sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Duque de Bragança na cerimónia de entrega dos prémios ‘The Duke of Edinburgh’s International Award’ (DOFE)

18 de Fevereiro de 2025:

O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, felicitou os 23 estudantes da Escola Secundária Domingos Rebelo que foram agraciados com as medalhas de prata e de bronze, no âmbito do programa ‘The Duke of Edinburgh’s International Award’ (DOFE).

“Quero enaltecer e dar os parabéns a todos os alunos que foram, hoje, distinguidos com estas medalhas, conferindo qualidade e excelência ao vosso percurso, que, temos a certeza absoluta, irá ser muito importante no futuro”, salientou.

Pedro Nascimento Cabral falava, esta terça-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, na cerimónia de entrega dos prémios DOFE, onde esteve também presente SAR Dom Duarte de Bragança, Fundador e Presidente de Honra do programa em Portugal.

O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada manifestou o seu orgulho pelo facto de a autarquia se constituir como entidade parceira da iniciativa e saudou SAR Dom Duarte de Bragança por manter viva a chama do prémio no país, estendendo-o até aos Açores.

“É um gosto estar ao seu lado numa causa nobre como esta, sobretudo, quando V. Excelência, Sua Alteza Real, representa a história viva do nosso país, o Estado-Nação mais antigo da Europa. A sua presença constitui-se como um símbolo da nossa unidade, projectando aquilo que é o nosso orgulho de ser Portugal aqui, também, nos Açores”, declarou.

Ponta Delgada foi o primeiro Município da Região Autónoma dos Açores a aderir a este programa de aprendizagem não formal, que decorre em cerca de 140 países e já abrangeu mais de dez milhões de jovens.

Este ano, onze alunos da Escola Secundária Domingos Rebelo foram agraciados com a medalha de prata e doze com a de bronze pelo desempenho neste programa de actividades voluntárias, desenvolvido para fomentar as capacidades de persistência, compromisso, bem como o desenvolvimento pessoal e social dos participantes.

Além de relevar o trajecto dos 23 alunos, ao longo do último ano lectivo, Pedro Nascimento Cabral agradeceu o papel fundamental que professores, instructores, mentores, familiares e colaboradores da Câmara Municipal de Ponta Delgada tiveram no crescimento pessoal dos estudantes.

Saudou, depois, a criação e apresentação da primeira Jovem Embaixadora do Award Portugal em Ponta Delgada, fazendo votos dos maiores sucessos à aluna Isabel Vilela de Carvalho Benevides Sousa no desempenhar das funções.

Já SAR Dom Duarte de Bragança deixou o seu “sentido agradecimento” ao Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, pelo “apoio e seriedade” com que tem acompanhado a iniciativa.

“O seu compromisso em valorizar os jovens, fomentar oportunidades, reconhecer o mérito é essencial para o sucesso de programas como este”, indicou.


Fonte: Monarquia Portuguesa

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

A ESPERANÇA E DA ESPERANÇA


“A um vilão peco não há coisa que lhe não pareça que fará e, por fim, não faz”.
D. João II 
 

 A “caixa de Pandora” é um mito grego que narra a chegada da 1ª mulher à terra e, com ela, a origem de todas as tragédias humanas. A história foi contada pelo poeta Hesíodo, no Século VIII a.C.      

O titã Prometeu tinha presenteado o homem, com o dom do fogo para este poder dominar a natureza.

Zeus, o chefe dos deuses do Olimpo, havia proibido a entrega desse dom aos homens e decidiu vingar-se criando Pandora, a 1ª mulher. Antes de a enviar à terra entregou-lhe uma caixa recomendando-lhe que jamais fosse aberta, pois dentro dela os Deuses haviam colocado um conjunto de desgraças para o homem, como a guerra, a discórdia, e todas as doenças do corpo e da mente e um único dom: a Esperança.      

Vencida pela curiosidade (não fosse ela mulher) Pandora acabou por abrir a caixa libertando todos os males do mundo, mas fechou-a a tempo da Esperança não poder sair…1

                                                     *****     

Fala-se muito em “Esperança”, “ter esperança” e “dar esperança”. Parece-me um bom tema para o ano que já começou.      

