sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A traição já vinha de trás.

" Em Janeiro de 1911 estavam os dois no exílio: D. Manuel II, expulso do trono por uma revolução, que a maior parte dos políticos e servidores de que se rodeara não soubera prever e muito menos evitar ou dominar; João Franco, que o ex-monarca sacrificara desde o início do seu reinado e que era, afinal, o único homem público que poderia ter feito frente às arremetidas dos adversários da Coroa. ( ... )
Tanto erro, tanta fraqueza, tanta transigência, tanta cegueira, além da evolução do liberalismo saído do movimento jacobino de 1820, e que havia noventa anos vinha sendo um sistema precário e equívoco de equilíbrio entre o Ceptro e o barrete frígio ( a « monarquia sem monárquicos », segundo a expressão do próprio Rei D. Carlos ), tudo caíra sobre os ombros dum Infante inexperiente. ( ... )
Os monárquicos [ ? ] viam em João Franco o homem indesejável que demonstrara ser possível, à sombra do Trono, governar com autoridade, e, simultâneamente, com honestidade e competência, realizando uma séria obra de administração que a parte sã do País aplaudira com agrado. Em carta  escrita ao nosso Ministro no Brasil dizia o Conde de Arnoso - « Aos políticos não podia convir a administração de João Franco, que é a mais completa exautoração dos partidos políticos ». ( ... )
Os republicanos, esses, odiavam-no porque ele ia a caminho de reabilitar a Monarquia. "
Rodrigues Cavalheiro, « D. Manuel II e João Franco-Correspondência »

Já por essa altura, antes aliás, os " monárquicos " portugueses se batiam por uma república coroada; só assim, com um Rei que se limitasse ao papel moderador, que o despojava dos poderes que, por definição, lhe são inerentes, teriam margem de manobra para concretizarem as suas ambições desmedidas. Para isso, era mister afastar o " empecilho ". Daí que logo nessa altura se tenha dito que a  Monarquia verdadeiramente acabou na noite em que afastaram do Governo esse que recusava o apoucamento da figura régia. 
Assistimos hoje, de novo, à tentativa de amesquinhar o poder do Monarca, sendo que esse amesquinhamento é uma realidade na generalidade das monarquias europeias.

Cristina Ribeiro

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

MISSA DE SUFRÁGIO POR EL-REI D.CARLOS I E PELO PRÍNCIPE REAL D.LUIZ FILIPE - PORTO



A Real Associação do Porto manda celebrar, no próximo dia 1 de Fevereiro, uma Missa, na Igreja de São José das Taipas, na Cordoaria, pelas 12h00 horas, em memória de Sua Majestade Fidelíssima el-Rei Dom Carlos e de Sua Alteza Real o Príncipe Dom Luís Filipe, sendo presidida pelo Reverendo Pe. Jardim Moreira, pároco da Igreja de Nossa Senhora da Vitória, convidando todos os associados e simpatizantes a nela participar.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

REGICÍDIO, 106 ANOS - LISBOA

No próximo dia 1 de Fevereiro de 2014, pelas 19 horas, a Real Associação de Lisboa promove na Igreja de São Vicente de Fora a celebração de uma Missa de Sufrágio pelas almas de Sua Majestade El-Rei Dom Carlos I e de Sua Alteza Real O Príncipe Real Dom Luiz Filipe. Após a cerimónia, presidida pelo Reverendo Padre Gonçalo Portocarrero de Almada, terá lugar a habitual romagem ao Panteão Real, onde Suas Altezas Reais os Senhores Duques de Bragança depositarão uma coroa de flores junto aos túmulos de El-Rei Dom Carlos I e do Príncipe Real Dom Luiz Filipe.


No âmbito desta triste efeméride, precedendo a homenagem, a Real Associação de Lisboa organiza no Palácio da Independência pelas 15 horas uma conferência intitulada “EM TORNO DO REGICIDIO”, que contará com a participação de Carlos Bobone Mendo Castro Henriques para a qual convidamos todos os nossos associados e amigos.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

MISSA DE SUFRÁGIO POR EL-REI D.CARLOS I E PELO PRÍNCIPE REAL D.LUIZ FILIPE - COIMBRA


A Real Associação de Coimbra informa que no próximo dia 1 de Fevereiro (sábado), pelas 11,30 horas, será celebrada na Igreja do Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, Missa de Sufrágio por Sua Majestade, El-Rei Dom Carlos I, e Sua Alteza Real, o Príncipe Real Dom Luiz Filipe.


Convidam-se todos os Portugueses a estarem presentes neste piedoso acto em memória do Soberano e do Herdeiro da Coroa de Portugal.

Que Deus Guarde Portugal e a Família Real!

domingo, 26 de janeiro de 2014

Dîner à Naples à la veille de la béatification de la reine Maria Cristina des Deux-Siciles


Après la signature de l’acte de réconciliation entre les deux branches de la famille royale des Deux-Siciles, les princes ont assisté à un dîner à la veille de la béatification de lareine Maria Cristina des Deux-Siciles. Tour à tour, le duc de Castro et le duc de Noto prirent la parole, accompagnés par leurs enfants les duchesses de Palerme et de Capri et le duc de Capoue. 


La duchesse de Castro et à sa gauche le duc de Bragance et la princesse Béatrice de Bourbon-Deux-Siciles

SAR, O Senhor D. Duarte de Bragança presente na beatificação da Rainha Maria Cristina de Sabóia em Nápoles


Maria Cristina di Savoia, divenuta Regina delle due Sicilie, è stata proclamata beata con una cerimonia solenne nella Basilica di Santa Chiara, a Napoli, concelebrata dai Cardinali Crescenzio Sepe, Angelo Amato, prefetto per la Congregazione dei Santi, e Renato Martino, Gran Priore dell'Ordine Costantiniano di San Giorgio davanti a circa duemila persone.


Delegazioni sono giunte dalla Sardegna, con il Vescovo di Cagliari, Mons. Arrigo Miglio, dal Piemonte e dalla Liguria.


Presenti i discendenti dei Borbone Due Sicilie, i Principi Carlo e Camilla, ed i rappresentati del ramo spagnolo della famiglia, Don Pedro e Don Jaime, il Principe Amedeo d'Aosta e la Principessa Gabriella di Savoia, ed una larga rappresentanza di famiglie reali e nobiltà europea. Tra essi il capo della casa reale del Portogallo, Dom Duarte Pio di Braganca, e Principi della famiglia Asburgo.

«Napoli che accolse Maria Cristina come Regina nel 1832, assieme al suo sposo Ferdinando II, - ha detto il Cardinale Sepe all' omelia - oggi gode perché la Chiesa ha riconosciuto l' eroicità delle sue virtù e la presenta alla venerazione dei fedeli come maestra del popolo cristiano».

Alcune centinaia di simpatizzanti neoborbonici hanno salutato con fiori, applausi, e grida di evviva i Principi Carlo e Camilla all'uscita della Basilica di Santa Chiara.

Nel nome di Maria Cristina, regina delle Due Sicilie, nata Savoia, ma sposa di Ferdinando II di Borbone e madre di Francesco II, discendenti dei Borbone e dei Savoia-Aosta si sono ritrovati fianco a fianco nel basilica di Santa Chiara per la cerimonia di beatificazione.

