredo Pimenta
Fonte: Estado Sentido 

CONSERVADORES, REVOLUCIONÁRIOS E TRADICIONALISTAS

 
Os conservadores são os hipócritas que só se movem pelos seus interesses mesquinhos e materiais e que esvaziaram de conteúdo os princípios de Religião, Pátria, Família, Comunidade, Monarquia,...; os revolucionários são aqueles que querem destruir esses princípios esvaziados de conteúdo e prostituídos pelos hipócritas; os tradicionalistas são os homens de fé, os que os defendem na sua integridade e na sua verdade.

Guilherme Koehler
 
Fonte: PPM Braga

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

SAR D. Duarte Pio, Duque de Bragança na Gala Final do Campeonato do Mundo de Esgrima Artística

Tempos de capa e espada regressaram ao Estoril

O beberete que, ao final da tarde de sábado, 18, ocorreu no Centro de Congressos do Estoril, teve como ambiente uma exposição singular, de cartazes de filmes de capa e espada de outrora, em que campeavam Errol Flynn, os mosqueteiros, D’Artagnan e tantos outros que fizeram as delícias da nossa juventude. Foi um bem agradável retorno ao passado, a preparar-nos para a gala final do Campeonato do Mundo de Esgrima Artística que, a partir das 18.45 h., nos encantou.

           
Esgrima, afinal, ficou assim demonstrado, não é apenas o devaneio de uns quantos: é uma Arte, uma Técnica, um saber de longa experiência feito, um hino à não-violência através de atitudes à primeira vista violentas. E quando, mesmo nos filmes, se vêem cenas ‘de espadeirada’, nada daquilo é improvisado: há muito treino, muita perícia e…muita elegância também!
 
No sábado, tudo isso ficou amplamente demonstrado e bem podemos agradecer a Mestre Eugénio Roque, que preside à Academia das Armas de Portugal, ter solicitado o apoio do Município de Cascais para aqui se realizar de novo o Campeonato Mundial de uma modalidade bem agradável de ver-se, campeonato que se realiza de quatro em quatro anos e que teve o seu início em 1996, em Lisboa... De resto, o elevado nível da esgrima portuguesa ficou bem demonstrado e foi largamente referido pelos especialistas que a Cascais se deslocaram.
 
Aliás, com apresentação de Ana Zanatti e Ricardo Carriço, a sessão foi memorável, a culminar os dias anteriores de ensaios, competições e actuações ao ar livre. A Academia de Dança Antiga de Lisboa brindou-nos, no começo, com duas danças do século XVIII. O ponteiro das horas tocava as 19 quando, na categoria «solo», se deu entrada à equipa da Ucrânia, a interpretar «A espada da morte», que arrebatou a medalha de bronze; seguiu-se a Suécia, com um «Don Juan», que lhe valeu a medalha de ouro; apresentou a França o mito da Fénix renascida que luta (medalha de prata). Entregou os prémios o anfitrião, Mestre Eugénio Roque.
 
Seguiu-se a categoria «Ensemble». Portugal apresentou «Goldfinger» (medalha de prata); a Rússia, «Sob o reino da ilusão», de bem bonita coreografia, que merecidamente lhe valeu a medalha de ouro; a Espanha, com «Crazy, crazy, Amadeus», obteve a medalha de bronze. Prémios entregues pelo Subcomissário José Pereira, Director do Serviço de Peritagem de Armas da PSP, e Presidente da Comissão de Segurança do Campeonato.
 
O duelo medieval, naquela eterna luta pelo Santo Graal e pela perfeição e pela donzela amada, a Rússia inspirou-se na Guerra de Tróia, uma passagem da Ilíada que celebra a morte de Heitor (medalha de ouro); celebrou a Polónia a fraternidade nas armas (medalha de bronze); ganhou Portugal a medalha de prata com «O poder da espada», bem agradável coreografia. Entregou as medalhas Sua Alteza Real D. Duarte Pio de Bragança.
 
