sábado, 21 de dezembro de 2024

Surpreendente testemunho

13.12.24


Ontem, fora de horas, tendo apanhado um Uber conduzido por um jovem negro, reparei no facto curioso de o mostrador do rádio exibir uma emissora de Luanda. Porque a viagem era longa, para fazer um pouco de conversa, perguntei-lhe se era natural da capital de Angola, ao que o motorista me respondeu que não, que era oriundo de Cabinda. Então, veio à liça a sua preocupação com o abandono do governo angolano deste riquíssimo enclave e da permanência do latente conflito do seu povo que sente merecer outra atenção, talvez o reconhecimento de alguma autonomia administrativa face a Luanda. Com um discurso estruturado e muito razoável face a este sensível imbróglio, foi com alguma surpresa da minha parte que o ouvi traçar rasgados elogios ao Duque de Bragança, que o jovem angolano considerou como um dos protagonistas com uma posição mais equilibrada e independente sobre o assunto.

De facto, há décadas que, longe dos holofotes e sem reclamar estrelato, o Senhor Dom Duarte percorre os territórios e comunidades da antiga portugalidade, onde é acarinhado e muito respeitado, a construir pontes e semear laços de paz.

Foi um surpreendente e consolador testemunho, este que ontem me foi dado viver. 

João Távora


Fonte: Real Associação de Lisboa

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Concerto de Natal da Confraria da Rainha Santa Isabel com a colaboração do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra - 22 de Dezembro,17 horas, Igreja da Rainha Santa Isabel


CONVITE:


     No próximo Domingo, dia 22 de Dezembro, pelas 17 horas, a Confraria da Rainha Santa Isabel vai oferecer a todos os membros da Irmandade e à cidade de Coimbra e sua região, um Concerto de Natal, que terá lugar na Igreja da Rainha Santa Isabel, do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra. 

     Este Concerto estará a cargo do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, que muito bondosamente acedeu ao convite da Confraria da Rainha Santa Isabel para ajudar a celebrar o Natal do Senhor neste ano de 2024.

Com os melhores cumprimentos,
Joaquim Costa e Nora

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

A Introdução da Árvore de Natal 🎄 Pelo Rei-consorte D. Fernando II em Portugal


Em meados do século XIX, o Rei-consorte Dom Fernando II - nascido Prinz Ferdinand August von Sachsen-Coburg-Gotha-Koháry -, marido de Sua Majestade Fidelíssima a Rainha Senhora Dona Maria II de Portugal, e primo do Príncipe Alberto - o Príncipe germânico marido da Rainha Vitória do Reino Unido -, foi o primeiro a introduzir o costume de armar e enfeitar a Árvore de Natal, no Reino de Portugal, país onde a tradição natalícia decorativa abrangia apenas o Presépio de que eram expoentes os de Machado de Castro, Barros Laborão e António Ferreira.
Com o nascimento do Príncipe Real Dom Pedro e dos infantes, Dom Fernando II – já Rei-consorte - começou a festejar o Natal segundo o costume germânico que experimentara durante a infância na gélida Alemanha. Assim, cortou uma árvore nórdica em Sintra e armou, no Palácio da Pena, a Árvore de Natal que enfeitou com bolas de vidro translúcidas de variadas cores e guloseimas, das coroas de advento. Além disso o próprio monarca se fantasiou de São Nicolau e distribuiu prendas à família, conforme o confirmam as inúmeras gravuras a carvão ilustradas pelo próprio Rei-artista, onde aparece vestido de São Nicolau ou onde o jovem Príncipe Real D. Pedro se encontra a enfeitar a Árvore.
Depois, até o costume se difundir pela nobreza foi um passo; disseminar-se-ia, então, pela burguesia e, finalmente, pelo Povo, para durar até aos dias de hoje.
só com a intervenção da realeza – sempre no momento certo -, no século XIX, é que esta tradição de enfeitar o Pinheiro de Natal, assim como demais decorações, se estendeu à restante Europa.
Preponderante na dispersão europeia do costume foi quando, em 1846, o Príncipe germânico Albert de Saxe-Coburgo-Gotha (Dinastia Wettin), marido de Sua Majestade A Rainha Vitória do Reino Unido, armou uma árvore de Natal no Castelo de Windsor. A enfeitar o Pinheiro de Natal, foram pendurados nos ramos, nozes pintadas de dourado, bolas coloridas, frutas cristalizadas diversas e de múltiplas cores cobertas de açúcar, pacotes de doces, enfeites de correntes de papel colorido. Flores e laços de tecido, também coloriam a árvore. Por fim, como iluminação, penduraram pequenas velas em potes de vidro cuja luz reflectia no pó de vidro espalhado para dar mais luminosidade e efeitos e contrastes de luz à árvore. Depois, bastou uma gravura da família real junto do pinheiro de Natal, e que haveria de ser publicada na revista Illustrated London News, para a tradição se estender por todo o domínio do Império Britânico e por toda a Europa cristã.

