SAR, D. Isabel de Bragança, esposa de D. Duarte Pio de Bragança, abriu o coração e mostrou o lado mais desconhecido, em entrevista a Júlia Pinheiro. Discreta na vida privada, são raras as entrevistas que dá. Abriu uma excepção esta terça-feira, dia 3 de Dezembro, e acabou por desvendar, em directo na SIC, alguns segredos da família real portuguesa.
Logo no início da entrevista, a duquesa de Bragança abordou a «infância feliz» em Angola. «Atirei-me várias vezes para ver se voava, tinha quatro ou cinco anos. Parti o braço duas vezes a tentar voar. Quis ser enfermeira, médica, era maria rapaz, adorava subir às árvores». Aos nove anos, emigrou para o Brasil e foi lá que se apaixonou pelo representante da casa real portuguesa e que estudou gestão de empresas.
«Nunca pensei que viria a ser duquesa. O meu marido sempre foi muito amigo lá de casa. Ficámos muito amigos. Já com 16 anos, estávamos a jantar e ele disse alguma coisa que não concordei. Eu disse: 'senhor doutor, desculpe, mas isso é uma estupidez!'. A minha mãe ia-me matando porque eu ousei. Mas ele disse: 'ainda bem que disse isso, geralmente as pessoas concordam comigo e depois dizem mal de mim pelas costas, ao menos é directa!'. E a partir daí ainda ficamos mais amigos», conta.
As perguntas indiscretas de Júlia Pinheiro
Dona Isabel de Bragança e Dom Duarte têm 21 anos de diferença, mas isso não atrapalha o casamento. «Não é complicado, se é a pessoa que eu gosto posso até viver poucos anos com ela. Porque é que vou ficar não sei quantos anos com uma pessoa que não gosto?!» Júlia Pinheiro aproveitou a deixa para fazer uma pergunta indiscreta à duquesa. «Teve outros namorados?». «Sim, tive».
Depois, a duquesa de Bragança recordou o dia do casamento, a 13 de Maio de 1995, no Mosteiro dos Jerónimos.
«Qualquer noiva está sempre anestesiada. Foi uma emoção muito grande, a única coisa que me lembro foi que quando cheguei aos Jerónimos estava um mar de gente e impressionou-me a adesão. Fiquei tão agradecida que pensei 'eles merecem ver-me primeiro que os outros' e então tirei o véu para cumprimentar as pessoas. Depois houve pessoas que disseram que não devia ter feito por causa do protocolo, mas eu disse: 'estou-me nas tintas, eles merecem'.
Sobre o lado institucional da Casa de Bragança, afirma lidar bem com o assunto. «Naturalmente eu também sou discreta. Não tenho assim tantos escândalos para contar. Sou normalíssima, tenho a sorte de ter um marido que me deixa ser o que eu sou», refere. «Não é tão complicado quanto as pessoas pensam. Também não sou de fazer grandes loucuras.»
D. Isabel de Bragança admitiu ainda que «sentiu pressão» da sociedade para ter filhos, mas que aprendeu a lidar com isso. «Uma vez aprendi com a casa real inglesa a nunca olhar para as revistas e isso marcou-me imenso».
«Há príncipes ótimos e príncipes péssimos»
Depois, falou dos filhos, D. Afonso de Santa Maria, D. Maria Francisca e D. Dinis de Santa Maria. «Dão-se bem, o Afonso é mais parecido com o pai, é mais reservado, mas é boa pessoa. A Francisca e o Dinis são mais descontraídos». A esposa de D. Duarte garante que em casa não há pressão para casarem com príncipes ou princesas e que já tiveram namorados.
«Já namorou, já desnamorou. Hoje em dia o universo deles é muito grande. Ainda são muito novos, não estão a pensar em casar para já. Acho que nós tentamos dar o exemplo do que é um casamento feliz, uma vez ou outra pode existir uma crise […] Podem não casar com um príncipe ou princesa. Têm de casar com uma pessoa com quem se sinta afinidade, que seja bem formado. Há príncipes ótimos e príncipes péssimos».
«Trabalho na área da imobiliária»
A conversa com Júlia Pinheiro continua e Dona Isabel acaba por revelar uma informação desconhecida do grande público. Tem um emprego comum. «Trabalho na área da imobiliária. Tenho uma equipa óptima que me permite não estar no escritório as horas todas. Estou realizada profissionalmente, mas graças a essas pessoas que trabalham comigo. Se estivesse sozinha, era mais complicado acompanhar o Duarte [nos compromissos oficiais]».
Fonte: VIP
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