Fernando Pessoa nasceu em 13 de Junho de 1888, na cidade de Lisboa, Portugal. Ele é um dos mais importantes poetas da língua portuguesa e uma figura central do Modernismo português. Sua poesia é lírica e nacionalista, voltada para temas tradicionais de Portugal e permeada por um lirismo saudosista. Pessoa expressou reflexões sobre seu "eu profundo", inquietações, solidão e tédio. Além disso, ele criou heterónimos, poetas com personalidades próprias, que escreveram sua poesia e exploraram os dramas do homem de seu tempo.
Fernando Pessoa criou vários heterónimos, cada um com uma personalidade e estilo literário distintos. Alguns dos principais são:
- Alberto Caeiro: Um poeta bucólico e naturalista, conhecido por sua simplicidade e visão objectiva da natureza.
- Ricardo Reis: Inspirado na poesia clássica greco-latina, com um tom estóico e melancólico.
- Álvaro de Campos: Um heterónimo modernista, com uma voz mais urbana, cosmopolita e experimental.
- Bernardo Soares: Não exactamente um poeta, mas um semi-heterónimo que escreveu prosa poética, especialmente no "Livro do Desassossego".
Esses heterónimos representam diferentes facetas da mente criativa de Pessoa e enriquecem sua obra com perspectivas variadas.
Porque o nosso Príncipe das Letras era Monárquico, escreveu:
‘A República tem durado, sim; mas tem durado de uma maneira irregular, cortada constantemente por movimentos vários, monárquicos e outros, e em perpétua atitude de sobressalto, de defesa e de confusão. E como esses vários movimentos não têm sido motins vulgares, de rua, mas revoluções em forma, algumas vitoriosas, em que entram regiões inteiras do país (como na restauração monárquica no Norte) e grandes forças do exército e numerosos civis, tem havido, ao que parece, ambiente e atmosfera para os dois lados. De modo que nada autoriza a que afirmemos que o 5 de Outubro teve mais «carácter nacional» que qualquer outra revolução ou revolta.’
Fernando Pessoa | «Na Farmácia do Evaristo», Circa 1925
'Um período revolucionário é sempre uma ditadura de inferiores.
A situação de Portugal, proclamada a República, é a de uma multidão amorfa de pobres-diabos, governados por uma minoria violenta de malandros e de comilões. O constitucionalismo republicano, para o descrever com brandura, foi uma orgia lenta de bandidos estúpidos.'
Fernando Pessoa | Da República (1910-1935)
'A Monarquia, ainda que má, tem ao menos de seu o ser decorativa. Será pouco socialmente, será nada nacionalmente. Mas é alguma coisa em comparação com o nada absoluto que a República veio (a) ser.’
‘O que é preciso, pois, é estabelecer uma fórmula de transição que sirva de declive natural para a MONARQUIA FUTURA.'
Fernando Pessoa | Poeta, escritor, publicitário e metafísico Português
‘O Rei reside em segredo
No governar da Nação,
Que é um realismo com medo
Chama-se Nação ao Rei
E tudo isto é Rei-Nação.’
- Fernando Pessoa, 1935
'A pátria e a grei,
Grita com fogo de esperança,
Vozes que chamem
O Rei!
E ao abismo do futuro clama
Por quem enfim
Vier, régia lusitana chama!
Pelo Rei que a Esperança chama,
Grita, clarim!'
Sem comentários:
Enviar um comentário