Neste Ano de 2014 que agora finda, a Causa da Monarquia cresceu como não há memória. Para muitos portugueses consumou-se o seu desquite com o passado, o mesmo é dizer com o republicanismo, quebrando o seu pacto com o Estado das Coisa republicano.
Deliberadamente ou não, seja por má-fé ou simples e gritante ignorância, os roteiristas do sistema continuam a confundir formas de Estado com regímenes políticos.
Deliberadamente ou não, seja por má-fé ou simples e gritante ignorância, os roteiristas do sistema continuam a confundir formas de Estado com regímenes políticos.
Estranha educação, esta, que tutela os cérebros das crianças e dos jovens portugueses, que num sintoma – esse sim - de tique ditatorial confunde democracia com república, englobando-as como se fossem uma mesma coisa, e equipara monarquia às restantes opções como se não fossem tão díspares como o rico azeite do fel vinagre. Querem os escrivães porventura insinuar que o Reino Unido não é uma democracia, ou a Noruega, ou Espanha, ou os Países Baixos, ou a Suécia, ou…, ou… - podia dar 45 exemplos!
Desconhecem muitos escribas os mais elementares rudimentos da ciência política: com a Restauração da Monarquia não se pretende um regresso ao passado, mas uma novel Monarquia que assentará numa autoridade régia ajustada ao tempo e realidade dos nossos dias. Será um regímen político que concilia a forma de governo monárquico - em que a Chefia do Estado se transmite por via hereditária - com a subsistência de uma Constituição. Será uma Monarquia Constitucional sobre a forma de governo de uma Monarquia Parlamentar, que assenta na legitimidade democrática, pois os órgãos que efectivamente exercem o poder político conquistam a sua legalidade e legitimidade das eleições por sufrágio directo e universal. Assim sendo, originariamente, o poder reside no Povo, contudo exerce-se sob a forma de governo monárquico. O Parlamento será democraticamente eleito, e o primeiro-ministro deterá o poder executivo, pois o Monarca adjudica o poder e permanece apenas com a posição de titular. O Rei será a chave de toda a estrutura política, pois como Chefe de Estado e Chefe Supremo da Nação com o Poder Moderador, incansavelmente guardará a manutenção da independência e estabilidade dos mais Poderes Políticos. O Rei será o “defensor do equilíbrio da Nação” – como foi estatuído nas Cortes de 1211.
Se, os ideólogos do regime republicano, não desconhecem a teoria política e tem antes missão sombria, tal confusão mal-intencionada só pode ser carpo do desespero ou melhor da desesperança perante o modelo republicano falido que as flanelas da imprensa do sistema continuam a defender sem procuração. A esta aflição republicana não é estranha, naturalmente, a acção do movimento da Causa Monárquica que tem demonstrado as virtudes e vantagens de se voltar a chamar o Rei – esse sim livre de estranhas tutelas!
Mas não foi um ano só de vitórias para a Monarquia, pois vimos partir o Amigo David Garcia para a Casa do Senhor. O falecimento do companheiro de luta na Causa da Monarquia foi uma fatalidade marcante, pois era nosso amigo e colega da Plataforma de Cidadania Monárquica. Lembramos a sua incansável dedicação à Causa Monárquica como um exemplo e a sua amizade como uma memória sem preço: - DAVID GARCIA NUNCA SERÁS ESQUECIDO!
Miguel Villas-Boas
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