Larga rappresentanza dei Borbone-Due Sicilie, con i Principi Carlo e Camilla, la Principessa Gabriella, e le due figlie Maria Carolina, e Maria Chiara, di 12 e 9 anni, il Principe Casimiro. Presente anche il ramo spagnolo della famiglia, con i Principi Don Pedro e Don Carlos, che preparano la riunificazione dell' Ordine Costantiniano di San Giorgio, grazie ad un accordo sulla successione dinastica con i Borbone Due Sicilie.

Per i Savoia presenti la Principessa Maria Gabriella, il Duca Amedeo di Savoia e la moglie di Emanuele Filiberto, principessa Clotilde Courau. Alla fine della cerimonia, in una Basilica di Santa Chiara, gremita da quasi 2 mila persone, foto collettiva sulla tomba dei Borbone di Napoli. Ieri sera, nella cena ufficiale nell'esclusivo Circolo dell' Unione, disertata da Amedeo d' Aosta, però, Borbone e Savoia si sono seduti in tavoli separati e lontani, anche se il Principe Carlo si è prodotto in un impeccabile baciamano a Gabriella di Savoia.

Non c' è stata, invece, competizione in chiesa e fuori tra i sostenitori sabaudi, rappresentati dal presidente dell'Umi Alessandro Sacchi e da alcune delegazioni dell'associazione «Convegni Maria Cristina», ed i neoborbonici, molto più numerosi, che hanno tributato un'ovazione a Carlo e Camilla all'uscita della basilica di S. Chiara, al grido di «Viva 'o Rre».






Fonte: Il Mattino

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

SAR, O SENHOR D. DUARTE DE BRAGANÇA CRITICA PENSAMENTO DE CURTO PRAZO DA REPÚBLICA


D. Duarte de Bragança considerou ontem que “o Estado republicano não protege os interesses nacionais a longo prazo. “O pensamento republicano é de curto prazo, interessa-lhe resolver os assuntos a quatro anos, até às próximas eleições, é pensamento muito provisório”, declarou o duque de Bragança, no segundo dia da sua passagem pelo concelho de Braga.

Apontando como principais causas da crise que Portugal atravessa neste momento “a ignorância, a imoralidade e a falta de raciocínio lógico”, D. Duarte lamentou que cinco a dez por cento do nosso produto interno bruto seja perdido com a corrupção.

No complexo ecomonumental das Sete Fontes, D. Duarte apelou ao reforço das associações de defesa do património.

Os duques de Bragança, D. Duarte e D. Isabel, participam, ontem de manhã, na Sé de Braga, numa eucaristia presidida pelo arcebispo primaz, D. Jorge Ortiga.


Sete Fontes: câmara rejeita direitos de construção posteriores a 1995

MIGUEL BANDEIRA, vereador do Património da Câmara Municipal de Braga, esclareceu ontem que os proprietários de terrenos adquiridos após o início do processo de classificação das Sete Fontes não têm direitos de construção garantidos no local.

O vereador Miguel Bandeira considerou ontem “falsas” as “expectativas” de construção junto ao monumento das Sete Fontes que foram dadas a quem adquiriu terrenos após Maio de 1995, data em que se iniciou o processo de classificação daquele complexo hidráulico do século XVIII. “O processo de classificação das Sete Fontes foi iniciado em 1995 com toda a publicidade e difusão de informação”, pelo que, de acordo com o responsável pelo pelouro do Património, “ninguém de boa fé pode dizer que ignorava as pendências e os ónus que estão previstos na lei”.

A câmara estabelece, desta forma, uma regra para negociações que venha a ter com proprietários que se sintam lesados com a suspensão do Plano Director Municipal (PDM) por um período que pode chegar a dois anos, durante o qual não são permitidos licenciamento ou obras de construção nas Sete Fontes.

No âmbito de uma visita de D. Duarte de Bragança às Sete Fontes, Miguel Bandeira admitiu que os proprietários de terrenos adquiridos antes de 1995 “tenham outras razões” para invocar direitos adquiridos.

O vereador reconheceu que o PDM “erradamente admitia” a possibilidade de construção nos terrenos adjacentes às Sete Fontes, só que não se podem “ignorar as medidas cautelares da lei de defesa do património que limitavam até à classificação como monumento nacional essa perspectiva”.

Insistindo na sua tese, Bandeira assumiu que, “desde 1995, as medidas cautelares que pairam sobre estes terrenos são dissuazadoras de outro tipo de veleidades e expectativas”.

Em resposta aos que entendem que o plano de pormenor aprovado pelo anterior executivo municipal prevê construções naquela zona, o vereador do Património argumenta que “a lei determinava que se fizesse um plano de pormenor e salvaguarda”, sendo que um “um plano de pormenor não passa de um plano de urbanização.

Perante D. Duarte de Bragança e representantes do grupo de peticionários pela classificação das Sete Fontes, o representante da câmara assumiu o compromisso de “caminhar tão rápido quanto possível” para a criação do parque ecomumental das Sete Fontes, admitindo litígio judicial com proprietários “se não houver bom senso das partes intervenientes”.

Um dia após ter anunciado, numa sessão pública sobre a proposta de revisão do PDM, a desistência do projecto da variante à estrada nacional 101 que atravessaria o vale das Sete Fontes, ameaçando a consistência do parque ecomunental, Miguel Bandeira considerou que “um dos principais adversários” do processo de salvaguarda do monumento setecentista “foi a burocracia e o excesso de intervenientes perante um assunto que sempre foi consensual”.

“Nunca houve uma voz que dissesse que as Sete Fontes não tinham valor, que não valia a pena preservá-la, no entanto isto degradou-se, ficou abandonado, foi objecto de projectos atentatórios da sua preservação e da sua reabilitação futura”, declarou.

Na visita que acabou por se ficar por apenas uma das mães d’água das Sete Fontes, D. Duarte sugeriu que leis portuguesas e europeias de protecção de águas e solos agrícolas “podem ser invocadas para proteger um monumento destes”.

O Herdeiro do trono português afirmou que é preciso “evitar que a especulação imobiliária continue a destruir o nosso património”.

Fonte: PPM Braga

D. Duarte de Bragança e D. Jorge Ortiga criticam referendo da coadopção e adopção

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Os Duques de Bragança visitaram as instalações do Centro Social PMJS


No final da visita, D. Duarte manifestou a necessidade de se apoiar o CSPMJS e afirmou que a “república entrou na bancarrota devido à má gestão, gestão fraudulenta, incompetente e desonesta”.

Apelos à solidariedade das pessoas e apoios estatais marcaram a visita, no dia 18 de Janeiro, de D. Duarte Pio e D. Isabel de Bragança, duques de Bragança, às instalações do Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa, bem como às obras em curso do futuro lar de idosos da instituição taipense.
Apesar de o próprio D. Duarte ter afirmado que não se pode ficar à espera que “o estado resolva tudo, defendeu, numa curta declaração, que tem de se continuar a apoiar o tipo de instituições que tinha visitado e apelou ainda ao voluntariado e à generosidade das pessoas, referindo ainda a importância da interajuda entre as famílias.

Questionado sobre a situação social que o país atravessa, D. Duarte foi contundente e afirmou que se explica pelo facto de a república ter entrado na bancarrota “devido à má gestão, gestão fraudulenta, incompetente e desonesta”. Evitando comentar a actuação do presidente da República, acabaria por acrescentar que o fundamental seria examinar “como foram gastos e desperdiçados os fundos públicos e como se gastou mais do que aquilo que temos”.

