quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sem dar mais cavaco


No meio de toda a tormenta em que "los modernos del dinero" deixaram Espanha, o Rei João Carlos deslocou-se às Cortes, onde além de ter escutados entusiasmados "Viva el Rey!", recebeu a mais estrondosa e prolongada ovação parlamentar do seu longo reinado. Todos os grupos presentes o aplaudiram de pé e a Coroa é, sem margem para qualquer dúvida, a instituição mais prestigiada e que goza da maior confiança por parte da população do país vizinho. Aproveitando para dissipar qualquer dúvida, surgiram publicadas todas as despesas referentes à Coroa de Espanha e de imediato salta à vista, a abissal diferença entre aquilo que Portugal - ou melhor, os portugueses - entregam de mão repelentemente beijada ao Palácio de Belém e os montantes bastantes modestos, concedidos ao Palácio da Zarzuela. Até o conhecido oportunismo izquierda-gourmet do El País, teve de engolir em seco. Cai assim o essencialmente obsessivo argumento dos "gastos das Monarquias", pois nesta Europa em ocaso, qualquer República, por mais periférica que seja como a portuguesa, consome enormes quantidades de dinheiro e de criadagem - os famosos 500 de Belém! -, sem que isto tenha qualquer correspondência nas actividades exercidas pelos referidos Chefes de Estado. Pior ainda, ninguém imagina qualquer presidente da República Portuguesa, seja ele quem for, como um símbolo de unidade ou unanimidade nacional. Longe disso, ou antes bem pelo contrário.
Para infeliz previsível gáudio dos apoiantes destas "grandezas miseráveis" da República, aqui deixamos o texto em castelhano. O Sr. Cavaco Silva consegue a supina habilidade de gastar mais do dobro daquilo que os britânicos anualmente pagam per capita à Rainha Isabel II. Para que conste...

 

"Las otras Jefaturas del entorno

Perceberam?

Nuno Castelo-Branco
 

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