Um ano depois da revolução que implantou a república em Portugal, morria no exílio a 5 de Julho de 1911, no seu Piemonte natal, a penúltima Rainha de Portugal: Dona Maria Pia. No leito, instantes antes do suspiro final, pediu que a voltassem na direcção de Portugal, país onde foi Rainha durante quarenta e oito anos, primeiro como consorte do Rei Dom Luís I, depois como Rainha-mãe do grande Rei Dom Carlos I.
O Anjo da Caridade e A Mãe dos Pobres, foram alguns dos epítetos por que ficou conhecida a Rainha Dona Maria Pia consequência da sua compaixão pelos mais necessitados e pela sua entrega às mais diversas causas sociais. Nascida, em Turim, a 16 de Outubro de 1847, Maria Pia de Sabóia, era filha do Rei Vittorio Emmanuel II da Sardenha e do Piemonte, que viria a ser o Primeiro Rei da Itália unificada.
Contra as expectativas, mas talvez por aconselhamento do Marquês de Sá da Bandeira, Presidente do Conselho de Ministros que considerou importante uma aliança com Itália, o Rei Dom Luís I de Portugal casou então primeiro por procuração e depois ratificado, já presencialmente, em Lisboa, a 6 de Outubro de 1862, com a Princesa D. Maria Pia, segunda filha do recente Rei de Itália, e com ela teve dois filhos: Carlos – Príncipe Real, Duque de Bragança e futuro Rei – e o Infante Dom Afonso – Duque do Porto e último Condestável do Reino.
Dona Maria Pia gastava avultadas somas de dinheiro na ajuda dos mais carenciados, quantias que injustamente eram atribuídas para próprio fausto. ‘A Verdade é apenas umas perspectiva’: célebre pensamento do Imperador Marco Aurélio!
Miguel Villas-Boas
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