D. Isabel de Bragança, que será embaixatriz de um jantar de apoio ao centro social a realizar a 5 de Abril, mostrou a sua satisfação pelo trabalho que o centro social desenvolve, afirmando que se trata de um exemplo para Portugal, e que seria muito bom que existissem “mais centros como este no país, principalmente no tempo que vivemos, onde as pessoas estão a passar muito mal”. Salientou ainda que as pessoas não se podem limitar a “dizer mal ou que isto não funciona” mas que todos devem, das formas que puderem, “trabalhar para sairmos desta situação”.

Duque de Bragança crítico no referendo à coadopção 

D. Duarte Pio foi ainda confrontado com a aprovação do referendo sobre coadopção e adopção de crianças por casais do mesmo sexo, recentemente aprovado no parlamento. Apesar de salientar que se trata de assunto que precisaria de mais tempo para ser explicado, D. Duarte afirmou que o que se pretende não se confina ao que se quer referendar: “É uma maneira habilidosa de se tentar chegar mais longe. O objetivo de quem propõe isto não é o que dizem, é de ir mais longe. O objectivo é dizer que se trata de um casamento igual aos outros, que podem adoptar crianças como os outros. Isto tem de ser estudado por especialistas. Deve-se perguntar aos especialistas se é bom ou benéfico ser adoptado por um casal de homossexuais e não decidir através de um referendo onde as pessoas podem nem perceber sequer qual é a pergunta.

Fonte: Reflexo Digital

D. DUARTE DE BRAGANÇA ENVIA MENSAGEM DE CORAGEM E MOBILIZAÇÃO AO PAÍS NESTE INÍCIO DE ANO

Correio do Minho de 19 de Janeiro

Fonte: PPM Braga

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

SAR, D. Duarte visita tradições minhotas na Adere-Minho


ADERE-MINHO expõe as Tradições Minhotas certificadas em Braga no espaço GNRation no âmbito do Jantar de Reis 2014 e recebe a visita SAR Dom Duarte e Vereadora da Educação e Cultura do Município de Braga

A ADERE-MINHO no âmbito do Jantar de Reis 2014 esteve com uma exposição das Tradições certificadas: Lenços de Namorados do Minho; Olaria e Figurado de Barcelos; Bordado de Guimarães e Bordado de Viana do Castelo. 

No espaço GNRation, juntamente com várias Confrarias Gastronómicas e do Grupo Dr. Gonçalo Sampaio (Rancho e Cavaquinhos). 

Dom  Duarte - Duque de Bragança marcou presença acompanhado da vereadora da Educação e Cultura do Município de Braga Dra Lídia Dias, tendo a Adere-Minho dado nota que para além destes 5 produtos, em 2014 pretende vir a certificar mais, nomeadamente em parceria com a Câmara de Braga.

Dom Duarte que já é Embaixador da Certificação desde 2012, aquando a sua passagem pela sede da Adere-Minho em que foi distinguido com um Lenço de Namorados do Minho senhorial certificado e um belo Minhoto do Figurado de Barcelos, foi desta feita presentado com uma peça do Bordado de Guimarães certificado.

SAR, D. DUARTE DE BRAGANÇA RECEBIDO COM GRANDE POMPA NA CIDADE DE BRAGA


Centro de Braga em festa com mostras variadas e muita animação de rua

O centro da cidade de Braga animou-se de forma especial durante a tarde de ontem, com múltiplos momentos musicais em diversas ruas e praças do casco histórico, complementados, em museus e espaços públicos, com mostras de gastronomia, mas também de artesanato e de outros produtos nacionais.
Tudo para o descendente do último rei de Portugal ver o que se produz com qualidade.
No dia do Jantar de Reis (iniciativa organizada por várias forças da sociedade civil, que envolve monárquicos, comerciantes e associações empresariais e clero), que se tem realizado em Braga de há alguns anos a esta parte, D. Duarte de Bragança passou quase toda a tarde “saltando” de um espaço para o outro, percorrendo as principais artérias, onde foi presenteado com múltiplos momentos musicais, sobretudo com sonoridades tradicionais.
Nos espaços onde entrou, pôde apreciar diversas exposições de materiais típicos ou tradicionais com nova roupagem, ligados ao artesanato e à gastronomia típica, não só de Braga, mas de outros pontos do norte do país. Acabou por ser “obrigado” a provar diversas iguarias que lhe foram apresentando, desde doces a salgados, passando também pelos vinhos.
O périplo pela cidade teve como ponto de partida o Museu dos Biscainhos, onde foi recebido pela Sinfonieta de Braga e Coro dos Antigos Alunos da Escola Comercial e Industrial de Braga. Naquele espaço museológico, teve a possibilidade de provar BoloRei de Braga e tomou contacto com as “Viúvas”, um doce conventual, inspirado em receitas beneditinas do Mosteiro de Tibães.
À saída, enquanto se encaminhavam para outro espaço, D. Duarte e comitiva foram acolhidos ao som estrondoso dos bombos e tambores do grupo de percussão da Universidade do Minho, Bomboémia.
Já no espaço GNRation, várias organizações aguardavam a comitiva de D. Duarte desde logo a associação ADERE-Minho, com os vários produtos de artesanato já certificado (olaria e figurado, bordados). Também diversas confrarias gastronómicas: a Confraria Gastronómica de Lamego, a Confraria do Presunto e da Cebola do Vale do Sousa, a Confraria do Sarrabulho de Ponte de Lima e a Confraria do Vinho Verde, que apresentou cinco vinhos brancos.
Antes de se dirigir a outro local, D. Duarte ainda teve a possibilidade de ouvir o Grupo de Cavaquinhos e de apreciar as danças e cantares do Grupo Folclórico Gonçalo Sampaio.
Noutros pontos da cidade, mais momentos musicais, a cargo da Banda Plástica de Barcelos e da Tuna do Externato Infante D. Henrique.
Nova paragem, esta na Casa dos Crivos, para apreciar uma mostra de doces, a cargo da Confraria do Abade de Priscos e da Doçaria de S. Vicente. A música esteve a cargo d’Os Sinos da Sé.
A última paragem antes o jantar foi no Museu-Tesouro da Sé, onde se apreciou doçaria reinventada e joalharia.


Fonte: PPM Braga

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

SS. AA. RR., Os Duques de Bragança visitam Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa

Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa deve servir de exemplo para o país


Os Duques de Bragança, D. Duarte Pio e D. Isabel de Bragança, visitaram, no passado sábado, o Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa, em Caldas das Taipas, no âmbito do trabalho social que esta instituição desenvolve para crianças e idosos. Nota de destaque para a visita às obras do novo Lar, que será inaugurado em Maio, num projecto global de 2,4 milhões de euros. 

'É um grande exemplo para Portugal, onde podemos constatar o trabalho de apoio que realizam desde bebés a pessoas idosas. Tomara que houvesse mais Centros destes pelo país. A situação Social do país faz com que todos tenhamos de dar as mãos e unir para que o país possa sair desta situação. Não podemos estar sentados à espera de soluções e é preciso agir', referiu D. Isabel de Bragança, após a visita à instituição de Caldelas, concelho de Guimarães. Os elogios foram múltiplos e justificaram a presença dos Duques de Bragança. 
D. Duarte Pio considerou que 'o trabalho desenvolvido por estas instituições, em prol das pessoas mais carenciadas, é muito importante pois não se pode estar à espera que o Estado resolva tudo porque tem um critério diferente. Temos de apoiar as nossas instituições, sendo muito importante a ajuda entre as famílias', salientou. 

