quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Já não era sem tempo



Via Facebook, chega-nos a notícia de o Presidente da República ter acabado de assinar o despacho que confere a Ordem de Mérito a S.A.R. a Infanta D. Maria Adelaide.
Nascida naquela auspiciosa e histórica data de 31 de Janeiro, comemorativa da vitória da legalidade constitucional sob a prepotência e sedição desordeira, a Infanta não é propriamente uma "amiga e companheira" daquelas que faz o pleno e exclusivo das novas lendas e narrativas do nosso tempo. Naquela Senhora nada se supõe, não existem mitos, fotografias retocadas ou biografias maquinadas e capazes de granjear chorudas recompensas. Não, a Infanta é mesmo aquela que os testemunhos apontam, é autêntica.
Aníbal Cavaco Silva fez o que obrigatoriamente devia e não há que agradecer-lhe por isso, mas tão só notar que quebrou mais um tabu ciosamente cultivado durante décadas pelos antecessores sátrapas das I e II Repúblicas, sempre vendados a tudo aquilo que lhes pudesse embaciar o espelho onde obsessivamente teimam em viver.
"A Infanta Dona Adelaide, cujo aniversário centenário se celebra no próximo dia 31 é merecedora da nossa humilde e insignificante gratidão. Será, talvez, a mais importante portuguesa viva."
Ordem de Mérito, aceita-se. Aníbal Cavaco Silva cumpriu a sua missão e Portugal por esta vez deve reconhecê-lo. Antes assim.

Nuno Castelo-Branco
 
 

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