Um argumento frequentemente usado contra a Monarquia baseia-se nas mordomias a que um Rei tem acesso. Ouvem-se regularmente frases do género “Era o que faltava tem um Rei (Chefe de Estado) cheio de mordomias”.
Mais uma vez este é um “não-argumento” que só demonstra a atroz ignorância daquele que o profere.
Mas afinal de que mordomias se está a falar?
Acesso a carros de luxo, motoristas e escolta? Também os Presidentes têm!
Viagens de Estado pagas? Também os Presidentes têm.
A possibilidade de morar em Palácios? Também os Presidentes têm!
Criados diversos para a manutenção dos Palácios? Também os Presidentes têm.
Mordomos? Também os Presidentes têm.
Cuidados de Saúde privilegiados? Também os Presidentes têm.
Secretários e assessores? Também os Presidentes têm.
A lista poderia continuar e não encontrariam uma mordomia de Reis que os Presidentes não tenham também. Já por outro lado encontraríamos mordomias que os Presidentes têm e que os Reis não: só para começar o direito a uma reforma de luxo!
Como se pode ver, todo o luxo que normalmente é atribuído exclusivamente à Monarquia existe e está bem visível em República. Cai assim por terra mais um mito relativo à questão “Monarquia vs República”.
Mas então, se ambos os regimes atribuem mordomias às respectivas Chefias de Estado poder-se-á perguntar qual a diferença que faz preferir a Monarquia à República.
São muitas as diferenças que fazem preferir a Monarquia mas no seguimento do já exposto uma diferença salta à vista: a questão económica!
Apesar de todo o luxo associado às Chefias de Estado (seja em República ou Monarquia) o facto é que, por norma, as Monarquias conseguem ser mais sensatas e sair bem mais baratas que as Repúblicas. Para além disso conseguem, sem qualquer margem para discussão, gerar mais receitas (nomeadamente através do turismo) que as Repúblicas. Digam o que disserem isto é a verdade e não demagogia.
Numa altura em que Portugal precisa poupar todos os cêntimos e gerar todas as receitas que puder, era importante que o povo português ponderasse nisto.
Se com a Monarquia se tem maior representatividade (conforme se viu em artigos anteriores), se gasta menos e ainda se geram receitas extra, que importam as mordomias da Família Real? Já é hora de Portugal ter um pensamento mais lógico e perceber que, do ponto de vista do contribuinte, o importante é que em Monarquia se paga menos por uma melhor Chefia de Estado.
Fonte: Portugal Futuro
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