" Pobres homens, mais dignos de piedade que de rancor os que imaginam que é com um carapuço phrygio, talhado á pressa em panno verde e vermelho, que mais dignamente se póde coroar a veneranda cabeça de uma patria em que se geraram tantos grandes homens, a cuja memoria imperecivel, e não aos nossos mesquinhos feitos de hoje em dia, devemos ainda os ultimos restos de consideração a que podemos aspirar no mundo! Pobre gente! Pobre patria!
O lamentarmos que essa tenha sido, realmente, uma das últimas ramalhais farpas, embora nela ressalte a lucidez de quem antevê no regime então implantado a derrocada de uma Pátria que a Monarquia fizera grande; tivessem elas continuado a esfarrapar aqueles que visavam atingir, e ao escritor não faltaria pano para mangas.
Ramalho Ortigão, « Ultimas Farpas »
O lamentarmos que essa tenha sido, realmente, uma das últimas ramalhais farpas, embora nela ressalte a lucidez de quem antevê no regime então implantado a derrocada de uma Pátria que a Monarquia fizera grande; tivessem elas continuado a esfarrapar aqueles que visavam atingir, e ao escritor não faltaria pano para mangas.
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