Sample Image
 
 
Na modalidade «Batalha antiga e medieval», apresentaram-se a Noruega, com um «Ninguém passa!» pleno de humor, que arrebatou a medalha de ouro; e a Rússia, com «Guerreiros em repouso», agraciado com a medalha de prata. Entregou os troféus Clauso Neves, vice-presidente da Federação Portuguesa de Esgrima.
 
Após o intervalo, na classe «Duelo Renascença / Século XIX», Portugal arrebatou a medalha de bronze; a equipa francesa, a de prata; e coube à Rússia o melhor galardão, o ouro – prémios entregues por Marcel Dubois, Presidente de Honra da Academia de Armas Internacional.
 
Na classe «Batalha Renascença / Século XIX», bronze e prata para a Rússia, o ouro foi para a França. Entregou os galardões Frederico Valarinho, Presidente da Federação Portuguesa de Esgrima.
 
Na categoria «Duelo Fantasia / Intemporal», as classificações dos finalistas presentes foram: Bronze – Alemanha; Prata –Noruega; Ouro – Cazaquistão. Mike Bunke, Presidente da Academia de Armas Internacional, subiu ao palco para galardoar os vencedores.
 
E, a terminar, na modalidade «Batalha Fantasia / Intemporal»: Bronze – Rússia; Prata – Noruega; Ouro – França. Os galardoados tiveram a honra de ser medalhados pelo Actor homenageado Gérard Barray.
 
No final, todos os participantes medalhados subiram ao palco, emoldurando homenagens a Claude Carliez, Mestre de Armas, Presidente da Academia Francesa, coreógrafo e actor, e a Gérard Barray, célebre actor que incarnou as figuras de d’Artagnan, Cyrano de Bergerac e muitas outras personagens em filmes de capa e espada e de aventuras. Foi-lhes oferecida uma espada de honra com a gravação “Homenagem da Academia de Armas de Portugal – 2012”. Agradeceram comovidos e aplaudidos por todos os presentes.
 
Usaram da palavra Eugénio Roque, Presidente da Academia de Armas de Portugal e do Clube Duelo, e Mike Bunke, Presidente da Academia de Armas Internacional. Trocaram-se lembranças, ramos de flores e distinções internas.
 
Enfim, uma tarde excelente que se prolongou noite adentro e a todos deliciou (recorde-se que, após cada apresentação, até os agradecimentos eram coreografados!...). E nota bem alta recebeu a organização e, de modo especial, a esgrima portuguesa, que está verdadeiramente de parabéns pelo seu elevado nível, por todos, de resto, reconhecido sem favor, como atrás se assinalou.

Fonte: Notas & Comentários e Cyberjornal

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A mais pura ignorância

Os maiores ignorantes sobre História, Sociedade e Monarquia são aqueles que, normalmente, confrontam-me, esplendorosamente, com afirmações deste tipo:

“Ahhhhhh, você é monárquico! Que giro! Isso é muito interessante, não sabia que ainda existiam monárquicos.
Mas aqui para nós, isso de ser monárquico e gostar de reis e rainhas é porque deve ter aí uma 'costelazita' nobre, só pode!”

Digo eu: Como qualquer sueco, dinamarquês, holandês, japonês, inglês, espanhol, canadiano, etc, etc, aliás, existe um verdadeiro 'açougue' nobiliárquico por esses países desenvolvidos todos. Houvessem títulos para tanta gente…no Japão nem os há, curiosamente.
Há por aí, infelizmente, muita ignorância.

