segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

São 500 anos de D. Manuel I

 


Há efemérides que não podem deixar de ser assinaladas pela sua importância e 500 anos sobre a morte de um dos mais famosos e importantes monarcas portugueses, D. Manuel I, é, de facto, uma data excepcional.


Durante o ano houve exposições importantes, alguns colóquios e concertos. Talvez sem a divulgação intensa que mereciam, mas assinalaram a data de forma exemplar. Destaco a exposição no Museu Nacional de Arte Antiga (“Vi o Reino Renovar”, encerrada a 26 de Setembro); “Lisboa no Tempo de D. Manuel I: A Cidade que Ambicionava o Mundo”, no Museu de Lisboa, até Março de 2022; o concerto de 16 de Dezembro com o Officium Ensemble e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, na programação do 47.º Festival Estoril Lisboa. Mas, no próprio dia da morte de D. Manuel I, 13 de Dezembro, vai haver uma celebração sem precedentes no Mosteiro de Santa Maria de Belém, panteão do rei.


“Luz a D. Manuel” é uma exposição fabulosa que tem como pièce de résistance a extraordinária armadura do rei. Este trabalho é devido ao grande profissionalismo da directora do mosteiro, Dalila Rodrigues, uma das mais proeminentes historiadoras de arte em Portugal e que já deu provas de um bom percurso enquanto directora dos museus Machado de Castro e Nacional de Arte Antiga. As comemorações incluem, além da exposição, uma missa pelo cardeal patriarca, D. Manuel Clemente, e um concerto com a participação do Polyphonos Ensemble. Será a melhor forma de assinalar, no local onde ele repousa eternamente, o dia em que passam 500 anos da morte deste monarca que simboliza a memória da magnanimidade de Portugal no mundo. E que os portugueses não deveriam, nem podem, esquecer.


Aline Hall de Beuvink, Professora Universitária


Fonte: Novo Semanário

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