A adulteração dos valores e princípios naturais são a verdadeira fonte das dependências.
Os sistemas democráticos actuais, caminham inexoravelmente para o retrocesso dos tempos históricos da servidão e escravatura.
Porque não respeitam o ser humano como essência de toda a decisão política, porque seguem o caminho da ditadura do relativismo.
O respeito pela liberdade de cada indivíduo e o respeito pelo equilíbrio que a nossa liberdade não pode afectar a do próximo, é a única linha de equilíbrio possível para a realização do ser humano em sociedade.
Quando e sempre, que se estabelece uma linha de conduta política ou de regras de governação, que afecta este equilíbrio, estaremos a permitir a subjugação, a dependência e a escancarar a porta da prepotência.
Em Portugal não existe nenhuma força política, nenhum partido que defenda e lute por esta evidente verdade.
A defesa da liberdade foi completamente adulterada.
Prevaleceram e dominam, as doutrinas que defendem a subjugação do Homem Livre ao interesse colectivo.
O que é o interesse colectivo?
Defendo eu, que é a expressão colectiva da liberdade de pensamento de cada um, pelo respeito integral pela liberdade de todos os outros, que comigo partilham uma afinidade de raízes e sentimentos, ou seja a afinidade patriótica.
Defendem os dominadores actuais da sociedade portuguesa, que o interesse colectivo é a expressão do voto nas urnas…que democracia é a liberdade.
Falácia total, que nos domina e nos encaminha para a escravatura.
Colocam o voto, como um dogma, antes do conceito primário da liberdade individual…a mentira travestida de verdade…a mais perigosa das mentiras.
Como se não houvessem regras que impedem a livre escolha…como se não houvesse a manipulação permanente da opinião…como se todas as correntes de opinião tivessem as mesmas condições de igualdade de acesso às eleições e aos meios de divulgação…como se não houvessem regras impeditivas de expressão e de candidatura…como se não houvesse favorecimentos financeiros e de toda a natureza para os partidos e as ideias dominantes…como se não estivéssemos todos limitados e dependentes.
No tempo da escravatura, um senhor teve a ideia de dar a liberdade de escolher o Capataz, pelo voto, a seus escravos…o Capataz foi eleito pela livre escolha dos escravos…mas o Capataz eleito, obteve de imediato, promessas de vantagens e o seu regime ainda foi mais severo para com todos os outros.
Assim se consolidou o regime da escravatura.
A questão nunca pode ser a da liberdade de votar, mas sim a do que é o sentido de liberdade individual de cada um.
Uma votação, uma democracia, tanto pode ser um instrumento essencial de reforço da motivação colectiva e do respeito pela nossa condição de humanos, como um instrumento muito útil e cada vez mais moderno para o caminho da escravatura.
O regime português, a 3ª Republica, fechou-se numa Oligarquia partidária, dominada pelas ideias perigosas do Socialismo democrático, que defendem a subjugação da liberdade individual ao aparente interesse colectivo (ditado por eles próprios e pelos seus instrumentos de manipulação) e impedem por inúmeros meios que criaram e que transformaram em Leis, que a sociedade livre possa ter outras opções e surjam novas propostas e novos projectos colectivos.
Impedem-nos de votar no que queremos, de acordo como que pensamos…apenas nos deixam optar pelo mal menor…queixam-se entretanto que já não há a expressão da vontade colectiva…como poderá haver?
Este regime viola a nossa consciência…retira-nos a consciência colectiva como povo…adultera a democracia.
Os escravos que foram enganados pela introdução do voto na escolha do capataz…só vieram a alcançar a sua condição humana e a sua liberdade através da revolta e da demonstração colectiva da sua razão.
Hoje em Portugal, só alcançaremos de novo a liberdade…se não pactuarmos com este regime e com isso demonstrarmos a nossa razão.
O voto nas eleições presidenciais tem o significado próprio de avalisar o regime pela escolha do seu Presidente.
Está na hora de nos revoltarmos e de assumir a nossa revolta…não pactuando, nem avalisando as próximas eleições presidenciais…Não Votando.
Dessa atitude dependerá a nossa liberdade futura.
Muitas panaceias irão ser lançadas para evitar esta atitude, que se for maioritária destruirá os alicerces frágeis e fictícios deste regime… a Abstenção é a única arma política que nos resta para voltarmos a aspirar pela Liberdade e pela condição de pertencermos a um povo soberano, independente e orgulhoso.
José J. Lima Monteiro Andrade
Fonte: Desafio de Mudança
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