Miguel Villas-Boas

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Trump venceu, e agora?

Foi a loucura generalizada assim que o mundo acordou para a realidade: Trump acabara de vencer as eleições presidenciais de 2024, em todas as frentes, não deixando margens para dúvidas, numa votação sem igual e que pintou de vermelho o mapa americano. Incrédulos, os democratas, habituados a “corrigir” as pequenas margens de vantagem dos republicanos, foram arrasados por um “tsunami Trump” que não permitiu despejar, a meio da votação, toneladas de votos irregulares sobretudo de defuntos e menores de idade, como assistimos incrédulos no ano de 2020 em directo nas televisões (veja aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui). Este ano, não havia fraude que chegasse para o que estava a acontecer.

Trump ganhou o Senado, a Câmara dos Representantes e o Congresso. Varreu tudo. E porquê? Porque os americanos não perdoaram a quem os roubou. Senão vejamos:

Trump já tinha governado durante 4 anos. Deixou um legado de paz, economia a crescer, e melhorias das condições de vida. Mas tudo estava a correr demasiado bem, e antes que pudesse obter números históricos, eis que, o vírus criado em laboratório e já patenteado (veja aqui e aqui), se espalha precisamente em 2020 – depois da simulação feita pela elite mundial no Evento 201 em 2019 – quase um ano antes das eleições, para fazer tombar drasticamente a economia do país e culpar Trump de “incompetência” (como acabámos por observar na campanha eleitoral de Biden).

Nem assim, os objectivos dos democratas em 2020 – que desejavam uma derrota estrondosa de Trump para colocar uma marioneta senil do “deep state” na presidência dos EUA – foram alcançados. Por isso, foi necessário um recorrer a um plano B e assim, em directo na noite eleitoral, pudemos assistir com estupefacção, a uma paragem abrupta da aferição de votos assim que Trump descolou nas contagens, para a retomar depois com uma vantagem a pique (tipo foguete em direcção ao espaço, estão a ver?) do Biden senil (um marco histórico com mais de 81 milhões de votos, jamais alcançado por outros candidatos) e que nenhuma estatística explica de forma natural (veja aqui).



Os democratas sabendo que Trump reagiria, criaram mais um cenário fictício de uma invasão, pelos republicanos, ao Capitólio. Transformaram uma manifestação pacífica, de revolta mais do que legítima por fraude descarada, em tumultos extremados com violência e destruição. Exactamente como no Brasil (não há coincidências). Só que, as câmaras de vigilância não deixaram dúvidas, de que essas invasões tinham colaboradores internos. Porém, mesmo com provas documentais e testemunhais, o processo foi arquivado e quem o denunciou foi censurado pelos meios de comunicação corruptos. (veja aquiaquiaqui).

Mas o povo americano tem memória. Esperou resignado enquanto o caos foi-se instalando em todos os segmentos da sociedade americana e em 2024, aumentaram a vigilância e controlo nos Estados Chave para que desta vez não houvesse qualquer hipótese de manipulação dos resultados para que os democratas alcançassem outra vitória fraudulenta.

Ninguém votou massivamente, há 4 anos, num doente senil, provavelmente com doença de Alzheimer, como fizeram crer os media avençados mentirosos e corruptos. Os americanos podem ser doidos mas não são estúpidos a esse ponto (veja aqui). Nunca quiseram um boneco ventríloquo incapaz de liderar a maior potência mundial. E vimos isso, claramente, com os nossos próprios olhos, em 2020, durante o directo nas tvs com Trump a liderar, sem quaisquer dúvidas, as votações até ao apagão. (veja aqui)

Mas os media e “big tech” avençados propagandearam que sim (veja aqui) e a resposta do povo americano foi esta: um “tsunami chamado Trump” em 2024.

Agora, Trump não perdoa e promete voltar a processar quem em 2020 manipulou as eleições. E diga-se, com toda a legitimidade.