Tenho sido incentivado por pessoas de boas intenções a, naquilo que escrevo ou quando “em falas alargadas”, terminar sempre com uma mensagem de esperança. Por outros, tenho sido muito criticado por não o fazer o que me vale, nos mais atrevidos, ser apelidado de “catastrofista” e outros mimos afins.     

É possível que tenham razão embora, confesse, apenas tento ser realista. Mas como tudo parece ser subjectivo… 

Permito-me, com vossa licença, lucubrar, um pouco, sobre a questão. 

A “Esperança” é uma virtude teologal, mas não creio que seja esta a esperança a que o comum dos mortais se refere.2 

A “Esperança”, neste âmbito, é algo transcendental, uma escora religiosa, a espera de um acto ou recompensa divina. É um amparo espiritual mais do que psicológico.  

Ora a esperança de que se fala no dia-a-dia é outra e o dicionário explicanos: “o acto de esperar”; “expectativa”; “probabilidade”; “confiança em obter o que se pretende”. 3 

Creio, pois, que é esta última frase que consubstancia aquilo que as pessoas entendem quando falam de esperança. E tal tem, sobretudo, um carácter social, profissional, estratégico, etc., logo político. 

No fundo o que querem que seja é um “esperançoso”, ou seja aquele que dá ou tem esperança – um “prometedor”. 

Eu nasci noutro país e, por meados da minha existência, só tenho visto, com raríssimas excepções, fazerem-se asneiras. Das grossas! 

A coisa além de estar longe de ser parada e invertida vai a caminho de ficar bem pior. Por tudo isto que esperam que espere? E ter “esperança” é esperar….sentado? 

A Esperança decorre (ou deve decorrer) daquilo que nós estamos dispostos a fazer para mudar uma situação que não é boa, não no que esperamos que os outros façam. 

Por isso cuidado: dar sinais de esperança não deve ser tentar transferir o que desejamos que aconteça para outros o fazerem. Nesse caso a esperança transforma-se em quimera e, depois, em desesperança… 

Os políticos (com “p” minúsculo) e os vendedores de banha da cobra, não dão esperança: tentam passar falsas esperanças. 

Desse modo passamos apenas a ter a existência pontuada por suspiros do “vamos a ver se é desta”, ou do “ agora é que vai ser”…

E depois, quando tudo vai falhando ficamos com esperança em quê? No D. Sebastião, que há - de voltar, porque deixámos perder o Reino? No Marquês de Pombal? No Salazar? Noutro que há - de vir? Em quem ou em quê? Num milagre de Fátima? Talvez emigrar?     

Isto é apenas sintoma (sem retirar o crédito e valor às grandes figuras da História), de menoridade cívica e de incompetência na organização da sociedade e em estabelecer as linhas mestras que orientem um destino comum.     

É certo que todas as pessoas necessitam de bengalas psicológicas para melhor viverem e têm que acreditar em algo que os motive para além de irem ao supermercado.     

Mas a verdadeira Esperança só nasce e se mantém vivaz, com acções consentâneas com o “Ser” em vez do “Estar”. De outro modo existirá, apenas, uma esperança balofa e uma ilusão.     

E não parece haver nada pior do que vender ilusões (mesmo no amor: “mente-me mas faz-me feliz…”), que é o que a generalidade dos políticos, independentemente dos regimes onde professam, faz para ganhar votos.     

Eu prefiro não ganhar votos, mas manter-me verdadeiro. É essa, também, a minha esperança (também não sou político).      

A Esperança não pode, deste modo, ser desligada do quotidiano mas só fará sentido se estiver ligada à virtude teologal, pois sem Esperança a vida perde o significado.      

Resta acreditar no que não se vê e esperar contra toda a Esperança.     

Só assim a Esperança será a grande consoladora.     

Tenham um bom ano.      

Escrito hoje, no ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, de 2025, dia em que me encontrava mais pachorrento. 

João José Brandão Ferreira, Oficial Piloto Aviador (Ref.) 