 

Mariées du Gotha : Auguste Viktoria de Hohenzollern, reine de Portugal

 
A Sigmaringen, le 4 septembre 1913, le roi Manoel II de Portugal, fils du défunt roi Carlos et de la reine Amélie, née princesse d’Orléans, épousait la princesse Auguste Viktoria de Hohenzollern, fille du prince Wilhelm de Hohenzollern et de la princesse Maria Teresa de Bourbon-Deux-Siciles. Le roi Manoel avait perdu son père le roi Carlos et son frère aîné le prince héritier Luiz tués lors d’un attentat en 1908 à Lisbonne. Devenu roi, il fut contraint à l’exil en 1910. Le roi Manoel est décédé en 1932. La reine Auguste Viktoria s’est remariée en 1939 avec le comte Robert Douglas.
 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

V FEIRA HISTÓRICA E TRADICIONAL DE SERPA


 
A Revolução de 1383/1385

A 5.ª edição da Feira História e Tradicional de Serpa, de 24 a 26 de agosto, no centro histórico da cidade, dá especial enfoque ao período da Revolução de 1383-85.
Em finais do século XIV, Portugal viveu uma crise política, económica e social que abalou as estruturas da sociedade feudal anunciando novos tempos. Com a morte do rei D. Fernando, em finais de 1383, abriu-se uma crise sucessória – a alta nobreza latifundiária e militar, a classe dominante, defendia Beatriz, casada com o monarca de Castela, o que implicava a perda de independência nacional; e a burguesia comercial e marítima, alguns pequenos nobres e, sobretudo, o “povo meúdo” apoiavam D. João, Mestre de Avis, aclamado mais tarde rei de Portugal.
 
É um período histórico de convulsões sociais (insurreição popular em Lisboa e revoltas em todo o País, sobretudo a Sul do Tejo) e de guerra (invasões, cercos, batalhas, assaltos, escaramuças) entre Portugal e Castela. As forças portuguesas, chefiadas por Nuno Álvares Pereira e com a ajuda de tropas inglesas, derrotam os castelhanos em várias batalhas. A vitória em Aljubarrota põe termo à guerra mas a paz com Castela só será assinada em 1411.
 
De acordo com o cronista Fernão Lopes, das 31 cidades e vilas que aclamaram rei o Mestre de Avis, 15 situavam-se no Alentejo. De 98 povoações referidas como apoiantes de D. João I, 35 eram alentejanas. Serpa era uma delas.
 
Programa AQUI

sábado, 18 de agosto de 2012

Uma visita a Cascais pelo olhar do rei D. Carlos I

Uma visita a Cascais pelo olhar do rei D. Carlos I



Terra de pescadores e também de monarcas e ilustres intelectuais de outrora, a vila alia mar, costa, serra e zonas de interesse turístico.


Chegue-se à beira do Rei D. Carlos I e siga o seu olhar em direção ao mar e à costa e aprecie a paisagem. Imagine-se, como o monarca, à beira da amurada do iate Amélia e observe a baía, repleta de barcos de pesca e veraneantes estrangeiros que se banham na curta praia. Siga com o olhar pela costa e viaje pelo Estoril, Oeiras, Lisboa, até onde a vista conseguir alcançar... Depois pouse o olhar no mar, respire fundo e deixe-se estar.
É este ponto de partida que lhe deixo como sugestão para uma visita relâmpago à minha terra: a estátua do rei D. Carlos I, na baía de Cascais, penúltimo monarca do país que se apaixonou pela vila e morreu a 1 de fevereiro de 1908, no regicídio que abriu as portas à república. Um local que pode também ser ponto de chegada, em jeito de despedida.
Daqui poderá sair para a esquerda, descendo a Avenida D. Carlos I até ao centro da vila. Ou para a direita, rumo à marina, onde o esperam esplanadas e zonas de passeio, e mais à frente uma estrada marginal até ao Guincho, a grande praia da terra.
Se estiver para grandes voltas, pegue numa bica (bicicleta) e faça a ciclovia até ao Guincho, onde poderá juntar o verde da serra de Sintra às cores da paisagem até aí marcada pelo azul do mar.
Um roteiro alternativo pode levá-lo a visitar a Cidadela, a antiga residência de verão da família real, que durante o reinado de D. Carlos trouxe à pacata vila piscatória a corte e as grandes figuras intelectuais da época. Recentemente restaurado e convertido no Museu da Presidência, o espaço alia o antigo ao moderno -tem uma pousada - e merece ser visitado. Ali bem perto, a Casa das Histórias Paula Rego é outra sugestão para uma visita mais cultural.
Se seguiu em direção ao centro, visite a baía e a zona comercial junto ao Largo Camões. Aí poderá almoçar numa das várias esplanadas onde o mais provável é ser atendido em inglês. Ou jantar, acompanhado por música ao vivo, um jogo de futebol, ou, no caso atual, pela transmissão dos Jogos Olímpicos. Se o orçamento o permitir, opte por um restaurante com peixe fresco ou marisco e não sairá arrependido. Não muito longe, tem uma paragem obrigatória: a geladaria Santini, que adoçará, em muito, este passeio a pé pela vila.
Junto ao paredão que liga as praias da costa do Estoril, pode passear, parar para ler um livro, comer na esplanada ou mergulhar. A água é fria e o areal pode ser curto num dia de muito calor e maré cheia, mas ajudará a refrescar as ideias. No regresso, se já for noite e estiver com vontade de dar um pezinho de dança, acabe o dia na discoteca Tamariz.

