As alarvidades que José Alberto Carvalho terá dito - eu não ouvi, já quase não oiço noticiários televisivos - sobre o testamento do Buiça e os famosos «valores republicanos», como se matar uma, duas pessoas, pai e filho, ambos queridos da esmagadora maioria dos portugueses de então, andasse longe do respeito devido aos seres humanos, - a boçalidade do Sr. Carvalho, dizia, causou geral indignação. E talvez não seja caso para isso.
Porque se José Alberto Carvalho sabe do que está a falar, e fala em nome dos tais indiscritiveis «valores republicanos», ficamos todos entendidos. E legitimado qualquer colega seu, pela res publica que são os canais públicos da TV, para o abater a tiro sob pretextos da intrigalhada à volta dele gravitando lá dentro.
Mas o mais certo é o Sr. Carvalho ignorar completamente do que se trata. Do que papagaia, cinco minutos depois de ter folheado alguma brochura sobre o património do Museu, e só para não ficar calado. Possuido de tais ideias a retalho, o Zé Alberto - e como ele tantos! - acreditem serão os primeiros a louvaminhar o Rei assim lhes cheire a proximidade do Trono. É que acima de tudo o emprego; e só depois as convicções políticas.
Só depois do futebol, evidentemente.
João Afonso Machado
Fonte: Corta-Fitas
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