1 Noutra versão Pandora foi enviada por Júpiter com a intenção de agradar ao homem. Entregou-lhe, então, uma caixa em que cada Deus colocou um bem. Pandora abriu a caixa e os bens escaparam excepto a Esperança. 

2Da trilogia “Fé, Esperança e Caridade” 

3“Dicionário da Língua Portuguesa”, Eduardo Pinheiro, Livraria Figueirinhas, Porto. 

Fonte: O Adamastor

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Clemente XII e a condenação da Maçonaria

Da leitura da Bula que contra os franco-mações publicou o SS. Pontífice Clemente XII, a 27 de Abril de 1738, extraímos os pontos principais, para instrução e precaução dos fiéis.
São palavras textuais as seguintes:
1º «Com todo o nosso poder apostólico, determinamos e decretamos, condenar e proibir, como condenamos e proibimos, pela nossa presente Bula, para sempre valiosa, as ditas sociedades, juntas, ajuntamentos, congregações, assembleias ou conventículos de Pedreiros-livres, Franco-mações, ou qualquer que seja o seu nome.»
2º «Em virtude de santa obediência, ordenamos a todos e a cada um dos fiéis cristãos, de qualquer estado, grau, condição, ordem, dignidade e proeminência que sejam, leigos ou eclesiásticos, tanto seculares como regulares… que nenhum, debaixo de qualquer pretexto, ou estudada côr, se atreva ou presuma entrar nas sobreditas sociedades de Pedreiros-livres ou Franco-mações… nem propagá-las, abraçá-las, ou em suas casas, ou domínios, ou em parte alguma recebê-los e ocultá-los; nelas alistar-se, agregar-se ou ter parte, nem também dar poder ou comodidade para que em parte alguma se convoquem, nem ministrar-lhes coisa alguma, ou prestar-lhes conselho, auxílio ou favor, abertamente ou em segredo, directa ou indirectamente, por si ou por outros, de qualquer modo; nem exortar sequer, induzir, provocar ou persuadir a outros que se alistem, conservem ou intervenham em tais sociedades, ou de qualquer modo as ajudem e fomentem; mas antes, que totalmente se devem abster das mesmas sociedades, das suas reuniões, ajuntamentos, congregações, assembleias e conventículos; sob pena de excomunhão, ipso facto, da qual ninguém poderá ser absolvido (excepto em artigo de morte) senão por Nós, ou pelo Romano Pontífice que nesse tempo existir.»
Aqueles, pois, que por ignorância tenham dado seu nome à Franco-maçonaria, aí têm o suficiente, para verem se devem ou não continuar a incorrer em tão graves penas como é a excomunhão.

«Voz de S. António: Revista Mensal Ilustrada», 2º Ano, Nº 17, Maio de 1896


Fonte: Veritatis

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

1 de Março, 18h00 - Ciclo Coral e Instrumental "São Rosas, Senhores!" - 9.º concerto - Comemoração dos 400 anos da Canonização de Santa Isabel de Portugal

No próximo dia 1 de Março, às 18h00, a Confraria da Rainha Santa Isabel prossegue Ciclo Coral e Instrumental, integrado na comemoração dos 400 anos da Canonização de Santa Isabel, Infanta de Aragão, Rainha de Portugal e Padroeira da cidade de Coimbra.

Este 9.º concerto, do referido Ciclo Coral e Instrumental, realiza-se na Sala do Capítulo do Mosteiro de Santa Clara-a-Novacom a participação do "Coro da SRCOM" do "Chorus Ingenium" e do "Coro ADVOCAL".

Recorda-se que este Ciclo Coral e Instrumental "São Rosas, Senhores!é pessoalmente coordenado pelo Maestro Doutor Paulo Bernardino e conta com a participação dos grupos corais e instrumentais da cidade de Coimbra e sua região.

A entrada é livre.

A Confraria da Rainha Santa Isabel conta com a participação atenta de todos!

domingo, 23 de fevereiro de 2025

10 coisas que irá perder se for à Missa Tradicional

1. Acólitas 

Pode procurar quanto quiser, não as vai encontrar. A justificação para esta inovação moderna vem do Código de Direito Canónico de 1983, e de uma clarificação vinda de Roma em 1994. No Rito Tradicional – que usa as normas e a liturgia de 1962 – a existência de “acólitas” não é permitida.

