quarta-feira, 30 de setembro de 2015

28 de Setembro – Aniversários Reis D. Carlos I e D. Amélia de Portugal



A 28 de Setembro de 1863, nascia Dom Carlos I de Portugal, no Palácio da Ajuda, em Lisboa. De Seu nome completo Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon Saxe-Coburgo-Gotha, foi o penúltimo Rei de Portugal, mas como filho primogénito varão do Rei Dom Luís I e da Rainha Dona Maria Pia, e na qualidade de Príncipe herdeiro da coroa de Portugal, recebeu desde cedo os títulos oficiais de Príncipe Real de Portugal (o 4.º) e Duque de Bragança (19.º), possuindo o usufruto dos rendimentos dessa grande e Sereníssima Casa, último morgadio que no seu tempo era ainda, legalmente, permitido em Portugal. O Ducado de Bragança é o único título real hereditário, atribuído sempre ao herdeiro presuntivo da coroa que, ao subir ao trono, por sua vez o passa para o seu próprio herdeiro.
Dom Carlos recebeu desde muito cedo uma esmerada educação, aquela reservada aos herdeiros presuntivos. Os melhores preceptores instruíram Dom Carlos nas mais variadas ciências e artes, e, também, ministraram-lhe diversas línguas estrangeiras. Ainda jovem viajou pelas diferentes cortes europeias.
Exímio pintor, oceanógrafo, atirador, etc., recebeu inúmeros prémios internacionais pela sua pintura e ficaram para a posteridade os seus estudos oceanográficos e ornitológicos.
‘Com uma instrução geral que o não deixava encontrar hóspede em qualquer assunto de conversação; conhecedor e possuidor de línguas, especialmente do francês e do inglês, por forma que delas se servia como de sua própria; dado ao gosto e cultura das Belas-Artes, em uma das quais, a Pintura, foi distintíssimo; habituado nos sports e, como atirador, excepcionalmente forte – reunia a tudo isso ser o homem mais bem-criado do seu País, dotado de um humor sempre igual, sem descair nunca na vulgaridade, nem deixar perceber de si, em qualquer circunstância, sinal de contrariedade, despeito ou irritação.’, escreveu João Franco Castello-Branco, in Cartas D’El-Rei Dom Carlos I a João Franco Castello-Branco, Seu Último Presidente do Conselho.
Em 28 de Setembro de 1865, durante o exílio da família real francesa, em Inglaterra, nascia, em Twickenhem, Dona Maria Amélia Luísa Helena de Bourbon-Orleães, princesa de França. Dona Amélia era a filha primogénita do pretendente ao trono francês Luís Filipe, Conde de Paris, neto do último Rei de França, Luís Filipe I, e de Maria Isabel de Bourbon-Orleães-Montpensier, infanta de Espanha, filha do Príncipe Antoine D’ Orleães, Duque de Montpensier e Infante de Espanha, por sua vez filho do último Rei de França.
A princesa Dona Amélia passou parte da infância em Inglaterra, até à queda do II.º Império. Então, a Casa Real de Orleães pode regressar ao país, e, embora o seu pai apenas fosse pretendente à Coroa, a princesa teve então uma esmerada educação.
Dona Amélia era uma jovem encantadora e culta, admiradora de ópera e teatro, era leitora compulsiva da melhor literatura da época, chegando a corresponder-se com os seus autores favoritos. Além disso possuía, tal-qualmente, dotes para a pintura que ultrapassavam o elementar.
