A Portugalidade é sinónimo de riqueza histórica e cultural. Raro será o dia em que não haja uma importante efeméride a assinalar, não estivéssemos cá há quase nove séculos. Porém, a data que hoje celebramos é deveras especial e merece estar nos livros de História escrita com tinta de ouro: falo-vos do Cerco de Lisboa.
Decorria o ano de 1147 e as gentes Lusitanas, que em Outubro de 1143 tinham visto a sua independência ser reconhecida pelo rei de Leão, avançavam rumo a sul, conquistando terreno aos reinos muçulmanos da Península. A 1 de Julho de 1147, D. Afonso Henriques encontra-se às portas de Lisboa, comandando um exército de Portugueses e outros Cruzados vindos de outras partes da Europa, em especial de Inglaterra, das terras Germânicas e da Flandres.
Os Portugueses dirigiram-se para Lisboa por meio terrestre, após o sucesso militar que fora a Conquista de Santarém. Os seus aliados Cristãos, vindos numa grande frota que zarpara do Norte da Europa, chegariam à foz do Tejo no mês de Junho.
Após as habituais guerrilhas próximas dos imponentes muros da cidade, nas quais as forças cristãs tinham sido bem-sucedidas, iniciou-se o cerco às forças Infiéis que defendiam Lisboa.
Após as habituais guerrilhas próximas dos imponentes muros da cidade, nas quais as forças cristãs tinham sido bem-sucedidas, iniciou-se o cerco às forças Infiéis que defendiam Lisboa.
De início, a batalha parecia poder pender para qualquer um dos lados. De facto, não havia grande disparidade de números entre aqueles que atacavam, pela Cruz de Cristo, e aqueles que defendiam, pelo Crescente. Era, pois, um confronto que se adivinhava longo.
É no mês de Outubro que a sorte da guerra começa a desenhar-se. As tropas Cristãs conseguem derrubar parte da muralha, abrindo uma brecha importantíssima para tomar de assalto as ruas da cidade e destruir as forças defensoras. Nesta altura, o ataque começava a desenvolver-se em duas frentes e, para além da brecha aberta na muralha, os Cruzados Portugueses e Europeus haviam já construído uma torre de madeira que permitia o acesso ao adarve (caminho existente no topo dos muros de uma fortificação).
Vendo-se nesta delicada e desgastados pelos meses de guerra, de fome e de doenças, os combatentes Muçulmanos acabam por ceder em finais de Outubro de 1147.
MBF
Fonte: Nova Portugalidade
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