2. Leigos leitores 

Apenas o padre – na Missa Rezada – ou o Diácono e Subdiácono – na Missa Solene - podem ler as Leituras e o Evangelho uma vez que, obviamente, esta é uma função litúrgica. De facto, antes da sua supressão pelo Papa Paulo VI em 1972, as ordens menores incluíam a ordem de “Leitor” para este mesmo propósito. Faziam parte do caminho para o sacerdócio.

3. Ministros Extraordinários da Comunhão

Ou, como são erradamente chamados por vezes: Ministros da Eucaristia. No Rito Romano Tradicional não irá encontrar em parte alguma. Verdadeiros exércitos de leigos – muitas vezes mulheres – tomando de assalto o Presbitério, com trajes seculares, para ajudar na distribuição da Sagrada Comunhão. Quando alguém assiste à Missa Tradicional é garantido que apenas receberá Comunhão distribuída pelas mãos consagradas de um sacerdote.

4. Comunhão na mão

Na Missa Tradicional os fiéis recebem a Comunhão tal como todos os Católicos Ocidentais receberam desde o Primeiro Milénio: ajoelhados e na língua. Isto é, claro, um meio através do qual a Igreja demonstra reverência pela Eucaristia e a nossa certeza firme na Presença Real de Nosso Senhor na Eucaristia. É uma forma de proteger a Sagrada Comunhão de ser profanada.

5. Missa rezada de frente para o povo – versus populum

Não acontece na Missa Tradicional. Tal como o piloto de um avião ou o condutor dum carro, o Padre olha na mesma direcção que os fiéis durante a Missa – ad orientem (para Oriente). É importante relembrar que o Santo Sacrifício da Missa é uma acção direccionada a Deus, e não simplesmente uma cerimónia ou uma conversa entre amigos.

6. Má música

Na Missa Tradicional, não vai encontrar “adaptações” de músicas protestantes nem vai ver autênticos “bailes” dentro da Igreja. No Rito Tradicional vai ficar-se pelo silêncio sagrado da Missa Rezada ou, então, vai ouvir os Próprios cantados, Canto Gregoriano ou, até, Palestrina, Mozart e Bach numa Missa Solene.

7. Estar de pé quando é suposto ajoelhar

Ainda que se mantenha de pé em algumas partes da Missa há, no entanto, três ocasiões distintas nas quais irá ajoelhar-se, em vez de estar de pé: durante o Credo – “E encarnou pelo Espírito Santo…”, para receber a Sagrada Comunhão e, também, para a bênção no final da Missa – depois do “Ite, Missa est”.

8. Improviso 

Na Missa Tradicional, não estará sujeito à personalidade do celebrante, tentativas de humor, ou preferências pessoais do sacerdote. As rubricas do Rito Antigo são muito precisas – alguns dirão “rígidas” – e são assim por um bom motivo: o Rito exige obediência e fidelidade. De facto, foi-nos dado – ao padre e também aos fiéis – e, assim, forma-nos em vez de ser formado por nós.

9. Paz de Cristo

No Rito Antigo, não há interrupção da Missa para conhecer ou cumprimentar o sujeito – e, talvez, a sua família - que se senta no banco atrás do seu. Portanto, não haverá nada, neste momento, que vá desviar a sua atenção do Altar. Estamos todos a percorrer a Liturgia, apenas focados em Nosso Senhor na Sagrada Eucaristia.

10. A língua vernácula 

Este ponto deveria ser óbvio, mas é, ainda assim, importante referi-lo. A língua litúrgica do Rito Romano – o Latim – vai ser ouvido na Missa celebrada na Forma Tradicional do Rito, tal como tem acontecido desde o século III. Porém, e obviamente, a homilia – ou sermão – será proferida na língua vernácula.

Brian Williams in liturgyguy.com

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

A Irmã Lúcia descreveu a enorme Fé da pequenina Jacinta

Pouco tempo antes de ir para o hospital, [a Jacinta] dizia-me:
 
- Já me falta pouco tempo para ir para o Céu. Tu ficas cá para dizeres que Deus quer estabelecer no Mundo a devoção do Imaculado Coração de Maria. Quando for para dizeres isso, não te escondas.

