Na véspera deste 10 de Junho, em cujas comemorações na Régua, perante as honras militares que as tropas lhes prestavam, António Costa usava o telemóvel enquanto o Presidente da República se mantinha em sentido face às forças que desfilavam, o primeiro-ministro veio defender a actuação do sistema de informações do Estado, para além de segurar outros membros do Governo. Costa provocou Marcelo ao determinar a presença do ministro rufia João Galamba, que foi apupado pelo povo na cerimónia.
Mas quem António Costa quer proteger não é a secretária-geral do SIRP, a embaixadora Graça Mira Gomes, mas o vogal do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa, o ex-secretário de Estado Mário Belo Morgado. Tal como os demais membros da camarilha socialista, entende que nada de ilegal ou irregular se passou no caso do empenhamento do SIS na recuperação do computador do assessor Frederico Pinheiro, e das eventuais mensagens de Whatsapp comprometedoras do Governo.
Deste Conselho de Fiscalização faz parte a ex-ministra Constança Urbano de Sousa (filha do Provedor de Justiça e ex-presidente do Tribunal de Contas, Alfredo José de Sousa) e pelo deputado (do PSD) Joaquim da Ponte, farmacêutico.
O juiz-conselheiro e empresário Mário Belo Morgado (MBM) é o operacional socialista para os assuntos das polícias e da justiça. Maçon da Loja 25 de Abril do Grande Oriente Lusitano (GOL), obediência que também cumpre o líder do PSD Luís Montenegro (Loja José Estêvão), conforme lista publicada no blogue Do Portugal Profundo em 1-9-2012. Apesar de desprezado pelos seus pares, o ex-vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura, Mário Belo Morgado, insiste e consta estar em intensa campanha para presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), do dito Conselho de Fiscalização do SIRP.
Note-se que a pertença de magistrados viola o “Compromisso Ético dos Juízes Portugueses – Princípios para a qualidade e responsabilidade“, aprovado em 23-11-2008, no oitavo Congresso dos Juízes Portugueses, documento onde se recomenda que “O juiz não integra organizações que exijam aos aderentes a prestação de promessas de fidelidade ou que, pelo seu secretismo, não assegurem a plena transparência sobre a participação dos associados“, como a Maçonaria.
António Balbino Caldeira, Director do Inconveniente
Fonte: Inconveniente
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