Mas o “perigoso” e “temível” novo presidente não se fica por aqui: vai auditar o Estado Federal; vai banir a ideologia de género nas escolas; vai impedir a transição de género em menores; denunciar a fraude climática; limpar o CDC da corrupção com farmacêuticas e restaurar a PAZ mundial. Ainda não se sentou na sala oval mas já há um “efeito Trump” nos EUA e no mundo:

  1. Primeira mulher nomeada como Chefe de Gabinete;
  2. Nova Iorque deixará de dar cartões de débito para imigrantes ilegais;
  3. Empresas dos EUA trazem produção de volta ao país;
  4. Mercado de acções atinge níveis recorde;
  5. Bitcoin atinge níveis recordes;
  6. Nova caravana de imigrantes dispersa-se;
  7. Catar concorda em expulsar líderes do Hamas;
  8. Hamas pede “fim imediato” da guerra;
  9. Talibã afirmam querer um “novo capítulo”;
  10. China deseja “convivência pacífica”;
  11. Rússia está “pronta” para conversar com os EUA;
  12. UE quer comprar gás dos EUA, não da Rússia;
  13. Líderes da Ucrânia em conversas com Trump/Elon.

Entretanto, veja como se comportam os líderes mundiais na presença do novo presidente eleito dos EUA, e observe o RESPEITO entre as partes (veja aquiaquiaqui).

O que é verdadeiramente assustador é a ala que se diz à direita condenar/ridicularizar um indivíduo que promove estes valores, enquanto defende democratas criminosos marionetas da WEF. Já tinha escrito sobre essa “direita Biden” em 2021. (Leia aqui)

Como se não bastasse, a administração Biden/Kamala está envolvida no tráfico de crianças (veja aquiaquiaquiaquiaquiaqui). Pois é… Pois é… Mas a “direita biden” gosta desta “malta”.

Curioso é saber que antes de Trump se candidatar a Presidente pelos republicanos, era elogiado e querido por todos, dos artistas aos políticos, passando também pela comunicação social. Há inúmeros registos disso. Só por aqui podemos confirmar a farsa do “homem perigoso” que vai despoletar a 3ª guerra mundial, perseguir mulheres e abolir direitos fundamentais. Todos aqueles que participam deste teatrinho sabem que não são estas as razões que os levam a temer Trump. Muito, muito, longe disso.

A lista de apoiantes de Kamala (também ela envolvida no caso Diddy) e que agora estão a colocar-se em fuga dos EUA, não o fazem pelos motivos que alegam (veja aqui). Estes pérfidos personagens estão de rabo preso (ah! bem preso!) na lista de Epstein (que conseguiram silenciar para toda a vida) e voltam a estar ameaçados pela recente detenção de Puff Diddy por pedofilia, tráfico humano e sacrifício humano de crianças e adenocromo. Uma lista de horrores que pode condenar os implicados a prisão perpétua. E Trump prometeu trazer a lista de Epstein e Diddy à luz do dia, bem como desclassificar o dossier do 11 Setembro e o assassinato de J.F.Kennedy. Realmente, este homem destemido mete medo (mas só aos criminosos que ele promete combater).

Nos tempos que correm, não se trata mais de escolher entre um candidato republicano ou democrata; de esquerda ou direita mas sim, entre o BEM e o MAL ou seja, entre GLOBALISTAS (uma elite perversa que pretende impor uma autoridade global escravizadora) ou ANTI-GLOBALISTAS (que defendem as liberdades individuais, a soberania das nações e direitos Humanos). Quem pensar o contrário não vive no mundo actual mas sim, noutra dimensão criada pela formatação dos meios de comunicação social avençados.

Sair da “matrix” é fundamental para o despertar das populações que têm nas suas mãos o poder de DERRUBAR o mal, por um futuro melhor.

Trump ganhou, e agora? Aguardemos tranquilamente. Pior do que um senil manipulado por gente perversa, não eleita, e com agendas obscuras para implementar a escravidão global (e não só), não será de certeza absoluta.



Fonte: Blasfémias

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Aclamação D’El-Rei Dom João IV de Portugal ocorreu a 15 de Dezembro de 1640

No Assento de Aclamação ficou expresso:

‘Apenas a Comunidade de portugueses reunida na instituição das Cortes pode conferir legitimidade suprema ao poder do Rei, por isso o juramento do rei será legitimado pelo juramento de Fidelidade dos três Estados: Clero, Nobreza e Povos; o Juramento dos Povos terá de ser confirmado pelos legítimos representantes do estado dos Povos, os procuradores dos Concelhos em Cortes. O Rei identifica a vontade expressa de todo um reino. Não se defende a teoria medieval da origem divina do poder régio, mas reside na legitimação da supremacia do Reino de Portugal ao afirmar que os reis recebem o poder do povo para governar sob a condição tácita de reger bem e direitamente. É a tradição portuguesa de autodeterminação a partir da base social dos Três Estados. É a consciência de serviço ao Reino, que nunca será extirpado sequer pelas formas mais extremas de absolutismo.’

