Paladino do bom senso dos ecologistas, mestre de muitos arquitectos paisagistas e grande referência dos monárquicos portugueses desde 1974, Gonçalo Pereira Ribeiro-Telles celebra, neste 25 de Maio, 95 anos do seu nascimento. O aniversário não foi registado, da mesma maneira que autarcas e outros decisores públicos e políticos encolhem os ombros à lição deste visionário utópico, cujo desvelo pela terra portuguesa não encontra rival. Devemos-lhe jardins urbanos muito aprazíveis, a ideia de hortas urbanas, a protecção legal da reserva natural e dos parques naturais, e também a frontal denúncia dos empórios do betão, da celulose e da energia, acerca dos quais escreveu há já trinta anos — premonitoriamente — que “as perspectivas de cada um destes poderes económicos, comandados ou comandando interesses privados, profissionais e corporativos, influenciando serviços do Estado, são meramente sectoriais e não se integram numa visão global do desenvolvimento do país” (itálicos meus).
Como muitas vezes acontece, a melhor maneira de homenagear pensadores (e Gonçalo Ribeiro-Telles foi-o também; veja-se o seu Para Além da Revolução, Salamandra, 1985) é lê-los. Por isso, além de recomendar o recente Textos Escolhidos, um livro organizado pelo arquitecto Fernando Santos Pessoa e publicado pela Argumentum, e de A Árvore em Portugal — esgotado, talvez apareça numa biblioteca, num alfarrabista —, escrito em parceria com o seu mestre Francisco Caldeira Cabral (Assírio e Alvim, 1999) e bibliografia essencial em cursos de paisagismo, fomos buscar ao fundo das prateleiras dois textos de Ribeiro-Telles que merecem atenção.
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