Como escreveu Hegel, “Um homem cai, uma nação enfraquece…”
Portugal só foi grande em Monarquia e na república ficou reduzido, por defeito de regime, a um simples protectorado e os portugueses a meros contribuintes. O decorrer dos anos só tem acentuado as contradições do regime.
Os partidos republicanos com o seu clubismo e caciquismo mergulharam as instituições do Estado numa agonia profunda; assinaram os pactos e os contratos da nossa desdita; e a todo custo, enclausurados numa redoma de privilégios, tentam manter o status quo e mascarar a má qualidade do produto que “vendem” em tempos de eleições. Manifestamente responsáveis pela situação do País, nunca estiveram à altura das enormes responsabilidades que assumiram sem qualquer preparação. Os políticos republicanos não passam de criaturas de carácter corrompido. A sua prática de vida tem por única direcção a conveniência. Os políticos são um caso acabado de cépticos sem sentido de missão que procuram enriquecer. Não há, hoje, princípio que por eles não seja escarnecido.
- Ó vós, na linda Casa do Povo: escada, porta, rua, estrada!
De facto, em política deixou de haver - se alguma vez o houve em tempos republicanos – sentido de missão. Há uma desqualificação da classe política. O regime coloca os seus próprios apaniguados nos lugares onde devia estar sentado o mérito. O “tu dás, eu recebo!”, não pode continuar. Tiram tudo para eles enquanto subministram o cidadão comum.
“Ministros da república, da justiça, da guerra, do estado, do mar, da terra: vedes as obrigações que se descarregam sobre o vosso cuidado, vedes o peso, que carrega sobre vossas consciências, vedes as desatenções do governo, vedes as injustiças, vedes os roubos, vedes os descaminhos, vedes os enredos, vedes as dilações, vedes os subornos, vedes os respeitos, vedes as potências dos grandes e as vexações dos pequenos, vedes as lágrimas dos pobres, os clamores e os gemidos de todos? Ou o vedes ou o não vedes. Se o vedes, como o não remediais? E se o não remediais, como o vedes? Estais cegos.” - parece que nos podemos socorrer desta prédica do Padre António Vieira in “História do Futuro”, porque assenta como uma luva.
Também já não há neste regímen uma força viva e operante!
Não há mais hipótese de actuar dentro do corrente sistema! Não é possível navegar nas mesmas águas! Não faltam culpados, mas sobram inocentes. Mantê-los, pois, faz tanto sentido como um ciclista de cartola!
É necessário que o exercício do poder deixe de ser equívoco e passe a ser realizado de acordo, não só com o mínimo ético – que aliás já nem isso é -, mas, ainda mais além, que se identifique com a moral. Não se deve separar nem opor Moral e Política, uma vez que o bem-ser regula sempre o bem-fazer. É necessário apagar a diferença que existe actualmente entre eles. Não pode subsistir o Poder pelo Poder, com a frustração da Moral, mas sim unir-se os dois conceitos, para se alcançar o soberano bem da Nação.
É PRECISO UMA MONARQUIA CONSTITUCIONAL COM UM REI, INDEPENDENTE E MORAL, E UM PARLAMENTO DE MÉRITO!
Miguel Villas-Boas
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