Rita Carvalho

Fonte: DN

DOCUMENTÁRIO - O Rei Traído







sexta-feira, 17 de agosto de 2012

"A D. Dinis Protector da Navegação" pelo nobre povo de São Roque do Pico


Foto - PPA

O povo de São Roque do Pico tem o seu protector à frente do porto dos pescadores.

Não é um Santo, não é uma personagem mítica, não é um cidadão ilustre da terra, não é um político: é um Rei, um Rei de Portugal, D. Dinis.

O marco majestático de D. Dinis ergue-se na proa daquela nobre terra habitada por nobre povo, como se desse corpo protector à perigosidade por vezes ameaçadora do mar, mas simultaneamente dando força, amparo e coragem àqueles que trazem dele o ganha-pão para as suas famílias e para o sustento da economia local.

Curiosamente em Ponta Delgada (quiçá São Miguel inteiro) não estou a lembrar-me de nenhuma estátua Real deste calibre.

Tomando as nobres e superiores palavras desse grande escritor picoense, era importante, pelo menos para mim enquanto açoriano, receber este ensinamento pela obra que me foi gentilmente oferecida pelo autor e que guardo honrosamente na minha biblioteca:

1 - «A estátua da D. Dinis foi destinada ao Pico. Devia ser colocada na primeira povoação da ilha, mas isso não consentiu o Vice-Presidente da Comissão que, até na então Assembleia Nacional, apresentou um decreto para "crismar" a Ilha do Pico de "Ilha de Dom Dinis". Mas isso é outra história.» (página 48)

2 – «Aquando da visita régia, a 28 de Junho de 1901, à cidade da Horta, os Reis D. Carlos e D. Amélia, que viajavam no cruzador D. Carlos, foram recebidos por uma esquadrilha de canoas baleeiras, a remos, que contornaram o navio e o acompanharam ao ancoradouro.
No dia seguinte houve uma regata à vela e a remos de canoas baleeiras e embarcações de recreio. Os régios visitantes assistiram à regata a bordo do cruzador S. Gabriel.
(…)
D. Carlos ficou muito satisfeito com a homenagem dos baleeiros (que nas ruas da cidade haviam já levantado, em homenagem às Majestades, um artístico arco triunfal que se destacou entre os demais), e ofereceu às duas canoas vencedoras uma canoa baleeira.» (página 116)

in “Álbum da Ilha do Pico”, obra do escritor e historiador Ermelindo Ávila, 2010.
 

Doutrinar no Verão: 6.ª Sessão. A Nova Monarquia


Breves notas a reter:

- A nova Monarquia, nunca irá ser a que já foi, pois não é uma restauração.

- A nova Monarquia, não poderá ter os vícios republicanos, pois não se trata de uma transição.

- A nova Monarquia, terá que ser um novo regime político, democrático, digno de Portugal e do século XXI. Um regime que dê prestígio a Portugal, que dê confiança aos Portugueses e que nos sirva de inspiração no nosso dia-a-dia.