A cerimónia aconteceu num grande teatro de madeira erguido e guarnecido de magníficos e ricos panejamentos, adjacente à engalanada varanda do Paço da Ribeira. Dom João IV usava pela primeira e derradeira vez a Coroa dos Reis de Portugal que haveria de oferecer a Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, pela protecção concedida durante a Restauração, coroando-a Rainha de Portugal – nas coroações de outros monarcas que haveriam de se seguir, durante a Cerimónia de Coroação a Coroa Real seria sempre acomodada numa almofada vermelha (cor real) ao lado do novo Rei, como símbolo real, e não na cabeça do monarca.

Nesse décimo quinto dia do mês de Dezembro de mil seiscentos e quarenta, as honras começaram pelas cortesias e salvas dos 40 Conjurados e mais alguns membros da nobreza e clero que haviam ajudado na Conjura patriótica: D. Afonso de Menezes, D. Álvaro Coutinho da Câmara, D. Antão Vaz d’Almada (7.º Conde de Avranches), D. António de Alcáçova Carneiro (Alcaide-mor de Campo Maior), D. António Álvares da Cunha (17º Senhor de Tábua), D. António da Costa,  D. António Luís de Menezes (1º Marquês de Marialva), D. António de Mascarenhas,  António de Melo e Castro,  António de Saldanha (Alcaide-mor de Vila Real), António Teles da Silva, António Telo, D. Carlos de Noronha, D. Estêvão da Cunha, Fernando Teles de Faro, D. Fernão Teles de Menezes (1º Conde de Vilar Maior), Francisco Coutinho, D. Francisco de Melo Francisco de Melo e Torres (1º Marquês de Sande), Francisco de Noronha, D. Francisco de São Paio, D. Francisco de Sousa (1º Marquês das Minas) Gaspar de Brito Freire, Gastão Coutinho, D. Gomes Freire de Andrade. Gonçalo Tavares de Távora, D. Jerónimo de Ataíde (6º Conde de Atouguia), D. João da Costa (1º Conde de Soure), João Pereira, D. João Pinto Ribeiro, Dr. João Rodrigues de Sá, D. João Rodrigues de Sá e Menezes (3º Conde de Penaguião), João de Saldanha da Gama, João de Saldanha e Sousa, Jorge de Melo, Luís Álvares da Cunha, Luís da Cunha, D. Luís da Cunha de Ataíde (Senhor de Povolide), Luís de Melo (Alcaide-mor de Serpa), D. Manuel Rolim (Senhor de Azambuja), Martim Afonso de Melo (Alcaide-mor de Elvas), D. Miguel de Almeida (4º Conde de Abrantes), Miguel Maldonado, D. Nuno da Cunha de Ataíde (1º Conde de Pontével), Paulo da Gama, D.
Pedro de Mendonça Furtado (Alcaide-mor de Mourão), D. Rodrigo da Cunha (Arcebispo de Lisboa), D. Rodrigo de Menezes, Rodrigo de Resende Nogueira de Novais, Rui de Figueiredo (Senhor do morgado da Ota), Sancho Dias de Saldanha, D. Tomás de Noronha (3º Conde dos Arcos), Tomé de Sousa (Senhor de Gouveia), Tristão da Cunha e Ataíde (Senhor de Povolide) e Tristão de Mendonça.

Em seguida, Dom João IV jurou manter, respeitar, e fazer cumprir os tradicionais foros, liberdades e garantias dos Portugueses, violados pelo seu antecessor estrangeiro, diante dos Três Estados: Nobreza, Clero e Povo de Portugal.

Então, D. Francisco de Mello, de Estoque desembainhado e levantado com ambas as mãos, como competia ao Condestável, gritou:

‘Real, Real, Real! Pelo mui alto e muito poderoso e excelente Príncipe, Rei e Senhor Dom João IV de Portugal!’

Ao que se lhe seguiram todos os outros presentes fazendo um coro que fez vibrar o palanque e até as pedras da calçada.

Finalmente, Dom João IV foi erguido, alçado e aclamado Rei solenemente!

VIV’Á RESTAURAÇÃO!