Tudo parecia predestinado para que o casamento da jovem Princesa francesa ocorre-se com o herdeiro de uma coroa norte-europeia, mas uma feliz coincidência impeliu os acontecimentos. De férias em Paris, o Príncipe Real Dom Carlos de Portugal, Duque de Bragança, que procurava esposa, num encontro organizado pela Infanta de Portugal Dona Maria Antónia foi apresentado a Dona Amélia de Orleães e a seus pais. A Princesa de França Dona Amélia era a filha primogénita do pretendente ao trono francês Luís Filipe, Conde de Paris, neto do último Rei de França, Luís Filipe I, e de Maria Isabel de Bourbon-Orleães-Montpensier, infanta de Espanha, filha do Príncipe Antoine D’ Orleães, Duque de Montpensier e Infante de Espanha, por sua vez filho do último Rei de França. O encanto foi mútuo e o pedido oficial foi realizado por Dom Carlos ao Conde de Paris, a 6 de Fevereiro de 1886, sendo lavrado registo matrimonial nesse mesmo dia no Castelo d’ Eu.
A 17 de Maio de 1886, a princesa Dona Amélia, futura Duquesa de Bragança partiu de França e chegou à Pampilhosa no dia seguinte. Em 19 de Maio, pelas 17 horas, a Princesa foi apresentada à Corte em Lisboa.
O casamento real entre Dom Carlos de Bragança, Príncipe Real, Príncipe hereditário de Portugal e Duque de Bragança com Dona Maria Amélia Luísa Helena de Bourbon-Orleães, princesa de França, foi celebrado no dia 22 de Maio de 1886, na Igreja de São Domingos, e foi acompanhado pela multidão que saiu às ruas de Lisboa para acompanhar o cortejo nupcial.
Depois do casamento, e terminada a lua-de-mel, os Duques de Bragança mudaram-se para a sua nova residência, o Palácio de Belém.
O casamento foi abençoado pelo nascimento do Príncipe Real Dom Luís Filipe de Bragança, o primogénito do presuntivo herdeiro do trono de Portugal, e como tal Príncipe da Beira (4.º).
A 19 de Outubro de 1889 falece El-Rei Dom Luís I, e Dom Carlos é entronizado e aclamado novo Rei de Portugal, passando o muito jovem Príncipe da Beira, como presuntivo herdeiro, a ter o título de Sua Alteza Real, o Príncipe Real Dom Luís Filipe, Duque de Bragança.
Depois, em 15 de Novembro de 1889, nasceu o Príncipe Dom Manuel de Bragança, Duque de Beja.
‘Foi uma coroa de espinhos a que o moço rei teve para colocar sobre a cabeça, e nem o brio da juventude lhe permitiu um instante o gozo da vaidade, a que se chama fortuna. (…) E antes, depois e sempre, em todo o decurso deste já longo terramoto, cujo fim não vimos ainda, o moço rei, sozinho, desajudado de homens prestigiosos que lhe amparassem o trono, com partidos desconjunturados que na hora do perigo se demitem, confessando meritoriamente a sua impotência, ouvia estalar os tiros sediciosos do Porto e crescer a vozearia, confundindo os erros da sociedade com a responsabilidade da Coroa, esperando a salvação da queda da monarquia.’, escreveu Oliveira Martins sobre o Reinado de D. Carlos I.
Miguel Villas-Boas