Diz a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria; Que lhas peçam a ela; que o Coração de Jesus quer que, a Seu lado, se venere o Coração Imaculado de Maria; que peçam a paz ao Imaculado Coração de Maria, que Deus lha entregou a ela.

Se eu pudesse meter no coração de toda a gente o lume que tenho cá dentro no peito a queimar-me e a fazer-me gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria...

in Memórias da Irmã Lúcia III, nº9, p.112

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

SAR D. Afonso de Bragança no lançamento do livro "Deus Pátria Rei"

Decorreu no passado dia 14 de Fevereiro ao final da tarde no Grémio Literário, com a honrosa presença do Príncipe da Beira D. Afonso de Sta. Maria, o lançamento do livro “Deus Pátria Rei, uma antologia de textos de Jacinto Ferreira, editado pela Chancela “Razões Reais”. Este constituiu uma merecida homenagem da Real Associação de Lisboa (RAL) e da família do autor, ao prestigiado académico, veterinário, político e publicista monárquico, fundador do jornal “O Debate” que foi entre 1951 e 1974 o maior jornal monárquico e a única publicação de teor político tolerada pelo Estado Novo.

Para este evento acorreu numeroso público que encheu o salão reservado para o efeito, tendo a sessão, dirigida pelo presidente da RAL João Távora, sido iniciada com umas palavras de boas-vindas por parte do Presidente do Grémio Literário Dr. António Pinto Marques, às quais se seguiram as intervenções de José Mendonça da Cruz, editor e organizador da obra; dos Drs. José Miguel Sardinha e Rafael Ferreira, respectivamente neto e filho do homenageado, tendo a sessão sido encerrada com uma alocução do Prof. Manuel Braga da Cruz, o prefaciador da antologia.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Da desagregação familiar na sociedade capitalista

Nunca é demais repetir que aquilo que destruiu a Família no mundo moderno foi o Capitalismo. Sem dúvida, poderia ter sido o Comunismo, caso este tivesse alguma oportunidade fora daquele deserto semi-mongol onde de facto floresce. Mas no que nos diz respeito, o que desfez os lares, encorajou os divórcios e tratou as antigas virtudes domésticas com um desprezo cada vez maior, foi a época e o poder do Capitalismo. Foi o Capitalismo que fomentou um conflito moral e uma competição comercial entre os sexos; que destruiu a influência dos pais em favor da influência dos patrões; que empurrou os homens para fora dos seus lares em busca de empregos; que os forçou a viver perto das fábricas ou das empresas, em vez de perto das suas famílias; e, acima de tudo, que encorajou, por razões comerciais, um espectáculo de publicidade e novidades berrantes, que são, por natureza, a morte de tudo o que os nossos pais e mães chamavam de dignidade e modéstia. Não foi o bolchevique, mas sim o patrão, o publicitário, o vendedor e o comerciante que, como uma turba desenfreada de bárbaros, derrubaram e pisotearam a antiga estátua romana da Verecúndia.

G. K. Chesterton in «The Well and the Shallows», 1935


Fonte: Veritatis

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

23 de Fevereiro, 17 horas - "Missa Brevis" de Jacob de Haan na Igreja da Rainha Santa Isabel

No seu programa de comemoração dos 400 anos da Canonização de Santa Isabel de Portugal e dos 700 anos da sua peregrinação a Santiago de Compostela,  em que procura oferecer à cidade de Coimbra momentos culturais únicos, a Confraria da Rainha Santa Isabel vai acolher a Escola de Artes de Penacova no dia 23 de Fevereiro, às 17h00, na Igreja da Rainha Santa Isabel, Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra.

Escola de Artes de Penacova irá executar a Missa Brevis do compositor contemporâneo holandês, Jacob de Haan.


A entrada é livre!


Espera-se a presença de todos no Santuário de Santa Isabel de Portugal.