Miguel Villas-Boas

Fonte: Plataforma de Cidadania Monárquica

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Duques de Coimbra investidos na Ordem Constantiniana de São Jorge


Realizou-se no passado dia 7 de Dezembro, na Igreja da Memória, em Lisboa, a investidura de novos cavaleiros e damas da Ordem Constantiniana de São Jorge. A cerimónia foi presidida por S.E.R. o Senhor D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Capelão-Chefe da Delegação Portuguesa da Ordem Constantiniana, sendo coadjuvado pelo Rev. Senhor Pe. António Borges, Reitor da Igreja da Memória e também Capelão da Ordem.

Foram investidos mais oito novos membros, entre os quais, S.A. a Senhora Infanta D. Maria Francisca de Bragança, Duquesa de Coimbra, e o seu marido, S.E. o Senhor Dr. Duarte Martins, Duque de Coimbra, ambos como Dama e Cavaleiro Grã-Cruz de Justiça.

A Missa foi seguida de um jantar no Circulo Eça de Queiroz.

As cerimónias contaram ainda com a presença de SS.AA.RR. os Senhores Duques de Bragança, de uma representação da Soberana e Militar Ordem de Malta e com o Delegado do Reino Unido e da Irlanda da Ordem Constantiniana.

Fotografias: Nuno Albuquerque Gaspar

domingo, 15 de dezembro de 2024

Nosso Senhor chamou Mons. Philip Reilly à Sua presença

Mons. Philip Reilly morreu aos 90 anos. Este sacerdote dedicou a sua vida a salvar bebés, falando com as mães à porta das clínicas de aborto. Este episódio foi um dos muitos que tinha para contar:

Uma vez à porta de uma clínica, uma mulher veio ter comigo, tinha 24 anos e era bonita. Não me conseguia lembrar dela. Como é que eu poderia esquecer aquela mulher bonita?

Ela disse: "A minha mãe está aqui para falar consigo".

Ora, muitas vezes, como sabem, quando uma adolescente é levada à clínica de aborto pela mãe, esse é o cenário mais difícil. A mãe vai dizer: “Ninguém vai destruir a vida da minha filha obrigando-a a ficar com esta criança”. É essa a atitude que têm. Pensei que fosse essa a situação.

Mas ela disse-me que a mãe queria agradecer-me. A mãe veio e eu também não me lembrava dela. Então disse: “Estou mesmo a perder o jeito, devo estar a ficar velho. O que é que se passa?"

Depois, ambas me agradeceram: “Há 25 anos, à porta da clínica de aborto Choices (em Queens, Nova Iorque), o senhor Padre falou comigo e disse: "Fica com a criança".

E a mãe acrescentou: “Então, fiquei. E esta mulher de 24 anos que está à sua frente é a minha filha”.


sábado, 14 de dezembro de 2024

Propriedade e Bens Nacionais


Propriedade – Vocábulo ad libitum. Entre os Republicanos (enquanto estão roubando), não tem nem uso, nem significação. Mas quando têm já guardados os roubos, oh! então já é outra coisa: Propriedade é um nome sagrado. O melhor que tem é que, como os roubados e os ladrões se sucedem uns aos outros continuamente, e muitas vezes sem interrupção, se transformam os segundos nos primeiros, não pode deixar de ser que este Vocábulo esteja num pleito eterno entre os Cidadãos felizes das Repúblicas Democráticas.
(...)
Bens Nacionais – Termo inventado em Língua Democrática para fazer contraste ao vocábulo Propriedade. A violação das propriedades era outrora na Sociedade o emprego dos homens mais viciosos e corrompidos, que nela viviam. Os bens adquiridos por este modo se chamavam bens roubados; e o que os adquiria se chamava ladrão. As Leis deviam não levar muito a bem semelhantes aquisições e deviam o quer que seja a respeito da forca e galés. Mas nos tempos presentes, onde governam os Republicanos, passou isto a ser negócio de Nação, e portanto mudou-se-lhe justamente o nome; e os bens roubados, em termos mais polidos, se chamam bens nacionais. O mais curioso é que se lhes dá este nome, ainda antes de se roubarem aos Proprietários.

D. Frei Fortunato de São Boaventura in «Novo Vocabulário Filosófico-Democrático, indispensável para todos os que desejem entender a nova língua revolucionária», Nº 5, 1832


Fonte: Veritatis

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

“É uma emoção ver cada vez mais portugueses a entregarem o seu coração à Imaculada Conceição” – SAR D. Isabel de Bragança

Celebrou-se este domingo, em Vila Viçosa, o dia 8 de Dezembro, Dia da Imaculada Conceição . A tradicional procissão com a imagem de Nossa Senhora da Conceição a percorrer as ruas de Vila Viçosa, acompanhada por milhares de fiéis e mais de 19 grupos de peregrinos, foi um dos pontos altos das celebrações. 

