terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Viva Portugal!




Todos os anos se festeja, na véspera do feriado, a conjura que permitiu a recuperação da independência em 1640. Esta reunião é promovida pela Causa Real e organizada pela Real Associação de Lisboa, com a presença da família real portuguesa. É nessa noite que o Duque de Bragança, o senhor D. Duarte, dirige o seu discurso anual aos portugueses. Este ano, foi endereçado no 1.º de Dezembro com a mesma força que em outros momentos.

Aqui, a análise lúcida e precisa de alguns dos principais problemas do país é exposta, em poucas palavras, não sem antes apontar soluções. E esperança. Se dúvidas houvesse sobre como se deve dirigir a um povo o seu chefe de Estado, aqui poderá ver-se. Sublinhar a necessidade de ultrapassar a pandemia através da alavancagem financeira, ou o importante papel dos portugueses em todo este processo, são exemplos que mostram como é preciso compreender os pontos fulcrais e ter visão a longo prazo, não apenas para anos de eleições.

Neste processo de estratégia futura, frisou como o serviço militar obrigatório ou a sua substituição por um serviço à comunidade é construtor de um bom sentido de cidadania.

Assim, compreende-se porque é mais importante a edificação de bons cidadãos do que de eleitores partidarizados. Destaco agora um dos muitos pontos relevantes do seu discurso, talvez o melhor projecto que Portugal um dia sonhou e que Fernando Pessoa poetizou: a ligação do nosso país com os seus congéneres de mesma língua oficial. Porque ganhar eleições não move o Duque de Bragança; move-o, sim, o nosso país dominar o seu futuro.

E, resumindo um sentimento vivo em apenas duas palavras, ouso juntar a minha à sua voz para dizer:

Viva Portugal!


Aline Hall de Beuvink, Professora Universitária


Fonte:
Novo Semanário

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