Esta visita ficou marcada ainda pela visita às instalações onde ficará instalado o novo Lar de Idosos, com 60 quartos. Trata-se de um projecto arrojado, orçado em 2,4 milhões de euros, já em fase de acabamentos.

A inauguração está prevista para Maio do presente ano, mas o presidente da instituição deixou patente algumas preocupações, sobretudo a ausência do protocolo de colaboração com a Segurança Social. 'O novo Lar de Idosos será inaugurado em Maio deste ano, uma vez que a obra está a decorrer a bom ritmo. A gestão do dia a dia do CSPMJS está garantida, com a ajuda dos pais, mas a obra que estamos a fazer no sentido de dar uma resposta social, à medida as necessidades do concelho e do distrito, sem o apoio da Segurança Social não será possível. Um utente tem um custo real à volta de mil euros e com o apoio da Segurança Social garante mais de 50%. Se não conseguirmos esse protocolo com a Segurança Social torna-se tudo mais complicado. Estamos a realizar uma obra orçada em 2,4 milhões de euros com o apoio de 1,72 milhões de euros ao abrigo do apoio do POPH, sendo que a instituição suporta cerca de 1,2 milhões. É como se nos tivessem dado um presente envenenado. É importante contar com todos os apoios para operacionalidade de uma obra desta dimensão', referiu Ricardo Costa. O presidente do CSPMJS deu conta de um reunião com o director distrital da Segurança Social cujas ilações foram pouco animadoras, deixando passar algumas críticas quanto à falta de apoios na vertente social.

'Num enquadramento nacional e europeu desta situação, não podemos aceitar que nos cobrem taxas de juro a 7% num país como Portugal, sendo que 5 a 6% dos juros que canalizamos para os mercados financeiros podiam ser canalizados de 2 a 3% e o restante servir para ajudar as instituições de solidariedade social, como a educação e saúde. Não podemos ser tão ambiciosos em enveredar pelo caminho da recuperação financeira e esquecer as pessoas.Estou ligeiramente pessimista porque a situação do país não augura nada de bom para o futuro e o Governo, assim como a Segurança Social, tem de perceber que têm de ajudar porque estas instituições existem para ajudar as pessoas', sublinhou Ricardo Costa.

Sensível às causas e projectos do CSPMJS, os Duques de Bragança aderiram ao convite para estarem presentes num jantar solidário a realizar no dia 5 de Abril, onde D. Isabel de Bragança será a embaixatriz deste evento.

Fonte: Correio do Minho

domingo, 19 de janeiro de 2014

SAR, O SENHOR DOM DUARTE DE BRAGANÇA VISITA COMPLEXO DAS SETE FONTES

BRAGA – A Câmara Municipal de Braga, convida o vosso órgão de comunicação a acompanhar uma visita ao complexo das Sete Fontes, no próximo Domingo, 19 de Janeiro, a partir das 9h30, com a presença de Dom Duarte de Bragança.


No enquadramento do empenhamento estratégico que o Executivo Municipal dedica à reabilitação e promoção do complexo hidráulico das Sete Fontes, o Vereador do Património, Miguel Bandeira, vai orientar uma visita ao local fazendo-se acompanhar de Dom Duarte de Bragança, da sua comitiva, assim como de diversas associações e colectividades igualmente comprometidas com a salvaguarda e reabilitação deste património.

Fonte: Local.Pt

sábado, 18 de janeiro de 2014

Duques de Bragança de visita ao Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa

Os Duques de Bragança, visitam este Sábado, a vila das Taipas, mais concretamente as instalações do Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa.




SS. AA. RR., D. Duarte Pio e D. Isabel de Bragança, Duques de Bragança, realizam na tarde do próximo Sábado, uma visita às instalações do Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa, bem como, às obras em curso do futuro Lar de Idosos da instituição taipense.

A recepção está agendada para as 14.30 horas, na sede do Centro Social e a Direcção da instituição lança o convite a toda a população para que marquem presença no referido momento.

Para os responsáveis da instituição taipense, esta visita é encarada como um sinal de grande sensibilidade social, apoio e incentivo, por parte dos Duques de Bragança, para com o trabalho desenvolvido pelo Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa que tem em mãos a construção de um Lar de Idosos, cuja conclusão está prevista para o próximo mês de Maio.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

«JANTAR DE REIS» CONVIDA À SOLIDARIEDADE E EXALTA CULTURA E HISTÓRIA NACIONAIS

BRAGA – A Câmara Municipal de Braga associa-se, no próximo Sábado, 18 de Janeiro, ao «V Jantar de Reis de Braga».



A iniciativa, organizada pela Associação Comercial de Braga (ACB), pela Associação Industrial do Minho (AIMinho), pela Arquidiocese de Braga, pela Confraria do Sameiro e com o apoio de cidadãos anónimos, acontece na Colunata do Bom Jesus, a partir das 20h.

O «Jantar de Reis» é já um acontecimento de tradição na cidade de Braga. O mote desta quinta edição é a solidariedade. A recuperação do telhado da Basílica da Nossa Senhora do Sameiro, com todo o proveito material do mesmo, levou a que o evento se estendesse a toda a comunidade. “Entendemos que este é um evento de todos e para todos, dentro de uma lógica positiva, onde todos os bracarenses saem a ganhar”, declarou Sílvia Rodrigues, representante da organização.

Previamente ao jantar, o evento leva, para o centro da cidade de Braga, muita animação, ao longo da tarde, com um programa vasto, no qual irão constar uma prova de vinhos, pela Confraria do Vinho Verde, pelas mãos e paladar do enólogo da Sogrape, Manuel Vieira; uma exposição de artesanato certificado da Adere-Minho, para além do fumeiro e do pão de milho. Haverá também uma mostra de doçaria regional tradicional, representada pela Confraria do Pudim Abade de Priscos e pela Confraria do Pão-de-Ló Tradicional; para além do Bolo-rei e de todos os doces que se confeccionam na cidade de Braga actualmente, acompanhados de vinho moscatel.

A mostra gastronómica culmina com o lançamento das «Viúvas», doce conventual elaborado pela Doçaria de São Vicente, com o apoio e investigação do Mosteiro de Tibães. As «Viúvas», cuja origem remonta aos anos de 1670-1690, foram uma iguaria produzida no antigo Convento dos Remédios, em Braga.

A par da gastronomia, a tarde dedicada a esta «V Jantar de Reis de Braga», conta ainda com animação musical oferecida por diversos grupos tradicionais de Braga e da região do Minho, como é o caso do Grupo Dr. Gonçalo Sampaio, com o Rancho e os Cavaquinhos; o Orfeão de Braga; os Sons da Suévia com um Grupo de Gaiteiros; grupo de percussão da ARCUM, Universidade do Minho; os Zés-Pereiras de Barcelinhos; os Cabeçudos da Associação Ida e Volta de Braga; a Banda do Galo de Barcelos; a Orquestra Sinfonieta de Braga, entre outros.

São convidados de honra o S.A.R. Dom Duarte, D. Isabel de Bragança, a Duquesa da Cadaval, D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga; o Presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio; entre outras individualidades civis e religiosas de grande importância social na região e no país. A animar o jantar, além do fado do grupo Alma de Coimbra, e de um quarteto da Escola Superior de Música de Aveiro, cantam Zé Perdigão e o bracarense Hugo Torres.