domingo, 27 de setembro de 2015

D. AFONSO CONSAGRADO PRÍNCIPE HERDEIRO


O filho mais velho de S.A.R., D. Duarte de Bragança cumpriu a tradição.

Príncipe Real D. Afonso de Santa Maria Herédia de Bragança, filho mais velho de S.A.R., D. Duarte, Duque de Bragança, cumpriu a tradição de ser consagrado príncipe herdeiro, numa cerimónia que teve lugar no Santuário da Lapa, em Sernancelhe. 

É um ritual que acontece há muitos anos quando os príncipes da Beira atingem a maioridade. D. Afonso de Bragança celebrou 18 anos em 2014, no dia 25 de Março.

Fonte: Flash!

sábado, 26 de setembro de 2015

FINAL DA TAÇA DUQUE DO PORTO 2015

A segunda edição da Taça Duque do Porto terminou no passado domingo, dia 19 de Setembro, tendo inclusive superado o sucesso do ano passado! No mesmo dia, também no Estela Golf Club, realizou-se um muito participado jantar de entrega de prémios, com a presença de S.A.R. o Duque de Bragança e do Infante Dom Dinis, o Duque do Porto. 



























































sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Faz Anos A 1.ª Constituição Portuguesa De 1822



Art. 12.º – Todos os portugueses podem ser admitidos aos cargos públicos, sem outra distinção que não seja a dos seus talentos e das suas virtudes.
Em 23 de Setembro de 1822, há precisamente 193 anos, era promulgada a primeira Constituição Portuguesa. Em plena Monarquia, os direitos dos Cidadãos, porque se lhes dava enorme relevância, foram elencados logo nos primeiros 19 artigos. Ao ler alguns desses artigos não podemos deixar de reflectir e tirar conclusões entre o que se pretendia num sistema de governo de Monarquia Constitucional, e portanto, democrático, e ao que o actual regime republicano conduziu o País e os seus Cidadãos!
DIREITOS DO CIDADÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1822:
Art. 1.º – A Constituição política da nação portuguesa tem por objectivo manter a liberdade, segurança e propriedade de todos os portugueses.
Art. 2.º – A liberdade consiste em não serem obrigados a fazer o que a lei não manda, nem a deixar de fazer o que a lei não proíbe. A conservação desta liberdade depende da exacta observância das leis.
Art. 3.º – A segurança pessoal consiste na protecção que o Governo deve dar a todos para poderem conservar os seus direitos pessoais.
Art. 4.º – Ninguém deve ser preso sem culpa formada, salvo nos casos e pela maneira decalarada no artigo 203.º e seguintes (…).
Art. 5.º – A casa de todo o português é para ele um asilo. Nenhum oficial público poderá entrara nela sem ordem escrita da competente autoridade, salvo nos casos e pelo modo que a lei determinar.
Art. 6.º – A propriedade é um direito sagrado e inviolável que tem qualquer português de dispor à sua vontade de todos os seus bens, segundo as leis. Quando por alguma razão de necessidade pública e urgente for preciso que ele seja privado deste direito, será primeiramente indemnizado na forma que as leis estabelecerem.
Art. 7.º – A livre comunicação dos pensamentos é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo o português pode conseguintemente, sem dependência de censura prévia, manifestar as suas opiniões em qualquer matéria, contanto que haja de responder pelo abuso dessa liberdade nos casos e pela forma que a lei determinar.
Art. 8.º – As Cortes nomearão um tribunal especial para proteger a liberdade de imprensa e coibir os delitos resultantes do seu abuso, conforme a disposição dos artigos 177.º e 189.º (…).
Art. 9.º – A lei é igual para todos. Não se devem portanto tolerar privilégios do foro nas causas cíveis ou crimes, nem comissões especiais. (…)
Art. 10.º – Nenhuma lei, e muito menos a penal, será estabelecida sem absoluta necessidade.
Art. 11.º – Toda a pena deve ser proporcionada ao delito; e nenhuma passará da pessoa do delinquente. Fica abolida a tortura, a confiscação de bens, a infâmia, os açoites, o baraço e o pregão, a marca de ferro quente, e todas as mais penas cruéis e infamantes.
Art. 12.º – Todos os portugueses podem ser admitidos aos cargos públicos, sem outra distinção que não seja a dos seus talentos e das suas virtudes. (…)
[…]
Art. 15.º – Todo o português tem direito a ser remunerado por serviços importantes feitos à pátria, nos casos e pela forma que as leis determinarem.
Art. 16.º – Todo o português poderá apresentar por escrito às Cortes e ao poder executivo reclamações, queixas ou petições, que deverão ser examinadas.
Art. 17.º – Todo o português tem igualmente o direito de expor qualquer infracção da Constituição e de requerer perante a competente autoridade a efectiva responsabilidade do infractor.
Art. 18.º – O segredo de cartas é inviolável. A administração do correio fica rigorosamente responsável por qualquer infracção a este artigo.
Recolha de Miguel Villas-Boas

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Portugal consagra a su príncipe Afonso

O jornal El Mundo publicou um interessante artigo sobra a Casa Real portuguesa e o Príncipe da Beira, que exige no entanto alguns esclarecimentos:

1) O Príncipe Dom Afonso é Príncipe da Beira por ser o filho mais velho do Duque de Bragança, não por ter sido consagrado a Senhora da Lapa.

2) A sondagem de opinião realizada pela Universidade Católica em 2009 informava que 29% dos Portugueses consideravam melhor ter um Rei que um presidente da República...
À sondagem encomendada pela Comissão do Centenário da República, 40 % dos inquiridos responderam que "não eram republicanos ".

3) O Duque de Bragança desde 1974 vem sendo convidado para entrevistas de rádio e televisão, sendo por isso bastante conhecido dos portugueses. Visitou a convite dos Presidentes das Câmaras metade dos municípios portugueses.

4) Em 2013 o Parlamento de Timor-Leste concedeu ,por unanimidade , ao Duque de Bragança a nacionalidade Timorense, " pelos altos serviços prestados à Nação " .
Foi recebido oficialmente por Presidentes da República ou Primeiros Ministros de todos os países de língua Portuguesa e por todos os Reis e Rainhas da Europa e da Ásia .


