segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Respeitar as lideranças tradicionais: monarquias africanas

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Os estados africanos que ascenderam à independência a partir de inícios da década de 1960, depois de mal sucedidas experiências de autoritarismo e centralismo "anti-tribalista" imitadas de modelos incompatíveis com a diversidade étnica, linguística e religiosa própria do continente africano, têm lentamente concedido autonomia aos grupos étnicos. Essa autonomia por delegação, inscrita nas constituições e no modelo de representação parlamentar, tem dado frutos. No Uganda, na Nigéria, no Senegal e agora em Angola, o respeito pelas lideranças tradicionais é agora entendido como factor de estabilidade e paz.

Portugal sempre o fez, mantendo até ao fim da sua presença em África estas lideranças tradicionais como intermediárias entre a massa das populações e as autoridades portuguesas.

A foto que vos propomos foi tirada em 1938, por ocasião da visita do Presidente Carmona ao Império. O soba da Ilha de Luanda, envergando o uniforme de coronel de milícias, no portaló que o leva a bordo de um vaso de guerra da marinha portuguesa para apresentar cumprimentos de boas-vindas ao chefe de Estado. Um sorriso do tamanho do mundo.

MCB

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