Com os melhores cumprimentos,

Pela Mesa Administrativa da Confraria da Rainha Santa Isabel,

Joaquim Leandro Costa e Nora

domingo, 16 de fevereiro de 2025

CRITICA XXI - NÚMERO 9 . OUTONO 2024


Neste número da Crítica XXI, Jaime Nogueira Pinto, em “Utopias, da Primeira à Última”, faz uma história do pensamento utópico a propósito do filme de Francis Ford Coppola, Megalopolis. Partindo da utopia de Morus e passando por Marx e pelas distopias do século XX, chega ao chamado wokismo ou progressismo radical como última utopia.

É também desta família “utópica” que se ocupa Carlos Blanco de Morais em “Contracultura e Rebelião das Minorias Identitárias”, estudando os movimentos que, à esquerda e em nome das identidades e culturas “oprimidas”, contestam as actuais democracias liberais euroamericanas.

Miguel Freitas da Costa trata do famoso Der Untergang des AbendlandesA Decadência do Ocidente, de Oswald Spengler, um livro de grande sucesso e importância quando saiu, em 1918, e que volta a ter influência nestes tempos de pessimismo.

“É Tintim um herói católico?” é a pergunta de António Leite da Costa, um grande conhecedor e admirador do adolescente belga criado por Hergé.

Em “Destrivialização do Juízo moral e Hipermoralismo”, João Tiago Proença parte da ideia de que a Revolução Francesa, ao dessacralizar a legitimidade do poder, consagrou a autoridade do dinheiro e das armas – poderes essencialmente materiais.  Modernamente, defende o autor, dada a ausência de legitimidade transcendente, essa legitimidade assente no nada parece ter desembocado numa nova trivialização do juízo moral sob a forma de um hipermoralismo esvaziado orgulhoso do seu maniqueísmo.

Este ano de 2025 é também o dos 200 anos do nascimento em 1825 de Camilo Castelo Branco. A partir de algumas considerações gerais sobre o romance e o romantismo, Carlos Maria Bobone, em “Os Brilhantes de Camilo”, jogando com o título Os Brilhantes do Brasileiro, abre um tempo de celebração do grande escritor.

O liberalismo conservador, uma ideologia que tem visto os seus dois termos afastarem-se, acabou por não ter grande presença ou destino em Portugal. Rui Ramos, em “As origens do liberalismo conservador em Portugal”, reflecte sobre essa realidade política e ideológica através da vida e obra de um seu representante na primeira metade do século XIX, José da Silva Carvalho.

Completam esta edição as Notas Críticas de Miguel Freitas da Costa, Carlos Maria Bobone e Jaime Nogueira Pinto de livros de Christophe Guilluy, Pedro Serra-Lino, Pedro Correia e João Van Zeller.

 DIRECÇÃO JAIME NOGUEIRA PINTO E RUI RAMOS

Fonte: Critica  XXI

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Wokismo: A última utopia? Conversa/debate com Jaime Nogueira Pinto, Rui Ramos, Helena Matos, Teresa Nogueira Pinto e Inês Pinto Basto

Por ocasião da apresentação do n.º 9 da Revista Crítica XXI, acompanhada de uma conversa/debate sobre Wokismo: A Última Utopia?, com a participação de Jaime Nogueira Pinto, Rui Ramos, Helena Matos, Teresa Nogueira Pinto e Inês Pinto Basto.

Esperamos por si!


Fonte: Revista Crítica XXI

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Cortesia e humildade

A cortesia não se destaca das outras virtudes; antes pelo contrário, é uma qualidade que se encontra em todas elas. Tem algo que ver com reverência, humildade e castidade. 

É moldada pela caridade, o molde de todas as virtudes, para a qualidade da misericórdia. É a beleza de uma vida de valor e generosa.

A cortesia é, acima de tudo, reverência para com o seu semelhante.

Num cavalheiro cristão, é o hábito tornado possível pela fé e pela caridade, um olhar que vê em todo o homem, grande ou pequeno, a brilhante imagem da Trindade, um irmão pelo qual morreu Cristo.

O indivíduo cortês tem uma atitude de “adoração” para com o seu semelhante: por pequenas atitudes de gentileza, ele realça a sua importância, a sua dignidade, como pessoa humana.