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Si hay una fecha que jamás olvidará Carlos de Inglaterra es la del 1 de julio de 1969, día de su investidura como príncipe de Gales. Tampoco olvidará Felipe VI el 1 de noviembre de 1977, donde fue proclamado Príncipe de Asturias en Covadonga. Del mismo modo, y más recientemente, Afonso de Braganza tampoco olvidará el 6 de septiembre de 2015, día en el que fue consagrado como príncipe heredero del inexistente trono portugués.
Afonso de Santa María Heredia de Braganza es hijo de Don Duarte Pío, duque de Braganza y pretendiente al trono de Portugal, y de su esposa, Isabel de Heredia. Es duque de Barcelos y desde el pasado 6 de septiembre, afianza su posición de príncipe da Beira, título que ostentan los primogénitos de los reyes portugueses, o en este caso, de sus legítimos pretendientes.
Los actos se llevaron a cabo los pasados 5 y 6 de septiembre en el consejo de Sernancelhe, al norte del país vecino. En su primer día en la localidad, Don Duarte y su hijo Afonso, fueron recibidos por el alcalde, Carlos Silva Santiago, en el salón noble de los Pazos del Consejo y visitaron la biblioteca local, el museo parroquial Padre Cándido y fueron agasajados por varios grupos de "Rancho folklórico", el baile tradicional portugués. No obstante, el acto solemne no tuvo lugar hasta el día siguiente, con la consagración del primogénito ante la Virgen da Lapa, en la población del mismo nombre. La consagración tuvo lugar en el Santuario de la Virgen da Lapa y es una tradición secular en la casa real portuguesa. Hasta la pequeña aldea acudieron centenares de simpatizantes de la causa monárquica, al igual que otros tantos devotos de la virgen.
Don Afonso tuvo como padrinos de su consagración como príncipe da Beira aÁlvaro de Menezes, de la Real Casa de Viseu, y el prestigioso profesor catedrático Carvalho Rodrigues. Como no podría ser de otra forma, la ceremonia contó con la presencia de Sus Altezas Reales los duques de Braganza, don Duarte y doña Isabel, padres de Afonso, así como de sus dos hermanos menores, la infanta Maria Francisca y el infante Diniz, también duque de Oporto.

Respeto por reyes no reinantes

Portugal, que es una república desde 1910, ha aprendido con los años a convivir con su familia real en un ambiente de perfecto respeto y afecto. Con el motivo de la celebración del centenario de la república en el año 2010, se hizo público un sondeo donde quedaba patente la preferencia de los portugueses por el modelo republicano. Mientras un 72% se mostraba partidario de la república, sólo un 11% se mostraba abiertamente monárquico, un 10% prefirió no contestar y un 7% le era indiferente vivir en una monarquía constitucional o en una república. No obstante, lo cierto es que el peso de los Braganza en la sociedad portuguesa ha ido en aumento en los últimos años.
Motivado quizá por la profunda crisis económica del que el país empieza a salir y su rescate financiero a manos de la troika, el debate volvió a estar en las portadas de los periódicos y también en la sociedad lusa. Aunque lejos de existir un fervor monárquico, lo cierto es que algunos políticos y muchos ciudadanos han ido manifestando su gran desconcierto con la república, principalmente en estos tiempos difíciles. Que el debate exista ya es considerado por muchos adeptos de la causa como una pequeña victoria porque hasta hace bien poco, tal cosa era impensable. La monarquía en Portugal era casi un tabú. Para ello ha contribuido y mucho el actual duque de Braganza.

El perfil de Duarte

Duarte de Portugal es un hombre sensato. Gracias a su sensatez y campechanía ha sabido ganarse el cariño de los portugueses, para los que fue prácticamente un desconocido hasta su boda con Isabel de Heredia. La pareja se casó en 1995, año de inflexión en la causa monárquica portuguesa. Tras años de ostracismo, su familia real volvía a copar titulares en la prensa. Lo mismo siguió pasando con el nacimiento de los tres hijos de la pareja. Poco a poco, Isabel y Duarte se fueron ganando el respeto de los portugueses y se convirtieron en asiduos de las revistas de sociedad en el otro país ibérico. Pero el gran salto ha sido más reciente. Con el país inmerso en una crisis económica sin precedentes, don Duarte, en un discurso pronunciado en el pasado 5 de octubre, día de la fundación de Portugal como reino- curiosamente, el mismo día pero de 1910 se proclamó la república- logró conectar con los ciudadanos. El duque de Braganza hizo una radiografía certera del Portugal actual y de sus desafíos para el futuro. Empatizó con las clases más desfavorecidas y del papel cuché pasó a ocupar espacio en los periódicos de mayor proyección, dentro y fuera de sus fronteras. Sin ir más lejos, en lo que va de año, el periódico Diario de Noticias, el de mayor prestigio en el país vecino, ha publicado una entrevista a Don Duarte, el 4 de agosto, y otra a su esposa, el pasado 25 de julio.
El joven Afonso parece seguir por esta misma línea. Pocos escándalos y mucho servicio a Portugal. Con 19 años recientemente cumplidos ingresará en la universidad. Se sabe de sus preferencias por la Biología y las Ciencias Políticas, aunque de momento no ha trascendido qué estudiará finalmente. Alto, rubio y apuesto, siempre ha destacado por la discreción. Dicen que de su padre ha heredado la campechanía y de su madre, la prudencia. Tiene nacionalidad portuguesa, brasileña y timorense, porque así lo aprobaron las cortes de Timor Oriental en agradecimiento al apoyo prestado por don Duarte a la isla, ex colonia portuguesa y que vivió años bajo la invasión de Indonesia. De hecho, la relación de los Braganza es muy estrecha con los países de habla portuguesa, anteriormente conocidas como provincias de Ultramar. Al igual que sus padres y sus hermanos, dispone de pasaporte diplomático y no han sido pocas las veces que el gobierno portugués ha mandado a la familia en representación del país a las repúblicas africanas de habla lusa. Admiradores de Simeón de Bulgaria, han mandado un mensaje claro a los portugueses: "Estamos para servir a Portugal si los portugueses consideran que nos necesitan". De momento, Portugal ha consagrado a su príncipe. Quizá sea el renacer de una causa que muchos creen perdida.
Fonte: El Mundo


