sábado, 4 de janeiro de 2025

A História do Bolo-Rei

O Bolo-Rei é um legado dos romanos. Inicialmente, continuou somente em França onde tem duas formas de confecção: no Norte é em massa folhada e, no Sul, o Galette des Rois, um brioche recheado com frutas caramelizadas, tal como o Bolo-Rei português que por isso deriva do segundo. Foi precisamente das suas viagens por França, que Baltazar Castanheiro II, filho do fundador da Confeitaria Nacional, trouxe a receita do Bolo-Rei, mais precisamente de Toulouse.

Mas claro, é mérito da Confeitaria Nacional e do seu empreendedor de confeitaria pegar numa receita do bolo francês e convertê-la no icónico e típico doce português: o bolo redondo, em forma de coroa, com frutos secos e cristalizados e polvilhado com açúcar. O Bolo-Rei logo se tornou um sucesso, e a Confeitaria Nacional foi nomeada, por El-Rei D. Luís I, fornecedora oficial da Casa Real. Depois até se generalizar, dada a qualidade do produto, foi um ápice.

O Bolo-Rei, assim chamado por causa da forma de Coroa, não mais abandonaria as mesas nacionais, sobretudo na época Natalícia.

Já na república velha, aquela instaurada por intermédio de um processo revolucionário, que durou entre 1910 e 1926, Afonso Costa e Bernardino Machado mudaram o nome do Bolo-Rei para Bolo-presidente, mas os portugueses não engoliram… nem a imposição, nem a nomenclatura nascida daquelas mentes intransigentes; e a designação Bolo-Rei prevaleceria ad eternum.

Se o bacalhau é o fiel amigo, o Bolo-Rei é o Real Amigo e sempre permanecerá: inventem quantos pastelinhos quiserem e nomeiem-nos de ‘presidentes’ – como em Cebolais de Cima (história verídica) -, de ministros, de edis, de vereadores, mas o Real pastel perdurará sempre entronizado nos nossos corações e palato como Bolo-Rei.

Em Espanha existe um bolo parecido, o Róscon dos Reyes, e, no Sul dos EUA o Epiphany Cake, mas em nada comparáveis com o fantástico Bolo-Rei português.

Miguel Villas-Boas

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Jantar de Ano Novo da Real Tertúlia D. Miguel I a 6 de Janeiro em Lisboa

Real Tertúlia Tauromáquica D. Miguel I, presidida por Francisco Godinho Cabral, vai realizar no próximo dia 6 de Janeiro o seu Jantar de Ano Novo, no qual serão entregues os Diplomas de Sócios de Honra ao Prof. Dr. João Gorjão Clara e à ganadaria Murteira Grave, na pessoa do Dr. Joaquim Grave.

O jantar terá lugar em Lisboa no Restaurante "Colina" (20h00), sito na Rua Filipe Folque 46-A, próximo do Parque de Estacionamento Valbom.


Fonte: Farpas Blogue

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Hino para ser cantado no início de ano: Veni Creator Spiritus

Veni, Creator Spiritus,
mentes tuorum visita,
imple superna gratia
quae tu creasti pectora.

Qui diceris Paraclitus,
altissimi donum Dei,
fons vivus, ignis, caritas,
et spiritalis unctio.

Tu, septiformis munere,
digitus paternae dexterae,
Tu rite promissum Patris,
sermone ditans guttura.

Accende lumen sensibus:
infunde amorem cordibus:
infirma nostri corporis
virtute firmans perpeti.

Hostem repellas longius,
pacemque dones protinus:
ductore sic te praevio
vitemus omne noxium.

Per te sciamus da Patrem,
noscamus atque Filium;
Teque utriusque Spiritum
credamus omni tempore.

Deo Patri sit gloria,
et Filio, qui a mortuis
surrexit, ac Paraclito,
in saeculorum saecula.

Amen.