No rito do casamento - “eu te amo com o meu corpo” - rende-se cortesia à esposa no próprio acto da consumação do amor pelo matrimónio. O cavalheirismo e o decorrente respeito são a própria essência do amor do noivo.

A cortesia está intimamente ligada à humildade.

G. K. Chesterton in 'Laughter and Humility'

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

21 de Fevereiro,18h30 - "The Madeleine Choir School" na Igreja da Rainha Santa Isabel

No seu programa de comemoração dos 400 anos da Canonização de Santa Isabel de Portugal e dos 700 anos da sua peregrinação a Santiago de Compostela,  em que procura oferecer à cidade de Coimbra momentos culturais únicos, a Confraria da Rainha Santa Isabel vai acolher o coro "The Madeleine Choir School" no dia 21 de Fevereiro, às 18h30, na Igreja da Rainha Santa Isabel, Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra.

O coro "The Madeleine Choir School" pertence a uma escola católica de Salt Lake City, Utah, Estados Unidos da América do Norte e encontra-se em digressão por Portugal, onde irá entoar os seus cânticos, alguns de autores portugueses, em Lisboa, Fátima, Porto, Braga e Coimbra.


A entrada é livre!


Espera-se a presença de todos no Santuário de Santa Isabel de Portugal.


Com os melhores cumprimentos,

Pela Mesa Administrativa da Confraria da Rainha Santa Isabel,

Joaquim Leandro Costa e Nora

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

A Ilusão Republicana e a Fraqueza dos Candidatos


Esta imagem compara uma república em declínio e caótica (esq.) com uma Monarquia estável (dir.)

 As declarações de Pacheco Pereira no programa “O Princípio da Incerteza”, evidenciam a fragilidade dos actuais candidatos presidenciais, refletindo a pobreza argumentativa que domina o discurso republicano contemporâneo. Pacheco Pereira, como habitual, constrói uma narrativa que oscila entre o alarmismo e a superficialidade, sem jamais enfrentar a verdadeira questão: a crise estrutural da república e a farsa da sua suposta legitimidade democrática.

Primeiro, a ideia de que a força de um candidato presidencial, como o Almirante Gouveia e Melo, reside em "pôr o país na ordem" é ridicularizada com insinuações sobre o populismo. No entanto, não se questiona porque razão os políticos necessitam de ser "postos na ordem". A resposta é evidente: a república gerou uma classe política profissional, alheia ao interesse nacional, que se perpectua no poder através de jogos partidários. O sistema republicano falhou em representar os cidadãos e agora teme qualquer figura que não pertença ao seu círculo fechado.

Segundo, a discussão sobre potenciais candidatos roça o absurdo. Leonor Beleza, apesar da sua competência e experiência, não se dispõe a entrar neste teatro político, e compreende-se. Já a inclusão de Cristina Ferreira na conversa revela a decadência da república. Em vez de um chefe de Estado com formação e um sentido de dever para com o país, a república oferece-nos um casting para um papel populista, onde a notoriedade é mais importante do que a competência.

Ainda mais revelador é o reconhecimento da fraqueza dos nomes que efectivamente circulam como candidatos. Marques Mendes, antigo líder do PSD, nunca demonstrou a envergadura política necessária para ocupar o cargo, sendo mais conhecido pelos seus comentários televisivos do que por uma visão de Estado. Já António Vitorino, veterano socialista, carrega consigo o peso do carreirismo partidário, sendo mais um exemplo da classe política que se recicla indefinidamente sem qualquer renovação substancial. A própria ausência de nomes fortes revela o esgotamento do regime republicano, incapaz de apresentar lideranças genuinamente mobilizadoras.

Esta constatação leva-nos a uma questão ainda mais profunda: será o problema apenas a qualidade dos candidatos ou o próprio modelo que os produz? A própria incerteza em torno dos candidatos evidencia o vazio de liderança no sistema republicano. Nomes como Marques Mendes e António Vitorino são mencionados sem entusiasmo, como opções por falta de alternativas viáveis, e não por um genuíno apoio popular. Trata-se de figuras recicladas do sistema, cuja presença na política é ditada mais pela conveniência partidária do que por qualquer verdadeira vocação para a liderança nacional.