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Uma Visão Sobre O Regicídio



‘Porque foi, por exemplo, morto D. Carlos? (…) E no entanto já hoje se pode afirmar sem erro que D. Carlos não foi morto pelos seus defeitos, mas pelas suas qualidades. Respirou-se! Respirou-se! – o que não impede que, a cada ano que passa, esta figura cresça, a ponto de me parecer um dos maiores reis da sua dinastia. Já redobra de proporções e não se tira do horizonte da nossa consciência. (…) Não foram os seus defeitos que o mataram, foram as suas qualidades. Só o assassinaram quando ele tomou a sério o seu papel de reinar, e quando, João Franco, quis realizar dentro da monarquia o sonho de Portugal Maior. Foi esse o momento em que, talvez pela primeira vez na história, os monárquicos aplaudiram um crime que os deixava sem chefe, e se abriram de para em par as portas das prisões, congraçando-se todos os políticos sobre os corpos ainda mornos dos dois desventurados.’
– Raul Brandão, in “Memórias”, 1.º Volume, Renascença Portuguesa, Porto, 1919, p. 289

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Livre « Rois et princes en exil. une histoire transnationale du politique dans l’Europe du XIXème siècle »

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Très intéressant ouvrage intitulé « Rois et princes en exil. une histoire transnationale du politique dans l’Europe du XIX siècle » sous la direction de Bruno Dumons aux éditions Riveneuve avec des chapitres consacrés aux Bonaparte, à l’exil des Hohenzollern à Königsberg et Memel, sur la Cour des derniers rois de France en exil (1830-1883), à l’exil de dom Miguel de Bragance, à celui du dernier roi de Naples, à l’exil parisien de don Carlos(1876-1878), la succession en exil à la mort de Georges V de Hanovre. 
« Rois et princes en exil. Une histoire transnationale du politique dans l’Europe du XIX ème siècle », sous la direction de Bruno Dumons, Editions Riveneuve – actes académiques, 2015, 163 p.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

MANIFESTAÇÃO CONTRA A POLUIÇÃO DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES - 26 DE SETEMBRO DE 2015

COMUNICADO
14 de Setembro de 2015
MANIFESTAÇÃO CONTRA A POLUIÇÃO 
DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES

O rio Tejo e seus afluentes têm vindo a sofrer uma contínua e crescente vaga de poluição que mata os peixes e envenena o ambiente e as pessoas.
As águas que afluem de Espanha vêm já com um elevado grau de contaminação com origem nos fertilizantes utilizados na agricultura intensiva, na eutrofização gerada pela sua estagnação nas barragens da Estremadura, na descarga de águas residuais urbanas das vilas e cidades espanholas sem o adequado tratamento e na contaminação radiológica com origem na Central Nuclear de Almaraz.
A gravidade desta poluição das águas do rio Tejo acentua-se devido aos caudais cada vez mais reduzidos que afluem de Espanha, diminuindo a capacidade de depuração natural do rio Tejo.
A poluição, em território nacional, provém da agricultura, indústria, suinicultura, águas residuais urbanas e outras descargas de efluentes não tratados, com total desrespeito pelas leis em vigor, e sem a competente acção de vigilância e controlo pelas autoridades responsáveis, valendo a acção de denúncia das organizações ecologistas e dos cidadãos, por diversas formas, nomeadamente, através das redes sociais e da comunicação social.
Esta catastrófica situação do rio Tejo e seus afluentes tem graves implicações na qualidade das águas para as regas dos campos, para a pesca, para a saúde das pessoas e impede o aproveitamento do potencial da região ribeirinha para práticas de lazer, de turismo fluvial e desportos náuticos, respeitando a natureza e a saúde ambiental da bacia hidrográfica do Tejo.
Nunca o rio Tejo e seus afluentes registaram tão elevado grau de poluição, de abandono e falta de respeito, por parte de uma minoria que tudo destrói, perante a complacência das autoridades.
Não estão em causa, de modo nenhum, as actividades realizadas por empresas e outras organizações na bacia hidrográfica do Tejo, o que se saúda e deseja, porém tal deve ocorrer de acordo com as práticas adequadas à salvaguarda do bem comum que o rio Tejo e seus afluentes constituem para os seus ecossistemas aquáticos e para as populações ribeirinhas.

