domingo, 7 de novembro de 2021

Comunicado do Arcebispo Viganò por ocasião da visita de Biden ao Vaticano

 A pedido do Arcebispo Carlo Maria Viganò, o portal Dies Iræ traduziu e disponibiliza, em exclusivo para língua portuguesa, a carta que S.E.R. publicou, hoje, por ocasião da visita do Presidente Biden, no dia 29 de Outubro, ao Vaticano.

Domingo, 31 de Outubro de 2021
Domini Nostri Jesu Christi Regis

Por ocasião da visita, do passado dia 29 de Outubro, ao Vaticano, as agências noticiosas[1] difundiram a notícia segundo a qual Joe Biden tinha referido o conteúdo do encontro e que Francisco o teria definido «um bom católico», convidando-o a «continuar a receber a Comunhão». É intrigante que, até à data, nenhum comentário esclarecedor tenha chegado da Sala de Imprensa Vaticana. Isto deixa presumir que as palavras de Joe Biden correspondem à verdade e que Bergoglio, efectivamente, as tenha pronunciado.  

Mesmo que quanto dito por Biden coincida perfeitamente com as intempestivas observações de Jorge Mario Bergoglio – que definiu como «grande italiana» uma notória abortista radical –, é evidente que tais afirmações representam um escândalo sem precedentes, uma vez que não condenam as posições de uma figura política a favor do aborto, negando a imutável posição do Magistério da Igreja e soando como um flagrante convite ao sacrilégio, profanando a Santíssima Eucaristia ao recebê-la em estado de pecado público e manifesto.       

Todos os católicos sabem que crime horrendo representa o homicídio de uma criatura indefesa no ventre materno; do gravíssimo escândalo dado aos fiéis não só por Joe Biden, como abortista convicto, mas pelo próprio Bergoglio, ao qual é reconhecida a autoridade de Supremo Pastor da Igreja. A sua acção demolidora não conhece descanso, no silêncio atónito dos Cardeais e dos Bispos. As raríssimas excepções de Pastores que verdadeiramente se preocupam com as almas que lhes são confiadas – valha para todas a do Eminentíssimo Cardeal Burke[2] – são vistas com hostilidade pela maioria dos seus Irmãos e pelo Vaticano, numa inquietante subversão da missão da Igreja de Cristo, hoje esmagada pelas alterações climáticas, pelo capitalismo inclusivo e pela vacinação em massa.

Bergoglio foi recentemente reconhecido como «guia moral» pelo Council for Inclusive Capitalism, liderado por Lynn Forester de Rotschild, e nomeou como membro da Pontifícia Academia das Ciências Sociais o economista Jeffrey David Sachs, Presidente da Sustainable Development Solutions Network da ONU, um defensor da redução da população mundial e da luta contra as alterações climáticas[3]: esta é a medida de uma estranheza à missão do Papado e deveria levar os Prelados da Igreja a questionar-se seriamente sobre a sua idoneidade mental e moral para o papel que desempenha.            

Exorto os fiéis, na festa instituída, por Pio XI, em honra da Realeza Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, a rezarem à Divina Majestade para que a Igreja de Cristo seja a primeira sociedade, entre aquelas aflitas pela presente crise, na qual volte a reinar Jesus Cristo, hoje substituído pelos ídolos da ideologia globalista.

† Carlo Maria Viganò, Arcebispo

[3] Cfr. https://www.agensir.it/quotidiano/2021/10/25/papa-francesco-nomina-jeffrey-david-sachs-membro-ordinario-della-pontificia-accademia-delle-scienze-sociali/ e https://www.osservatoreromano.va/it/news/2021-10/quo-243/nuovo-membro-della-pontificia-accademia-delle-scienze-sociali.html.

Fonte: Dies Iræ

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