Herdeiro do trono defendeu no Clube dos Pensadores, em Gaia, que a Constituição portuguesa "não é verdadeiramente democrática".
"O euro é em boa parte responsável pela crise que vivemos. Combati-o desde o início e nessa altura Paulo Portas, por exemplo, concordava comigo. Não sei se é viável neste momento retomarmos o escudo. Talvez a solução seja os países do Sul da Europa terem uma moeda comum, embora o que eu preferisse fosse uma moeda da CPLP, com Portugal a ter a mesma moeda que Angola, Brasil e os restantes membros", defendeu D. Duarte Pio, no Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia, perante uma plateia de quase uma centena de simpatizantes da causa monárquica que ouviu o herdeiro do trono de Portugal sobre alguns temas da actualidade, aplaudindo em particular propostas como esta.
Mais do que sobre a actualidade, D. Duarte aproveitou as interpelações do público para responder sobre a possibilidade de reintroduzir o tema da monarquia na agenda política. "A Constituição actual não é verdadeiramente democrática, porque impede um referendo sobre a monarquia", referiu o Duque de Bragança, argumentando sobre a importância de criar um "lobby" junto de alguns deputados para conseguir compromissos antes das eleições legislativas de modo a alcançar uma maioria de dois terços para alterar a Constituição.
Relacionado com o actual momento do país, D. Duarte Pio salientou a importância de combater a corrupção e governar eficientemente e não evitou responder a perguntas mais provocatórias da audiência, salientando que o essencial num cargo de chefe de estado é manter a dignidade quando perguntado sobre o que faria se lhe chamassem "palhaço", numa alusão à recente polémica que envolveu o Presidente da República.
Fonte: DN
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