Assim, o proTEJO – Movimento pelo Tejo vem convidar as populações ribeirinhas a unirem-se e a participarem na MANIFESTAÇÃO CONTRA A POLUIÇÃO DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES, que se irá realizar dia 26 de Setembro de 2015 pelas 15 horas, apelando a que os cidadãos se manifestem nos cais fluviais, nas praias fluviais e nos parques ribeirinhos do rio Tejo e afluentes das suas terras.

A actividade insere-se num conjunto de acções em defesa do Tejo promovidas neste dia 26 de Setembro pela Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo de Portugal e Espanha.

Esta MANIFESTAÇÃO CONTRA A POLUIÇÃO DO RIO TEJO E SEUS AFLUENTES tem como finalidade reivindicar junto do Governo e da Agência Portuguesa do Ambiente o seguinte:
1º.  O cumprimento da Directiva Quadro da Água, ou seja, a garantia de um bom estado ecológico das águas do Tejo;
2º. O estabelecimento e quantificação de um regime de caudais ecológicos, diários, semanais e mensais, reflectidos nos Planos da Bacia Hidrológica do Tejo, em Espanha e em Portugal, e na Convenção de Albufeira;
3º.  A acção rigorosa e consequente da fiscalização ambiental contra a poluição, crescente e contínua, que cada vez mais devasta o rio Tejo e os seus afluentes;
4º.  A intervenção junto do governo espanhol com vista ao encerramento da Central Nuclear de Almaraz, eliminando a contaminação radiológica do rio Tejo e o risco de acidente nuclear;
5º.  A realização de acções para restaurar o sistema fluvial natural e o seu ambiente, nomeadamente, a reposição da conectividade fluvial.

Locais de concentração:

Concentração nas praias fluviais, nos cais fluviais e nos parques ribeirinhos do rio Tejo e afluentes das vossas terras.
Nisa: Barragem de Cedilho
Vila Velha de Rodão: Caís de Vila Velha de Ródão
Gavião: Praia Fluvial do Alamal
Mação: Praia Fluvial da Ortiga
Abrantes: Aquapolis – Sul (Rossio ao Sul do Tejo)
Tramagal: Porto da Barca
Constância: Praia Fluvial de Constância
Vila Nova da Barquinha: Cais Fluvial da Hidráulica
Chamusca: Porto das Mulheres
Alpiarça: Praia Fluvial do Patacão
Santarém (rio Tejo): Praia Fluvial de Santarém
Santarém (rio Maior): Ponte de Asseca / Vale de Santarém
Lisboa: Caís das Colunas no Terreiro do Paço

Solicita-se aos participantes que nos comuniquem a vossa participação, contactem a comunicação social regional e local e enviem fotografias da concentração para protejo.movimento@gmail.com ou pelo telemóvel 919061330.

Fonte: proTejo

sábado, 19 de setembro de 2015

Há 150 Anos D. Luís Inaugurou O Palácio De Cristal

 