E com este último vídeo, dou por terminadas as sessões de Doutrinar no Verão. Creio que nestas 6 semanas, os vídeos que foram repostos, serviram para aclarar as ideias sobre o que deve ser, quanto a mim, (nunca se esqueçam que em grande medida os meus vídeos são também opiniões pessoais, mas também com base na constatação do que são as Monarquias hoje na Europa), uma Monarquia moderna e Democrática.

Continuo a insistir na tecla de sempre:

- É fundamental uma doutrinação das bases, da juventude e também de todos os que queiram defender a Monarquia e para isso, já dei a ideia e volto a afirmá-la: Universidades de Verão da Causa Real, organizadas pelas Reais Associações em cada Região ou Distrito! As acções de formação deveriam estar a cargo dos Académicos que são reconhecidos como os que têm melhores condições para ensinar Ciência Política, e em particularidade, apresentar o que é a Monarquia na actualidade e apresentar os melhores argumentos quanto ao futuro da Monarquia em Portugal.

Ao defender a Monarquia está-se a defender um regime político. Aqui não se trata de defender situações ou pensamentos fracturantes. Trata-se de defender um regime no qual todos os Portugueses se possam rever.

Muito obrigado a todos!

Viva o Rei!

Viva Portugal!

David Garcia

Fonte:  Real Portugal

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

História instrumental


Curioso como o anúncio na SIC da mais recente revista Visão sobre o tema de capa, “A Idade Média em Portugal” deixa escapar em tom de denúncia uma suposta “influência escondida da Igreja”. Escondida?!
É cíclico, principalmente na estação tola, os jornais e revistas alimentarem-se da História para a elaboração de artigos sensacionalistas, segundo uma análise frívola construída em função dos clichés politicamente correctos da actualidade. Não para instruir ou informar, mas para exploração dos mais básicos ressentimentos e voyeurismo.

Reconstituição histórica da Real Regatta das Canoas em Pedrouços


Esta Regatta - que se realizou pela primeira vez em 1845 - constituíu uma homenagem prestada pela Família Real Portuguesa aos fragateiros, arrais, bordas d’Água e todas as gentes ligadas à faina do Tejo e dos campos do Tejo (varinos, avieiros, gaibéus, entre outros) que ajudaram na resistência e combate às invasões do Séc. XIX.

Canoas Grandes Algés-Pedrouços, in: Revista Municipal de Lisboa,nº 62,1954
Trata-se da única Regatta do MUNDO que todos os anos segue as regras de 1845, constantes do Regulamento.


S.A.R DOM DUARTE DE BRAGANÇA TROUXE DE VOLTA A REAL REGATA DAS CANOAS

SAR Dom Duarte com o Prof. Fernando Carvalho-Rodrigues na Real Regata das Canoas em 2006

Fernando Carvalho-Rodrigues tem uma enorme paixão: o rio Tejo e as canoas. Este sonha que, um dia, o rio Tejo volte a surgir repleto de embarcações de vela erguida. Por isso, o nosso cientista é proprietário de uma canoa típica, de nome "Ana Paula". Desde muito jovem, viveu sempre numa zona ribeirinha e, todos os dias, ao dirigir-se para o Liceu Nacional Gil Vicente, que frequentou durante 7 anos, contemplava sempre que podia o rio e as respectivas fragatas e canoas com a vela desfraldada.

 O investigador está empenhado em recuperar uma memória com mais de 50 anos... Este desafio lançado por SAR Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, consiste em trazer de volta a Real Regata de Canoas, que se realizava a 4 de Outubro, de acordo com um regulamento de 1854.


Organizada pelo Centro Náutico Moitense, a Real Regata das Canoas do Tejo fez reviver tempos de animação, cor e alegria que outrora se viviam no grande estuário do Tejo.


O Centro Náutico Moitense retomou uma tradição secular que animava o rio Tejo no mês de Outubro. Trata-se da Regata Real das Canoas, que, no dia 5 de Outubro leva ao rio perto de meia centena daquelas embarcações tradicionais.