Como habitualmente acontece, SAR D. Duarte Pio de Bragança, assim como a sua esposa, SAR D. Isabel de Bragança, e filhos, marcaram presença, reforçando assim os laços da família ao Santuário da Padroeira, a Nossa Senhora da Conceição e a Vila Viçosa.

SAR D. Isabel de Bragança, em declarações à Rádio Campanário, realçou a importância da Imaculada Conceição na vida dos Portugueses referindo “fico tão feliz que cada vez venham mais pessoas a Vila viçosa no dia de Nossa Senhora”.

Devota da Imaculada Conceição salienta “são cada vez mais os portugueses que trazem os seus corações ao coração imaculado; é uma emoção muito grande.” D. Isabel de Bragança, profundamente ligada a Nossa Senhora e ao Solar da Padroeira, sublinha que esta Fé e Devoção à Padroeira de Portugal “dá esperança num melhor sentido para a vida.”


Fonte: Rádio Campanário

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Publicada uma novena pela conversão do Papa Francisco

A Confraria de Nossa Senhora de Fátima publicou uma novena pela conversão do Papa Francisco. Deve ser rezada todos os dias, de 8 a 17 de Dezembro.

Oração pelo Papa Francisco

Ó Senhor Jesus Cristo, Vós sois o Bom Pastor! Com a Vossa mão todo-poderosa guiais a Igreja militante na Terra através das tempestades de cada época. Portanto, o barco da Igreja permanece inafundável na crise inaudita, que nos nossos dias ofusca a honra da Santa Sé e a vida de toda a Igreja.

Ó Senhor, concedei ao Papa Francisco a graça de não temer os poderosos deste mundo nem de se comprometer com o espírito da época. Iluminai o
Papa Francisco para que preserve, fortaleça e defenda a fé católica até ao derramamento do seu sangue, e preserve, proteja e transmita a venerável liturgia da Igreja Romana.

Ó Senhor, acendei no Papa Francisco o zelo dos Apóstolos, para que ele proclame ao mundo inteiro: “A salvação não se encontra em nenhum senão em Jesus Cristo. Porque debaixo do Céu não há outro nome dado aos homens pelo qual possam ser salvos” (ver Actos 4, 10-12). 

Ó Senhor, concedei ao Papa Francisco a graça de que possa fazer brilhar novamente a Santa Sé como cátedra da verdade para o mundo inteiro. Ouvi-nos, Senhor, e pela intercessão do Imaculado Coração de Maria, Mãe da Igreja, e de todos os Santos Papas, concedei ao Papa Francisco a graça para que se converta e confirme os seus irmãos na fé, como prometestes ao Apóstolo Pedro (ver Lucas 22, 32). 

Ó Senhor, que a Vossa misericórdia desça sobre o Papa Francisco! Ó Senhor, que Vossa misericórdia desça sobre toda a Vossa Igreja! Ó Senhor, em Vós nós esperamos, não sejamos confundidos para sempre. Amém. 


quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Eleições Populares


Eleições Populares – Termo ilusório. O Povo tem direito de eleger seus Representantes. O Povo não pode errar nesta eleição, etc. Pois veja Vm. aqui que o Povo de Bolonha, Modena e Ferrara, elegeu os seus, porém não elegeu ateus, malvados, nem franchinotes: ei-lo aqui subitamente declarado incapaz de eleger. Anulam-se as eleições feitas*, e pelo bem do mesmo Povo, que não sabe o que se faz, tem a tirania maçónica que tomar o improbo trabalho de fazer umas novas e verdadeiras eleições à democrática. – Porém, como é isso! O Povo é que tem o direito de eleger. – Optimamente: porém os tiranos têm o de cassar, e anular as eleições, que o Povo faz. – Senhor, que não concorda a dança com o pandeiro. – Valha-te o diabo por agoureiro! Se não concorda, a Filosofia democrática sabe o segredo de fazer concordar. – Portanto, em resumo de contas, a Soberania do Povo consiste em eleger seus Deputados, e vê-los logo depois anulados, desterrados, e metidos em cárceres? Pois então claro fica e demonstrado que a Soberania do Povo democrático é uma coisa bastante irrisória e fantástica.

D. Frei Fortunato de São Boaventura in «Novo Vocabulário Filosófico-Democrático, indispensável para todos os que desejem entender a nova língua revolucionária», Nº 2, 1831.