Com Dom Luís I, Portugal ganha a estabilidade política e social necessária para o progresso material.
Assim, há precisamente 150 anos, em 18 de Setembro de 1865, S.M.F. El-Rei Dom Luís I de Portugal inaugurava a 1.ª Expo realizada em Portugal, a Exposição Internacional do Porto, inaugurando simultaneamente o lendário Palácio de Crystal Portuense. Situado no campo da Torre da Marca, o Palácio – como é comummente conhecido – foi projectado pelo arquitecto britânico Thomas Dillen Jones, tendo por modelo oCrystal Palace de Londres que em 1854 tinha sido reinstalado em Sydenham Hill.
Como fora planeado para acolher a grande Exposição Internacional do Porto, Palácio de Crystal Portuense era uma espécie de gloriosa e gigante vitrina, e a sua dimensão era de 150 metros de comprimento por 72 metros de largura estando dividido em três naves. No decorrer dos seus 86 anos, o Palácio recebeu a Exposição Agrícola de 1903 e a Exposição Colonial de 1934 para além de outras centenas de importantes exposições. Mas o Palácio era mais do que um escaparate tendo funcionado de igual modo como um relevante espaço cultural, podendo orgulhar-se de possuir, inclusive, um dos maiores órgãos de tubos do mundo, pelo que foi palco de inúmeros concertos e performances dos mais consagrados músicos enquanto existiu.
Dom Luís I de Portugal foi um Monarca ilustrado e o seu reinado lançou Portugal na senda do progresso e desenvolvimento material, social e cultural que haveria de continuar com a Sua Augusta descendência.
Já em tempos republicanos, o modelo cultural – a exemplo dos restantes – adulterou-se e o Palácio de Crystal Portuense foi demolido em 1951 com a justificação de que se devia construir sob os seus escombros um Pavilhão para albergar o Campeonato Mundial de Hóquei em Patins no Porto; e assim foi erguido no seu lugar uma nave – ovni – de betão armado, a que foi dado o nome de Pavilhão dos Desportos, e, ulteriormente, Pavilhão Rosa Mota. O mamarracho nunca conseguiu fazer vingar o novel nome, e todos continuam a referir-se carinhosamente ao local como O Palácio.
Miguel Villas-Boas

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

D. Carlos I – Rei e Pintor


Marinha – Barco À Vela (pastel sobre cartão) Autor: Rei D. Carlos I – assinado ‘Carlos, 1894’


É de todos conhecido, para além de um largo escol de outros dotes, o mérito D’El-Rei Dom Carlos I, como pintor.
O 1.º mestre – se assim se pode chamar – de D. Carlos foi o avô (o Rei-viúvo D. Fernando II de Saxe-Coburgo-Gotha) que vendo o talento do jovem Príncipe instigou o Rei D. Luís I a contratar um Mestre. Assim, seguiu-se Teodoro da Mota, depois Tomás José da Anunciação, António Manuel da Fonseca, Miguel Ângelo Lupi e por fim Enrique Casanova.
Dom Carlos I privou com os melhores artistas da época e naturalmente que trocariam ideias, e foi não só Malhoa, mas, também, Columbano, Silva Porto, Carlos Reis, etc. Enquanto criança Dom Carlos assinava com as iniciais C.F. (Carlos Fernando), como no caso das aguarelas e desenhos a lápis do ‘Álbum dos Yachts’. Já pintor e já Rei, reconhecido naturalista, assinava desinvestido de realeza, simplesmente, como Carlos, e apresentando-se como simples ‘artista’ ganhou diversos concursos nacionais e internacionais, como no ‘Salon de Paris’ que entre milhares dos melhores pintores do Mundo e sem qualquer deferência ganhou a Medalha de Prata ou na Exposição Internacional de St. Louis onde com ’Gado à Bebida – Ribatejo’ alcançou o Ouro!
Nem o costumeiro maldizente Fialho de Almeida conseguiu ficar indiferente ao imenso talento do Monarca Português:
‘No grupo novo, o lugar de honra pertence ao rei D. Carlos, cujos pastéis passam de prenda à categoria de verdadeiro trabalho de arte. O curioso acabou-se, e agora é necessário apontá-lo entre os pouquíssimos que, neste país de costa, verdadeiramente sentem a marinha e entre os raros que, na exposição [Grémio Artístico, 1892], se esforçam por pintar em português.’
Assim, não temos pejo em afirmar que, Sua Majestade Fidelíssima El-Rei Dom Carlos I de Portugal foi um dos melhores aguarelistas da Sua época e o melhor pastelista português da Sua era, pois a pintura a pastel é uma técnica que não admite correcções e as suas telas parecem óleos dos mais renomados pintores mundiais do Seu tempo.
Miguel Villas-Boas

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Reis e Rainhas...precisamos deles

Muitas vezes emerge a teoria de que o sucesso dos países monárquicos não está relacionado com o tipo de regime vigente, nem tão pouco pelo facto de existirem reis e rainhas. Em grande parte essa corrente sedimenta-se e resume-se à suposta existência de questões culturais muito mais profundas. Contudo, é preciso explicar a origem dessas questões culturais muito mais profundas.

É preciso notar que existem muitas repúblicas e essas são, em regra, menos desenvolvidas que os países monárquicos e cujas debilidades tudo têm que ver com Presidentes e "Presidentas". Neste contexto, nada melhor do que verificar/confirmar os índices de referência: Desenvolvimento Humano, Democracia, Alegria, Corrupção, etc. Há coincidências a mais.