A iniciativa surgiu de um desafio feito por SAR O  Sr. Dom Duarte, Duque de Bragança, que presidiu à sessão solene das comemorações do 25º aniversário do Centro Náutico Moitense, em 2005, e que, na ocasião, sugeriu que se restaurasse a tradição da Regata Real, uma vez que, pela acção, do centro náutico, o número de canoas que hoje navegam no Tejo aumentou substancialmente.
O Centro Náutico aceitou o desafio, e entendeu alterar a data de realização da regata do dia 4 para o dia 5 de Outubro, por ser feriado e assim ter a possibilidade de uma maior participação das tripulações das canoas, num percurso entre a Moita, Belém, Pedrouços e regresso à Moita.

O professor Carvalho Rodrigues, vogal da direcção do Centro Náutico Moitense e um dos responsáveis pela organização deste evento, declara que “o entusiasmo do Centro Náutico Moitense na recuperação das embarcações tradicionais do Tejo está patente na construção de novas canoas e na manutenção do Museu Vivo das Canoas Típicas do Tejo, projecto para o qual muito contribui a realização deste tipo de iniciativas que atrai muita gente e divulga o trabalho da instituição”.
Recorde-se que, fundado em 1980, o Centro Náutico Moitense nasceu com o grande objectivo de fazer crescer entre a população o gosto pelo rio, promovendo a preservação das embarcações típicas.

Artigo Completo AQUI

terça-feira, 14 de agosto de 2012

SAR, O Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, nos EUA

HRH Dom Duarte, Duke of Braganca
 
 
 
Federation of Royal Brotherhoods of Saint Michael of the Wing

Fonte: PPM Braga

Batalha de Aljubarrota / Batalha Real

Aljubarrota 14 de Agosto de 1385

 "O exército português muda assim a sua posição uns 2Km para Sul, de forma a encarar o inimigo de frente, tal como um forcado quando enfrenta o touro. A "vanguarda" passa assim pela "rectaguarda", e quando estas duas se encontram, distribuem-se abraços entre os portugueses, muitos deles são conhecidos e familiares, desejos de "Boa Sorte" e "São Jorge", já uma clara influência da presença dos arqueiros ingleses na hoste.

Também Nuno Álvares e Dom João I se encontram, trocam rápidas impressões, e despedem-se, com a certeza de que se voltariam a encontrar mais tarde, se Deus assim permitisse.

Por volta do 12h30, os portugueses ocupam a nova posição, perante um forte sol de meio-dia que se levanta, e sempre atentos, ao longe, à movimentação do inimigo.

Agora, sob a orientação de Nuno Álvares Pereira, Antão Vasques de Almada, Mem Rodrigues de Vasconcelos e alguns ingleses dava-se inicío às escavações e construção de obstáculos, tarefa em que participaram todos os portugueses que estavam nas linhas da frente e alas. Abrem-se covas de lobo, fossas, amontoam-se troncos de árvores, disfarça-se os buracos com ramagens.
Eram 15:00 quando o quadrado se formou finalmente.
Na vanguarda estava Nuno Álvares Pereira com a sua Bandeira, na ala esquerda, chamada a Ala dos Namorados comandada por Mem Rodrigues de Vasconcelos estava uma enorme bandeira verde.
Na ala direita, a Ala da Madre-Silva, era comandada por Antão Vasques de Almada, pairava a bandeira de São Jorge.
A cerca de 200 metros atrás estava El-Rey Dom João I, na rectaguarda, com o seu estandarte real e as bandeiras de Avis.
Percorrendo a galope a vanguarda de um lado ao outro viu na cara dos seus homens, a sua própria sede, e decidido, foi até à ala direita, incumbindo Antão Vasques de Almada que fosse procurar àgua para os seus homens.

E assim foi.

Entretanto, no arraial castelhano, lá ao longe, discutia-se como se iria esmagar os portugueses. Continuavam a chegar mais tropas, cada vez mais, num turbilhão de lanças, espadas, cavalos, peões,
Parecia que toda a Espanha viera até ali, trazendo nos seus estandartes, a morte estampada.

