" Agora, já neste Outubro de 51, em que a morte adejou sobre o leito dourado de Versalhes, Corrêa de Oliveira enviou à Rainha este formosíssimo soneto, cheio daquela inimitável unção, daquele bíblico jeito de murmúrio que ele põe, cada vez mais, nos versos em que escreve e em que reza:
" Pelo Sinal "
( à Santa Padroeira dos meus versos, Rainha- Nossa )
Se poeta eu fui, Senhora,
Deus o destinou? Pois sim!
Mas sem Vós, - pobre de mim! -
Mal o fora... e já não fora.
A escuridão, logo à aurora.
E, poeta,é ser assim
Qual um palmo de jardim.
Abrindo ao sol, dia em fora.
E rezo, ao vê-los na estante
Ou na saudade, alma adiante,
Tanto Portugal do Além:
- « Oh versos meus, minha vida!
Pelo Sinal da Rainha
E em nome de Deus...Amen! »
Leitão de Barros, « Amélia Raínha de Portugal, Princesa de França »
Cristina Ribeiro
Fonte: Estado Sentido
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