A explicação reside no facto da sociedade ocidental ter começado num formato de antiga república, na Grécia curiosamente. Qualquer um sabe que os romanos foram lá beber e que foram superiores enquanto civilização. Porquê? Porque evoluíram da velhinha república para o modelo centralizado no Imperador. A partir daí o progresso aconteceu. Os reinos na Europa foram a continuidade desse modelo durante séculos, e o velho Continente era a referência e inspiração para o mundo.

Entretanto a moda voltou e as velhas repúblicas também. No caso caso (português) regredimos e a França também, bem como outros. Agora existem muitas repúblicas e é notório o retrocesso comparativo.

Além disso, as maiores barbaridades que a humanidade conheceu foram cometidas por políticos em repúblicas, casos da Alemanha Nacional Socialista e das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Em suma, tudo tem que ver com Reis e Rainhas...precisamos deles.

Parafraseando Alexandre Herculano: "Se mandarem os Reis embora, hão de tornar a chamá-los".

PPA

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Os Reis E Os Banhos De Multidão

Rei D. Manuel II de Portugal recebido com banho de multidão no Porto


Síntese da História da Nação, o Rei torna-se um ideal: o Chefe máximo da Nação, ou seja, o Chefe Supremo do Estado e o Primeiro entre os Portugueses.
‘A própria República de Platão é a imagem proverbial de um ideal vazio.’, afirmou Hegel.
De facto, Platão é amigo, mas a verdade é mais amiga. Um presidente não personifica a Nação, pois não tem história; já um Rei não é apenas um Homem, mas um sonho em que se junta realidade e fantasia, é a mística Portucalense que encarnou num depositário de um Portugal quase Milenar e que, caso único no Mundo, descende do primeiro dos Reis, Dom Afonso I Henriques, pois apesar da Monarquia Portuguesa ter conhecido quatro Dinastias, todas elas eram pertencentes à mesma primeva Família.«A História há-de ser luz da verdade e testemunha dos antigos tempos»,escreveu Fernão Lopes nas suas “Crónicas”.
Os nossos antigos Reis criaram um Império de espanto, primeiro pela Espada depois com a Epopeia dos Descobrimentos, a descoberta geográfica do Mundo, com que Portugal participou na primeira linha da edificação de um admirável Mundo Novo e assim o Rei de Portugal se tornou, tal-qualmente, Rei do Mundo, por Rei desta Nação ser, que mundos dá ao Mundo quando quer…
O Povo simples e bom sempre soube que para seu Defensor e cautela do bem-estar da coisa comum só poderia contar com a solícita ajuda do Rei, pelo que lhe fez sempre penhor da maior das afeições. Ora o Rei deve então prezar a Gente Portuguesa pagando com justiça esse afecto.
Por isso os Reis de Portugal sempre souberam qual a fórmula certa para reinar rectamente: reinar com o Alto Preceito e a Mão da Justiça, e, sempre, acolher o Povo nas dobras do seu Manto evitando que sofresse nas mãos caprichosas e ambiciosas dos políticos.
Ser Rei é ser o Pai da Nação e por isso no Rei está encarnada a Pátria inteira, Rei de Todos e para Todos, sem as excepções que os sufrágios criam por defeito de sistema que procura eleger para presidente de todos o procurador de uma minoria. Um Rei justo e recto é o Ideal profundo e o alto Sentimento pela História nove vezes secular de Portugal.
Bem sabiam os nossos Reis que, primeiro deviam garantir os súbditos e só depois a Eles mesmos, por isso, El-Rei Dom Manuel II tinha como divisa «Depois de Vós, Nós», premissa de que o Rei serve primeiro os interesses da Nação.
Só o soberano real acautelará com o seu Poder Moderador a separação de poderes e o funcionamento das instituições, assim como será o garante máximo dos direitos e garantias constitucionais e legais do cidadão.
O golpe republicano do 5 de Outubro não foi uma manifestação da vontade popular, até o disse e melhor escreveu o génio de Fernando Pessoa que «a revolução é só da superfície», e que «a maioria do país era monárquica (…)».
Por isso, ainda nas rimas do Príncipe das Letras Portuguesas, assim estamos, olhando para o infinito:
E ao abismo do futuro clama
Por quem enfim
Vier, régia lusitana chama!
Pelo Rei que a Esperança chama…
A função do Monarca é personificar o carácter nacional e nenhum Rei esquece que a Sua função é um Ofício que deve desempenhar com sentido de Missão sempre fiel ao Senhor-Rei que é Portugal e à História de um Povo… por isso é Real e por isso é Mito.
Miguel Villas-Boas