Eis então que chega Antão Vasques de Almada a toda a brida.
Vai ter com o Condestável.
Nada.
Nem uma gota de água.
Os únicos riachos que encontrou estavam completamente secos, devido às altas temperaturas que assolavam esta época.

Quando isto ouviu, Nuno Álvares baixou tristemente a cabeça.
Anuiu a Antão Vasques para que se retirasse, e desmontando do seu cavalo, voltou para o pé da sua vanguarda, retirando o pesado elmo que levava sobre a sua cabeça.
Aos que mais sofriam com o calor e sede, Nuno Álvares confortou, abraçando-os, transmitindo palavras de esperança, ajudando-os a levantar, e compondo as suas vestes. Já apeado, andava pelo meio dos seus homens, que o olhavam com um misto de admiração e surpresa, por ver tão famoso e insigne capitão, partilhando a sua dor.

Também já Dom João I estava apeado, e tal como o seu amigo, ia percorrendo as fileiras, onde a todos distríbuía sorrisos e palavras de incentivo. Valoroso Rei aquele, a quem haveriam de chamar O de Boa Memória.

E era de notar, que também nas alas, os Ingleses permaneciam aí, partilhando laços de camaradagem cada vez mais fortes com os seus companheiros portugueses, laços esses que só são verdadeiramente "fortificados" em situações de sofrimento ou de guerra.

Estava-se a aproximar as 18:00, e grande era a azáfama e movimento de cavalos e homens entre o arraial castelhano. Era a momento em que se iria decidir o destino de Portugal.

É então que, verdade ou lenda, um rapaz aparece de repente vindo das florestas que rodeavam o campo e dirige-se até ao quadrado português.
Aí aguarda, observa, e é então que consegue ver o célebre estandarte do Condestável na frente do quadrado.
Dirige-se até aí e vai ter com Nuno Álvares Pereira. Entrega-lhe uma bilha cheia de água, para poder saciar a sua sede.
Só pode ter sido um sinal de Deus!
Um sinal de São Jorge!
Nuno Álvares apenas bebe um golo, entregando a bilha aos seus companheiros para que partilhassem a água por aqueles que mais precisassem.

Sentindo-se um pouco melhor, Nuno Álvares Pereira monta no seu cavalo.
Apenas ele.
Percorre a vanguarda a galope, gritando palavras de incentivo, com a sua espada na mão, tal como no monumento da Batalha.
"Portugueses, lutai por vossa terra!"
"Ânimo!"
"Se sóis vós descendentes do grande Henriques, então provai-lo agora, que Deus e São Jorge estão de olho em vôs!"
As palavras de Nuno Álvares, tão cheias de patriotismo e ardor, incendeiam no coração dos Portugueses a vontade e a força, fazendo chorar até os mais fortes.
Não querendo nenhum deles passar por cobarde, cerram fileiras, espetam as lanças no chão e aguardam a vinda da morte.
Nuno Álvares, desce do cavalo, ajoelha-se no chão, pede protecção para si e para os seus homens, beija a terra e levanta-se, colocando o elmo com a viseira aberta.

Vira-se para trás, de sorriso no rosto, olha para os seus homens e diz:
"Amigos, que ninguém duvide de mim"

Todos sabem o que se seguiu.
Após a vitória, Dom Nuno Álvares Pereira mandou edificar naquele mesmo sitío onde lhe apareceu o rapaz com a bilha de água e onde tinha permanecido o seu estandarte, uma ermida a São Jorge.
 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Roubado

