terça-feira, 27 de março de 2012

Religião de estado

“Portugal é uma república…” vangloriava-se ufano um dos muitos ‘sacerdotes’ da religião laicista que ontem(19 de Março) pejavam o programa (cada vez mais indigente) do ‘prós e contras’. Fervorosos, tentaram reduzir uma nação com oito séculos de história à sua caricatura, à caricatura da constituição de um regime! E não houve ninguém que o denunciasse! Recordista de feriados, um por cada república, sem esquecer o 28 de Maio, o regime republicano, os seus valores, são actualmente celebrados pelo menos em três ocasiões, a saber: - 5 de Outubro, 1º de Maio e 25 de Abril. E ainda acham pouco! E não houve ninguém que o denunciasse!
Mais cordata, menos fundamentalista, a Igreja Católica colocou a questão nos seus devidos termos, ou seja, discuta-se o assunto e faça-se o que for melhor para resolver esta emergência nacional.

Notas positivas (entre dúzias de imbecilidades):
Apesar de tudo a defesa do dia da independência, natural reacção de quem a perdeu. Apesar de tudo a explicação de que existe alguma hierarquia nos feriados, ou seja, uns não existiriam se não tivessem existido os outros. Apesar de tudo uma alusão aos feriados que unem e àqueles que dividem os portugueses. Caso do 5 de Outubro que divide monárquicos e republicanos e caso do 25 de Abril que continua a dividir a ‘irmandade’ republicana.
Quanto às imbecilidades (com muita ignorância à mistura), por exemplo: - que a separação entre a religião e o estado é uma evidência civilizacional! Onde? Em Inglaterra?! Onde o chefe de estado é ao mesmo tempo (e por inerência) o chefe da igreja anglicana! Nos Estados Unidos?! Onde as testemunhas judiciais juram sobre a Bíblia antes de depor! Onde na própria nota de dólar se inscreve a crença em Deus!
Meu Deus… tanta propaganda enganosa! E não houve ninguém que o denunciasse!

Saudações monárquicas


JSM

Fonte: Interregno

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