É já de cunho dos Jantares de Reis de Braga trabalhar para a promoção da cultura portuguesa, nos seus saberes e fazeres mais tradicionais e mais empreendedores. “Promovemos os produtos portugueses locais com a presença das Confrarias Portuguesas, tanto gastronómicas como báquicas. No contexto de engrandecimento de Portugal, dos portugueses, da sua produção e dos seus produtos temos sempre como convidado de honra o S.A.R. Dom Duarte de Bragança, como símbolo nacional da nossa História, cultura, tradições, língua e fronteiras e, até mesmo, da nossa Identidade”, rematou Sílvia Rodrigues.

Fonte: Local.Pt

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

S.A.R. A SENHORA DONA ISABEL PRESENTE NA 29º EDIÇÃO DO BAZAR DIPLOMÁTICO


S.A.R. a Duquesa de Bragança esteve presente na 29.ª edição do Bazar Diplomático, uma organização da Associação dos Cônjuges dos Diplomatas Portugueses, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa. A receita obtida pela venda das entradas e dos produtos dos vários países é doada a instituições de apoio a crianças e jovens em risco.

«Tenho vindo praticamente todos os anos a este bazar. É um óptimo lugar para comprar presentes, porque todos os países participantes trazem os seus produtos típicos a preços muito simpáticos. Mas o importante aqui e o objectivo é mesmo ajudar quem precisa. E é por isso que faço questão de vir.», referiu S.A.R. a Duquesa de Bragança naquela ocasião (na imagem com Ana Rocha Páris).

Fonte: CARAS, de 30 de Novembro de 2013 por Joana Dias Pereira

D. MIGUEL (II) DE BRAGANÇA PARTICIPOU NA PRIMEIRA GRANDE GUERRA AO SERVIÇO DA ÁUSTRIA MAS RETIROU QUANDO PORTUGAL ENTROU NO CONFLITO



A imagem reproduz o manifesto de D. Miguel de Bragança aos portugueses, declarando a sua participação na guerra como general do exército austríaco, apelando: “Não vos deixeis arrastar a ir colher a morte inglória e a vossa própria desgraça pelas ambições pessoaes d’aquelles que incompetentemente vos governam”. Veio a retirar-se quando Portugal entrou no conflito em 1916.

D. Miguel de Bragança era filho do Rei D. Miguel I e avô paterno de D. Duarte Pio, Duque de Bragança e Conde de Ourém.

Fonte: AUREN

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE PRESENTE NA HOMENAGEM AO GENERAL RAMALHO EANES


S.A.R. o Duque de Bragança esteve presente na homenagem ao antigo Presidente da República António Ramalho Eanes, que teve lugar no Centro de Congressos de Lisboa em 25 de Novembro de 2013. «Deu sempre um grande exemplo de honestidade, coerência e de como é que um chefe de Estado, em Portugal, deve agir.», declarou S.A.R. aos jornalistas.

Fonte: Lux, de 2 de Dezembro de 2013 por Joana Dias Pereira

JANTAR DE REIS BRAGA 2014


JANTAR DE REIS BRAGA 2014 NA TVI

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Olhos que vêem sem ver

Na quarta-feira passada, de manhã cedo, fui interpelado por uma mensagem informática de um jovem universitário (NN), que conheço apenas do «chat» de uma rede social. O NN felicitava-me por um artigo nesse mesmo dia publicado. Agradeci-lhe a amabilidade e estranhei que já o conhecesse. Disse-me então que o texto lhe tinha sido reenviado por uns amigos cegos. Estranhei o facto, mas o NN confirmou-me que são mesmo cegos e que, graças a uma aplicação, conseguem converter à oralidade o texto escrito. Com bom humor, acrescentou depois que, embora não desse muito nas vistas, também ele é cego.

De imediato lhe pedi perdão pela minha eventual indelicadeza, mas a sua resposta, recusando as minhas desculpas, não se fez esperar: «Sabe que, para mim, a cegueira não é sinónimo de dificuldade ou de tristeza. É óbvio que gostava de voltar a ver, mas … aprendi a ver melhor as coisas. Por isso, todos os dias agradeço a Deus por me ter proporcionado esta experiência. Foi graças a isso que o conheci a Ele. Acho que só isso já justifica o não poder ver com os olhos …».

Desculpem-me a pieguice, mas estas palavras tiveram o condão de me comover, como há tempo não me acontecia. Também agora, sinto-me profundamente tocado pela grandeza daquela alma à qual foi pedido tamanho sacrifício e onde não há nenhum ressentimento ou revolta, mas apenas gratidão e, até, bom humor. O meu amigo NN, não vendo, vê muito mais do que eu e do que muitos outros, porque vê com o coração iluminado pelo dom da fé.

Não foi a única bênção desse dia, porque Deus me deu também a imensa alegria de, apesar da minha cegueira, entrevê-Lo nas celebrações eucarísticas e do sacramento do seu amor e perdão. Obrigado, Senhor!

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: Povo

Perspectiva na voragem do tempo


Têm sido continuamente solicitadas à sociedade mudanças de comportamento, mas a sociedade também conhece a necessidade de construir uma renovação no modelo político. Defendo um regime democrático com uma instância apartidária, que represente as referências nacionais, que seja voz do consenso democrático e voz da continuidade estratégica. Defendo uma transformação positiva, que não cinda a nossa história. Defendo a monarquia em pluralidade democrática, onde as maiorias não esmaguem as minorias, mas com um parlamento forte, capaz de encontrar em si mesmo as alternativas, e com uma constituição de direitos, liberdades e garantias. Monarquia e democracia é uma conjugação política de sucesso, de sucesso social, de sucesso democrático, de sucesso económico. A monarquia com assembleia democrática é um regime confirmado, é equilíbrio na livre contenda, é perspectiva na voragem do tempo. É voz comum, interceptando todo o tecido social português, que sem uma visão estratégica alargada e democrática a construção quotidiana não se revela nem eficaz nem esclarecedora. Sem ela, a nossa cooperação, o incremento do potencial interpretativo, a abertura de oportunidades de realização socioeconómica, não ganham o impacte que requerem e merecem.

Pedro Correia 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

S.A.R. A SENHORA DONA ISABEL PRESENTE NO LANÇAMENTO DA MAIS RECENTE OBRA DE JAIME NOGUEIRA PINTO

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A Senhora Dona Isabel de Bragança (na fotografia com o Senhor Dom Francisco van Uden) esteve presente no lançamento da mais recente obra de Jaime Nogueira Pinto, intitulada "Portugal - Ascensão e Queda", que decorreu na Sociedade de Geografia de Lisboa no dia 3 de Dezembro de 2013.

«Gosto muito de ler, sempre gostei. Não durmo sem ler e os meus filhos também não. E para os nossos filhos um dos presentes [no Natal] é sempre um livro, que podem ler logo ou ler mais tarde. Em relação a livros mais pesados nós podemos comentar durante o jantar ideias, artigos ou capítulos que depois eles até podem ir buscar para trabalhos que estão a fazer no liceu», declarou a Senhora Dona Isabel aquando do referido lançamento.

Fonte: CARAS, de 14 de Dezembro de 2013; Flash!, de 7 de Dezembro de 2013 por Joana Dias Pereira

domingo, 12 de janeiro de 2014

Os sobrinhos de Deus

Há católicos tão bem, tão bem, tão bem, que tratam Deus por tio. De facto, chamá-Lo pai seria ficar automaticamente irmã, ou irmão, dessa gentinha pé-descalça e malcheirosa que vai à Cova da Iria de xaile e garrafão. Tratá-Lo por Senhor seria reconhecer-se de uma condição servil, que está muito bem para as criadas e para os chauffeurs, mas que não é compatível com quem é, há várias gerações, gente de algo.
Os sobrinhos de Deus gostam muito de Jesus, porque Ele é superfantástico: andou sobre o mar e fez montes de coisas giríssimas. Gostam tanto d'Ele que até Lhe perdoam o ter sido carpinteiro, pormenor de gosto duvidoso que têm a caridade de omitir, sempre que, ao chá, falam d'Ele. Também têm muita devoção ao Espírito Santo: à família do banco, claro, pois conhecem-na toda da Quinta da Marinha e de um ror de sítios muito in, que tudo o que é gente frequenta.