*Ainda hoje, na democrática "União Europeia", se anulam eleições. Parece que o Povo na Roménia votou mal.


Fonte: Veritatis

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Família Real Portuguesa no Jantar dos Conjurados 2024

No dia 30 de Novembro, a Família Real Portuguesa participou em mais uma edição do Jantar dos Conjurados que se realizou no Hotel Real Palácio.

Estiveram presentes SS. AA. RR. os Duques de Bragança, SA o Infante D. Dinis e SA a Infanta Maria Francisca com o seu marido, Duarte Araújo Martins.

SAR D. Afonso, o mais velho, não pôde estar presente, encontrando-se fora do país.

Durante a ocasião, a Infanta Maria Francisca apresentou as primeiras imagens do documentário Portugal como o meu pai me contou, um projecto que reflete sobre a herança histórica e cultural de Portugal através das memórias da Casa Real Portuguesa.


Fonte: Monarquia Portuguesa

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

A Tradição do Presépio Português

No Reino de Portugal, a tradição natalícia decorativa abrangia, desde o século XVI até meados do XIX, apenas o Presépio – até porque a celebração do Natal é a festa do Nascimento do Rei dos Reis, o Salvador Jesus Cristo – e de que eram expoentes os de Machado de Castro, Barros Laborão e António Ferreira.

Entre estes artistas, é Machado de Castro (séc. XVIII) o responsável pela realização dos mais conhecidos e emblemáticos Presépios o que o tornou imensamente famoso, não obstante ser ainda da sua autoria, como escultor, a Estátua equestre do Rei D. José I e a fachada da Basílica da Estrela, em Lisboa. Embora a sua Oficina fosse responsável pela idealização de inúmeros presépios encomendados pelos maiores da época, os mais afamados são aqueles que burilou para a Sé Patriarcal de Lisboa, datado de 1776, e o da Basílica da Estrela, realizado em 1782.
O Presépio da Basílica da Estrela, composto por quase 500 figuras, foi encomendado por Sua Majestade Fidelíssima A Rainha D. Maria I de Portugal. É o maior Presépio português, onde figuram 500 peças, e um conjunto escultórico religioso composto por figuras de barro ou terracota policromada e sendo as figuras maiores em pasta "encolata" suportadas numa estrutura de madeira e cortiça, e cuja construção dirigida pelo escultor Machado de Castro durou cerca de cinco anos a ser concluída, de 1781 a 1786, e que tendo sido destinado ao Convento das Carmelitas Descalças anexo à Basílica da Estrela é, nesta última, onde hoje permanece.

O presépio é de estilo barroco em terracota e cada personagem foi talhado com detalhes admiráveis, elevando-o à condição de verdadeira obra-prima escultórica.
Só em meados do século XIX, o Rei-consorte Dom Fernando II von Sachsen-Coburg-Gotha-Koháry, marido de Sua Majestade Fidelíssima a Rainha Senhora Dona Maria II e primo do Príncipe Alberto - o Príncipe germânico marido da Rainha Vitória do Reino Unido -, introduziu o costume de armar e enfeitar a Árvore de Natal, tal como o seu primo o havia feito, em 1846, no Reino Unido, costume da sua terra de origem.

domingo, 8 de dezembro de 2024

Fado Senhora da Conceição (oração) de João Ferreira Rosa - Feliz dia da Mãe

 

Letra e música de João Ferreira Rosa (Repertório do autor)


Senhora da Conceição 

Sempre querida padroeira 

Hoje e sempre à vossa mão 

Eu entrego a vida inteira 


Sois ainda a companhia 

Da minha alma companheira

Tanta noite, tanto dia 

Rezando à minha maneira 


Meu amor e minha mãe 

Que me lembra a lua cheia

A passear no azul do céu 

Junto à minha cabeceira

Fonte: Fados do Fado

A Imaculada Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal, e a História de Portugal


As Nações sobrevivem à erosão do tempo e permanecem vivas na história dos povos se prosseguirem na fecundidade que lhes vem da sua espiritualidade e da sua cultura. A diluição espiritual e cultural de um povo significará inevitavelmente a perca da sua identidade e a sua fusão num hoje sem futuro.

A História de Portugal regista dois momentos altos na recuperação da sua independência: a Revolução 1383-1385 e a Restauração de 1640.

