Somos uma Nação mal habituada ao decadente vício da autofagia. Não sei se podemos atribuir esse handicap, como afirma Henrique Raposo, ao “Instinto queirosiano” de que se impregnam as elites indígenas e que bloqueia a assunção de qualquer coisa de positiva sobre Portugal, mas uma coisa parece evidente: a aposta na promoção e dignificação dos símbolos e instituições nacionais seria um bom negócio para o País. Um projecto que pela intrínseca alteração de paradigma, exige um profundo consenso e empenhamento de todos os que “podem”, um penoso trabalho e investimento no longo prazo. Acontece que esta é a única fórmula limpa de o Estado se fortalecer sem onerar o contribuinte. Apesar de tal coisa ir contra a lógica mediática do conflito gratuito e dos resultados imediatos, esta é a única maneira de se viabilizar uma comunidade identitária, de motivar as pessoas a vestirem uma camisola da qual se possam orgulhar e pela qual possam bater, na sua cidade, família ou no trabalho.
Nos últimos duzentos anos as fracturas e a desconstrução permanente dos nossos símbolos, instituições e da nossa própria História, conduziram os portugueses à descrença, à desconfiança e à apatia generalizada. Uma mentalidade derrotista e sebastiânica que se traduz em trágicos resultados para a economia, e a prazo nos condena à extinção.
Levantar hoje de novo o esplendor de Portugal é um projecto premente para a nossa sobrevivência e uma utopia em que vale a pena investir e pela qual vale a pena lutar.
Nos últimos duzentos anos as fracturas e a desconstrução permanente dos nossos símbolos, instituições e da nossa própria História, conduziram os portugueses à descrença, à desconfiança e à apatia generalizada. Uma mentalidade derrotista e sebastiânica que se traduz em trágicos resultados para a economia, e a prazo nos condena à extinção.
Levantar hoje de novo o esplendor de Portugal é um projecto premente para a nossa sobrevivência e uma utopia em que vale a pena investir e pela qual vale a pena lutar.
* Fotografia de Homem Cardoso para o livro Navio Escola Sagres
1 comentário:
Portugal vai regressar ao mar... mas só se for a nado! Em breve, caberá à UE (sigla pela qual também é designada a Alemanha) decidir sobre as cotas a atribuir na área da ZEE portuguesa. Muito provavelmente, Portugal verá aprovada a extensão da plataforma Continental até às 350 milhas para que a UE possa dela retirar o petróleo e o gás natural. De outra forma, a proposta jamais seria aprovada...
Os estaleiros navais do Alfeite e de Viana do Castelo estão a ser desmantelados. A seu tempo serão os de Aveiro.
Os navios da Marinha já não navegam por falta de dinheiro para o combustível e, muito provavelmente, em breve deixarão de participar em exercícios navais da OTAN pelas mesmas razões.
Isto é péssimismo ou realidade? Autofabia ou eurofagia? Deslumbremo-nos com os símbolos exibidos nas velas do navio-escola Sagres enquanto a UE nos devora!
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