Alguns foram a Fátima a pé e acharam o máximo. Levaram uns ténis de marca, roupa desportiva q. b. e um padre da moda. Rezaram imenso, tipo um terço, sei lá. O resto do tempo foi à conversa, sobretudo a cortar na casaca de uns quantos novos-ricos, um bocado beatos, que também se integraram na peregrinação (já agora, aqui para nós, mais por fervor aos sobrinhos de Deus do que a Nossa Senhora, mas note-se que isto não é ser má-língua, mas a pura verdade, à séria).

Têm imenso gosto e casas estupendas. Quando olham para um crucifixo em pau-santo, com imagem de marfim e incrustações de prata, são capazes de reconhecer o estilo, provavelmente indo-europeu, identificar a punção, pela certa de algum antigo joalheiro da Coroa, e a data, até porque, geralmente, é igualzinho a um lá de casa, ou muito parecido ao da capela da quinta. Só não vêem o Cristo, nem a coroa de espinhos, nem as chagas, que são coisas de menos importância.

Detestam essas modernices do abraço da paz ou da Igreja dos pobres, mas não é que tenham nada contra os pobres, apenas receio de doenças contagiosas.

Também não são muito fãs do senhor prior, nem do Papa Francisco, simplórios de mais para os seus gostos sofisticados. Mas derretem-se quando se cruzam, nalgum cocktail, exposição ou concerto na Gulbenkian, ou em São Carlos, com alguém que os fascine pelo seu glamour, pela sua cultura, pela sua inteligência ou poder porque, na realidade, o principal santo da sua devoção é o príncipe deste mundo.

Uma só coisa aflige os sobrinhos de Deus: que o céu, onde já têm lugar reservado, esteja mesmo, como se diz no sermão das bem-aventuranças, cheio de maltrapilhos.

1) Qualquer relação com a realidade não é coincidência, mas um azar dos diabos. 

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: Povo

Em pacotinhos ficariam com mais espaço


Dir-se-ia vivermos numa permanente quermesse com direito a corrida em sacos de batatas. Chegou a vez do panteão ser o alvo predilecto das imobiliárias partidárias cá da praça, levantando-se listas de potenciais inquilinos para ali jazerem sob a cúpula que Salazar mandou construir, acabando com as obras de Santa Engrácia. Laicidades atiradas à sarjeta, o monumento teve direito a uma catolicíssima cruz no topo "e tudo"!

Após Eusébio, agora chega a vez do aventar de Sophia de Mello Breyner Andresen. Vai ser engraçado, especialmente se colocarem a poetisa ao lado de Aquilino. Vindo das brumas dos anos sessenta, há quem garanta a ocorrência de um episódio edificante, testemunhado durante uma eleição para a direcção da SPA. Tanto a poetisa como o marido, Francisco Sousa Tavares, declararam a alto e bom som que se retiravam da sala, não querendo permanecer no mesmo lugar onde estava um dos regicidas. 

Pois agora, a monárquica de sempre terá de conviver com os marmóreos T0 de um dos homens do 1º de Fevereiro, do Arriaga que arrendou Belém, do Sidónio das botas altas e do ex-estadonovista intestino Delgado. Só lá falta o Buíça e um pacotinho de sopa KnorrMade in DDR com o pó do ABC. É de loucos.

Nuno Castelo-Branco

sábado, 11 de janeiro de 2014

«ACHO QUE O VINHO REPRESENTA MUITO DA CULTURA DE UM POVO»

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«Interessa-me muito tudo o que tem qualidade, assim como a cultura dos outros povos. Acho que o vinho representa muito da cultura de um povo», declarou S.A.R. o Duque de Bragança, no dia 18 de Dezembro de 2013, numa apresentação de vinhos de uma das principais marcas da Hungria da qual foi orador de honra. A tertúlia teve lugar na Embaixada da Hungria em Lisboa e foi promovida por S.E. o Embaixador da Hungria, Norbert Konkoly.


Fonte: CARAS, de 11 de Janeiro de 2014 / Joana Dias Pereira
Publicado por: PPM Braga

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Jantar de Reis ajuda a pagar obras do telhado da Basílica do Sameiro


Mais de 400 pessoas são esperadas, no próximo dia 18, no Bom Jesus, para participarem no Jantar de Reis. Entre elas estão os Duques de Bragança, D. Duarte Pio e D. Isabel de Bragança.
A iniciativa, organizada pela sociedade civil bracarense, conta com o apoio da Associação Comercial de Braga (ACB), da Associação Industrial do Minho (AIMinho), da Arquidiocese de Braga e da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro (CNSS).

O jantar tem como finalidade a promoção da cultura portuguesa e uma vertente solidária.
“Nele promoveremos os produtos portugueses locais, com a presença de confrarias portuguesas. Também porque o momento histórico que temos vivido de há uns anos para cá nos tem pedido mais união e cooperação. O Jantar de Reis tem como segundo objectivo a solidariedade apoiando, este ano, a recuperação do telhado da Basílica de Nossa Senhora do Sameiro”, disse Sílvia Oliveira, da organização do jantar. Para tal, cada conviva terá de desenbolsar ‘25 telhas’.

Além do jantar, está prevista animação durante todo o dia no centro da cidade, desde provas de vinhos, a exposições de artesanato e doçaria, passando pela actuação de vários grupos de dança e música.
Um programa que, segundo Macedo Barbosa, presidente da ACB, 

  permite ao evento “afirmar-se como um expoente da nossa cultura” e mostrar aos turistas “o que de melhor existe em Braga e em Portugal”.

No que diz respeito à AIMinho, Gil Carvalho referiu que a iniciativa “traz grande visibilidade ao território a nível económico, social e cultural.” Gil Carvalho disse, ainda, que o jantar de Reis vai servir, também, “para sensibilizar os industriais para a importância da recuperação do nosso património.” E são precisamente os empresários que mais têm contribuído para a realização do evento.“O jantar vai ser barato porque temos tido o contributo de muitas empresas”, afirmou João Russel, da CNSS.

De acordo com o Cónego José Paulo Abreu, presidente da CNSS, até ao momento foram angariados cerca de 230 mil dos 550 mil euros que custaram as obras de reparação da Basílica do Sameiro.
A CNN espera, com a realização do jantar, obter o máximo de verbas possíveis, até porque “há pessoas que não participam no jantar, mas que fazem questão de deixar a sua contribuição”, disse o Cónego José Paulo Abreu.
A organização espera, ainda, que este jantar possa dar mais dinamismo à candidatura do Bom Jesus a Património da Humanidade, por parte da UNESCO.


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

"O regímen perfeito só pode consistir na síntese dos três grandes princípios naturalmente existentes nas sociedades humanas - o democrático, o aristocrático e o monárquico - ; compreendemos que, destes três princípios, só o último pode desempenhar a função unificadora."