Percorrer os sites de "informação", media, os blogges, ou redes sociais é um perigo para quem, como eu, sofra com a expressão "roubar"! Todos, ou quase todos, afirmam que estão a ser roubados, pelos outros. Subvalorizando a ira, eu diria que todos se sentem roubados por todos os que não são família ou amigos muito chegados; assim, eu serei um dos ladrões para a maioria. O alvo principal desta espuma são (por esta ordem) os políticos, gestores, presidentes (do que for), empresários, artistas, actores, funcionários públicos, agentes de autoridade, e congéneres, e todo e qualquer humano com sucesso. Todos roubam. Dito de outra maneira, todos roubam e é por isso que as "víctimas", que resmungam, não têm a quantidade de dinheiro que merecem! Esta ladainha já não é uma canção é uma fé. A obcecação pelo dinheiro alheio é um dos problemas da independência moral dos portugueses se abrirmos a página da ascensão e visibilidade social que a maioria almeja. Uma coisa é diagnosticar uma acção outra é contabilizar a acção. Eu penso que muita da lisura com que se trata a corrupção se deve à arquitectura da República e que esta tem na sua espinha os piores vícios para os cidadãos. Para mim, sem dúvida, a forma como a sociedade se organizou após o golpe terrorista de 1910 e a "revolução" de 1974 foi a mesma e com o fito de apropriação do bem comum, vulgo, o Estado (que devia ser uma entidade independente de políticas, gestão pública e governo parlamentar). Os portugueses gostam de ser roubados, parece, nem que seja para manterem o hábito de se sentirem roubados, e não só, para se refugiarem da própria inércia e da falta de coragem para arriscar.
Se esta crise servisse para os portugueses aprenderem com ela eu diria que é bem vinda. Mas não. Poucos irão perceber que a gestão do estado, nos últimos 30 anos, foi a principal razão do descalabro financeiro que está e irá afectar todos, sem excepção, poucos perceberão que também são responsáveis pelo "roubo" de que se sentem atingidos, poucos notarão que não têm a liberdade para escolher o regime em que vivem, poucos sentirão que a palavra "roubo" que exaltam devia ser substituída por "egoísmo", muito poucos terão vontade de mudar o que for porque mudar, transformar, limpar, construir com o nosso risco, exigir de nós tanto quanto exigimos aos outros é um roubo, um assalto, e não há nada mais grave neste mundo do que roubarem as "nossas" conquistas e direitos.

João Amorim
 

Livre « Estoril, los anos dorados »


Le duc de Bragance était présent au Cercle littéraire de Barcelone lors de la présentation du livre de Ricardo Mateos Sainz de Medrano « Estoril, los anos dorados« . Dans cet ouvrage fouillé, l’auteur revient sur cette époque « dorée » de la ville d’Estoril au Portugal où rois, princes et millionaires se cotoyaient après la deuxième guerre mondiale.
Le duc de Bragance et Ricardo Mateos Sainz de Medrano qui est l’auteur de plusieurs ouvrages sur la royauté notamment en Espagne.

domingo, 12 de agosto de 2012

Complexos

A maioria dos defensores da República vibram o argumento da perpetuação de uma "família" no poder e dizem "Por que razão alguém, só porque sim, há-de ser o representante máximo de um país?". Ora a questão está desfocada. Não se trata de ser o "máximo" mas sim ser um representante "isento" e alheio às convenções e "negócios" do poder. O que separa, hoje, as Repúblicas das Monarquias é a forma de representação de estado, digo, a forma promiscua, corrupta e os negócios de poder que envolvem a "corrida" ao emprego "máximo" de um país, tudo isso envolvido na miragem mentirosa de que qualquer um pode ser presidente!! – basta ler as leis das repúblicas para se perceber que a partidocracia mina a estrada, nunca construída, para o povo se sentar no penico tão desejado. Mas há outro detalhe, muito importante, que desenha o carácter e a cultura dos anti-monárquicos, é a confusão de que um monárquico descende da, ou defende a, "nobreza". Não há nada a fazer. Quem assim pensa nunca teve uma causa, nunca teve uma convicção. No fundo, o anti-monárquico, típico, insinua por complexo.


SAR, O Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, nos EUA: Salt Lake City Utah

HRH Dom Duarte, Duke of Braganca at Salt lake City.
 
Federation of Royal Brotherhoods of Saint Michael of the Wing
Fundraiser organized by the Royal Brotherhood of the Diocese of Sao Tome e Principe in favor of the Diocesan Missions.
 
 
 
 
Fonte: PPM Braga