No passado sábado, dia 31 de Maio, a Casa do Povo de Alvalade engalanou-se para assinalar o 180º aniversário da passagem e estadia do Rei D. Miguel I, deposto na sequência da guerra-civil de 1832/34, entre liberais e absolutistas. E se em 1834, Alvalade proporcionou ao Rei D. Miguel I uma estadia tranquila, acolhedora e garantindo que nada faltasse ao régio viajante e respectiva comitiva (para muitos terá sido a melhor recepção e acolhimento que teve ao longo do seu percurso entre Évora e Sines, onde embarcou para o exílio), 180 anos depois Alvalade honrou novamente os seus pergaminhos acolhendo calorosamente S.A.R. a Senhora Dona Isabel de Bragança, S.A. Dom Miguel de Bragança, Duque de Viseu e muitos outros membros da Casa de Bragança, mas também o Embaixador do Luxemburgo, Paul Schmit, vários representantes da família Albino Figueira, descendentes dos Lança Parreira, a família Lobo de Vasconcellos, de Santiago do Cacém, entre muitos outros convidados, para um programa que pretendeu assinalar a efeméride e que teve o seu epicentro na sede da Casa do Povo e no local onde existiu a residência da família Lança Parreira, em plena praça D. Manuel I. A Câmara Municipal de Santiago do Cacém fez-se representar pelo Vereador da Cultura, Norberto Barradas.
O salão de festas da Casa do Povo, onde já se viveram muitos momentos altos da vida social e cultural de Alvalade, guarda agora mais uma página importante da História da freguesia. Naquelas paredes vão ecoar durante muitos anos as palavras simples e hospitaleiras dos anfitriões locais (presidentes da Casa do Povo e da Junta de Freguesia), mas também as duas comunicações/palestras brilhantes a cargo de Francisco Lobo de Vasconcellos e Manuel Braga da Cruz, sobre o percurso e estadia de D. Miguel I, a origem e as ligações familiares dos Lança Parreira e o enquadramento histórico e político do curto reinado de D. Miguel I e da sua vida no exílio.
No local onde esteve a residência da família Lança Parreira, que acolheu D. Miguel I no dia 31 de Maio de 1834, foi descerrado um painel evocativo da efeméride (na fotografia) assinalando e perpectuando a data das comemorações.
A presença de S.A.R. a Senhora Dona Isabel de Bragança conferiu um brilho muito particular às cerimónias, que pela sua simplicidade e simpatia ficará eternamente no coração e na memória dos alvaladenses.
Fonte: Alvalade.info
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