"(...) Pode e deve a Nação desenvolver-se de acordo com todas as suas virtualidades. Mas uma Nação não é um corpo isolado. Hoje mais que nunca, cada Nação está aberta a um sem-número de influências, e arrisca-se a trocar a sua alma pela tendência mais forte em dado momento. A Realeza, como parte integrante da Nação, é fiadora da continuidade histórica. A situação presente do Mundo e, em especial, da Europa, exige, muito mais do que noutras épocas de tranquilidade e de isolamento, a presença do Rei. Não pensemos, no entanto, que, em face das tendências novas, o papel do Rei seja um papel negativo de polícia de costumes políticos. É, antes, uma função nobremente positiva, a que lhe compete: a função integradora, tanto num sentido estático como num sentido dinâmico, de tudo quanto pode servir ao bem comum nacional. Os mesmos valores que, lançados no corpo da Nação sem a presença do Rei, poriam em risco a saúde colectiva, podem contribuir para o progresso da comunidade, sempre que a Realeza os receba, coordene e oriente. Deste modo, a Realeza é condição de progresso; na bela expressão de Pierre Boutang, "a Esperança é monárquica". Mas a Esperança não é apenas monárquica: o Integralismo abriu a Política ao plano espiritual e ao plano económico. E era bem urgente essa abertura. A experiência liberal e a experiência republicana, ao mesmo tempo que tinham quebrado toda a autêntica vinculação da Política à esfera dos valores religiosos, tinham também desenraizado a Política do húmus social, em que se processa toda a pujança e variedade da actividade económica. (...)

(...) A Política moderna partira de uma ideologia e acabava numa mesquinha arte de ludíbrios. A intercomunicação natural e vital, entre a Política e a Economia parecia para sempre cortada. Sobre uma concepção abstracta de "cidadão" erguera-se uma falsa representação nacional, teoricamente baseada em divergências doutrinárias, praticamente, porém, derivada das influências do dinheiro, da habilidade; cada vez menos do prestígio social, cada vez mais da própria força política. Deste modo, pelo menos duas características totalmente anómalas tinham este sistema representativo: na falta de divergências doutrinárias, o processo de representação tendia a não funcionar; e o "político", teoricamente emanado da vontade popular, era quem, em larga medida, a determinava. Contra um tal sistema, o Integralismo Lusitano proclama que a representação nacional tem de sair da complexidade e riqueza da própria vida nacional. (...)"


"O Integralismo como Doutrina Política", Henrique Barrilaro Ruas

Fonte: Prometheo Liberto

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Natal na prisão

«Como muitos outros presos, também festejei o nascimento do Senhor na prisão de Multan, aqui, no Paquistão» - assim escreveu, recentemente, Asia Bibi ao Papa Francisco, pedindo a sua oração e intercessão. Há quatro anos e meio detida por um alegado crime de blasfémias, que não cometeu, esta mulher cristã foi condenada à morte pela islâmica justiça paquistanesa. Longe da sua família e em condições particularmente penosas, Asia Bibi aguarda, na prisão, o desfecho do recurso que interpôs, num caso que envergonha o seu país e a comunidade internacional.
Mas não é só no Oriente que se verificam tais atropelos à liberdade religiosa. Quando o Arcebispo de Malines-Bruxelas, a 18 de Abril de 2013, discursava, na Universidade Livre belga, precisamente sobre "A blasfémia, delito ou liberdade de expressão", foi violentamente insultado por umas quantas mulheres em tronco nu que, interrompendo a sua alocução, enxovalharam e encharcaram de água-benta Mons. Léonard. Não consta que as protagonistas do desacato tenham sido, até à data, responsabilizadas pelo acto, que a imprensa local referiu com indiferença.
É verdade que, na Rússia, a irreverente brincadeira de umas meninas lhes saiu cara, mas em Sabadell, Espanha, cinquenta manifestantes invadiram a igreja de São Félix, em plena Missa do galo. Proferindo impropérios contra a Igreja e a nova lei espanhola do aborto, mais restritiva do que a anterior, foram desalojados pacificamente, mas as forças da ordem nem sequer identificaram os desordeiros, impossibilitando assim qualquer acção judicial contra os protagonistas desta acção, que não mereceu censura por parte de certa imprensa.
No mundo há um défice de liberdade, nomeadamente de liberdade religiosa. Islâmico ou laico, o fundamentalismo, com a conivência dos órgãos judiciais, de alguma comunicação social e de quem, pelo seu silêncio, é cúmplice também, é o principal inimigo dos direitos humanos e da liberdade dos cidadãos.

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

Fonte: Povo

FAMÍLIA REAL PORTUGUESA NA REVISTA FLASH!

acima


Dezembro de 2013

Fonte: Joana Dias Pereira
Publicado por: PPM Braga

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

MONARQUIA – A Cura Para Os Males Republicanos!

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O regímen republicano mostrou, definitivamente, ter sido superado pelas suas imperfeições naturais. Desde a sua implantação o republicanismo português tem mostrado não estar à altura das exigências do País.
Como sustentou Destouches: “Chassez le naturel, il revient au galop – Expulsai a natureza, ela volta a galope”. São escusados os esforços impostos em excesso à índole do indivíduo. Inauguraram um regímen inadequado às idiossincrasias do “Ser Português!”. Analisou o génio de Fernando Pessoa que «a revolução é só da superfície», e que «a maioria do país era monárquica (…)». De resto nas últimas eleições realizadas em Portugal, em 1910, durante a Monarquia, os partidos monárquicos obtiveram 93% dos votos expressos e Partido Republicano Português 7%.
Atulhados em querelas e sem bom senso para serenar as diferentes vontades politico-sociais, os “implantadores” não possuíram habilidade para curar a gestão financeira e reformar a administração do Estado; antes sim mergulharam o País na guerrilha, na bancarrota e na censura. Foi este o desfecho esperado e inevitável de uma aparente sacudidela de ideias. Volvidos estes anos todos, de equívoco republicano, o regime implodiu!
O regime político afastou-se dos anseios dos cidadãos!
Onde está a Democracia, se nos negam o direito à escolha, pois nunca foi dado aos Portugueses a liberdade de optar sobre que sistema de governo pretendem: república ou Monarquia?
Fernando Pessoa, monárquico convicto que sempre evitou colagens ao regime implantado, em 1910, continuou: «(…) Aqueles portugueses do futuro, para quem porventura estas páginas encerrem qualquer lição, ou contenham qualquer esclarecimento, não devem esquecer que elas foram escritas numa época da Pátria em que havia minguado a estatura nacional dos homens e falido a panaceia abstracta dos sistemas. (…) Serão, talvez e oxalá, habitantes de um período mais feliz (…) aqueles que lerem, aproveitando, estas páginas arrancadas, na mágoa de um presente infeliz, à saudade imensa de um futuro melhor. (…)», e, «(…) Os partidos políticos, em determinado país e determinada época, têm todos a mesma mentalidade, têm todos virtualmente o mesmo grau, pouco ou muito, de corrupção. (…)»
PESSOA CHEGA, ENTÃO, A CONCLUSÃO:
«O que é preciso, pois, é estabelecer uma fórmula de transição que sirva de declive natural para a MONARQUIA FUTURA, …»

É essa, também, a nossa percepção: a Restauração da Monarquia. Não se pretende um regresso ao passado, mas pretendemos que o futuro seja construído com base em concepções contemporâneas. Os pilares de uma nova Monarquia assentarão em premissas de exercício do poder real adequados à realidade em que vivemos. O regímen a concretizar terá a árdua tarefa, como na renda de bilros, de tecer a obra final: uma verdadeira méritocracia em Monarquia, um sistema de governo democrático, contemporâneo e modelar que é a Monarquia Constitucional Parlamentar.
QUEREMOS DEMOCRACIA EM MONARQUIA!


