Há um largo número de “potenciais” monárquicos em Portugal. Quem o diz é SAR D. Duarte de Bragança, de 55 anos, numa análise aos números das eleições presidenciais. “Tenho consideração e amizade pelos principais candidatos, mas a realidade é que a maioria dos portugueses são os que não foram votar ou que votaram em branco. Isto quer dizer que 59,67 por cento (números oficiais) dos portugueses não se revêem na instituição. São potenciais monárquicos. Acham que não vale a pena ter um Chefe de Estado político, preferem ter outra alternativa. Julgo que é uma das conclusões que podem ser tiradas deste resultado eleitoral. Isto, apesar da excelente qualidade dos principais candidatos”, vincou o Duque de Bragança, à saída da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, no Chiado, em Lisboa, onde assistiu, acompanhado pela mulher, D.Isabel de Bragança, de 44 anos, à missa que assinalou o 103.º aniversário do Regicídio.
O Monarca aproveitou ainda a ocasião para fazer um balanço da sua iniciativa, que pretende angariar dinheiro para auxiliar as vítimas das cheias do Brasil, país com o qual o Chefe da Casa Real Portuguesa tem uma forte relação por ser filho de mãe brasileira e pelo largo número de primos, pelo ramo Orléans e Bragança, que têm casas na região afectada. “Um dos meus primos teve a casa inundada, mas felizmente não morreu ninguém. Vão começar a recuperação, mas trata-se de uma casa de férias. Infelizmente, houve imensa gente que perdeu a casa onde vivia”, explica. No entender do Duque de Bragança, “os brasileiros sentem muito a solidariedade de Portugal e ficam muito sensibilizados por saber que os portugueses demonstram interesse em ajudar”. E acrescenta: “Tenho recebido muitos donativos e já temos uma quantia razoável. Daqui a alguns dias já podemos fazer uma contribuição para a Cáritas brasileira.” Fora dos planos está uma viagem ao Brasil para entregar o donativo porque “não se justifica. O dinheiro que seria gasto na deslocação junta-se ao donativo”.
Por fim, SAR D. Duarte de Bragança faz um balanço da aventura escolar do filho mais velho do casal, D. Afonso, de 14 anos, actualmente a estudar em Londres. “Claro que há sempre saudades da família, sobretudo devido ao hábito de sempre ter vivido em casa. É um desafio e o Afonso gosta de encarar e ultrapassar os desafios. É um amadurecimento e crescimento. Tem contacto com outras realidades e culturas e isso é uma experiência muito enriquecedora”, conclui.
Fonte: VIP
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