Na Revolução de 1383-1385 salienta-se o cerco de Lisboa, que durou cerca de cinco meses e terminou em princípios de Setembro de 1384, acentuando-se durante o assédio, o significado da vitória alcançada por D. Nuno Alvares Pereira em Atoleiros a 6 de Abril de 1384 e a eleição do Mestre de Aviz para Rei de Portugal, curiosamente a 6 de Abril de 1385. Em 15 de Agosto travou-se a Batalha de Aljubarrota, sob a chefia de D. Nuno Alvares Pereira, símbolo da vitória e da consolidação do processo revolucionário de 1383-1385.

No movimento da restauração destaca-se a coroação de D. João IV como Rei de Portugal, a 15 de Dezembro de 1640, no Terreiro do Paço em Lisboa.

A Solenidade da Imaculada Conceição liga estes dois acontecimentos decisivos na História da independência de Portugal e no contexto das Nações Europeias. Segundo secular tradição foi o condestável D. Nuno Alvares Pereira quem fundou a Igreja de Nossa Senhora do Castelo em Vila Viçosa e quem ofereceu a imagem da Virgem Padroeira, adquirida na Inglaterra. Este gesto do Contestável reconhece que a mística que levou Portugal à vitória veio da devoção de um povo a Nossa Senhora da Conceição.

Aliás, já desde o berço, já aquando da conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques, havia sido celebrado um pontifical de acção de graças, em Lisboa, em honra da Imaculada Conceição.

A espiritualidade que brotava da devoção a Nossa Senhora da Conceição foi novamente sublinhada no gesto que D. João IV assumiu ao coroar a Imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Rainha de Portugal nas cortes de 1646.

Esta espiritualidade "imaculista" foi igualmente assumida por todos os intelectuais, que na prestigiada Universidade de Coimbra defenderam o dogma da Imaculada Conceição sob a forma de um juramento solene.

De tal modo a Imaculada Conceição caracteriza a espiritualidade dos portugueses, que durante séculos o dia 8 de Dezembro foi celebrado como "Dia da Mãe" e João Paulo II incluiu no seu inesquecível roteiro da Visita Pastoral de 1982 dois Santuários que unem o Norte e o Sul de Portugal: Vila Viçosa no Alentejo e o Sameiro no Minho.

O dia 8 de Dezembro transcende o "Dia Santo" dos Católicos e engloba indubitavelmente a comemoração da Independência de Portugal, que o dia 1 de Dezembro retoma. O feriado do dia 8 de Dezembro é religioso, mas é também celebrativo da cultura, da tradição e da espiritualidade da alma e da identidade do povo português.

Não menos importante, e em âmbito religioso e litúrgico, o tema da Imaculada Conceição da Virgem Maria é já abundantemente abordado pelos Padres da Igreja. Será o Oriente cristão o primeiro a celebrá-la. Festividade que chega à Europa Ocidental e ao continente europeu pelas mãos das cruzadas Inglesas nos séc. XI e XII. Vivamente celebrada pelos franciscanos a partir de 1263, será o também franciscano Sixto IV, Papa, que a inscreverá no calendário litúrgico romano em 1477.

De facto, o debate e a celebração desta festividade em toda a Europa é acompanhada pela história do próprio Portugal. Coimbra, como já vimos, tem um importante papel em todo este processo.

Em 8 de Dezembro de 1854, viverá a Igreja o auge de toda esta riqueza teológica e celebrativa. Através da bula "Ineffabilis Deus", Pio IX, após consultar os bispos do mundo, definirá solenemente o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria.

Não estamos diante de uma simples festa cristã ou de capricho religioso. O dogma resulta de tudo quanto a Igreja viveu até aqui e vive hoje em toda a sua plenitude. Faz parte da identidade da Igreja. Isso mesmo o prova o texto proclamado por Pio IX que apoia a sua argumentação nos Padres e Doutores da Igreja e na sua forma de interpretar a Sagrada Escritura. Ele, de facto, reconhece que este dogma faz parte, depois de muitos séculos, do ensinamento ordinário da Igreja.

Portugal, segundo Nuno Alvares Pereira, ou melhor, São Nuno de Santa Maria, e D. João IV isso mesmo o demonstram, não só como resultado da sua própria fé mas como expressão de um povo deveras agradecido pela sua Independência e Liberdade.

A Conceição Imaculada da Virgem é um dogma de fé segundo o qual Maria é considerada a primeira redimida pela Páscoa de Cristo.

Pe. Francisco Couto,
Reitor do Santuário de Vila Viçosa, professor do Instituto Superior de Teologia de Évora
Pe. Senra Coelho, professor do Instituto Superior de Teologia de Évora, Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa. (O Pe. Senra Coelho é actualmente Arcebispo de Évora)