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Feliz Dia de Reis!


Os três Reis Magos surgem como sábios vindos do Oriente com o propósito de venerarem o Menino Jesus, o novo Rei dos Judeus que tinha nascido.
O caminho até Belém onde se encontrava o Menino, é-lhes indicado por uma estrela, a Estrela de Belém e devido à grande distância percorrida pelos Reis Magos até lá, diz-se que a visita destes se fez no dia 6 de Janeiro.
É no Evangelho de S. Mateus que encontramos a única referência à existência dos Reis Magos. Foi no séc. V que Orígenes, erudito da igreja antiga e Leão Magno, sacerdote e mais tarde Papa e Santo, lhes conferem o título de Reis Magos. E só no séc. VII é que lhe foram atribuídos nomes: Gaspar ("aquele que vai inspeccionar), Baltazar ("Deus manifesta o Rei") e Belchior/Melchior/Melquior ("meu Rei é luz"). No séc. XV é associada uma raça a cada um dos Reis Magos, de modo a representar toda a raça humana que se conhecia na época.
Por tradição diz-se que são três devido aos três presentes oferecidos: Ouro, Incenso e Mirra. Crê-se que não seriam propriamente Reis mas talvez Sacerdotes, Conselheiros ou até Astrónomos.
Na antiguidade, era costume oferecer-se ouro a um Rei, incenso a um Sacerdote e mirra a um Profeta. Por isso Belchior, de raça branca, ofereceu ouro reconhecendo-Lhe realeza; Gaspar, representando a raça amarela, ofereceu-Lhe incenso atribuindo-lhe divindade e, finalmente Baltazar, de raça negra, ofereceu mirra que representava a imortalidade.
É na idade média que começa a devoção aos Reis Magos e, no séc. VI as suas relíquias são levadas de Istambul para Milão. Sendo já considerados Santos em 1164, foram levados para a catedral de Colónia, na Alemanha.

Fonte: natal

Bolo-Rei


Não é possível falar-se na doçaria típica da época natalícia, sem se falar do famoso Bolo Rei, com a sua forma de coroa, as suas frutas cristalizadas e frutos secos (amêndoas, nozes e pinhões), a fava e o brinde. 

Este bolo está carregado  de simbologia, muito sinteticamente pode dizer-se que este doce representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. A côdea (a parte exterior) simboliza o ouro; já as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra; por fim, o incenso está representado no aroma do bolo.

A explicação para a existência da fava no interior no bolo rei está ligada a uma lenda, segunda a qual quando os Reis Magos viram a Estrela de Belém que anunciava o nascimento de Cristo, disputaram entre si o direito de entregar ao Menino os presentes que levavam. Como estes não conseguiam chegar a um acordo, um padeiro, para pôr termo à discussão, propôs fazer um bolo com uma fava no interior da massa, em seguida, cada um dos três magos do  Oriente pegaria numa fatia, o que tivesse a sorte de retirar a fatia que possuísse a fava, ganharia o direito de entregar os presentes a Jesus. Não se sabe qual foi contemplado com a fatia premiada, pode ter sido qualquer um dos três, Baltasar, Belchior ou Gaspar.

A receita do Bolo Rei coreu mundo, muito contribuiu para isso a fama que o bolo ganhou de proporcionar prosperidade a quem comesse a fatia que possuísse a fava. Contudo, dita a tradição que quem receber a fatia com a fava, tem de oferecer o Bolo Rei no ano seguinte.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Os Bragança, exemplo de serviço


A família real portuguesa tem sido, desde o regresso do exílio, exemplo de moderação e incomparável desamor pelo exibicionismo. Ultrajada, silenciada, esbulhada do seu património e até ocultada dos portugueses, nunca dela se manifestou um queixume, a exigência de reparações justiceiras, um elementar pedido de desculpas do Estado. Ao contrário de Espanha, onde a possibilidade da Restauração foi secundada por vencedores e aceite pelos vencidos da guerra civil - pelos vencedores, pois não queriam o retorno da república; pelos vencidos, pois a monarquia possuiu o génio da integração - em Portugal, irremediavelmente tosco politicamente e sempre em mãos de elites vorazes que aspiram ao controlo integral da maquinaria do Estado, como um salteador se agarra ao saque, a possibilidade do retorno da monarquia tem sido, desde há um século, combatida pelas famílias e grupos políticos, da extrema-direita à esquerda mais radical, mas sobretudo pelos vários arcos de governação. Em 1951, através do tandem Marcelo Caetano / Albino dos Reis, o Estado Novo, pensando-se perpétuo, proclamou-se republicano. Em 1975, a Constituição elevou a forma republicana a limite indiscutível. 

Em 1950, o regresso da família real, se reparava o banimento, continha, também, um refinado cálculo. A família real, cujos bens haviam sido devolvidos em finais da 1ª República, regressou ao país sem poder prover ao seu sustento. A criação da Fundação da Casa de Bragança, em 1933, arranjo em que se fizera casuística a partir de umas vagas considerações de Dom Manuel II sobre o destino a dar ao seu património cultural - leia-se livros antigos de tipografia portuguesa - testemunha a perversa intenção, logo traduzida em actos, de reduzir a liberdade da Família Real, expondo-a aos caprichos do poder instituído. O imenso património fundiário, imobiliário e artístico dos Bragança viu-se, assim, sequestrado por uma entidade que se dizia existir para garantir a inalienabilidade patrimonial de bens pertencentes a cidadãos que a eles tinham pleno direito. Mas o Estado foi mais longe na montagem do dispositivo preventivo. Sabe-se hoje que por ocasião do regresso dos Bragança ao seu país, foi-lhes sugerida instalação em localidades da raia, tão longe quanto possível de Lisboa, ao que o então Chefe da Casa Real recusou. Perante a firme recusa, supremo sarcasmo, foi-lhes proposta instalação num castelo arruinado. Queria-se, pois, uma família real pobre e mendicante, sujeita à prodigalidade ou à avareza do esmoler. Depois, por maior que fosse o afinco e honestidade dos seus administradores, a fundação sob tutela do Estado foi sempre gerida por homens de formação republicana e até conhecida vinculação a organizações secretas. A situação mantém-se há mais de setenta anos e estimamos que só com uma decidida reclamação às instâncias europeias se poderá resolver o lamentável imbróglio. 

Pois bem, não obstante os sacrifícios, os Bragança viveram sempre com digna parcimónia, nunca perdendo a dignidade, nunca se submetendo aos interesses de regimes, governos e facções que ocuparam sucessivamente o poder. Cumpriram sempre as suas obrigações de cidadania, deram sempre provas de ânimo, boa-fé, entrega a causas de natureza nacional, social e cultural, muitas vezes excedendo largamente as suas modestas posses. Há dias soube que o Príncipe da Beira, o Infante Dom Afonso, consagra grande parte do seu tempo livre a obras de caridade. Fá-lo sem alarde, com enorme sacrifício e com a discreta elegância de quem se entrega ao bem sem busca de notoriedade. Que eu saiba, raros são os rapazes da sua idade que fazem o que faz. Aqui está um exemplo - um exemplo mais - desta família que serviu e continua a servir o país há meio milénio. 

Miguel Castelo-Branco

Fonte: Combustões