Mais do que a fraqueza dos candidatos, o problema reside no próprio modelo republicano, que se tornou um circuito fechado de favores e clientelismo. As eleições presidenciais, em vez de oferecerem uma escolha real aos portugueses, resumem-se a um desfile de nomes previsíveis, onde a disputa não se dá entre visões diferentes para o país, mas sim entre variações da mesma elite político-mediática. A república transformou a política num espectáculo televisivo, onde os candidatos não precisam de ideias ou de serviço público comprovado—apenas de reconhecimento mediático e apoios partidários nos bastidores.

A solidez da monarquia surge, então, como resposta a este caos. Ao contrário de um presidente, que é invariavelmente um produto partidário, um rei não deve favores a financiadores de campanha nem precisa de negociar cargos e favores em troca de votos. O monarca é um chefe de Estado isento, que representa a nação na sua totalidade, e não uma facção política.

A república vendeu-nos a ideia de que o sufrágio universal assegura a representação popular, mas o que vemos é uma repetição do mesmo ciclo vicioso, onde apenas os nomes mudam e os problemas se mantêm. A monarquia, ao estabelecer uma continuidade histórica e ao afastar-se da lógica eleitoralista, proporciona estabilidade, identidade e representação verdadeira.

Portugal não precisa de mais um presidente fraco, refém de compromissos políticos e incapaz de enfrentar os desafios estruturais do país. Precisa de uma liderança que transcenda os ciclos eleitorais e que represente verdadeiramente a identidade e os valores nacionais. Se o debate presidencial se reduz à escolha entre comentadores, ex-governantes reciclados e figuras mediáticas, talvez a questão que devamos colocar não seja “quem será o próximo presidente?”, mas sim “porque continuamos a insistir num modelo falhado?”.

Portanto, enquanto os comentadores republicanos debatem qual será o próximo rosto de um regime falhado, a verdadeira questão é: até quando Portugal se submeterá a esta ilusão republicana? Talvez seja tempo de considerar uma alternativa que já provou a sua eficiência ao longo da nossa história: A Monarquia.

José Aníbal Marinho Gomes


Fonte: Causa Real

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Evocação do Aniversário da Rainha Santa Isabel - 11 e 15 de Fevereiro


No próximo dia 11 de Fevereiro, assinala-se mais um aniversário do nascimento terreno de Santa Isabel, Infanta de Aragão, Rainha de Portugal e Padroeira da cidade de Coimbra.

No seu programa de comemoração das datas mais significativas da vida terrena de Santa Isabel de Portugal e da devoção que lhe é prestada, nomeadamente, neste ano de 2025, no programa comemorativo dos 400 anos da Canonização de Santa Isabel de Portugal e dos 700 anos da sua peregrinação a Santiago de Compostela, a Confraria da Rainha Santa Isabel vai evocar no dia 11 de Fevereiro o Aniversário natalício de Santa Isabel de Portugal, mandando celebrar às 18h00 desse dia, na Igreja da Rainha Santa Isabel, Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em CoimbraMissa de acção de graças pela exemplar vida acontecida da Padroeira da cidade de Coimbracelebração que será presidida pelo Confrade Padre Nuno Filipe Fileno e animada pelo coro litúrgico da Igreja da Rainha Santa Isabel. 

 

No Sábado seguinte, dia 15 de Fevereiro, igualmente às 18h00 e também na Igreja da Rainha Santa Isabel, realizar-se-á um recital de fado de Coimbra, sob o título "Proposta de acompanhamento de Missa pelo fado de Coimbra"recital quase inédito na cidade.

Este recital, pelo grupo de antigos estudantes de Coimbra "Tertúlia do Fado", será uma homenagem da cidade de Coimbra à Rainha Santa Isabel, sua excelsa padroeira.

A entrada é livre!


Espera-se a presença de todos no Santuário de Santa Isabel de Portugal nesta evocação em louvor da Padroeira da cidade de Coimbra.

Com os melhores cumprimentos,

Pela Mesa Administrativa da Confraria da Rainha Santa Isabel,

Joaquim Leandro Costa e Nora